ANSIEDADE MUNDIAL
(23/01/2005)

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A devastação causada pela tsunami provocou uma comoção mundial, deixando os seres humanos desorientados com o acontecido, tanto em perda de vidas humanas, mais de 226 mil mortes, como na destruição de habitações, hotéis e outras construções. O pronunciamento do secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell dá bem uma medida dessa comoção:

"Nunca vi devastação assim", disse Powell na Indonésia.

Banda Aceh, Indonésia - O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, mesmo depois de vários dias de viagem pelas áreas devastadas pelos tsunamis, ainda parecia em choque com a magnitude da destruição, nesta quarta-feira. "Estive na guerra e passei por diversos furacões, tornados e outras operações de resgate, mas nunca vi algo assim", disse ele, após uma viagem de helicóptero de 30 minutos.

"Não consigo imaginar o horror que essas famílias passaram, e todas as pessoas que ouviram o barulho chegando e tiveram suas vidas apagadas por essa onda", disse. "O poder da onda para destruir pontes, destruir fábricas, destruir lares, destruir plantações, de destruir tudo em seu caminho, é chocante".

O governador da Flórida, Jeb Bush, que participa da visita de Powell às áreas atingidas, parecia abalado com o que viu. "É de quebrar o coração", disse. (AP/OESP-5/01/05).

O secretário-geral da ONU, referindo-se à catástrofe disse que “nunca havia visto tamanha destruição... Você se pergunta: onde estão as pessoas? O que aconteceu com elas?” (FSP-09/01/2005).

A destruição causada pelo tsunami da Ásia, um dia depois do Natal, além dos milhares de mortos, lançou 5 milhões de pessoas na miséria, sem ter o que comer e sujeitos a contrair enfermidades. Agora o que poderão dizer as religiões? Como explicar para os fiéis que estamos adentrando nas fases mais agudas do Juízo Universal como preliminar para grandes transformações? Como esclarecer o critério de seleção para permanecer vivo ou morrer? Como entender os desígnios da salvação?

A alteração produzida na orientação do eixo da Terra, pode estar prenunciando fatos abaladores para a humanidade, pois uma alteração dessa natureza é algo extraordinário, um fato que não acontece todos os dias. Contudo, acabou sendo minimizado, fazendo os seres humanos acreditarem tratar-se de coisa corriqueira, ao invés de, aproveitando o sinal da natureza, examinar seriamente a sua maneira de viver.

Ao iniciarmos o século XXI, as pessoas não estão dando mostras de grande satisfação com a vida. Uma grande ansiedade invade os corações. Alexandre, o Grande, também não estava satisfeito com a vida que estava levando, apesar de seu grande domínio abranger três continentes, poder e riqueza não lhe propiciaram aumento da felicidade, e o seu descontentamento acabou encurtando a sua vida.

Atualmente vivemos num mundo de pouca esperança no futuro o que enfraquece a vontade de viver das pessoas. As pessoas são levadas a crer que a vida não é muito mais do que nascer, crescer, trabalhar e consumir, e depois morrer, como se a vida não tivesse um significado mais elevado. Não reconhecem mais as dádivas do Senhor, assim não poderão se alegrar. Alegria é gratidão. Em muitas cidades faltam ordem e disciplina, as ruas estão sujas, os jardins e praças mal cuidados. Em muitas casas também ocorre o mesmo. É o vazio existencial, a falta de motivação mais nobre, o desinteresse. Mas o ser humano deve ter fortalecida a sua vontade de viver, ciente de que deverá reencontrar o caminho perdido.

Agitação e medo inquietam o ser humano, que agora deve esforçar-se para aplicar todas as forças do espírito a fim de se tornar senhor da situação e resolvê-la favoravelmente sem comodismo ou preguiça.

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As catástrofes naturais também nos demonstram a insignificância e a fragilidade dos seres humanos e das estruturas por eles erguidas, ante a força da natureza. Está tudo à vista, basta abrir os olhos e ver os resultados do distanciamento da humanidade do funcionamento das leis da Criação.

A Mensagem do Graal compara a vida a uma grande estação de trem. Cada resolução é um trem escolhido que vai terminar numa determinada estação.

Enquanto essa não chega, há tempo de mudar de trem nas estações intermediárias, isto é, novas resoluções. Muitas vezes Jesus quis avisar aos seres humanos, para qual estação estavam indo, ou seja, nesta em que nos encontramos agora.

Os seres humanos nunca quiseram mudar de trem, buscando as estações ensolaradas da paz e da harmonia. Jesus queria que os seres humanos buscassem pelas boas estações que trouxessem a Luz da Verdade para suas vidas. Aqueles que deveriam ter orientado as pessoas, indicaram trens inadequados.

Agora é Juízo, a reciprocidade atua severamente, o trem é muito veloz na estrada em declive, as estações ruins chegam cada vez mais depressa. Aonde irá parar o trem da humanidade?

O novo milênio traz a era do despertar do espírito de sua inatividade, devendo ir além dos limites grosso-materiais restringidos pela tese de que tudo quanto não puder ser justificado através do raciocínio, deve ser desprezado e ridicularizado. O despertar espiritual mostrará o quanto estamos distantes do verdadeiro saber.

O mundo grosso-material é meio, não a verdadeira pátria do espírito.

A ciência deveria tornar mais compreensível a dádiva de Deus, a Criação, na tentativa de perscrutar as leis do Criador, a fim de que essas, pelo seu conhecimento mais apurado, possam ser utilizadas mais proveitosamente para o bem da humanidade. Tudo isso nada mais é do que um submeter-se à Vontade Divina.