DESEMPREGO MAL DO SEC. XXI
(25/09/2006)

Nos princípios do século XXI, os seres humanos estão enfrentando dificuldades jamais imaginadas. Os empregos estão acabando.

Não adianta ficar imaginando que nada mudou que a vida sempre foi assim. Agitadas, as mentes humanas perdem facilmente a serenidade, o que provoca doenças e estados de angústia nas almas aflitas. As pessoas estão descontentes, permitindo que a generosidade e a misericórdia desapareçam; então agem de forma insensível, como máquinas sem coração, dominadas pela frieza do cérebro. A desconfiança e a inveja colocam as pessoas umas contra as outras.

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Além da automação que elimina a necessidade de mão de obra, surge também a concorrência dos produtos oriundos de países com mão de obra barata sobrando. Com a falta de emprego e dinheiro, o descontentamento faz com que os indivíduos olhem uns para os outros como se fossem inimigos. Grande parte da população vai ficando mais pobre e espiritualmente indolente. As pessoas precisam sorrir mais ao invés de ficarem se xingando e praguejando contra tudo e contra todos como se estivessem no inferno.

Em decorrência da vontade errada dos humanos a Terra ficou acessível ao mal. Após a derrubada das Torres, em setembro de 2001, as tragédias e fanatismos, começam a atormentar as população e as autoridades. Sob os temores de guerra, a inquietação aumenta.

Quanto mais as nações apertam os controles, mais fortemente irrompem revoltas em diversos pontos através de atentados e manifestações agressivas.

As novas gerações sentem-se sacrificadas pela falta de oportunidades de trabalho e crescimento pessoal. A insegurança aumenta com o desemprego. O medo de perder o emprego provoca stress e ansiedade.

Ao perder as esperanças as pessoas não se incomodam mais em perder a dignidade e o bom senso.

O avanço da produção de países como a China, com câmbio depreciado e mão de obra especializada e barata, começa a competir com países como o Brasil, cujo processo industrial estagnou. Assim, além de perdermos mercado externo, também há uma inundação de produtos industrializados, produzidos sem os nossos custos internos, o que afeta sensivelmente o PIB e o nível de empregos.

Os líderes estão desacreditados por que não demonstram em atitudes as suas promessas. A população passa a ver com mais simpatia lideranças informais que captam os anseios dos descontentes. No oriente médio, terroristas passam a ser vistos como heróis. Na América do Sul, incluindo o Brasil, facções marginais adquirem prestígio junto à população. Segundo pesquisa do DIEESE quase 1,5 milhão de jovens com idade entre 16 e 24 anos estão desempregados nas grandes regiões metropolitanas do País.

O baixo crescimento da economia brasileira, o menor dentre as economias emergentes, e a lenta redução da pobreza, têm gerado frustração popular. Faltam empregos. Faltam oportunidades para os jovens sem experiência.

Mas é preciso agir, adquirir experiência e se atualizar, sabendo que as oportunidades se reduzem num mundo onde há um excesso de população desqualificada e redução dos empregos. É preciso estar atento observando onde cada um pode ajudar. Ficar revoltado só agrava a situação. Necessitamos mudar a atitude minada pelo cenário de dificuldades e insucessos.

Sempre poderemos alcançar alguma melhora desde que haja uma atitude firme de todos para administrar os problemas existentes, seja no aprendizado, na economia, no meio ambiente. O que não pode é darmos continuidade aos procedimentos irresponsáveis e imediatistas, que estão fazendo da Terra um lugar perigoso e insalubre para a vida.

Afinal, se houver uma atitude séria no sentido de administrar o Planeta, visando a contínua melhora das condições de vida, certamente os resultados começarão a aparecer, mormente no Brasil um país tão ricamente dotado pela natureza, mas que até agora não recebeu os devidos cuidados de seus governantes e de sua população.