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O CHOQUE COVID-19

Após 25 anos de juros extravagantes, veio a baixa. Aqueles que tinham se habituado a manter o consumo com a renda fixa perderam o rumo e foram seduzidos pela renda variável sem perceber que tudo já estava superavaliado. Com a queda dos rendimentos, ficaram falando sozinhos. Agora os países já endividados vão sendo seduzidos para ampliar o gasto, mas como não emitem, teriam de aumentar a dívida, o que poderia conduzir ao cadafalso pelos governos irresponsáveis e aproveitadores. Como aumentar a produção, emprego e renda? Depois de décadas de imediatismo econômico e desmazelo no trato da finança pública, o coronavírus põe tudo à mostra.

Está parecendo filme de James Bond. Há boatos que falam de jogada da China em parceria com os globalistas. Artigos em jornais especulam que a economia da China poderá tombar. Mas o que está se passando no planeta? Estatísticas externas indicam que o vírus mata e contagia com facilidade. Para religiosos se trata do começo do fim. Procurando por um pouco de lógica nos acontecimentos, religiosos dizem que a humanidade semeou ventos e colhe tempestades, mesmo assim não querem saber da Vontade de Deus. Estamos atravessando a grande crise gerada pelo ser humano que abandonou a intuição, a voz do espírito.

O projeto de globalizar a produção mostra as consequências. O que farão os 7,8 bilhões de habitantes da Terra? A crise do vírus mostra as superficialidades da humanidade e adverte sobre o seu modo de viver extravagante que transformou a vida em renhida luta pela sobrevivência.

Em 2020 estamos enfrentando uma situação inédita. Tirando farmácias e remédios, a economia está parando. A crise pegou a todos meio desprevenidos, mas esperançosos de melhoras. Ninguém sabe qual será o pacto global, nem quais serão os desfechos determinados pelas leis da Criação.

Alguém está planejando como lidar com essa interrupção geral? Se não houver bom direcionamento, o planeta poderá cair no caos. A mídia continua em campanha de informar e assustar. Prevenção e cuidados são necessários e importantes, mas pânico não. Estamos atravessando uma época muito difícil. Querem parar o Brasil? As trevas se revolvem procurando oportunidades para semear ruína.
Essa época difícil exige muita vigilância e oração sincera. A parada forçada cria nas pessoas um clima estranho de aposentadoria. Temos de impedir que inquietação e a intranquilidade nos atinjam, fazendo reflexões com sinceridade e bom senso. Para que nascemos? Muitas pessoas continuam fazendo barulho sem querer entender que a indolência espiritual é a causa da ruína no planeta.

Mais de quatro milhões de anos foi o tempo necessário para que o planeta adquirisse as condições de vida e sustentabilidade, o mundo em equilíbrio pela automática atuação das leis naturais da Criação. “Mediante a vontade e os pensamentos, os seres humanos dirigem os destinos de toda a Criação posterior, bem como os deles mesmos, e nada sabem disso. Favorecem o florescer ou o fenecer, podem alcançar soerguimento na maior harmonia ou também aquela confusão caótica que atualmente se dá! Ao invés de construir sensatamente, malbaratam desnecessariamente o tempo e a energia com tantas vaidosas futilidades”. (Abdruschin, Mensagem do Graal, vol.2)

A condição essencial para controlar surtos de vírus é a higiene. Cumprimentos muito próximos são problemáticos, vamos evitar beijos e abraços, todos vão entender e colaborar. Mantenha as mãos limpas, cumprimente com um sorriso. Ensinem as crianças a terem mais confiança.

O Brasil precisa de um renascimento espiritual, ético, moral, econômico. Alvos nobres que devem contar com a participação de todos, cuja prioridade seja a construção de um país digno, que busca a melhora das condições gerais de vida com autonomia, equilíbrio, eficiência, continuado progresso, melhora da qualidade humana de sua população tão descuidada pelo poder público. Mas não é tarefa fácil dada a cobiça pela cadeira do Presidente. Cada indivíduo tem que se movimentar em busca de sua libertação espiritual, seus sonhos de evoluir, construir e beneficiar.

Os auxílios da Luz sempre estão disponíveis, mas é preciso a gratidão, os pensamentos voltados para o bem, e a confiança de que tudo se encaminhará para o desfecho certo de acordo com as leis da Criação. Coragem, perseverança, força, serenidade, confiança no Criador Todo-Poderoso. Cultivando a gratidão, a paz e a vontade voltada para o bem, a alegria virá.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O PAPEL DO ESTADO

Com mais de sete bilhões de pessoas e inúmeras decisões imediatistas, a situação mundial está beirando ao caos. Os meios de comunicação, veladamente, anunciam que não vai dar para resolver todos os problemas criados pela humanidade. Nas casas onde se criam as leis dos homens prevalecem interesses particulares. O mundo precisa de homens sábios no comando e de seres humanos que se movimentem incansavelmente buscando o bem.

Nestes dois milênios depois de Cristo, tivemos praticamente quinze séculos de imobilismo nos quais as comunidades não atingiram o apogeu de seu desenvolvimento. A partir do século 15, houve uma ruptura e começaram a surgir mudanças. As comunidades se transformaram em nações e estas em Estados soberanos que passaram a interferir profundamente nas atividades, regulamentando a vida. Três poderes se confrontam: o religioso, o do Estado burocrata, e o econômico que, crescentemente, amplia a sua influência. Por trás de tudo isso, sempre estiveram os próprios seres humanos que, ao invés de buscarem intensamente o reconhecimento e atuação conforme as leis da Criação, sempre disputaram o controle das riquezas, a influência e o poder. Assim, as incompreensões permaneceram e a missão de Cristo não foi reconhecida com exatidão.

A estruturação do Estado nacional contemporâneo tem como objetivo exercer a soberania política e militar dentro de seu território delimitado por suas fronteiras. O Estado nacional é também chamado de Estado-Nação, aglutinando as pessoas que vivem no território e que possuem características singulares segundo a sua identidade (língua, religião, moeda, hino do país etc.) cultural, histórica, étnica, colocadas em prática dentro do estado, ou seja, do país.

Surgiu o Estado Laico e Republicano, com a capacitação de definir a moeda do país, sem a figura do rei absoluto. Mas a população deveria ser bem preparada e o Estado não deveria ser o tutor de tudo e de todos, tributando e se envolvendo em negociatas. Cada povo, com sua pátria e tradições, todos reconhecendo e seguindo as leis naturais da Criação. Mas a cobiça por riqueza e poder dominou, e as consequências estão evidentes: Estados endividados, falidos, população despreparada, cidades caóticas.

O Estado tem de contribuir para que haja oportunidades de progresso para todos, mas os teóricos queriam Estados que tivessem arrecadação e pudessem contrair empréstimos no mercado. Aí vieram os burocratas e melou tudo. O dinheiro nunca é suficiente, as dívidas crescem e tudo fica por fazer. A classe política e a burocracia se voltaram prioritariamente para conservar seus privilégios e posição no poder. Mas o que eles fizeram com o dinheiro?

A rede de poder mundial está consolidada há décadas. Tudo foi seguindo de forma indolente, sem chances de renovação. O declínio ético e moral está se ampliando. Com o agravamento da situação e a insatisfação crescente, surgiram os chamados populistas que cativam as massas propondo novas ideias, visando a seriedade na gestão pública.

Com a crise epidêmica do coronavírus em escala global, está ocorrendo um clima de ansiedade e inquietação que se amplia com o bombardeio de informações derrubando a economia. Mas a crise é uma grande advertência, chamando a atenção dos seres humanos sobre a forma displicente e irresponsável como estão vivendo. No entanto, a atuação das leis naturais da Criação exigirá que tudo se torne novo no viver.

A República, proclamada em 1889, veio sem preparo, fruto de um golpe de vingança contra o Imperador e a Princesa Isabel que aboliram o trabalho escravo, pois a economia do Brasil não poderia continuar naquele sistema ultrajante. Nas várias etapas seguintes de governo faltou o impulso para formar um país independente, apto a conceder boa qualidade de vida a todos que se esforçam.

A saúde é a grande riqueza do ser humano para poder cumprir a sua tarefa na Terra; sem ela, tudo o mais perde o seu valor. O corpo é de uma perfeição espetacular, as condições de hospitalidade do planeta também. Mas o ser humano se afastou da naturalidade e causou danos a si mesmo e à Natureza. Como diz Roselis von Sass, na obra O Livro do Juízo Final, “O efeito protetor da aura dos seres humanos foi rompido e comprometido, pois as cores originais possuem efeitos magnéticos defensivos”, que foram perdidos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7