EVOLUÇÃO INTEGRAL
(09/06/2009)

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Da mesma forma que os animais, os humanos também possuem um instinto imitativo, sendo que o homem está mais sujeito às manipulações por se subordinar ao cérebro sem se dar ao trabalho de examinar intuitivamente tudo o que lhe é apresentado. Os animais se imitam entre si, em seus ruídos e movimentos. Também há contágio emocional como no caso de alegria ou medo.

Os animais em bando sempre seguem o líder, que age impulsionado pelo instinto, sem premeditação. Com os humanos isso é diferente, pois os líderes humanos, aproveitando-se dos mecanismos do cérebro, iludem as massas que, acomodadas e indolentes, se deixam arrastar por caminhos destrutivos para atender aos propósitos de lideranças mal intencionadas.

O vício do fumo, por exemplo, teve um enorme aumento pela imitação dos modelos masculinos e femininos largamente difundidos através do cinema e pela propaganda, pois as imagens foram absorvidas pelo cérebro sem o crivo da intuição para verificar os efeitos nocivos do cigarro. Bem a propósito, esperemos que a lei antifumo aprovada pelo governador José Serra, obtenha o necessário respaldo das autoridades federais.

O aumento da violência e agressividade também está associado ao padrão imitativo. Desorientada, a humanidade se deixa envenenar pelo que lhe é dado a ver ininterruptamente, perdendo o equilíbrio mental e emocional, sendo por isso arrastada pelos tumultos.

É evidente que os humanos necessitam controlar e dominar a máquina de pensar para não serem subjugados por ela. Com a progressiva dominação da parte mental, o cérebro vai se tornando uma fera indomável capaz de cometer as mais cruéis atrocidades.A vida se transforma num inferno com os mais brutais acontecimentos. Humanos contra humanos, filhos contra pais e vice-versa.

Na falta da evolução integral como meta da humanidade, os seres humanos tendem para uma convivência difícil enfrentando muitas disputas e rivalidades, cercados de medos e preocupações com a falta de respeito e consideração mútua. Por causa disso, muitas coisas ficaram retardadas, sem liberdade para prosseguir a marcha da contínua evolução e aperfeiçoamento.

Agora estamos enfrentando a era das dificuldades. A falsa compreensão sobre a vida e a origem do homem arrastou a humanidade a um ponto crítico em que passamos a extrair recursos acima da capacidade de reposição da natureza. Então veio a crise, como uma brecada repentina, que está reduzindo a velocidade do crescimento na tentativa de estabelecer um nível que o planeta possa suportar sem entrar em pane. Novamente, surgem graves ameaças de polarização social, surgindo revoltas em vários paises, o que poderá se tornar incontrolável.

Uma nova educação se faz necessária, visando a promoção do desenvolvimento integral como meta dos pais, professores e da sociedade em geral. Uma educação fundada na realidade natural, sem as sofisticadas teorias distanciadas da vida real, difíceis de serem assimiladas e sem muita utilidade para o estabelecimento de um modo de vida construtivo e benéfico.