CONFLITOS HUMANOS
(01/08/2006)

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As coisas estão acontecendo rápido demais. A percepção é de que o relógio não para de correr. As pessoas não se entendem. Os conflitos se avolumam em todas as esferas da vida humana. O ódio e a irresponsabilidade aumentam. As pessoas perdem a esperança. Muitas pessoas se sentem como se tudo tendesse para o limite final.

Em países como o Brasil a situação de conflito social tende a se agravar com o nivelamento das camadas sociais por baixo, aumentando o número de pessoas vivendo em favelas onde perdem a esperança e o vislumbre de qualquer alvo mais elevado, deixando crescer o ódio e a simpatia para aqueles que foram seduzidos pela marginalidade e seus líderes.

Para William Ury, prefaciando o livro “Liderando pelo Conflito” de Mark Gerzon, os líderes não podem mais se limitar a dar ordens e esperar que os outros as cumpram.

Para chegar a um resultado que funcione para todos, eles têm de ouvir as necessidades e os interesses alheios. Conflitos, sejam amenos ou acalorados, sempre trazem conseqüências destrutivas se conduzidos de maneira inadequada. Produzem ineficiência crônica nas organizações, divergências nas comunidades e tumultos de um modo geral.

Os conflitos devem nos levar a refletir que somos seres humanos, cidadãos do cosmos, todos cumprindo a mesma finalidade de alcançar a evolução. Então deveremos por em prática os ensinamentos milenares que nos auxiliem a transformar os conflitos em aprendizado de convivência harmoniosa e pacífica ou serão inevitáveis a ocorrência de tragédias para a humanidade.

Se os seres humanos vivessem em conformidade com as “Regras Sagradas”, muitos dos conflitos nem chegariam a se cristalizar, eliminando-se já no nascedouro.

Quando os conflitos eclodem esquecemos que a causa principal está em nós mesmos, em nosso modo de ser que põe de lado as Regras Sagradas da convivência humana citadas por Gerzon:

Estar irritado mesmo por motivos convincentes, provoca efeitos previsíveis e geralmente indesejáveis em seu comportamento, tornando-o mais impaciente e menos capaz de perdoar os outros.

Atualmente vivemos uma fase de muita turbulência. Muitas vezes, mesmo aplicando as regras sagradas com sinceridade e bom senso, os conflitos persistem porque as pessoas envolvidas são obstinadas. Então é necessário planejar a escapada do conflito, seja mudando de área, substituindo as pessoas, ou seguindo por outros caminhos.

A Criação sempre nos oferece a mesa posta com tudo o que necessitamos, bastando que estejamos adequadamente sintonizados. Quando os seres humanos se tornam teimosos e obstinados, terão que arcar com as desagradáveis conseqüências da falta de sincera vontade de resolver o conflito de forma positiva.

Por outro lado, compreender a causa das emoções é valioso, não apenas quando as emoções são nossas, mas também quando pertencem a outras pessoas. Assim como é importante saber de onde vêm as emoções, também é importante saber como influenciam a pessoa que as experimenta.

Compreender que as emoções podem se dissolver rapidamente, poderá nos ajudar a tomar decisões mais sábias sem precipitação, contribuindo para eliminar conflitos. Para isso devemos nos esforçar em manter limpo o foco de nossos pensamentos, impedindo o surgimento de emoções e sentimentos destrutivos.

Atualmente dispomos de uma nova regra sagrada trazida pela Mensagem do Graal, a qual se destaca pela abrangência de seu conteúdo: “Permitido vos é peregrinar através das Criações por vosso desejo, tornando-vos autoconscientes; contudo não deveis causar sofrimento algum a outrem, a fim de satisfazer com isso a própria cobiça”.

Somente quando os seres humanos se dispuserem a compreender e por em prática as regras sagradas, o mundo poderá encontrar o caminho da verdadeira paz e felicidade, enquanto isso não ocorrer continuaremos vendo as dolorosas cenas de violência e destruição como conseqüência da decadência humana.