CONHEÇA O SEU POTENCIAL
(12/05/2003)

Já estamos no mês de maio. O ano de 2003 está voando, tendo começado em clima de apreensão que não se atenuou até ao presente momento. Continuamente temos sido admoestados por acontecimentos imprevistos e inquietadores, como se estivéssemos em plena florescência das semeaduras produzidas pelos seres humanos. Crise econômica, tornados, terremotos, doenças epidêmicas.

O que mais poderá ocorrer, perguntam-se temerosas muitas pessoas, contudo, não conseguem captar o real significado do momento que estamos vivendo. Toda essa agitação significa um chamado para que os espíritos humanos despertem libertando-se das restrições criadas pelo seu próprio intelecto, não querendo acreditar que exista algo que eles não conseguem compreender com os sentidos terrenos. Contudo, o saber da Criação requer do ser humano uma visão ampliada e abrangente, devendo estar apto a se utilizar corretamente das potencialidades do seu espirito e da força da Luz que nele se acumula.

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As elites raciocinam em função do dinheiro e do poder. As massas ficaram restritas à luta pela sobrevivência. Em ambos os grupos prevalece a superficialidade no pensar, sem nenhum vôo mais arrojado em busca de uma conscientização mais elevada.

No filme A Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles, a cruel realidade produzida pelos seres humanos está mostrada nitidamente. O filme apresenta um amontoado de ignóbeis baixarias praticadas pelos seres humanos que se tornaram surdos à voz interior. Mais parece a cidade do diabo do que a cidade maravilhosa. Zé Pequeno, criança embrutecida que sentia prazer em matar, acabou sendo castigado pela nova geração de crianças mais perversas do que ele. Conforme determina a lei da Reciprocidade, cada um colhe o que semeia.

A atual situação de descontrole no Rio de Janeiro, até parece a continuação do filme.

Cinema e Arte - A produção cultural sempre esteve sujeita aos ditames do poder, seja religioso, político ou econômico. A rigor não se pode afirmar que exista arte isenta de ideologia. Presentemente estamos observando essa rumorosa discussão em torno do patrocínio de filme brasileiro e seus critérios. Ora, o mercado quando patrocina também estabelece critérios de merchandising, produtos e condicionamentos. Afinal, os atores famosos são os modelos de comportamento para a sociedade. No caso do Estado como patrocinador, a questão se torna mais delicada. Mas sem duvida alguma o Estado não pode aplicar o dinheiro publico em obras que estimulem as atividades obscuras dos seres humanos tais como prostituição, perversão sexual, estimulo ao roubo e assassinato, uso de drogas, enfim tudo aquilo que desvalorize o ser humano como criatura.

Um cidadão brasileiro queria presentear amigos do exterior com musica brasileira instrumental. Visitou varias lojas de disco, mas foi muito difícil encontrar algum disco apropriado. Ele foi informado que havia os CDs do francês Richard Clayderman, com musicas brasileiras em piano acompanhado por orquestra, mas que estava esgotado. Com muito custo encontrou Trio Caiowás num saldão de discos. Por outro lado haviam CDs de música estrangeira de vários países, principalmente norte-americana, que também nos tem propiciado lindas canções.

A renda muito baixa reduz a procura seja para livros, filmes, teatro, ou música. Sem apoio a cultura brasileira está sumindo. Com certeza isso não acontece nos países do primeiro mundo. Mas no Brasil estamos indo muito mal em toda a área cultural. É notória a precária situação da TV Cultura de São Paulo, praticamente a única que tem dado espaço aos artistas nacionais levando ao publico uma programação séria e de qualidade, acima de tudo dando toda a consideração ao telespectador. “A TV pública é um bem necessário porque estabelece parâmetros, dá o ponto de equilíbrio, forma profissionais e oferece uma opção ao telespectador”. (Eduardo Nunomura OESP11/05/03).

Aplicando a Força Interior - Segundo o psicólogo Spencer Johnson, dificilmente o mundo poderá melhorar enquanto as pessoas não procurarem aquela parte intuitiva, o melhor eu, que escutado, possibilita a tomada de melhores decisões, mais serenas. Quando perco o meu ego, ganho o meu eu. Somente quando abandonasse o ser egoístico controlador, é que finalmente estabeleceria contato com um poder maior, o poder de Deus. ( No livro “Um minuto para mim”, Record).

As pessoas precisam se tornar fortes em si. Muitas pessoas ficam buscando um apoio externo. Trata-se de uma necessidade interior tão bem captada pela propaganda. O indivíduo vai buscar um apoio no cigarro, na bebida, na torcida pelo seu esporte favorito. Se a pessoa quer comprar um presente para si mesma, e isso lhe traz alegria, é muito bom, mas isso não deve ser como a muleta temporária que precisa estar sendo sempre trocada por outra.

Não fique esperando que os outros carreguem você. Mova-se, aja, aproveite o que cada momento pode lhe oferecer. Esteja onde estiver, no trabalho, numa sala de aula, no transito dirigindo. Não fique dependendo do apoio externo. Receber auxilio é muito bom, mas devemos ser fortes e saber prosseguir em frente, independentemente da ajuda externa. O ser humano precisa aprender a buscar a sua força interior que se manifesta quando ele busca o seu eu espiritual, e o seu melhor eu.

Então, cada um desenvolvendo a sua força interior até a máxima florescência, deixará para longe a moleza de caráter, pois saberá exatamente o que quer e terá iniciativa para ir ao encontro de suas metas. No Brasil o sentimentalismo é muito comum. Uma certa nostalgia atinge muitas pessoas que se quedam desapontadas diante das adversidades, empacando sem conseguir avançar, pensando em como a vida é dura em casa, na escola, no trabalho. Noíntimo significa que essas pessoas se sentem injustiçadas pela vida. Justo eu, pensam elas. O que foi que eu fiz para merecer isso?

Mas, diante das leis da Criação, não há injustiças. Severidade e amor na medida exata, conforme o carma de cada um.

Tudo é reversível; a moleza, o inconformismo, o carma negativo também.

Tornar-se forte, assumir com hombridade o que a Lei da Reciprocidade trouxer de volta como conseqüência. Definir o alvo próprio. Caminhar em direção a ele com a força da vontade, da boa vontade. Os auxílios da Luz não tardarão em se tornar visíveis, mas é necessário conhecer e confiar nas leis do Criador e dirigir o próprio destino para fins nobres e pacíficos, em busca da saúde do corpo, da mente e da alma, tudo em equilíbrio, utilizando todo o potencial de sua força interior na busca da felicidade.