A PROFECIA DE JUSCELINO KUBITSCHEK
(02/10/2004)

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"Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu País e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino". (JK 02/out./1956).

A restrição da compreensão humana sobre a vida produziu essa complicada situação em que tudo oscila. As pessoas baixaram a antena espiritual querendo extrair em sua vida tudo o que podem, não visando nada mais além das conquistas materiais, nem percebendo que, infalivelmente, todas elas serão aqui deixadas.

Assim, o relacionamento entre pessoas, povos e países tem sido crescentemente predatório, mostrando-se cada vez mais canibal desde os últimos quinhentos anos, até atingirmos um gravíssimo estágio de deteriorização econômica e social em todas as latitudes. Segundo George Monbiot, algo vai arrebentar. Para ele, “muita gente não compreendeu que grande parte da dívida internacional do mundo em desenvolvimento provém da desigualdade do comércio. Se uma nação deseja comprar mercadorias no exterior, tais como remédios, computadores, ou cereais, e não tem divisas estrangeiras para adquiri-las, precisará tomar emprestado. Contrai, pois, uma dívida internacional da qual só poderá se livrar obtendo moeda estrangeira, o que tenta fazer exportando seus produtos. Se não conseguir ganhar mais com suas exportações do que ganha com as importações, a dívida começará a se acumular. Quando isso acontece, um país deve ganhar cada vez mais em moeda estrangeira para poder pagar os juros. E, a menos que possa aumentar suas exportações, isso significa que deve tomar mais empréstimos, o que faz crescer a sua dívida. E, quanto mais se endividar, mais juros terá de pagar, o que resulta em menos dinheiro para investir na economia a fim de gerar exportações. É fácil ver como, desta forma, as nações mais pobres são apanhadas num círculo vicioso de endividamento”. (Em “A Era do Consenso”).

Para Monbiot, esse sistema garante que quanto mais um país enfraquecido contrai dívidas, mais será forçado a fazer o que exigem dele. O endividamento, não só empobrece economicamente, mas politicamente também.

Ademais há a manipulação do artificialismo cambial que funciona como arma de comércio internacional, e também é o prato predileto de inescrupulosos especuladores.

Teria o presidente Getulio Vargas se insurgido contra isso tudo? Segundo seus biógrafos Getulio era portador de um projeto de fortalecimento para que o Brasil pudesse romper esse ciclo. Contrariamente a muitos governantes, Getulio preocupava-se com o fortalecimento da economia para que ela adquirisse independência, buscando o equilíbrio das contas externas.

Contudo, cinqüenta anos depois continuamos destruindo as florestas, exportando madeira bruta em troca de manufaturados que poderiam estar dando empregos internamente.

Outro presidente que se empenhou vigorosamente com a emancipação econômica e política do país foi Juscelino Kubitschek. Vencendo as eleições, enfrentou sérios obstáculos para assumir a Presidência da República a 31 de janeiro de 1956. Durante a campanha presidencial lançara a idéia "Cinqüenta anos em cinco", e elaborara um audacioso "Programa de Metas". Promoveu o desenvolvimento e a modernização do País infundindo no povo brasileiro um otimismo contagiante.

Juscelino foi um sonhador e um realizador. Sonhava despertar as esperanças e as energias dos povos americanos, principalmente da América Latina, com o objetivo comum do combate ao subdesenvolvimento. Ousava fazer e sabia fazer. E também como todos os gênios tinha o dom da previsão. Não fora esta virtude, não teria aceitado o desafio de construir Brasília, sua Meta-síntese profetizada, na sua primeira viagem ao ermo do Planalto, a 2 de outubro de 1956, numa explosão de entusiasmo.

Contudo, após a euforia dos anos pós-guerra o Brasil voltou a patinar permanecendo estagnado tanto espiritualmente como nos demais setores da vida humana.

No livro “Revelações Inéditas da História do Brasil”, Roselis von Sass dedica um capítulo à Brasília, que ela chamou de “cidade sem limites”. Segundo a autora, “Brasília é hoje, certamente, a cidade mais cuidadosamente planejada da Terra. As edificações são grandiosas, todas as ruas foram traçadas largas e de modo funcional, e a região onde ela se situa não poderia ter sido melhor escolhida...O Brasil é um país escolhido! Escolhido para ser um centro de poder espiritual! Uma ancoragem da Luz da Verdade, cujas irradiações encerram auxílio e salvação!”

“Abençoado Brasil! Que as criaturas humanas que aqui vivem, sempre se desenvolvam de tal modo, que não percam o privilégio de poder viver num país que foi escolhido outrora.”

Enfim, nessas circunstâncias são enormes as responsabilidades de nossos governantes. Que estejam aptos e dispostos a tornar o sonho realidade! Um país livre, espiritualmente liberto das trevas das mentiras, verdadeiro lar de seres humanos na Terra!</p>