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QUAL É O FUTURO DA HUMANIDADE?

No planeta Terra a vida tem sido, em grande parte, moldada por materialistas que examinam a situação, planejam, estabelecem os objetivos e os põem em execução. O que importa é o resultado; alguns imprevistos e desvios são tolerados desde que não embaracem o plano e assim vão ampliando a dominação. Há séculos a situação da humanidade tem sido essa, mas agora há algo novo no ar que impele, de forma cada vez mais veloz, as consequências, impondo que os efeitos mostrem as reais intenções.

Os pais não foram atentos achando que os filhos teriam uma vida fácil com boa escola e trabalho, mas deu tudo errado. Falta boa educação e preparo para a vida. Os empregos perderam qualidade e quantidade. Há um desalento. Muitos jovens se perguntam por que nasceram, não cuidam do corpo, menos ainda do espírito. Os traficantes se aproveitam e aumentam o faturamento à custa da fragilização das novas gerações, comprometendo o futuro.

Por que a humanidade está se desumanizando? Saiu do natural, perdeu a clareza e o discernimento, não sabe mais o que é a vida e sua finalidade. O pensar não pode ser mecânico; tem de ser flexível, claro, com discernimento. Qual é o futuro da humanidade que ouviu e viu, mas não quis aceitar que o Criador é um só. Muitos profetas foram enviados para explicar e advertir; uma grande pirâmide foi construída para deixar uma mensagem para alertar aqueles que saíam do caminho da elevação. Tudo deveria ter formado uma única doutrina, pois as leis da Criação são universais. Hoje há rumores de guerra. Aumenta a produção de armas. Os partidos querem o poder. Falta humildade espiritual.

Como se sabe, a Grande Pirâmide de Gizé e a Esfinge fazem parte de uma enigmática profecia em pedra, que faz alusão aos tempos difíceis pelos quais o povo da Terra está passando. Neste mundo áspero, sem amor, sem generosidade, nem paz de espírito, a política deveria ser a atividade da boa governança visando a continuada melhora das condições de vida e do aprimoramento, mas ligada ao poder se tornou o domínio, e como tal virou guerra devido à cobiça pelo poder e a riqueza que vem junto. As eleições bem demonstram isso.

Em meio a tantas arbitrariedades e conflitos pergunta-se qual é o futuro do ser humano? Essa é uma questão que sempre deve estar presente quando se trata dos rumos da humanidade que sofreu com reis déspotas, e mais ainda com tiranos eleitos. A maior parte deles nunca se ocupou com o aprimoramento da população. Os poderes econômico e político juntam as mãos para conduzir a sociedade ao caos. Cada indivíduo está sendo transformado em complemento das máquinas, nivelado sem vontade, sem discernimento, já não tem mais futuro.

Como alcançar a paz? Vivemos a lei do porrete mais forte. Como enfrentar a situação de conflitos que nos ameaçam? Há muitas recomendações, mas em todas falta o essencial; falta o conhecimento do significado e finalidade da vida, e sem isso tudo o mais será paliativo. A população do planeta calculada em oito bilhões de seres humanos está em nível jamais alcançado, mas sem qualidade. A indolência leva ao emburrecimento programado, à perda do bom senso, ao enfraquecimento da força de vontade. Um povo entorpecido, sem força para seguir o verdadeiro sentido da vida para evoluir pacificamente, chegará ao extremo de desperdiçar o tempo de vida na Terra.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

VIVER DESEQUILIBRADO

Na Criação, somos todos peregrinos com a oportunidade de evoluir. Os homens criaram o dinheiro e a civilização do dinheiro, sem ele nada se faz. O dinheiro tornou-se o motivador de todas as ações, inclusive as criminosas, de indivíduos e Estados, e das discórdias também. Apesar de toda a riqueza estar nos recursos naturais, onde falta dinheiro, sobra miséria.

A concentração continuada do dinheiro criou alguns mecanismos de distribuição, mas isso não resolve a questão da miséria humana, enraizada na baixa cultura, que nada acrescenta, e na falta de preparo para a vida, pois a concentração e as disparidades na renda são próprias do capitalismo, o que impõe a necessidade de criar mecanismos para manter o equilíbrio.

As nações se dividem entre as que produzem e controlam os bens e o dinheiro, as extratoras de matérias-primas e consumidoras de bens, e as rodeadas de muita pobreza. O consumo dos recursos naturais está no limite da capacidade do planeta. O sistema continua seguindo a rota do abismo. Mudar essa situação não é fácil, pois foram sendo incorporados muitos artificialismos para aumentar os ganhos.

O caminho pensado para mudanças é o da imposição de normas reguladoras que reduzam a utilização dos recursos naturais; isso já está acontecendo. Em sua mania de grandeza, os tiranos querem subjugar povos e territórios. Reduzem-se empregos, renda, consumo. As dívidas dos Estado-nação seguem aumentando, reduzindo sua autonomia. A movimentação do dinheiro passa a ser controlada até nos centavos.

As quantidades de produtos diminuem. Preços sobem. As escolas nivelam por baixo. Atividades lúdicas são criadas para manter a população ocupada. Castelos de areia foram construídos, mas não estão resistindo aos vendavais que se aproximam trazendo a grande colheita para os indivíduos. Em algumas nações, multidões vão às ruas para exigir soluções. É triste a realidade histórica da humanidade que precisa se manter em guerra para evitar mais guerras, aumentando a miséria. Bilhões de dólares são queimados nesses conflitos e mesmo sofrendo muito, a espécie humana não busca o lugar que lhe cabe, e vai decaindo.

O século 21 se apresenta forte e severo, diferente de todos os anteriores. Paira a ideia de desmanche geral, pois muitas coisas estão emperrando ao mesmo tempo. No meio da confusão, a alma agitada se sente perdida. A humanidade está domesticada e sem rumo. Estamos num ano eleitoral em muitas nações; quatro bilhões de eleitores definirão seus governantes. Há candidatos acomodados com a situação atual e os insatisfeitos propondo mudanças.

Os conquistadores pilharam as riquezas e fizeram escravos. A miséria na América Latina e na África empurrou para fora milhões de pessoas. A bem dizer, toda a tragédia da humanidade decorre da cobiça por riqueza e poder, e devido à ausência de aspirações nobres e elevadas. Aumenta o consumo de drogas. O que leva as pessoas a usarem substâncias prejudiciais que provocam a morte? São aquelas que se afastaram do significado e finalidade da vida e do viver consciente, simples e natural. Os indivíduos vagam pela vida sem rumo, vão jogando fora o tempo concedido, o vazio de suas vidas se torna um tormento que os levam a se refugiar nas drogas, em vez de buscar fortalecimento, evolução e desenvolvimento.

O Brasil perdeu fábricas e empregos. Atrasou na tecnologia, falhou na educação e preparo das novas gerações para a vida. Estagnou na infraestrutura, a dívida cresceu. A violência urbana aumentou. O que se poderia fazer para equilibrar a situação antes que aumentem a insatisfação e a violência?

A humanidade se robotiza e age mecanicamente, seguindo regras, sem ouvir a intuição sobre o que é o certo. É preciso reagir e escapar desse processo que enfraquece a alma e a força do querer próprio. Perdemos o rumo e nos afastamos daquilo que era esperado de nós, e agora precisamos urgentemente recuperar o rumo certo antes que seja tarde demais.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

EMERGIR DO CAOS

A história do Brasil não é nada edificante. O descuido com o bom preparo da população vem desde 1889 quando a República não deu atenção à mão de obra liberada das fazendas. No período entre as guerras mundiais houve estagnação geral. Riscos gerais estão aumentando. Ao lado das transferências governamentais para amenizar a penúria é preciso mais gente empregada e produzindo. Em meio às forças poderosas que estão afetando a vida, as novas gerações e a população em geral deveriam estar sendo direcionadas para atividades produtivas. Não podemos continuar seguindo a esmo para não sermos surpreendidos por um abismo grande nesse caminho.

As nações devem manter relações amistosas entre si, mas cada povo tem de visar a sua autonomia. A história econômica tem muitos exemplos de conivência na exploração de recursos naturais e mercados consumidores. No pós-guerra, a invasão cultural foi moldando as novas gerações. A dívida externa travou a fabricação. O plano real criou o dinheiro forte, mas a custa de juros altos, e o dólar barato dizimou as fábricas. Capitalismo de Mercado e o de Estado se confrontam. É uma perigosa encruzilhada.

O mundo está entrando numa fase de violência, insegurança e caos. Era esperado que a humanidade se integrasse no processo evolutivo da Criação buscando a Luz, semeando o bem, mas com o predomínio das cobiças, o mal se alastrou tecendo os fios do destino da humanidade. A previsão do que iria acontecer veio em forma de profecia conhecida em geral como Apocalipse de João.

Mentiras existem desde que o ser humano foi se afastando de sua essência passando a engendrar teorias e versões dos fatos. Qual é a verdade sobre Jesus, enviado pelo Criador, respeitando todas as leis naturais da Criação? Qual é a verdade sobre a finalidade da vida? Não serão as modernas máquinas inteligentes que responderão. A miscelânia de informações já causa cansaço mental, afastando o ser humano do que é natural, isto é, de se orientar pelas leis da vida. Todo indivíduo tem a capacidade de perceber quando algo foge da verdade, a menos que a tenha embotado; aí passa a agir como um robô.

Aumentam os gastos públicos, mas o atraso geral continua e piora. As cidades incham, a infraestrutura encolhe. Querem arrecadar, mas a produção se reduz. No século passado, as famílias queriam bens duráveis. Eram fabricados componentes, eletrodomésticos e outros bens. Atualmente, fábricas foram fechadas. Em Manaus criou-se uma linha de montagem cara. Agora muita coisa vem de fora com baixa tributação. As empresas varejistas estão apreensivas com a concorrência favorecida pelo sistema de compras isentas pela internet. A solução tem sido transferência de renda pelo governo em substituição ao trabalho, mas isso requer dinheiro; se faltar, aumenta-se a dívida. Até onde vão esticar a corda? Quando começar o aperto, a finança desaba, a nação afunda.

No século 21, tudo foi parar no oposto do que era desejado. População grande com preparo pequeno. Crise climática. Países endividados. Guerras. E os empregos? Prognósticos preocupantes. A humanidade e seus gurus terão a capacidade de reconhecer o que foi feito errado causando esse momento em que as esperanças se reduzem, aumentando as crises emocionais?

O trabalho faz parte da vida. A automatização e o crescente uso do computador fizeram do trabalho uma rotina fechada, rígida. Nesse ambiente, o homem não é nada, não pode interferir tendo de se subordinar ao que a máquina foi programada. Daí surge o desencanto e a robotização. Se somar com a perda do emprego, junta-se o ruim com o perverso. Uma nova sabedoria é o que a humanidade mais necessita para emergir do caos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS DECISÕES ECONÔMICAS FRENTE AOS RISCOS

Além das guerras, estão ocorrendo catástrofes em maior quantidade. No Japão, houve um terremoto causando mortes e desespero. O Brasil fez a passagem para o ano novo em relativa paz, mas falta união e sinceridade na busca de um mundo melhor e humano de fato. A humanidade enfrenta o desânimo das novas gerações que estão antecipando o seu desgaste e não nutrem propósitos de vida, colocando o futuro sob ameaça.

Ter esperanças positivas é importante, mas não suficiente. Cada ser humano tem de se movimentar agindo com o propósito efetivo de contribuir para a paz e o aprimoramento com saúde, sabedoria e alegria para que, efetivamente, construa de forma benéfica e espalhe belezas pelo planeta.

Mesmo com todas as exportações do agro, há déficit nas contas internas e externas. Quanto tempo leva para desequilibrar as contas, criando passivo impagável superior às reservas? Quando isso acontece a nação começa a entregar seu patrimônio perdendo a autonomia como já acontece em vários casos. É esse destino que querem para o Brasil?

Apesar da dívida elevada, da instabilidade cambial e dos juros, no passado o Brasil produzia nas pequenas fábricas e dava empregos. Atualmente as fábricas fecharam e tudo ficou dependendo de importações com preços menores, mas a renda estagnou e caiu. A nação continua aumentando gastos. O futuro é preocupante. Os cavaleiros políticos querem vencer mesmo que tenham que sacrificar o animal.

Submetidas às técnicas de manipulação e a uma enxurrada de mensagens enganosas para levar a acreditar em inverdades construídas tecnicamente, as pessoas, em especial as espiritualmente indolentes, estão sendo conduzidas ao emburrecimento geral, que faz desaparecer a clareza no pensar e o raciocínio lúcido, o qual deve ser formado a partir de lampejos intuitivos procedentes do eu interior, aquela percepção que surge de repente indicando um caminho, uma solução.

É lamentável a situação do mundo. Obstinados e teimosos, os homens não buscam o caminho da paz. Os EUA poderiam ter sido o grande modelo de liberdade e progresso para as nações, pois atraíram pessoas de alto potencial, mas ao final tudo se voltou para o materialismo. A sua população vive bem, mas a fantasia está acabando. Com o dólar nas mãos, as autoridades passaram a estender o poder de forma lucrativa em todas as direções. O desapontamento do povo poderá gerar muitas dificuldades internas e, do lado de fora, os concorrentes querem o poder; isso poderá acarretar um sofrimento inaudito para os seres humanos da Terra.

No que diz respeito à acumulação da riqueza monetária, a prioridade tem sido assegurar contínua ampliação da quantidade de dinheiro líquido, o que cria um embaraço entre o atendimento das reais necessidade da espécie humana e a ânsia de acumular dinheiro com pronta liquidez. Para isso foram desenvolvidas as engrenagens da acumulação que passaram a orientar tudo, porém gerando instabilidade e a centralização do dinheiro e seu poder de forma crescente, deixando o atendimento às necessidades fundamentais em segundo plano. Grandes investimentos são bancados pelo Estado que, uma vez em funcionamento, ensejam a privatização. Atualmente visando ampliar o seu espaço, a China se tornou a grande investidora pelo mundo.

A norma tem sido buscar ganho financeiro e poder a qualquer custo. Mas disso resultaram estragos de monta na espécie humana que se afastou do devido lugar que deveria ocupar, tendo também descuidado do autoaprimoramento e da natureza, que espelha o pulsar da vida no planeta. Tudo depende de dinheiro que está caro como meio para combater a perda de poder aquisitivo da moeda. Por isso serão produzidos menos bens. O que fazer para que a miséria não aumente mais ainda? Tudo teria sido tão melhor, mais belo, se as pessoas buscassem seriamente o significado da vida e do Amor do Criador, que por graça permite o desenvolvimento e transformação da semente espiritual em genuíno ser humano.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ALENTO GERAL

É estarrecedor o nível a que a humanidade decaiu. Há uma geoeconomia tenebrosa na qual os líderes tiram proveitos sem favorecer o aprimoramento humano. Atualmente as novas gerações perderam a força de vontade. Há um desalento geral, falta de ânimo e de propósitos enobrecedores, mas a cobiça por riqueza e poder tem aumentado, o que pode arrastar o planeta para ruína total, inerente à desumanização progressiva. As pessoas nascem na “Escola da Vida” prioritariamente para evoluir, se humanizar, mas está faltando conscientização e motivação para essa prioridade fundamental.

Ocidente e Oriente miraram no crescimento do capital financeiro deixando de lado o capital humano, isto é, o desenvolvimento integral do ser humano, sua qualidade física, mental, espiritual. Agora, com a permanência da inflação, novamente, mais penalizada será a população em geral. É necessária a atuação de estadistas e empresários sábios que cooperem para que haja equilíbrio na economia interna e externa.

As finanças têm a sua importância, mas o capital humano não pode permanecer na displicência, pois as novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida comprometendo um futuro melhor. É preciso que os jovens estejam atentos e acordem, pois se ficarem acomodados serão dominados pela base que receberam na infância, passando a serem simples produtos de massa, e não verdadeiros seres humanos, com discernimento próprio. Para um bom desenvolvimento, as crianças precisam ser incentivadas para contar e escrever histórias.

Certa criança não compreendia as brigas e conflitos e disse: “Por que as pessoas fazem tantas maldades, será que ninguém explicou que a vida pode ser maravilhosa? Uma pessoa de coração não faz maldades. Elas não aprenderam que o coração deve ser o condutor?”

Muitas atividades estão se ressentindo. Com as grandes transformações na área econômica, os modelos anteriores perdem espaço diante das gigantes da internet. Custos crescem. Salários dos trabalhadores em geral se comprimem. Como superar as crises e manter as condições sociais da população?

Na periferia proliferam as moradias precárias. As cidades estão crescendo para cima, mas no chão o trânsito é caótico. Os da direita defendem o capital e seus detentores; os da esquerda defendem o poder na mão dos homens de Estado, mas a população é manipulada, distraída com muito circo e pouco pão para que não seja um incômodo. Tudo está ficando difícil, os responsáveis percebem isso, mas sem saber o que fazer vão enrolando, e alguns cuidam de encher o próprio bolso.

Com seu livre arbítrio o homem pode escolher a escada que sobe rumo à humanização, ou a que desce aos abismos do embrutecimento. Pode escolher desenvolvimento e elevação do espírito, ou agarrar-se ao mundo material na crença de que com a morte tudo se acaba. Pelo que se observa, a escolha foi para a descida, que também afundou a Terra que se distanciou do Céu. Mas a aspereza é brutal e as engrenagens estão emperrando em todos os setores da vida. As profecias apontavam para a conflagração geral, todos contra todos, mas ainda há uma certa disciplina; o dia da grande colheita está se aproximando.

A atmosfera de esperança no futuro está cedendo lugar para um clima de incertezas e receios gerais que enfraqueceram a demanda. O sistema induzia à ideia de que haveria continuada melhora geral; como isso não ocorreu, o comportamento dos consumidores se tornou contido. As coisas começaram a piorar com o surgimento do polo fabril asiático, com menor custo de mão de obra e que sofre menos impacto das crises financeiras e taxas de juros, que passou a produzir para exportar. As autoridades têm de buscar o equilíbrio na atividade econômica a fim de que haja produção, renda e consumo, e um bom alento sobre o futuro.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O CONFRONTO DAS CIVILIZAÇÕES

Num mundo onde o amor está sumido, a aspereza avança ferindo a sensibilidade. Há mentiras descaradas para todos os lados. No Brasil havia pobreza, mas as pessoas tinham consideração e o viver era mais sereno. No presente tudo está ficando difícil. O celular e a internet criam pressão, pois não há contato humano e as relações acontecem através da máquina. Há frieza e inquietação na obediência ao aplicativo. E de repente, um ciclone mais forte que os anteriores. O que será? A poluição, a devastação ambiental, o sol queimando mais combustível, esquentando?

Na pós-pandemia muitas pessoas estão externando sua rudeza e falta de consideração. Quem dirige automóvel enfrenta um perigo adicional de motoristas estressados e sem consideração. O ser humano não é confiável. Há que se saber manter distância e desapego. Mas amizades sinceras, não invasivas, são essenciais. A especial sintonia da igual espécie e propósitos amplia resultados.

A natureza tem as suas leis lógicas e coerentes, mas a humanidade afastou-se delas e por todos os lados vai semeando consequências negativas que poderiam ser evitadas para um viver sereno sem os conflitos atuais. Faltam amor e sincera consideração. Quem gosta de escrever, ao ver algum acontecimento, junta palavras que vem à sua mente, descrevendo o seu modo de ver; é a diversidade e a intuição. A mesma situação se dá com pintores, músicos e outros artistas que têm o desejo de externar a emoção sentida mesmo que seja num simples comentário numa mídia.

As trevas querem manter o ser humano afastado da Luz da Verdade, e tudo fazem para mantê-lo mental e emocionalmente sob controle. O tempo está passando acelerado, hora de despertar o espírito. Haja força de vontade, antes que seja tarde demais. O que é a vida? Qual o seu significado? Para que viemos? O ser humano é espírito. O corpo é vestimenta passageira. A verdadeira espiritualidade pode esclarecer.

Governantes das nações que integram o G-20 participam de reunião na Índia. O que entra na pauta dessas 20 principais economias do planeta? Guerra, paz? Falarão sobre o declínio ético e moral da humanidade e de como reverter essa curva decadente da espécie humana, com pouco espaço para reflexões individuais profundas sobre o sentido da vida?

Segundo noticiou o site bbc.com, a dívida da China está se aproximando de 310% do seu PIB, um dos mais altos níveis de endividamento entre as economias emergentes, mas quem são os credores? A expansão da China ocorreu em virtude da decisão de produzir de tudo e exportar para acumular dólares, mas o mercado interno pouco evoluiu. Muitas autoridades caem na ilusão de que basta injetar dinheiro para que a economia vá em frente gerando progresso e bem-estar.

No comparativo do que acontece com alguns atletas, quando as substâncias estimulantes utilizadas podem causar a morte em competição por provocar espasmo das artérias coronárias com o surgimento de enfarte do miocárdio, o mesmo efeito se dá com o dinheiro que é lançado na economia sem um direcionamento saudável. Isso produz os distúrbios que entorpeceram a economia gerando descontrolado crescimento da dívida e incertezas quanto ao futuro. Só o PIB não garante felicidade. De que vale um PIB alto se muitas pessoas passam fome e se embrutecem?

O aumento das taxas de juros e das dívidas, a queda na renda e consumo preocupam o varejo, tudo isso leva comentaristas econômicos a falarem sobre recessão e quebradeiras. Uma boa pedida seria buscar equilíbrio entre os monopólios mundiais e pequenos e médios empresários.

Para formar líderes sábios, à altura dos desafios da época, eles têm de compreender as leis da natureza. Poucas pessoas estão percebendo o grave chamado sutil do Universo. Tempestade perfeita? Inflação, juros, recessão, desemprego, violência urbana. A humanidade tem seguido por caminhos tortuosos. Estará em andamento o naufrágio das civilizações apontado pelo escritor libano-francês Amin Maalouf?

O século 21 está pondo em evidência o brutal confronto das civilizações; porém, mais forte do que o choque entre religiões, racismo, Estado autoritário e liberalismo exacerbado, situa-se o grande confronto econômico-financeiro global que está assumindo formas rígidas, expressando as cobiças por riquezas e poder dos homens intelectivos que se opõem ao espírito gerador da boa vontade para a paz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SEMEAR O FUTURO

A humanidade se encontra diante da grande colheita de todas as suas ações. Não há equilíbrio. Os esquemas ficam meio escondidos, não favorecendo muito a nação e seu povo. Prevalece o açambarcamento dos recursos naturais de forma que se produza onde o custo seja baixo para vender aos que ainda podem pagar. Se quisermos um mundo melhor, em continuado progresso, tem de acabar a luta por riqueza, poder e dominação, travada pelos poderosos contra a população em geral, e colocar em prática a estreita cooperação, visando o bem geral e a sustentabilidade.

O poder e os ganhos ficam com os graúdos enquanto a miséria vai se espalhando. Estão levando parte do Brasil para fora. Um exemplo é o da superfície do estado de Minas Gerais que está se tornando um grande buraco de difícil recuperação após a extração do minério de ferro, assim como ocorre com o buraco da dívida que não para de crescer. Das dívidas soberanas a mais complicada é a americana por envolver a moeda mãe das outras, o dólar. As complexidades são pouco debatidas. Havia um plano? Qual era? De tempos em tempos o teto da dívida é elevado. Como essa situação avançará pelo mundo?

As desmoralizações dos sistemas estão gerando mal-estar, comprometendo a democracia com o aumento do desinteresse e indiferença. Há insatisfação da população mal disfarçada, aproveitada por quantos cobiçam o poder mesmo que para isso tenham de favorecer a decadência geral. Com oito bilhões de almas encarnadas, o que deveria ser o Estado-nação? As ações da humanidade estão convergindo unilateralmente para o dinheiro, que vai suprimindo tudo o mais através das ações dos homens que não querem que o espírito atue naturalmente. As pessoas foram perdendo a percepção de que não passam de simples criaturas com a permissão de viver para evoluir.

O desenvolvimento em bases imediatistas é instável por natureza, portanto sujeito a mutações e destruição. Os seres humanos teriam de ter criado condições de vida em continuada melhora, pois o que importa é o aprimoramento de todos; se isso é posto de lado, a instabilidade da vida se manifesta, pois faltou responsabilidade. Era esperado que todos os avanços tecnológicos trariam melhorias gerais, promovendo qualidade de vida. Em vez disso muitas invenções trouxeram aumento da precarização. O natural seria que todos que se esforçassem e se dedicassem não deveriam viver precariamente na Terra. O que a inovação criada pela Inteligência Artificial trará para a humanidade?

Cada indivíduo tem o dever de fortalecer o querer próprio que, partindo do íntimo, desabrocha em seu cérebro para agir ou não. Os manipuladores querem adentrar no cérebro através da visão, audição e estímulos contidos nas mensagens. Se o indivíduo não tiver fortalecido o seu querer e força de vontade estará sujeito a que outros decidam por ele.

Qual é a causa do mal e da miséria existente no maravilhoso planeta Terra? Os revoltados contra o sistema, dominados pelo medo e cheios de ódio, querem detonar tudo, querem o fim do sistema áspero, custe o que custar. Acontece que o tempo está chegando ao final e a humanidade se acha diante da grande colheita, e tudo que não estiver vibrando de acordo com as leis do Criador terá de ser renovado ou perecerá. Quem procurar vai encontrar o caminho para a Luz.

Estamos nos finalmente do futuro, tudo patina e derrapa. Aumenta a inquietação. O presente é consequência do passado e causa do futuro, e todo semear traz a colheita! O melhor futuro surgirá quando a grande colheita estiver concluída anunciando uma nova era de paz, progresso e felicidade! Moderação é a palavra. Vamos com calma. Ontem passou. Cada novo dia traz a oportunidade para um novo movimento espiritual na direção do progresso.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A ERA DA APATIA

A inquietação é crescente. Os acontecimentos imprevistos se sucedem. As pessoas acreditam naquilo que querem, por isso não verificam e espalham a informação verdadeira ou a fake. Falta lucidez; poucos querem buscar a verdade sobre a humanidade e seu comportamento. Poucos buscam o sentido da vida e vão vivendo em função de ilusões e fantasias como se fossem vegetais sem vontade própria, perambulando pela vida sem propósitos nobres, sem rumo.

As comunicações estão sendo conduzidas para manter a humanidade apática, sem se esforçar para melhor compreensão do significado da vida. Com a aceleração geral dos acontecimentos e agravamento da miséria, as deficiências vêm à tona, mesmo assim a humanidade continua lenta na busca da Verdade da vida e da Criação. O elevado espiritual deveria estar acima do material, mas para isso é necessário, antes de tudo, conhecer as leis que residem na Criação para viver de acordo com elas e construir de forma benéfica.

Tudo está em movimento coordenado pelas leis da Criação. A situação está difícil. Pense no bem geral. Confie no funcionamento justo das leis da Criação. Quando chegar a hora, as coisas irão para o rumo certo. Tudo é consequência da poderosa irradiação que desce de altura inalcançável e vai criando os mundos em seu movimento; o homem é complemento disso e com a própria ignorância está interagindo de forma negativa.

No passado, não havia a ciência teórica dos intelectuais. Pessoas simples falavam com a natureza tentando compreender suas leis, e aos poucos iam percebendo a existência do Criador. Hoje, se desde cedo as crianças tiverem contato com a natureza poderão se tornar verdadeiros cientistas unindo a ciência da natureza com a religião. O ser humano tem vontade própria, se descuidar disso se torna um acomodado, sem iniciativa, manipulável, e cada vez com menos força de vontade. O primeiro passo a ser dado é ter a percepção e motivação para buscar a educação adequada aos seus propósitos. Se não fizer isso com firmeza, acabará se transformando num inútil sem futuro: os nem estudo, nem trabalho, sem saber por que nasceram e o que devem fazer na vida.

A novidade influenciadora é a eletrônica e seu alcance: as mídias sociais, o novo pão e circo para entreter as massas e ao mesmo tempo dirigir suas ações – o que compram, o que leem, como se vestem, como se relacionam com outras pessoas, tudo examinado em poderosa máquina de Inteligência Artificial. A manipulação e influência é tanto maior quanto menor for a participação da intuição, o querer próprio do ser humano que, partindo do íntimo, desabrocha em seu cérebro para agir ou não. A influência externa adentra ao cérebro através da visão, audição e estímulos contidos nas mensagens. Se o indivíduo tiver força de vontade atuante ele decide, caso contrário decidem por ele.

Estamos na era da Inteligência Artificial, algo criado para suprir as próprias deficiências, pois há séculos o ser humano decai devido ao travamento da intuição, que pouco participa das livres resoluções. O espírito tem visão mais ampla que o cérebro, mas ao neutralizar a ação do espírito, o indivíduo cai no enrijecimento como máquina. A ciência afastada das leis da natureza é teoria para justificar fins egoísticos de cobiça de poder. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, capacidade de compreensão. As novas gerações não podem perder a essência humana.

Movimento certo é lei da vida. Não é fácil dar bom preparo aos indivíduos, dada a indolência interna e incentivada de fora com ilusões e falsa felicidade. O ser humano, como espírito livre, não pode permanecer afastado da luz da verdade universal e da sagrada responsabilidade de examinar e analisar tudo com clareza e lucidez, e agir em prol do bem, pois sem a Luz da Verdade caminhará pelas trevas escravizado pelas ilusões, tornando-se inútil para a Criação. Conhecereis a Luz da Verdade e ela vos libertará, mas isso exige movimento e ação incansável.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

VALORES HUMANOS

Há estimativas de que 90% dos seres humanos dormitam no comodismo e indolência, aceitam adversas condições gerais de vida e não despertam para a realidade nem mediante os mais lúcidos esclarecimentos. Isso não é bom para os indivíduos que não se desenvolvem o quanto podem, nem para a nação que fica com baixo potencial humano. Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado.

Falta conscientização e até vontade para reverter a situação de marasmo, o que traria resultados surpreendentes; mas isso requer o empenho de todos na busca do desenvolvimento dos valores humanos. Para que haja crescimento, é indispensável que haja boa educação, quando entendida como o bom preparo para a vida.

Atualmente não temos tempo para nada. O comodismo sempre nos pega quando ficamos descuidados. Tendemos para a acomodação por preguiça. Acomodados, não aproveitamos o tempo, não crescemos, não evoluímos. E não percebemos o essencial, como por exemplo, que a água e a energia elétrica, duas faces da mesma moeda, estão sob ameaça. Ambas dependem da boa preservação das matas, sobretudo as florestas próximas às nascentes, margens de rios, mananciais, coisa que temos desprezado ao longo dos séculos, arrasando a vegetação nativa, transformando o solo em deserto, exterminando a fauna silvestre. Ainda desconhecemos o que é ser humano e, irresponsavelmente, destruímos a natureza.

Na atualidade, tudo se afunila nas finanças, o que está tirando a perspectiva ampla da ciência econômica, restringindo tudo ao aspecto financeiro, ao dinheiro. O outro lado disso é o aumento galopante das dívidas. Os Banco Centrais injetam dinheiro para incentivar o consumo e a produção, o que resulta num estímulo que movimenta a economia. No ocidente, importador de bens, essa estratégia mais tem gerado aumento das dívidas e inflação do que estabilidade da atividade econômica, trazendo a insegurança geral nos empregos com o fechamento de milhares de empresas.

Onde encontrar a narrativa do dinheiro? Como ele foi tomando o espaço e se tornando o dominador do planeta? O que vale é o dinheiro, não as pessoas. Até onde isso vai? Criou-se um ciclo vicioso no qual economia e finanças passaram a depender da injeção de dinheiro para manter o consumo e suportar a valorização dos ativos. As dívidas se elevam e com a volta das taxas de juros crescem mais ainda gerando uma situação complicada para ser resolvida com dívidas equivalendo a mais de três vezes o PIB mundial.

Nos Estados Unidos, a dívida pública está próxima ao teto aprovado pelo congresso, de mais de 31 trilhões de dólares. Esse limite terá de ser elevado. Caso a aprovação da elevação seja retardada, quais seriam as consequências? Enquanto os Estados Unidos colocam bilhões de dólares em guerras, a China utiliza seu volumoso superávit comercial para penetrar e influenciar as nações atrasadas, e vai angariando vantagens na geoeconomia mundial.

A China vai avançando, ganhando espaço nos países mal geridos e endividados. Os Estados Unidos promovem a valorização do dólar. As nações endividadas ficam com a corda no pescoço, estagnando sem conseguir evoluir para um melhor futuro.

Sonolenta, a humanidade se encontra diante da moderna Babilônia, mas já está sendo despertada de seu cômodo dormitar. A confusa babel tem vivido de aparências, sem perceber que por trás dos vistosos biombos se escondem mentiras, corrupção e irresponsabilidade com o futuro. O mundo se tornou uma baderna sem controle gerando pânico e depressão.

Diante da grande colheita, o circo mundial está pegando fogo. Não dá para ficar perdendo tempo com discussões estéreis. Chega de mentiras e ilusões irrealizáveis. A humanidade precisa do abrigo seguro da Luz da Verdade sobre a vida. Tudo está tumultuado, para onde quer que se olhe há problemas complicados criados pelo homem. Os elos foram separados, divididos. Falta a corrente pelo bem, a coesão por um futuro digno da espécie humana. Pra frente Brasil!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

HAVERÁ UMA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL?

Há muita discórdia entre as pessoas quanto aos rumos do Brasil e do mundo. Uns acham que os ideais da esquerda são os corretos, mesmo que isso reduza paulatinamente a liberdade individual, dando força aos homens que conduzem o Estado. Outros se dizem conservadores da direita tentando aliar política, religião e economia. Há muitos conluios movidos a poder e dominação. Falta uma linguagem comum para possibilitar a melhora das condições gerais de vida e do aprimoramento do ser humano. Sem que esse alvo esteja claramente colocado como prioridade, a estagnação e o declínio permanecerão prosseguindo na sua marcha de destruição da humanidade.

A motivação geral da civilização moderna se liga ao dinheiro. Cria-se dinheiro do nada. A elasticidade na criação de dinheiro pode levar ao caos da perda de poder aquisitivo, como ocorreu na Venezuela e Argentina, por exemplo. Nos Estados Unidos há a dívida elevada em relação ao PIB. Os seres humanos têm de encontrar a fórmula adequada para a criação de dinheiro, sem que sejam utilizados mecanismos de favorecimento e de interesses particulares, poder e ganhos.

Há décadas a moeda que movimenta a economia é o dólar, e as demais, a ele atreladas. O que acontece com o dólar se refle nas outras moedas, além disso a gestão monetária tem sido desprezível na maioria das nações, inclusive na mãe do dólar. Os papéis entraram em rota de baixa. Acabou o tempo das ilusões e valorizações. A bolsa tem de valorizar todos os dias? Muita fantasia foi criada. Quem está preparado para a realidade? O enigma da flutuação das moedas as tornaram instáveis; a dos países atrasados nem se fala. A moeda não deveria estar sujeita às consequências dos falatórios populistas enganadores.

Ainda falta algo na teoria monetária para que o dinheiro sem lastro tenha estabilidade. Como eliminar o desequilíbrio que se formou na economia mundial para que a humanidade consiga progredir em paz? O que dizer desse sistema mercantilista mundial moderno que aproveitou mão de obra abundante e barata para produzir e exportar com preços menores, reduzindo os empregos nos países dos felizes consumidores? O que podem fazer os países atrasados? O que fazer se mesmo com tecnologia de ponta não tiverem acesso ao mercado externo?

Os seres humanos permanecem correndo pela vida sem parar, não pensam com clareza, nem fazem reflexões intuitivas. Prova disso é que os jornais, que no passado recente eram avidamente lidos, passaram a encalhar nas bancas, assim como caiu o número de assinantes. Surgiram as mídias sociais, inicialmente bem aceitas. Passado o tempo, muitas postagens ficam penduradas, poucas pessoas as veem, vão para o fundão, mas os pensamentos ficam soltos pelo ar. É preciso que as pessoas voltem a se interiorizar para permitir que a intuição ilumine e esclareça o que está em desacordo com as leis da Criação, levando à compreensão de que uma vida sem anseio espiritual é sem valor.

Recentemente o presidente do Brasil foi se encontrar com o presidente dos Estados Unidos. Tudo junto e misturado. O problema é quem fica com a brasa e as sardinhas. Os EUA sempre deram prioridade ao seu povo. No Brasil tem sido o contrário; pobreza, falta de preparo para a vida, cidades e moradias precárias, e o dinheiro indo para o ralo da desfaçatez. Os americanos estão se ressentindo da crise; os brasileiros nunca saíram dela.

Após tantos sofrimentos causados pela mais trágica guerra que atingiu o mundo todo, inclusive as populações civis com o despejo de toneladas de bombas incendiárias sobre as cidades, surgiu nos anos 1950 um período de graça para que a humanidade buscasse a Luz. Mas a partir dos anos 1970 teve início novo ciclo de decadência. A política pão e circo foi seduzindo, as orgias avançando, os propósitos enobrecedores sendo demolidos, a desfaçatez e cobiça geral dominando, e nisso tudo se foi fermentando nova miséria, atingindo bilhões de seres humanos que não receberam bom preparo para a vida, nem tiveram grande interesse por isso. No mundo movido pelas insatisfações e cobiças, as incompreensões e conflitos estão aumentando. Estaria em gestação uma Terceira Guerra Mundial?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br