DEMOCRACIA ESGARÇADA

O século 21 tem se caracterizado pelo sobe-desce, a volatilidade e a tendência de precarização geral. Quem sabe ou pressente, obtém lucro nas Bolsas. No que tudo isso vai dar agora com os prenúncios de uma guerra comercial? Seria um plano de ajuste planetário em andamento? Se os EUA endurecerem, se a China fizer frente e retirar um montante significativo de dólares dos títulos americanos, como os EUA poderiam cobrir o rombo? O que a China faria com um montão de dólares nesta fase de muita liquidez e poucas oportunidades de investimentos fora da especulação? Quais seriam as consequências para a economia global?

A ausência de equilíbrio econômico e financeiro entre as nações sempre tende a provocar confrontações comerciais. Cada país precisa produzir matérias-primas, alimentos, industrializados, empregos, melhora das condições de vida; sem isso não há base nem para serviços. A continuada ampliação de itens importados leva ao declínio geral. Faltam diretrizes para inverter a situação e equilibrar as contas internas e externas.

A pendência não está apenas no déficit comercial. Mais do que uma simples guerra comercial, o mais preponderante parece ser o embate pela hegemonia tecnológica, fator importante que ainda falta para consolidação da posição dominante da China. Importações americanas de itens especiais serão taxadas com 25% de alíquota. Itens para o consumidor americano ficam preservados de reajuste de preços, mantendo a inflação baixa. Todavia, para os países atrasados, com tecnologia fraca e indústria defasada, os problemas continuam.

O Brasil se defronta com o atraso que se impôs na indústria, que hoje funciona mais na base de automação, tecnologia, economia de escala, juros e mão de obra de baixo custo. São fatores que travam as possibilidades de crescimento da economia, e difíceis de serem solucionados, mesmo se a taxa de juros Selic for reduzida, medida indispensável para conter o crescimento da dívida. Esse é o grande desafio para a reação do PIB que se ressente do crescimento de importações. Uma economia com força nas commodities tem de estar atenta para não regredir como vem ocorrendo no Brasil, onde as novas gerações, sem desafios, estão decaindo no apagão mental. A tecnologia é um processo contínuo de desenvolvimento; sem indústrias pujantes, esse processo fica naturalmente travado.

O presidente da China, Xi Jinping, está certo em defender os interesses dos 1,3 bilhões de chineses, assim como Trump desponta como defensor dos americanos. No entanto, somos todos habitantes da Terra, e nesta era industrial-financeira-digital o fortalecimento de uns tem se dado sempre com o enfraquecimento de outros, predominando as recomendações maquiavélicas de como exercer e conservar o domínio. Nesta época difícil, o dinheiro sempre fala mais alto do que o bom senso.

O mundo vive o desequilíbrio global na natureza, na economia e finanças, e na forma como os humanos encaram a vida; uma importante fase da evolução, mas que sem alvos enobrecedores do aprimoramento da espécie humana, passou a ser uma luta pela sobrevivência na disputa das riquezas. O descaso com a natureza permanece gerando consequências negativas, sempre prejudiciais aos seres humanos descuidados com o sentido da vida. Os abusos cometidos para satisfazer cobiçosos interesses particulares, em prejuízo do interesse geral das nações, esgarçaram a democracia e a economia. Foram muitos erros além das quadrilhas instaladas no poder.

Num mundo com mais de sete bilhões de pessoas, a condução da massa tem se caracterizado pela fragmentação que reduz a resistência das reivindicações. O Facebook trouxe para a população em geral uma possibilidade inovadora de comunicação, compartilhamento e aglutinação de mentes e desejos. Sem dúvida é esse o grande potencial das redes sociais, até então existente apenas através da força do fluxo dos pensamentos que agora podem ser articulados em posts, o que tem sido objeto de críticas e investigações.

O problema grave no Facebook é a rápida expansão de notícias falsas que podem ser geradas a partir da análise das informações pessoais dos usuários, de seus anseios e suas insatisfações que ficam à disposição das corporações e dos falsos profetas que, prometendo o que não podem cumprir, carregam os incautos para o abismo. Dá para sanar os inconvenientes e aproveitar a parte boa para o enobrecimento da humanidade e melhora geral?

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O MECANISMO

O artigo publicado no site mises.org.br faz uma análise coerente da série original O Mecanismo, exibida pela Netflix. O agigantamento do Estado acoberta muitos interesses particulares. A governança perde a seriedade beneficiando uns em prejuízo de outros, mantendo o atraso do país. A classe política surfa na maré de levar vantagens também buscando auferir proveitos, lançando mãos do jeito que pode. Mas estamos adentrando numa fase em que tudo vem à tona rapidamente, desorganizando os esquemas, estagnando a economia.

Veja um trecho do texto:

O cineasta José Padilha identificou bem a essência de como funciona o Mecanismo, mas, talvez por querer posar de isento, disse que o Mecanismo existe à revelia da ideologia. Errado. Muito pelo contrário: o que possibilita a existência e a robustez do Mecanismo é exatamente a ideologia.

Qual ideologia?
Aquela que defende a concentração de poderes políticos e econômicos nas mãos de quem controla o Estado.

O Mecanismo só existe porque há uma ideologia explícita que o sustenta: a defesa de um estado grande, onipresente, intervencionista, ultrarregulador, que em tudo intervém e de todos cuida.

Enquanto houver, de um lado, um governo grande, com um farto orçamento público repleto de emendas e brechas, sempre haverá, do outro lado, grupos de interesse poderosos e bem organizados que irão se beneficiar deste orçamento público.

E esses grupos terão todo o interesse em fazer com que este orçamento cresça cada vez mais, pois são os beneficiários diretos deste aumento dos gastos.

Um Estado grande sempre acaba se convertendo em um instrumento de redistribuição de riqueza. A riqueza é confiscada dos grupos sociais desorganizados (os pagadores de impostos) e direcionada para os grupos sociais organizados (lobbies, grupos de interesse e grandes empresários com conexões políticas).

A crescente concentração de poder nas mãos do Estado faz com que este se converta em um instrumento muito apetitoso para todos aqueles que saibam como manuseá-lo para seu benefício privado.

A elevação avassaladora da carga tributária é a expressão desse Mecanismo. Só é possível enriquecer e manter-se rico quem tem acesso ao grande ‘excedente’ retido nas mãos do estado. A grande massa de tributos arrecadados garante que a riqueza de cada um dependa da boa vontade da burocracia e da “vontade política”.

Consequentemente, todos querem ter um “negócio” com o Estado. Tudo depende do Estado e é por ele intermediado. Nada fora do Estado – é essa a lógica do Mecanismo.

Enquanto a ideologia dominante no Brasil for a da defesa de um Estado agigantado e onipresente, o Mecanismo permanecerá robusto. Quem defende Estado grande e intervencionista defende o Mecanismo.

No artigo (leia a íntegra https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2871) são elencados os cinco grupos que integram o Mecanismo. Entenda como ele funciona e veja o que fazer para abolir o Estado gigante.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

PROCURAI E ACHAREIS

Apesar de todo o esforço Stephen William Hawking (1942-2018), ainda somos pobres sobre o conhecimento do Universo e suas leis, e o que encerra a caixa craniana, um conjunto majestoso de cérebros, neurônios e conexões com todo o corpo e também com o além. O grande destaque vai para capacidade do físico britânico de mobilizar o potencial da determinação e da força de vontade. Mesmo preso numa cadeira de rodas por várias décadas, ele continuou a sua obra de pesquisa a respeito dos grandes enigmas e mistérios que o Universo esconde.

Porém, acomodados e sem disposição para procurar respostas de forma mais intensa, a humanidade ainda se acha distante da compreensão do funcionamento do cérebro e do cerebelo; do raciocínio lúcido e dos insights intuitivos que distinguem o ser humano como a única espécie dotada de livre resolução e responsabilidade por seus atos e consequências. Por isso tudo, não somos uma espécie de macaco, pois somos a espécie espiritual que têm de se movimentar para se tornar efetivamente humana, isto é, um ser no qual o espírito atua conscientemente.

O filme Maria Madalena, de Garth Davis, apresenta um aspecto especial ao desmontar o conceito de Jesus como revolucionário. Mostra que Judas, sim, queria provocar um levante contra Herodes e contra Roma, o que não era a finalidade da vinda do Messias, que trazia Luz para afastar as trevas e alertava para a transitoriedade da vida destinada à evolução do espírito. Mas os seres humanos estavam apegados demais à vidinha material egocêntrica para despertar e buscar intensamente a compreensão do significado da existência. O comodismo e a indolência iam ao encontro do Anticristo que queria manter a humanidade cega, afastada da Luz e da espiritualidade.

Jesus foi severo com os vendilhões do templo: sacerdotes astutos que conspurcavam a Casa do Senhor com negócios e com a mentira de que, desde que se sacrificassem animais vendidos por eles, cada um poderia viver como melhor lhe aprouvesse. O “procurai e achareis” não surtiu o efeito esperado diante da crescente indolência espiritual presente desde a educação infantil pelo exemplo dado pelos pais. Para a correta compreensão, ainda falta a visão geral sem lacunas sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade até agora.

É necessário que também haja ampla conscientização sobre a responsabilidade de gerar filhos. É lei natural que havendo a fecundação, haverá um nascimento. O desconhecimento disso não isenta da responsabilidade; no entanto, esse importantíssimo fato tem sido descuidado pela cultura da sexualidade voltada para o rebaixamento do instinto. Por outro lado, sem a respectiva fecundação, não poderá haver a geração de um corpo humano.

Muito já se disse que os conselhos benéficos machucam os ouvidos, mas podem trazer melhorias. As lisonjas, muitas vezes, agradam a mente, mas podem causar danos. Pessoas com discernimento seguem os conselhos benéficos, pois mesmo que estes tenham gosto amargo, podem curar. Pessoas vaidosas gostam de bajulação, mas mesmo adocicadas, as lisonjas poderão destruí-las. Amor é severidade.

Conforto sem disciplina e sem respeito à lei do equilíbrio não produz uma geração forte que se movimenta em busca de respostas, sem se deixar dominar pela indolência. A lei do equilíbrio estabelece que para tudo o que é recebido há necessidade de dar uma retribuição, o que não acontece com muitas crianças que sempre exigem mais, achando que os pais são eternos devedores.

O descuido com as novas gerações ameaça comprometer o futuro numa fase difícil para a vida humana dada a aspereza nas relações e a dependência ao mercado de trabalho. Num mundo com mais de sete bilhões de pessoas e inúmeras decisões imediatistas, a situação está beirando ao caos. Os meios de comunicação, veladamente, anunciam o fim da possibilidade de solucionar de forma condigna os problemas criados pelo ser humano, insensibilizando as crianças desde cedo, enquanto a população fica submetida ao medo, desinformação e desesperança.

As casas onde se fazem as leis dos homens mais se assemelham a um circo das leis, pois falta seriedade. O mundo precisa de homens sábios no comando e de seres humanos que se movimentem sem se deixar dominar pela indolência e pela vaidade. Sem respeitar a lei do equilíbrio, a humanidade não poderá alcançar a convivência pacífica e o progresso real.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O QUE É O BRASIL? E O MUNDO?

Numa época em que novos armamentos estão sendo testados é bom refletir sobre a II Guerra Mundial que resultou da decadência da humanidade. Verdade que surgiram alguns avanços tecnológicos, mas uma humanidade evoluída teria reconhecido as leis naturais da Criação e aprendido a usar a energia atômica para fins pacíficos e benéficos, em vez de se dedicar intensamente para construir uma arma destrutiva de guerra. Como preparar as novas gerações para evoluir? Desde cedo as crianças devem ser orientadas para a importância do aprendizado, do trabalho e da busca do significado da vida. Quem somos nós? O que é o planeta onde vivemos? Como ele possibilita a vida? Tudo segue o ritmo das leis naturais da Criação.

É bom desbancar monopólios e ter produtos com preços acessíveis, mas há um grande enrosco no tocante à produção, empregos e renda. Se muitas indústrias se tornarem inviáveis, como vai ficar a economia de vários países como o Brasil? Ficará parecida com o Rio de Janeiro desestruturado, preso às drogas e corrupção?

Seria oportuno relembrar como vem ocorrendo o declínio do Brasil desde os anos 1980, com breve intervalo de folga, mas com terrível destruição geral em muitas décadas perdidas. Perdemos na educação, na saúde e a esperança na melhora. Como sair do insignificante crescimento de 1% e melhorar a produção e empregos? No Brasil despreparado faltam bons gestores. Como enfrentar a conjuntura internacional avassaladora na busca de ganhos, commodities e na distribuição de industrializados? É grande o risco do prosseguimento do desmanche.

O que é o Brasil hoje? Enquanto a China, onde não entra pornografia nem outras drogas, preparava as novas gerações, o Brasil decaía no nível escolar e permitia livremente o uso de bebidas e drogas. Com isso, a moçada foi se prejudicando. A classe política e gestores sempre ficam olhando para a próxima eleição e nada fizeram. O Brasil é hoje um retardatário na indústria e em tudo o mais, ficando espremido entre os que queriam tirar vantagens financeiras e os radicais empenhados em dominar o Estado de forma despótica. Muita gente contribuiu para a precariedade atual. Faltou patriotismo.

A atual situação da humanidade se afigura como a porta para a precarização e declínio generalizado da civilização. Como disse o ministro Jungmann: “Na outra ponta, nós temos aqueles a quem nada falta, aqueles que têm recursos, aqueles que, muitas vezes chamamos de classe média, mas que pela frouxidão dos costumes, pela ausência de valores, pela ausência de capacidade de entender os limites entre o que é lícito e ilícito, passam a consumir as drogas”.

Quais os objetivos do capitalismo democrático? E do capitalismo de Estado conduzido sob o ponto de vista dos comunistas? A humanidade tem dedicado tempo mínimo para a compreensão do significado da vida. Em vez de se dedicar ao auto aprimoramento, adestrou-se no manejo das finanças para ampliação e conservação do poder. Com tal meta, o que se poderia esperar? Desequilíbrio geral é o resultado. A marcha para a insensatez se mostra mais nitidamente a cada dia que passa. Correntes religiosas, liberais democratas e autocratas, vão seguindo na mesma direção perigosa.

A história poderá desvendar os enigmas do atual cenário econômico-financeiro global. Com a avantajada população mundial e recursos limitados, não vai dar para todos terem brioches. Com a rápida integração asiática de mais de duzentos milhões de braços na força de trabalho, em condições de custos mais favoráveis, teve início um processo de desarrumação do comércio internacional que, levado pelo imediatismo, já tinha os seus vícios, e poderemos estar adentrando em nova fase de guerra comercial. Essa é uma questão fundamental que requer a atenção dos organismos internacionais, pois a situação atual aponta para a escalada da precarização e declínio da civilização humana pela redução do equilíbrio entre os países e suas contas.

Gradativamente o Ocidente se foi afastando do saber das imutáveis leis da Criação, a Vontade de Deus, o grande regulamento da vida que conduz para o bem. A China do sábio LaoTsé, também. Agora vivemos a era da colheita, os frutos revelarão as verdadeiras intenções dos seres humanos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O DIA DO NASCIMENTO NA TERRA

Como chegamos ao planeta Terra? Uma mulher está esperando a chegada de uma criança. No meio da gravidez surgem os primeiros movimentos. Uma alma se ligou ao corpo em formação. Qual o elo entre a mãe e a criança? Como foram atraídos mutuamente mãe e filho?

Assim nasceu uma pessoa e esse dia passou a ser comemorado como o dia de aniversário dela. A lei da reciprocidade e da atração da igual espécie conduziu o espírito para o local onde encontraria as condições necessárias para prosseguir a sua jornada de evolução. Uma grande oportunidade lhe foi dada. Essa é a grande promessa da ressurreição na carne, um novo corpo, indispensável para completar o desenvolvimento do espírito e para livrar-se dos erros restabelecendo a conexão com o eu interior, o espírito, o núcleo realmente vivo do ser humano.

Oportunidade para reconhecer o dom da vida, da justiça das leis da Criação “reconhecendo o infalível acerto da sábia Vontade de Deus, que o local em que se encontra foi fabricado por si mesmo como consequência incondicional de todo o seu ser de até então, de várias vidas terrenas e do Além, não sendo, porém, cega arbitrariedade de um acaso. Reconhecerá então, finalmente, que necessita para si exatamente e apenas aquilo que vivencia e o lugar onde se encontra, bem como o ambiente em que nasceu, com tudo que a isso se liga! Se trabalhar assiduamente em si próprio, progredirá não só espiritualmente como também terrenamente. Se tentar, porém, obstinadamente forçar outro caminho, sem consideração e prejudicando seus semelhantes, então jamais poderá auferir proveitos verdadeiros disso”. (Os Dez Mandamentos Explicados por Abdruschin).

Dia do aniversário. Um dia de gratidão e alegria. Gratidão ao Criador; aos pais; aos amigos visíveis e invisíveis, pela condução e pela grande oportunidade recebida novamente para que possa com seu esforço alcançar: Luz, Sabedoria, Progresso, Paz, Felicidade!

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

MARIA MADALENA

O filme Maria Madalena, de Garth Davis, mostra um aspecto especial ao desmontar o conceito de Jesus como revolucionário. Mostra que Judas, sim, queria provocar um levante contra Herodes e contra Roma, o que não era a finalidade da vinda do Messias, que trazia Luz para afastar as trevas e alertava para a transitoriedade da vida destinada à evolução do espírito. Mas os seres humanos estavam apegados demais à vidinha material egocêntrica para despertar e buscar intensamente a compreensão do significado da existência, fato que ia ao encontro do Anticristo, o lutador contra a espiritualidade. Jesus foi severo com os vendilhões do templo que conspurcavam a Casa do Senhor com negócios e com a mentira de que, sacrificando animais, as pessoas poderiam viver como melhor lhes aprouvesse.

O restante do filme é eivado de aspectos confusos, longe da grandeza do evento universal. Após a morte na cruz, Jesus apareceu à Maria Madalena, espiritualmente, não em carne, pois o corpo material segue as leis da natureza estabelecidas pelo Criador de Todos os Mundos.

O “procurai e achareis” não surtiu o efeito esperado diante da crescente indolência espiritual. Jesus disse que voltaria para a sua origem, o Divinal. Mas quando anunciou a vinda do consolador da humanidade (o Filho do Homem), para apresentar a visão geral da Criação sem lacunas, sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade até agora, interpretou-se indevidamente que ele voltaria. Para a exata compreensão desse fato, a obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin, traz os esclarecimentos, desfazendo os equívocos desde a origem do ser humano, enquanto que grande parte das demais obras e filmes foca, preferencialmente, no terrível sofrimento infligido a um inocente. “Pai perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

MARASMO ECONÔMICO GLOBAL

Um homem do mundo dos negócios, que de longa data lida com projetos, empregados, finanças, impostos e legislação, foi guindado ao posto de presidente dos Estados Unidos. Trata-se de Donald Trump que não é um político profissional e por isso mesmo vai sacudindo o establishment, tanto interna como externamente. A opinião dele é que os Estados Unidos precisam sair das profundezas de todos os problemas existentes na qualidade dos empregos, na educação e saúde, no déficit comercial e no problema dos US$ 19 trilhões que o país deve.

Isso não acontece apenas nos Estados Unidos; muitos países estão com dívidas enormes. Permitimos o fortalecimento de um sistema terrível em que o dinheiro público é malgasto e desviado, acima do disponível, o que exige mais empréstimos e choque de juros que paralisa tudo para que a dívida não se torne impagável. Esse é o grande drama produzido pela classe política cuja prioridade é se manter no poder e nas mordomias. Algo precisa ser feito para que isso seja evitado. Como isso poderia ser coibido dando-se plena autonomia ao Banco Central?

Num momento em que os Estados Unidos, preocupados com o crescimento da dívida, se dispõem a usar de mais rigor com os produtos vindos de fora, os grandes produtores estão alvoroçados com a elevada capacidade ociosa, fazendo de tudo para escoar a sua produção e, com isso, aumentam as dificuldades para países como o Brasil conseguirem aumentar o PIB com produção própria e gerar empregos. Os serviços em si atendem ao mercado interno, mas para sua ampliação dependem da renda que a população dispõe, o que limita sua contribuição.

Há um novo conceito de que as economias avançadas dos Estados Unidos e Europa estão enfrentando uma fase de baixo crescimento e nível de empregos estagnado, período batizado com o nome de “novo normal ou estagnação secular”. Mas qual é a origem desse baixo crescimento, baixo investimento e precarização geral? Sem saber a causa não há como aplicar medidas corretivas, pois o certo seria a existência de equilíbrio entre as necessidades humanas e a produção. As causas estariam nas ponderações da jornalista Noemi Klein em recente entrevista publicada na revista Veja?

A jornalista apresenta hipóteses de que o sistema econômico e político é destrutivo porque há uma classe privilegiada que não quer mudanças, alimentando o medo e ódio das massas. Ela pergunta: “Como a América poderá competir com países cujo custo da mão de obra é comparativamente mínimo? Como buscar melhoras com crescente influência de corporações em governos, enquanto trilhões de dólares ficam empilhados nos paraísos fiscais?”.

De fato, o sistema de vida que construímos está afastando o ser humano da sua condição original pela sintonização errada, distanciada das leis da Criação e de seu funcionamento que vai tornando a vida de pouco significado e o indivíduo, descartável. O presidente Trump apela para o patriotismo e para o renascimento da América, mas deixa um ar de confusão ao se referir ao aquecimento global, a designação dada para as alterações que estão ocorrendo no clima. Há uma divergência quanto às causas, que certamente não se pode atribuir a um único fator.

Vários fatores produzidos pelo homem estão interagindo e provocando eventos extraordinários. Seja como for é evidente que o homem, na busca de riquezas, não tem agido em concordância com a natureza e suas leis e responsabilidade com o futuro, portanto não há o que estranhar quando os termômetros se aproximam de 50 graus, e chuvas chegam a alcançar mais de 100% da média, pois tudo está saindo dos parâmetros, cabendo aos humanos examinar as causas que estão complicando a vida para eliminá-las e precaverem-se da melhor forma que puderem.

Sem seriedade, as instituições têm sido abusadas, desvalorizando a democracia para atender a interesses pessoais em vez de cumprir o seu papel junto à sociedade. Estamos no limite da coexistência pacífica. Segundo analistas, a corrupção é endêmica em muitos países, e com ela vem a insatisfação e o aumento da violência e da criminalidade. A corrupção tem de ser erradicada com a colaboração e integração das forças idôneas. Mas se essas forças idôneas não fizerem prevalecer a justiça, buscando soluções de forma séria e humana, o futuro do mundo será sombrio.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ONDA DE PÓS-VERDADE

Entender o que está se passando realmente está ficando muito difícil, pois para cada fato sempre surgem várias versões, como por exemplo, a intervenção da segurança no Rio de Janeiro. Está nitidamente visível que algo precisava ser feito, mas muitas vozes surgem se contradizendo, questionando se essa medida era necessária ou não e se irá criar problemas. A insegurança é o grande dilema. As pessoas ficam comentando na esperança de que haja bom senso, seriedade e eficiência, mas tudo permanece no marasmo e o país, estagnando. A situação é dramática.

O que tem chamado a atenção é mesmo o aumento da violência, guerra de facções, estouros de caixas eletrônicos, roubo de cargas, assalto ao transporte de valores. Uma guerrilha desenfreada pelo dinheiro que ameaça destruir a nação a partir do Rio de Janeiro e que está se espalhando pelo país, arruinando as novas gerações com drogas e orgias. Que futuro poderemos ter? O combate chega atrasado e tem de abranger a corrupção e motivar a população para a busca de uma vida melhor.

A deterioração do Rio de Janeiro começou em 1889 com o ato de inconformismo contra a lei Áurea de 1888. Poderia ter sido o marco da integração e progresso. Com sucessivos governantes sem a adequada seriedade e preparo, o Rio afundou num mar de lama e insegurança, assim como a Baía de Guanabara, transformada numa lixeira. O mundo individualista se tornou áspero e frustrante por se afastar da naturalidade. Como dar bom preparo para a vida às novas gerações? Não basta educar o cérebro frontal. Sem o fortalecimento do eu interior voltado para o bem, domina o sangue frio irresponsável. Essa é uma tarefa para autoridades, educadores, psicólogos e psiquiatras e religiosos. Desde cedo as crianças têm de ser preparadas para a vida real com disciplina, foco e autoconfiança, para que aprendam com as belezas e a lógica da natureza para se integrar com ela de forma construtiva e beneficiadora, assegurando a boa qualidade de vida.

O ser humano tem de fazer uso de suas faculdades e capacitações. Para entender o mundo não pode se acomodar indolentemente. Tem de se movimentar. Diz a teoria da “cognição preguiçosa”, criada pelo psicólogo Daniel Kahneman, que as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional. Ao concentrar seus esforços unilateralmente no desenvolvimento do cérebro frontal, o ser humano destruiu a antena para o mundo espiritual, acorrentando-se ao mundo material, afastando-se da luz da verdade, criando inúmeras pós-verdades que não resistiram a uma severa análise lógica. É preciso esforço para entender o funcionamento das leis da Criação e resgatar o funcionamento do cérebro e cerebelo em harmonia com o espírito. Pós-verdades começaram a surgir depois de Cristo e passaram a ser tidas como fatos naturais.

A teoria da evolução humana também é recheada de interpretações sem, contudo, ter chegado a uma conclusão lógica e coerente na atualidade. Como aceitar que a evolução seja um simples acaso? Stephen Jay Gould, paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos (1941-2002), propôs em 1989 um experimento imaginário extraordinário: voltar ao passado, para a origem, e descobrir que lentamente foi desenvolvido o corpo que seria utilizado pelo ser humano, de essência espiritual, para prosseguir a evolução pessoal e geral da matéria.

Mas se fosse possível voltar mais ainda, ao vazio do caos, seria possível chegar à causa referente à necessidade de o espírito humano receber um corpo perecível para ser implantado temporariamente no mundo material, e de novo, retornando para o presente, poderiam ser vistos os descaminhos da humanidade que nos conduziram ao mundo áspero de nossos dias e, assim, evitar o grande abismo que se avizinha na atual trajetória. O ser humano nasceu para evoluir e ser feliz, mas não pode esquecer a sua origem espiritual, pois só no reconhecimento dela é que encontrará o caminho da felicidade real.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

QUEM SE IMPORTA COM O FUTURO?

O que querem os planejadores da economia 4.0, ou da Quarta Revolução Industrial como também é denominada? Fala-se em globalizar as questões como a do aquecimento e alteração do clima. A chave está no equilíbrio. As ações humanas não podem se contrapor às leis naturais que regulam a física, a química, a biologia, etc. Emprego, ocupação remunerada, educação, sobrevivência condigna, dar ênfase ao aspecto espiritual da vida, seriam as condicionantes para qualquer planejamento global, sem o que, mais e mais, o ser humano tenderá a ser uma peça sem alma e sem conteúdo, mas isso não tem recebido a necessária consideração, permitindo-se a ocorrência de crescentes desequilíbrios sócio-econômicos-ambientais.

O controle monetário e o combate à inflação se sobrepõem a tudo porque há algo errado no sistema que vai provocando distorções. O Brasil surfou na liquidez global que foi entrando pelas portas abertas, mas onde foi parar todo o dinheiro que entrou para aquisições ou especulação? Se esses montantes tivessem permanecido, pelo menos em parte recirculando, teriam evitado a pesada recessão que estamos vivendo, mas essa possibilidade é reduzida dada a estrutura de país exportador de commodities e importador de industrializados. Por isso, as atividades colaterais vão sendo desativadas com o encolhimento da indústria.

O sistema global está destruindo empregos nos países que ficaram para trás. A explicação mais utilizada para o nervosismo que atingiu os mercados globais tem como pano de fundo a expectativa de que as principais economias do mundo comecem a aumentar as taxas de juros, o que deve enxugar a liquidez global, e tornará as economias emergentes menos atraentes para os investidores. Isso tem ocorrido com frequência. Qual é a lógica desse sistema? Por que surge a instabilidade? O sistema tem permitido abusos e operações especulativas sem seriedade que promovem os desequilíbrios geradores de crises.

Qual será o efeito para o Brasil quando o mundo inteiro começar a fugir do risco e saltar para as aplicações de segurança? E para o resto do mundo? Haverá uma paradeira geral com repercussão nas economias da Alemanha, Japão e China? Como eles reagirão?Quais as causas do desequilíbrio nas contas públicas? Em geral, fala-se dos salários e aposentadorias como se isso fosse um acidente esquecendo-se que se trata de um processo cumulativo empurrado com a barriga enquanto havia crédito farto. O que efetivamente está errado no Brasil, quais as causas do nosso atraso, o que temos feito para corrigir as falhas? Como disse o presidente Trump: “Não podemos esperar por outra pessoa, por países distantes ou burocratas distantes, não podemos fazê-lo. Devemos resolver nossos problemas, construir nossa prosperidade, garantir nosso futuro, ou seremos vulneráveis. Ainda somos patriotas?”.

Por mais de um século os Estados Unidos tiveram trânsito livre no Brasil, nos negócios e nos recursos naturais. Poderiam ter contribuído mais para o fortalecimento da nação e do preparo das novas gerações do país. Com sua atitude possibilitaram o avanço da China na esfera econômica, e quiçá na política. Enquanto a China não descuida da boa formação de suas lideranças e do bom aproveitamento das oportunidades econômicas, o Brasil afundou na corrupção, dívidas e despreparo da população. Quem se habilita em contribuir para arrancar o Brasil de sua miséria moral e material?

Quem se importa com o futuro do Brasil que ainda não saiu da condição de país inexpressivo sem propósitos próprios de melhora geral? Isso se deve em grande parte à falta de preparo da população e da classe política que pouco se importou com o futuro do país. Muitas transformações estão ocorrendo no mundo afetando profundamente a vida. Os nervos estão tensos. A inquietação e a ansiedade adentram na mente via cérebro, enquanto a intuição permanece frágil para atuar e auxiliar. Sem teimosia, de forma flexível, o ser humano tem de buscar com simplicidade e naturalidade o equilíbrio-físico-emocional-espiritual para ser feliz.

Os desequilíbriossempre surgem quando se desconhece o funcionamento do todo, o funcionamento das leis naturais que regem a Criação. O homem realizou várias descobertas, mas parou de olhar para o conjunto ao se deixar seduzir pelo ganho imediato. Para tudo existe a solução correta, mas deveria ter pesquisado seriamente com sinceridade, tendo sempre como meta a melhora geral e o beneficiamento do planeta com equilíbrio entre os povos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

QUAL SERÁ O FUTURO DO PLANETA?

Terra, planeta maravilhoso que enseja ao ser humano a possibilidade de evoluir em concordância com as leis naturais da Criação. Desprezando essas leis, ocupando 10 milhões de quilômetros cúbicos, conseguimos causar danos ao todo de um trilhão de quilômetros cúbicos, mas agora enfrentamos desastrosas consequências.

É preciso dar prioridade ao que é prioritário. Os políticos e gestores, eleitos ou designados, têm agido de forma egoística pensando apenas em si, esquecendo que foram colocados em seus postos para pensar nos problemas e dar soluções para a melhora geral. A escassez de água já ameaça; é preciso investigar a causa da redução no volume de chuvas o que exige sabedoria e bom senso que desapareceram com a arrogância e sede de poder e ganhos. No interior havia muitas nascentes; hoje, a menos de cem metros o córrego já está poluído por esgoto.

O Estadão publicou artigo do jornalista Fernando Reinach sobre as alterações que estamos provocando no planeta: “O desenvolvimento tecnológico, o uso dos estoques de riquezas naturais e o aumento brutal do número de humanos estão modificando rapidamente esse 10 milhões de quilômetros cúbicos. E essa alteração está se espalhando pelo restante do planeta. Lá embaixo os aquíferos estão sendo poluídos e lá em cima a camada de ozônio foi reduzida. Esse minúsculo e único volume de toda a galáxia em que vivemos está se modificando. Se as condições desses 10 milhões de quilômetros cúbicos mudarem significativamente, nós desapareceremos, e nada vai mudar no universo. Afinal, são só 10 milhões de quilômetros cúbicos.”

O ser humano é o espírito que dispõe do intelecto para auxiliar na vida material, no entanto o intelecto tem se sobreposto ao espírito levando ao enrijecimento do pensar e sentir que tende a reduzir a condição humana ao estado de máquina sem conteúdo, afastada da Luz, cujo comportamento vai sendo catalogado e acumulado pelos supercomputadores para criar rígidas normas de conduta da massa sem individualidade, para serem seguidas conscientemente ou mais provavelmente não.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o sistema de segurança do Brasil “está falido” e que a criminalidade se transnacionalizou. Pode-se dizer que não se trata só do sistema da segurança. Muitas coisas não estão funcionando bem, como se pode observar na falta do bom preparo das novas gerações às quais são dadas múltiplas oportunidades de receber mensagens negativas e imagens de modelos inadequados de atitudes e comportamento. Soma-se a isso a falta de propósitos e de coesão na esperança de melhora. Atribui-se o caos ao déficit financeiro, que se agravou com a adoção de medidas inadequadas no combate da crise econômica global, as quais retardaram a recuperação. Além disso, enfrentamos a corrupção infiltrada na gestão pública que aumenta a ineficiência do Estado.

Diante da paradeira econômica mundial sempre ressurge como explicação o tema da estagnação secular que soa um tanto dogmática, pois não explica a causa da não recuperação da economia que pode estar associada à existência de excesso de poupança e liquidez, e de poucas opções de investimentos, mormente no ocidente que perdeu a competitividade nos custos de produção e reduziu a capacidade de gerar empregos e consumo, até mesmo de bens essenciais.

A situação poderá piorar muito se houver novo choque de elevação dos juros externos. Então, o que está meio estagnado tenderá a decair mais, gerando uma nova crise global. Mas só manter os juros baixos e continuar financiando contas públicas não restabelecerá o equilíbrio econômico entre os países ricos e os demais.

O Estado democrático assumiu posição destacada, mas tendeu para populismo e institucionalização da corrupção. Com o advento do capitalismo de Estado, com poder e controle centralizados na política, criaram-se duas visões diferentes de lidar com a economia e com a liberdade. Os avanços tecnológicos da quarta revolução industrial estão ensejando tentativas para reinventar o Estado, mas a grande transformação para o bem exige a reinvenção do homem, devendo o ser humano cumprir efetivamente a sua tarefa de construir, beneficiar e evoluir. Mas para isso tem de reconhecer e respeitar as leis naturais da Criação que expressam a Vontade do Criador.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7