BRASIL, POR UM PAÍS INDEPENDENTE
(07/09/2013)

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Nesta fase de manifestações e turbulências, é importante que as pessoas se posicionem diante de tantos desmandos e falta de responsabilidade com o futuro. Temos de nos acautelar para não cair nos engodos inflamados e nas apresentações falsas sobre a realidade humana. Conscientemente e com sinceridade, seria bom que todos manifestassem os seus pontos de vista em prol de um mundo melhor.

Os jovens estão saindo às ruas para manifestar a sua insatisfação. Não basta se antepor aos governantes. É imprescindível compreender como chegamos a esse caos. O Brasil deveria estar em melhor situação, mas com tantas negociatas e secular ausência de seriedade no preparo das novas gerações, estamos no fundo do poço. Num mercado mundial de moedas que movimenta quatro trilhões de dólares diários de forma especulativa, os países ficam à mercê desse poder. Enfim, são os acontecimentos negativos da falsa civilização que se consolidou após a segunda guerra mundial, que com o forte apego ao dinheiro, tendeu a sufocar a essência humana.

A situação vem piorando desde sempre. Tivemos o destino de colônia. Durante séculos a economia se fundamentou no trabalho escravo e produção de primários para o mercado externo. Um Imperador vacilante que nos deu a independência política, mas não conseguiu consolidar um país com vida harmoniosa. Veio a República e nada foi feito para o melhor preparo da população.

No século 20 tivemos uma ditadura apoiada pelos Estados Unidos. Nos anos 1980 caímos no endividamento externo, foram vinte anos de miséria e atraso que se refletem até hoje na educação, na saúde, na vida das cidades. Atualmente temos deputados demais, senadores demais, muitos ministros. O país gasta demais em reais e em dólares, acima das receitas, o que mantém a nossa dependência para com os financistas. União, Estados e Municípios não se conversam, aumentando os desperdícios e desvios de verbas. Aliás, temos municípios demais, o que cria muitos cargos de vereadores. No entanto, ainda temos liberdade de expressão, de movimentação. A primavera árabe não trouxe melhoras. Então, temos que buscar a melhora sem pôr fogo no circo.

Falta-nos a consciência de brasilidade, de um país lar de seres humanos em busca do aprimoramento. As novas gerações estão sendo aniquiladas pelas drogas de todos os tipos. De onde elas vêm, como adentram nas cidades, como chegam às mãos dos jovens? Seja como for impedem que se forme uma geração forte, preparada, firme nos valores humanos. Temos de acabar com a droga, antes que ela acabe com o Brasil!

Os jovens devem ser incentivados a refletir através da compreensão da lógica da natureza, mostrada na prática e em filmes, a importância das florestas, rios, oceanos, ora explorados até a exaustão como fonte de alimento e riqueza, e como depósito de lixo. Os estudantes precisam conhecer o mundo e tudo que temos feito de errado. Isso os ajudará a compreender a vida e a ser responsáveis. Há um desânimo e ausência de propósitos. Qual a finalidade da vida? O que é ser humano?

A natureza oferece continuamente os recursos necessários para uma existência condigna. Ganância e sede de poder têm impedido o progresso real. As novas gerações devem ser preparadas para se tornarem seres humanos de qualidade, benéficos a si mesmos e ao planeta.