A história que é transmitida aos seres humanos, é sempre a história que mais interessa àqueles que conseguiram adquirir o status de donos do poder. Assim ocorreu no tempo da Inquisição, da mesma forma como já havia ocorrido anteriormente e como vem ocorrendo ainda em nossos dias com o monopólio da mídia global. Cada qual apresenta a verdade que mais lhe interessa, seja na religião, na política, na economia ou na guerra. Por exemplo, na TV brasileira o terrorismo está gerando mais pânico do que na televisão de Nova York, onde há filtros que amenizam as imagens e comentários. Mas aqui, inexplicavelmente, a população é permanentemente mantida sob tensão.
No Brasil, após tantos planos econômicos sem resultados benéficos, teremos enfim que resolver nossos problemas com firmeza e realismo. Perdemos um tempo enorme ao dar atenção ao bate-boca entre os americanistas e os anti-americanos. E de que isso valeu? De nada. Essa é uma briga tola e burra que só desviou a nossa atenção do que realmente interessa, ou seja, criar um Brasil forte, com as necessárias condições para uma vida sadia e feliz, propiciando efetiva melhora geral na qualidade humana da população.
Na fase inicial os planos sempre foram apresentados como a grande solução. Passado algum tempo surgia a áspera realidade, os planos não tinham efetivas condições de atingir aquilo que prometiam, tendo se prestado a outros objetivos, sem propiciar uma sadia construção da paz e do progresso. A Argentina é bem o exemplo. Esperemos que nunca a alcancemos em seus infortúnios, embora os caminhos seguidos guardem alguma semelhança.
Urge que o Brasil volte a ter credibilidade, principalmente ente os próprios desesperançados brasileiros que viram um inesperado crescimento da arrecadação, sem contrapartida para a população. Para tanto há que se cuidar da justiça em toda a sua amplitude, isto é, tanto no que tange às instituições judiciais, como a um sistema de vida justo, legal e tributariamente. A falta de infra-estrutura é um grave problema na maioria das grandes cidades. São Paulo é o mais eloqüente exemplo, com os seus 20 milhões de habitantes vivendo com elevada taxa de pobreza, está próximo ao limite da desagregação social, sendo que agora as autoridade percebem que algo precisa ser feito, justamente quando a verba está escassa e as adversas condições internacionais vão tornando tudo mais difícil.
Os jovens deveriam freqüentar a escola pelo menos até completarem 18 anos de idade. A escola deveria ensinar-lhes entre outras coisas, disciplina e liberdade com respeito aos direitos do próximo. Artes e esportes também. E, nas férias escolares deveriam exercer alguma atividade, já a partir dos 12 anos de idade, para se acostumarem com o trabalho como norma de vida. Deveriam receber adequada orientação sexual e cuidados com a saúde, incluindo higiene, alimentação e hábitos sadios. A Atividade sexual precoce é um erro extremamente prejudicial para a boa formação física e emocional. Na natureza, nenhum animal desenvolve atividade sexual antes que o seu corpo esteja totalmente preparado, nem as fêmeas são emprenhadas precocemente...
Felizmente, no Brasil não estamos sendo atacados pelo terrorismo internacional, mas vivemos um clima de insegurança face ao aumento da violência urbana que se instalou. Sequestros relâmpagos, roubo de cargas, assalto em empresas e agencias bancarias, têm crescido assustadoramente. Rio e São Paulo, são campeãs. Mas essa praga está se alastrando pelo País. Combater essa violência é uma batalha que não pode mais ser postergada, ou o Brasil informal acabará assumindo o comando.
Um país que não cuida do meio ambiente, permitindo que lixo e dejetos humanos sejam lançados sem nenhum tratamento destruindo os rios, é um pais que não demonstra senso de responsabilidade. Água é vida! O corpo humano é constituído principalmente por água. Não cuidar dos recursos hídricos é assinar a própria sentença de morte, o que só os ignorantes podem permitir. No Brasil, 90 porcento dos esgotos não são tratados, o que implica na entrada de todos tipo de elementos nocivos na cadeia alimentar, através da água. Assim, não necessitamos de atos de terrorismo para contaminar a água e o lençol freatico. Isso surge como resultado da ignorância e do imediatismo.
Urge que sejam criadas as condições econômico-sociais que assegurem uma sobrevivência humana condigna. Urge que os marginais sejam retirados de circulação e colocados a trabalhar em colônias penais.
Um país que não atenta para a boa formação das crianças deixando-as vagar pelas ruas, é um país destinado ao fracasso, ao retrocesso, o que infelizmente já vem ocorrendo entre nós. Não poderemos mais aceitar que nada possa ser feito para tirar os indigentes das ruas. Não basta dar-lhes comida. É indispensável que lhes seja oferecido adequado preparo para a vida e uma atividade. Se não houver atividade profissional para todos, que sejam desenvolvidos programas de serviços à comunidade, supervisionados pelas Prefeituras e ONGS, haja vista que tantas coisas estão por se fazer.