EMPREGO, APOSENTADORIA E CONSUMO SUSTENTÁVEL
(08/06/2012)

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Após a II Guerra Mundial, Europa e Estados Unidos estabeleceram um nível de padrão de vida até então desconhecido incluindo infraestrutura, moradias em locais aprazíveis, oportunidades de trabalho, salários em níveis aptos a promover um elevado e crescente consumo de bens, enquanto as demais regiões permaneceram estagnadas por falta de lideranças empenhadas em melhorar as condições de vida da população, como é o caso do Brasil, que descuidou da educação e da saúde pública. Atualmente, mais de 14 milhões de pessoas são analfabetas. As novas gerações ainda não se compenetraram de que o livro não didático traz uma fonte para contribuir com a formação e o preparo para a vida. Diariamente, os telejornais e os jornais impressos nos mostram quadros degradantes das cidades brasileiras.

Imensos territórios permaneceram estagnados como reserva dos países adiantados, ou foram dilapidados pela exploração direta como ocorreu na região do rio Congo, na África, onde, no século XIX, o rei da Bélgica, Leopoldo II, colocou em prática o sistema predatório de exploração das riquezas da região e sua população.

Agora a situação se complica na Europa e nos Estados Unidos, com desemprego e ameaças para as aposentadorias, enquanto na Ásia e no Brasil desponta uma leve elevação nos padrões de consumo da população.

Atualmente“O desemprego é alto na Europa (média de 10,8% na área do euro, em fevereiro) e nos Estados Unidos (8,2%, em março). E provavelmente não se retrairá, como esperam as autoridades, por duas razões. Porque o empresário entendeu que precisa baixar custos para sobreviver e recorre a investimentos em tecnologia de informação, providência altamente poupadora de mão de obra. E, também, porque uma das principais razões da atual crise financeira é a rápida redistribuição do trabalho no mundo. O forte crescimento do emprego na China e em grande parte da Ásia tem como contrapartida o fechamento inexorável de vagas nos países avançados. E esse processo parece irreversível”, conforme relato de Celso Ming publicado em 10/04/2012 no Estadão.com.

Então se percebe que não existem condições físicas no planeta, agravadas pelo aquecimento global, para assegurar a manutenção do padrão de consumo americano para toda a população, o que está gerando preocupações e debates: Como gerar empregos condignos? Como assegurar a aposentadoria? Como estabelecer um padrão sustentável de consumo com respeito aos mecanismos de preservação da natureza?

O modo atual do relacionamento humano deixa muito a desejar. Superficialismo e simulação têm sido o modo dominante no chamado comportamento diplomático. Predominam os interesses, o desejo de se beneficiar. Nesse meio ainda há os ingênuos que não percebem de pronto as segundas intenções, pois não possuem essa astúcia em seu íntimo.

Já enfrentamos muita miséria e guerras. Se desejarmos a paz, novas formas de relacionamento entre os povos deverão ser encontradas. O desejo de dominar, de não se preocupar com o sofrimento e o bem-estar dos demais postos em prática pelos humanos, deverá ser substituído por um sistema cooperativo de preparo das populações para que surja uma consciente adaptação ao ritmo das leis da natureza para uma construção benéfica, pois os dramáticos prognósticos sócio econômicos já foram calculados com precisão.

Estamos no limite, resta pouco tempo para modificarmos a fatídica rota que poderá nos levar ao descalabro total. Os seres humanos terão de reconhecer que não será difícil viver de maneira diversa do que até agora, convivendo em paz com o próximo.