A FALTA DE ALVO ELEVADO
(20/03/2011)

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A história mostra que todos os povos que não tinham o alvo elevado de progredir, beneficiando e melhorando as condições de vida, soçobraram. Atualmente, impera a fragmentação. Cada um para seu lado, com sua turminha restrita e ideias medíocres. Não há a visão de um alvo comum a ser alcançado e preservado. Não há lideranças capacitadas para desenvolver essa inspiração. Apenas objetivos materiais de curto prazo sem maiores comprometimentos.

Os idealistas são afastados mesmo quando movidos pelo desejo de dar sua contribuição para a conquista de um melhor futuro. Adesconfiança atira suas pedras. As pessoas estão desconectadas, cada um para si, não há metas compartilhadas. Isoladas, as pessoas não permitem que sua intuição incandesça suas ações. O ambiente também não, pois se acha rígido, engessado pelos egoísmos. Necessitamos de uma visão compartilhada que vá além do raciocínio e das realizações puramente materiais, mobilizando o coração, com um toque de espiritualidade em sua firmeza e generosidade.

Há os que negam a espiritualidade. Negar o espiritual é reduzir o ser humano ao nível animal, a uma máquina. Mas também há aqueles para os quais a espiritualidade faz parte da vida. A espiritualidade é algo inato. É a essência humana. Sem ela nada somos.

O Brasil é um lugar especial. A população é boa e com muitas qualidades, aqui convivem pacificamente pessoas de todas as raças. Por exemplo, no trânsito em São Paulo, existem os apressados irresponsáveis que além de jogar lixo pela janela, só pensam em si, mas uma grande maioria dos motoristas é conscienciosa, dirigindo com cuidado e consideração.

O brasileiro é alegre por natureza, gosta de festa e de música, mas precisa ter fortalecida a esperança num futuro melhor, numa visão compartilhada, conectando-se a esse ideal como meta a ser alcançada em cada ação com o esforço conjunto. Cada um trazendo o melhor de si para o benefício geral, gerando confiança e cooperação mútua, indispensáveis ao progresso real. Mas para isso necessitamos do “educador que faz a diferença”, aquele que visa o bem geral da humanidade e atua como modelo, inspirando a melhora das condições existentes na Terra.

Os jovens precisam de modelos benéficos e enobrecedores. Necessitamos dar um novo rumo para a educação dos adolescentes. Além de aprender um ofício adquirindo qualificação profissional, os jovens devem praticar esportes e artes, recebendo valores morais, éticos, respeito e consideração pelo semelhante e cuidados com o meio ambiente, para que estejam capacitados a formar boas famílias, bons bairros e boas comunidades.

Necessitamos de um alvo elevado. Queremos um Brasil rico, com boa educação para todos e preparo para a vida, e sem as misérias de milhões de excluídos da vida real.