MOISÉS O PRECURSOR
(28/05/2003)

A fertilidade do Nilo atraiu os semitas. Água abundante, solo generoso, sol amigo. Era tudo o que necessitavam para que não fossem atacados pelo fantasma da fome, pois lá nas terras do Egito, José fora bem sucedido alcançando o posto de ministro do governante estrangeiro. Mas o povo de Israel com a sua inteligência e dedicação ao trabalho, passou a preocupar o faraó, que achou prudente fazer uso da opressão para que a população israelita não crescesse muito. Assim instaurou-se uma brutal e desumana escravização e um plano diabólico, a execução de todos os recém nascidos do sexo masculino.

Eis que a filha do faraó sentindo-se atraída pelo aprazível frescor do Nilo ordenou que a levassem para banhar-se, tendo assim sido conduzida para encontrar um cesto que flutuava na água, abrigando uma linda criancinha. A princesa sentiu-se profundamente emocionada com aquela visão e sentiu em seu coraçãoímpetos de proteger a indefesa criaturinha.

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O povo sofria uma existência indigna de seres humanos. Em meio aos sofrimentos os israelitas se uniam buscando apoio e consolo na busca de uma crença distinta da praticada no decadente Egito, com suas crendices religiosas obscuras e maldosas, distanciadas das leis divinas.

Assim nasceu no povo de Israel o anseio para o encontro com a verdade.

Era dos planos da Luz que os israelitas se transformassem num povo modelo para todos os demais, e como ponto de partida foi enviado Moisés, o precursor, o grande líder para a missão libertadora dos liames físicos e espirituais, que escravizavam a decaída espécie humana. Moisés tinha que libertar o seu povo da opressão egípcia e também dar inicio à preparação para o progresso espiritual para o bem da humanidade, posto que com raras exceções os seres humanos se deixavam envolver pela indolência, decaindo ao invés de alcançar a progressiva evolução.

Mas como foi a vida do precursor escolhido?

“Onde ficou, então, a infância de Moisés? Como adquiriu os valores e a ética que mais tarde lhe valeriam os títulos impares de Servo do Senhor e Mestre de Todos os Profetas?” Essa indagação é feita no livro “Moisés O Príncipe, o Profeta”, (Madras Editora).

Como foi ele preparado para a sua grande missão? É tudo um mistério porque a Bíblia é omissa a esse respeito, deixando um enorme vazio entre o achado do cesto pela princesa nas margens do rio, e o surgimento do Moisés adulto, liderando a libertação dos israelitas.

A narrativa da vida de Moisés está contida em lançamento, em tamanho de bolso, pela editora Ordem do Graal na Terra. Confiante, sereno e justo, tudo enfrentou para servir ao Todo Poderoso, retirando os israelitas da escravidão egípcia.

Moisés foi eleito o pastor de que os israelitas tanto necessitavam para sua lapidação, aprendendo o bem. Com profundo amor Moisés dirigia-lhes a palavra, ensinando-lhes justiça e purificação, e suas vibrações intimas seguiam seu rumo com mais pureza.

“...Os israelitas e seu líder Moisés, que via as coisas com mais clareza do que o resto, acharam o mundo da crença e práticas religiosas egipicias sufocante, insuportável, odioso e mau. Partir era romper não apenas com a escravatura física, mas com a prisão espiritual de ar estagnado: os pulmões de Israel no Egito ansiavam por um mais forte oxigênio de verdade, e por uma forma de viver que era mais pura, mais livre e mais responsável. A civilização egípcia era muito antiga e muito infantil, e a fuga dos israelitas foi uma busca de maturidade”. (Paul Johnson, em História dos Judeus).

"Com a mão guiada pela Luz, Moisés gravou em duas lajes de pedra as palavras e os Mandamentos Divinos. Dez Mandamentos que em si trazem a salvação da humanidade, e que com sua perfeição tornam fácil a existência humana..."

E tendo Moisés recebido os Mandamentos de Deus, que em sua perfeição tornam fácil a existência humana, trazendo em si a salvação da humanidade, os entregou ao povo de Israel como base para o seu crescimento espiritual mediante a movimentação do próprio espírito com naturalidade e livre convicção.

Não se trata exatamente de Mandamentos.

“Trata-se antes de conselhos muito bem intencionados e da indicação do caminho certo através da matéria, cujo conhecimento constitui anseio dos próprios espíritos humanos. "Pois já fora observado pela Luz como os seres humanos se transviaram. Por isso, Deus, qual cuidadoso educador, indicou-lhes o caminho que os conduzirá a existência eterna no reino luminoso do espírito, portanto, à sua felicidade”. (Em Explicação ao Terceiro Mandamento).

Mas até mesmo esse pensamento tão bonito não produz efeito no ser humano. Aferrou-se literal e demasiadamente a suas próprias idéias e nada mais deseja ver ou ouvir, além daquilo que condiz com os conceitos que para si mesmo criou em seu limitado saber terreno.