A GRANDE QUESTÃO DA ECONOMIA MUNDIAL
(30/04/2012)

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Neste mundo confuso, com tantas coisas desagradáveis acontecendo ao mesmo tempo, como por exemplo, com a crise econômica da Europa, algumas pessoas desesperançadas chegam ao desatino de cometer suicídio. Como justificar essa anormalidade da vida?

As pessoas tornaram-se espiritualmente fracas e indolentes, frágeis diante das derrotas e das consequências negativas que plantaram ao longo de sua trajetória e agora se encontram imaturas diante da colheita inevitável. São os fortes abalos da alma. Quando a intuição está adormecida, o raciocínio rígido conduz ao pânico ensejando atitudes extremas como forma de revolta e protesto, ao invés de aceitar as dificuldades buscando compreensão e possíveis soluções. O sofrimento deveria trazer primeiro a saudade salvadora, aquela que impulsiona o ser humano para a busca de respostas e esclarecimentos.

Como se poderia imaginar que durante séculos de um viver desatento e descuidado quanto ao sentido da vida, cobiçando dinheiro e poder sem consideração pelo próximo, criando um sistema desigual de distribuição da riqueza oferecida pela natureza, como se fosse um bullying econômico com a prevalência da força e da astúcia para levar vantagens, gerando uma relação desigual de poder e dominação, que isso não viesse a trazer consequências desastrosas para a humanidade?

Após décadas de descuidos com o equilíbrio das finanças, sempre surgem os receituários de austeridade e corte de gastos asfixiando a economia deficitária totalmente dependente da circulação do dinheiro procedente dos créditos, até que as dívidas atingissem um montante elevadíssimo, causador de caos nas finanças públicas e apreensões no mercado financeiro onde os empréstimos são contratados pelos estados soberanos. Suspensos os créditos, os governos ficam sem caixa e as atividades vão encolhendo, reduzindo empregos, renda e consumo, gerando falências e suicídios.

Sem dúvida há que se controlar os gastos evitando desperdícios, gerando poupança. Mas, se paralelamente, não houver uma solução que restabeleça o fluxo financeiro, a estagnação só tende a aumentar. Se não há empregos suficientes, há que se criar alguma forma de atividade construtiva para a população desocupada de forma a assegurar sua sobrevivência, algo mais que não fosse apenas uma doação como o sistema de bolsa família adotado no Brasil. Apoupança pública (reservas) ou particular é muito importante para assegurar a circulação interna do dinheiro reduzindo a dependência externa como é o caso da China com suas vantagens competitivas e reservas acumuladas.

O controle do dinheiro em circulação sempre foi um desafio para as autoridades e para os gestores do dinheiro: os bancos centrais, porém muitos críticos especialmente de esquerda, têm denunciado o arranjo entre os banqueiros conservadores visando manter o controle do sistema monetário internacional e a sua estabilidade, como causador do desemprego e mesmo da crise econômica global do fim dos anos 1990. (Robert Gilpin, O Desafio do Capitalismo Global).

A grande questão para os governantes e financistas é como normalizar o fluxo monetário e fortalecer as bases da economia e finanças, sem gerar movimentos especulativos, inflação e estabelecer um equilíbrio cambial e uma taxação das importações que possibilitem uma justa comercialização de bens entre as nações, assegurando paz e progresso continuadamente em equilíbrio.

Devido ao atuar reforçado das leis naturais da Criação, tudo que tenha sido feito de forma astuciosa para ocultar egoísticos objetivos, caminhará para a ruína definitiva. O que for feito visando à melhora geral da condição humana será fortalecido.

Leia “ O suicídio econômico da Europa