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A TRANSFORMAÇÃO UNIVERSAL

Há muitas questões que preocupam a humanidade: mudanças climáticas, água potável, alimentos, empregos. Agora também o dólar, as notas verdes que azularam. São problemas criados ao longo do tempo que foram sendo remendados e que agora repercutem gerando inquietação e instabilidade, evidenciando que não é fácil encontrar soluções duradouras, o que preocupa as novas gerações sobre como será o seu futuro, já que as condições gerais são bem mais complicadas que no tempo de seus pais.

No século passado, duas grandes guerras consolidaram o poder dos EUA e do dólar.  Consolidado o Estado-nação os governantes deveriam ter promovido o aprimoramento da espécie humana e das condições gerais de vida de forma continuada. A esperada paz não foi alcançada. Passados 78 anos o mundo se defronta com graves desequilíbrios econômicos. O que acontecerá desta vez? Como ficará o atual embate entre Estados Unidos e China?

Os abusos criaram a insatisfação. O povo cansou das promessas dos políticos. O fato é que o problema maior está nos próprios indivíduos e no seu viver displicente, sem respeito às leis naturais da Criação, e que sempre trazem de volta as consequências das ações dos homens. A educação deve formar seres humanos verdadeiros, bem-preparados para a vida, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie. Fora disso, será a coisificação do indivíduo.

O futuro da humanidade está ameaçado. Não se deve usar de rigidez, mas as crianças têm de aprender que retribuir pelo que recebem é lei da vida. Os pais não são escravos dos filhos. Nascer é uma graça inimaginável que tem de ser aproveitada para o bem e o autoaprimoramento.

A Terra, com seus 5 bilhões de anos, foi organizada com perfeição pelo funcionamento automático das leis da natureza. Cabia ao homem reconhecer e respeitar os mecanismos naturais. No século 21, a Terra está em desequilíbrio, na natureza, na economia, no relacionamento entre os povos. As epidemias e outras doenças resultam do desequilíbrio. As causas têm de ser examinadas e adotadas as soluções corretas. A humanidade tem de reconhecer que ela é a causadora desses desequilíbrios.

A cegueira é geral e está aumentando. Como ampliar a visão? A nossa origem é a importante questão que deve ser estudada desde a juventude em todo o planeta, pois a humanidade ainda não se aplicou o suficiente para conhecer as leis da Criação e o significado da vida, que deveria se desenvolver em paz, progresso e felicidade.

As dificuldades pelas quais passam as pequenas empresas geradoras de empregos revela que a economia requer mudanças, seja no capitalismo de mercado, ou no de Estado. A transformação do trabalho em mercadoria gerou miséria. Algo não funciona a contento num planeta com 8 bilhões de almas encarnadas e recursos limitados. Qual seria a fórmula apropriada?

O Fórum Econômico Mundial fala no Grande Reset. Será que uma nova regulamentação sobre atividades e lucros e a centralização das decisões trarão a solução? O fato é que os sistemas em geral podem conter vícios e serem astutamente burlados, pois o problema está no ser humano e suas cobiças que adulteram os fins de qualquer sistema.

Na Terra tumultuada por variados acontecimentos, frequentemente se fala numa iminente transformação universal. Mas no que consiste essa transformação? O fundamental fica omitido na suposição de que os homens introduzirão grandes transformações, pois as condições de sobrevivência se revelam insuportáveis diante de tantas coisas erradas que dificultam o viver. A grande transformação tem de se processar na espécie humana que não age da forma como era esperado dela que deveria construir, beneficiar e embelezar tudo onde põe as mãos. Como bem enfatizou Abdruschin, no livro Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, “A sabedoria de Deus governa o universo! Lutai, criaturas humanas, para pressentir no reconhecimento a sua grandeza!”.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

O MUNDO PRECISA DE PAZ E TRABALHO

Na seleção de livros sobre economia feita por Martin Wolf, jornalista britânico especializado em economia, consta India Is Broken: A People Betrayed, Independence to Today (A Índia está quebrada: um povo traído, da independência aos dias atuais), de Ashoka Mody, da Stanford University Press, que fez a seguinte análise: “A amarga realidade é que, para empregar todos os indianos em idade de trabalho, a economia precisa criar 200 milhões de empregos ao longo dos próximos dez anos, uma tarefa impossível depois dos últimos dez de declínio nos números do emprego.”

Não só na Índia, mas no mundo todo, pouco se fala sobre a questão dos empregos que enfrentam tendência de redução e desaparecimento. A população cresce, as pessoas precisam de trabalho e renda, mas o sistema depende da criação de empregos, algo complicado, mais ainda nas crises quando há uma luta feroz para a redução de custos. Se a realidade é amarga, isso indica que devem ser buscados outros caminhos, pois o ser humano tem de produzir, através dos recursos da natureza, os meios para sua adequada sobrevivência. As teorias econômicas têm de focar nisso. O trabalho faz parte da vida, mas a humanidade o tem transformado em castigo.

O dinheiro, de tanto ser abusado, mostra as duras consequências. Na Argentina, a taxa de juros está beirando a 100%. Como chegou a isso? No Brasil, cuja taxa de juros é de 13,75 % há uma gritaria geral. Os empregos estão sofrendo as consequências das escolhas econômicas que vem sendo feitas desde a época super-inflacionária da crise da dívida externa. De lá para cá o Brasil desandou. Se não fosse o agro e a atividade extrativa, o país estaria na cola do trágico peronismo econômico. Não basta gritar contra a Selic, é preciso dar ao país e às novas gerações a oportunidade de bom preparo para a vida e progresso real.

No mundo há muitas tensões, difícil é saber o que poderá se agravar primeiro. Taiwan é um ponto crítico por envolver interesses econômicos e estratégicos. Na China e Índia há uma tensão alimentada por conflitos fronteiriços. África e América do Sul contêm reservas naturais fundamentais, Brasil incluso com governança pífia incapaz de defender os interesses da população e seu desenvolvimento. Acima de tudo, há interesses econômicos e financeiros de grupos e nações. O mundo perdeu a esperança. A grande falha das nações foi a escolha dos governantes incompetentes. O estado-nação perdeu o brio e segue trajetória de desmanche. O que poderá vir depois? O Estado-Mundo sem fronteiras?

A Terra foi criada com todo aparato para propiciar às pessoas um viver condigno, mas o que aconteceu de errado? Somos mais de oito bilhões, dos quais 800 milhões estão desnutridos e 800 milhões são analfabetos. Grande parcela sem adequado preparo para a vida, com saúde baixa. Como vive a humanidade? Como deveria viver? Segundo Joel E. Cohen, autor de How Many People Can the Earth Support (Quantas pessoas a Terra pode aguentar), o viver tem sido de forma errada, gerando problemas de tal monta que comprometem a sustentabilidade da vida. É preciso reconhecer os erros e corrigi-los antes que seja tarde demais.

Marcada para agosto, na África do Sul, a reunião dos Brics certamente debaterá a questão monetária que tem agitado as nações, mas se trata de questão que envolve muitos interesses para ser discutida de forma isolada. Vamos ver quais serão as propostas e como serão recebidas no G7 que reúne as potências.

Quem busca o caminho certo do viver? O homem é predador ganancioso. Em sua curta passagem na Terra se agarra ao dinheiro sem querer conhecer o significado da vida. Os jovens têm de receber bom preparo para que se tornem fortes, lúcidos, dotados de bom senso, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie humana.

O mundo precisa de paz e da correção dos desequilíbrios causados pelo homem, que estão dificultando a sobrevivência da espécie humana. A situação é difícil, mas é preciso ir em frente fazendo o que for necessário, caprichando sempre para construir melhor futuro com a certeza que as coisas vão melhorar para quem semear o bem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

ECONOMIA E VIOLÊNCIA

Com os desequilíbrios mundiais, cresce a violência. Dentre os inúmeros desequilíbrios, o econômico é fundamental. Mexe com todas as coisas. A desigualdade tende a aumentar, seja no bom preparo para vida, assim como na renda. A pressão vai aumentando: desemprego, catástrofes naturais, tensões sociais, alimentos caros e escassos. A falta de bom preparo para a vida e o aumento da desigualdade são questões que podem levar à agitação social e atos de violência. A precarização da renda poderá se tornar fator desencadeante.

Como surgiram tantos fatores contrários à melhora geral das condições de vida? Surgiram com a falta de consideração entre as pessoas que se afastaram do real significado da vida. Empresas, governos e população em geral têm de examinar isso e buscar soluções apropriadas a bem da espécie humana.

Os jovens vulneráveis perdem espaço no mercado de trabalho, o que aumenta a desigualdade, algo que ficou bem difícil de resolver pela falta de escolaridade e de bom preparo para a vida, e isso poderá trazer consequências danosas para a segurança. Falta trabalho e renda estável; importantes tarefas são remuneradas precariamente. O trabalho deveria ser atividade prazerosa para o bem pessoal e geral, mas acabou se tornando mercadoria, perdendo o aspecto humano. Quem quer trabalhar?

Muitas nações exportam as matérias-primas, mas não melhoram as condições de vida da população; aumentam o PIB, mas reduzem a participação daqueles que trabalham nos resultados. No Brasil, pouca coisa evoluiu desde a abolição do regime de trabalho escravo e atualmente mais de 10 milhões de jovens estão sem estudo, sem trabalho; são pessoas vulneráveis com baixo preparo, o que é uma lamentável situação que requer programas especiais para melhora das condições gerais de vida e que ataquem a raiz do atraso. Fica bem claro a causa: administração displicente, oportunistas sugando o dinheiro público, déficits nas contas internas e externas forçando a elevação da taxa de juros.

Faltam oportunidades. Os jovens não evoluem. Máquinas vão assumindo as tarefas. Empregos desaparecem. Trata-se de uma situação complexa que exige soluções apropriadas. O que fazer com essa população, que soluções adotar? São pessoas que têm de sair da indolência e a sociedade precisa encontrar atividades produtivas que possibilitem uma sobrevivência adequada, humanamente condigna.

Havia na periferia de São Paulo várias indústrias que tinham conseguido sobreviver, mas nos anos 1990 tombaram, já que o preço dos importados bateu no custo; assim, uma a uma, todas foram fechando, e o consumo das famílias caindo, atingindo inclusive as pizzarias. O economista Bresser Pereira critica a valorização artificial do real como responsável pelo declínio.

Além disso, continua difícil o transporte público; na hora do aperto, a condução própria se torna o grande anseio, mas as ruas e avenidas travam com o mar de carros e caminhões como na Rodovia Regis Bittencourt, na proximidade do Rodo Anel, em que se verifica um mar de veículos em dados momentos. As crises vão avançando pelo mundo. São as consequências de governos anteriores. No Brasil, há muitos problemas. A maioria dos municípios estão deficitários.

Em meio às turbulências, cansadas com a luta pela sobrevivência, ao chegar em casa as pessoas precisam de momentos leves de distração benéfica. O cinema se tornou a integração das artes, com imagens, sons, cores, beleza, palavras, histórias. Exerce forte influência sobre as pessoas. Tanto pode motivar para o bem como criar revolta. Das grandes salas pelo mundo, o cinema agora tem lugar nas salas das moradias ou em qualquer lugar nos portáteis. Onde está a responsabilidade pelas imagens? As pessoas se habituam, se viciam. Antes, novelas de trocentos capítulos. Agora, seriados. Antes, ações íntimas levemente insinuadas; agora, escancaradas. E a violência? Cerca de 80% estão nas categorias: sexo, violência, palavreado baixo, uso de drogas.

Apesar de tantas cacetadas, o touro da economia brasileira tenta reagir. Um desperdício geral do capital natural e do humano. As nações se digladiam. Não está dando para aguentar; o essencial é assegurar que possamos sair dessa situação que está conduzindo as novas gerações para o cadafalso. É preciso substituir a corda da morte pela corda do resgate.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

A GRANDE VIRADA DA HUMANIDADE

No início dos anos 1990, o mundo olhava para a economia mundial e via Japão e Europa se posicionando frente aos Estados Unidos. Especialistas temiam que os EUA pudessem perder a posição de comando geral. O Japão avançava na tecnologia produzindo para o mercado mundial o que a Europa chamava de seu. Em todo esse alvoroço, não vislumbravam que a China poderia, em poucas décadas, se tornar a grande fábrica mundial, produzindo de tudo, avançando na tecnologia, como a nação apta a fazer frente aos EUA, país que havia tomado a dianteira após a Segunda Guerra Mundial construindo a economia mais próspera da Terra.

A marcha para colocar as finanças em destaque acabou reduzindo a produção industrial que foi para a Ásia, livre do sindicalismo, mas subordinada ao partido único. A renda declinou, mas avançaram as hipotecas para manter o padrão de vida. Após décadas de displicência, o inchaço dos ativos revelou a fragilidade do sistema. A humanidade se encontra diante do impasse criado pela rivalidade entre os EUA e a China. As empresas se esforçam para utilizar a mão de obra de menor custo enquanto a China vai reduzindo a fabricação para terceiros.

O filme A Grande Virada (2010) mostra as consequências do que situações como essa podem causar. Fábricas fecharam e os industriais foram produzir na Ásia, eliminando empregos em seus locais de origem. Na ficção, os atores Ben Affleck, Tommy Lee Jones e Chris Cooper figuram entre os desempregados, e Kevin Costner como construtor autônomo. Na trama, com muitas contas a pagar, dificuldade em conseguir novo emprego, os demitidos perderam o rumo. Um deles teve de se ajustar ao salário de ajudante de construção. Outro, decepcionado com o chefe e com a frieza no lar, resolve montar um novo estaleiro. Destaque para família de um dos demitidos, cuja esposa lutadora e seu menino revelam maturidade. Assim como na ficção, na realidade a produção fabril dos EUA não se recompôs, passando a enfrentar a crise com a China.

Qual será o futuro? A economia que está aí já causou muitos danos e está longe de ter criado melhores condições de vida. Muitas nações exportam as matérias-primas, mas não melhoram as condições de vida da população; aumentam o PIB, mas reduzem a participação das pessoas que trabalham nos resultados. Não há respeito à natureza. Há um nítido contraste entre o tamanho das dívidas soberanas e o crítico estágio da humanidade. As condições gerais estão apertando, aumentam as doenças da alma e do corpo.

O relacionamento entre os povos chegou a limites extremos, com armadilhas difíceis de serem superadas: dinheiro, poder econômico, poder militar. Podem estar gerando um inferno insuportável. O medo está no ar. Os seres humanos, espiritualmente indolentes, abdicam do querer próprio para aderir às crenças de grupos com os quais se afinam. A pressão aumentada da força natural está acelerando as consequências das decisões com desencadeamento rápido, o que atua como higienização e advertência para eliminar o superficialismo e imediatismo, mas cria instabilidade.

Os homens tomam decisões atendendo aos seus interesses, mas tudo tem consequências segundo as leis universais. Palavras bonitas nada significam, pois os efeitos mostram as reais intenções dos tomadores de decisões. A situação do mundo é resultado das decisões, dos governos e da população em geral. Mas agora os efeitos aparecem imediatamente, não ficam mais para o futuro distante.

Falta intuição. A pressão para seguir a maioria é forte, e isso significa que esse sentimento domina o homem da massa, ou seja, aquele que abandona o que a sua intuição diz para seguir a manada. Isso constringe a individualidade, vai moldando o comportamento mesmo contrariando o querer próprio, a personalidade. A uniformização elimina a diversidade; a sociedade perde, deixando de se beneficiar com o desaparecimento da criatividade individual. Vencem os interesses particulares.

Os seres humanos deveriam estar trabalhando para o bem geral, mas cobiças ocultas interferem e impedem o surgimento da paz e progresso amplo para todos os povos que se esforçam de forma abençoada. Algo novo deve surgir. A grande virada. Um novo mundo terá de respeitar as leis da Criação, colocando de lado as leis criadas pelos homens para atender a seus propósitos egoísticos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DINHEIRO E DIFICULDADES

Estamos vivendo num mundo desequilibrado e em declínio. Há muito dinheiro circulando, mas permanece a miséria. As dificuldades estão aumentando, pois a humanidade persiste em introduzir erros no seu modo de viver afastado das leis da Criação, estragando o mundo. Há um pessimismo geral. Em vez de se fazer o diagnóstico correto e buscar soluções, há uma enxurrada de negativismo. Faltam objetivos, falta esperança; enquanto isso, o declínio vai caminhando.

A questão da taxa de juros é complicada, mas todos sabem que juros compostos são bola de neve. O dinheiro tem os seus mecanismos, sempre vai inflando, a produção nem tanto, e ultimamente tem minguado. O lamentável tem sido a displicência do governo com o controle e qualidade dos gastos. Parece que jogam fora o dinheiro conseguido com o sacrifício geral nas elevadas taxas dos impostos. Além da taxa de juros, a instabilidade no câmbio também tem provocado perdas e ganhos especulativos.

Longe vai o tempo em que os seres humanos viviam em paz e alegria, pois estavam integrados à natureza, seus entes e suas leis. Muitos indivíduos estão perdidos, poucos estão buscando um rumo adequado de construção benéfica e progresso. Sem um bom preparo para a vida, não poderá haver inclusão num objetivo maior, permanecendo essa confusa vida sem propósito.

O Brasil “do futuro” corre o risco de ficar sem futuro. A educação de qualidade das novas gerações para a vida requer disciplina, esforço perseverante, dedicação, equilíbrio na retribuição por tudo o que recebem, ou seja, o oposto do que está sendo oferecido aos jovens que se tornam indolentes, exigentes, sem vontade de aprender, sem força de vontade.

As novas gerações estão se acomodando na lei do menor esforço. Pouco fazem, pouco querem aprender. O problema está na falta de automotivação e na fraca força de vontade para abrir os olhos e se esforçarem de forma perseverante. O Brasil precisa de pessoas fortes com propósitos enobrecedores, clareza no pensar, bom senso e força de vontade para o bem, aptas a decidir com discernimento próprio.

O ser humano se julga o centro de tudo. Na realidade, é espírito encarnado em um corpo constituído de água e matéria para alcançar a autoconsciência e a compreensão da Criação e suas leis. O corpo tem prazo de validade, mas em vez de aproveitar essa fase para se fortalecer e evoluir, cada indivíduo se considera dono da hospedaria sem querer respeitá-la. Quando chegar a hora, deixará o corpo e seguirá de acordo com a lei da reciprocidade para a planície que fez por merecer. A alma vivifica o ser humano. Se a alma dorme, o espírito não atua, o corpo perambula pela vida perdendo tempo. Colherá tudo que semeou, podendo chegar à autodestruição de sua identidade, ou plenamente desenvolvido, alcançar o reino espiritual.

Muitas coisas afetaram a sustentabilidade do planeta torpedeada pela ganância. Trágicos eventos internos arrebentaram mecanismos naturais que deveriam ter recebido todos os cuidados. Eventos externos, como o aumento da temperatura do Sol, não podem ser descartados. A conciliação do homem com a natureza tem de ser feita no planeta todo, de norte a sul.

O livro Covid – 19 O Grande Reset (Schwab e Malleret, Editora Videeditorial) apresenta mapa das interconexões de riscos atuais, com ênfase na economia. Podemos também enxergá-lo como pontos de acumulação ou mapa dos fios do destino tecidos pelas ações dos seres humanos, o semear. A interdependência, a velocidade e a complexidade estão presentes nos acontecimentos em aceleração que podem causar distúrbios; no entanto, os pesquisadores não sabem prever exatamente quando ocorrerão eventos críticos, ou seja, a colheita boa ou má. O que chamamos de mundo mutável resulta da pressão aumentada da força natural que está acelerando as consequências das decisões dos seres humanos com desencadeamento rápido, o que atua como higienização e advertência para eliminar o superficialismo e imediatismo.

Algo novo deve surgir. Um novo mundo terá de respeitar as leis da Criação, colocando de lado as leis erradas inventadas pelos homens para atender a seus propósitos egoísticos. A Luz da Verdade há de brilhar como sempre deveria ter brilhado sobre a humanidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

EDUCAÇÃO DETONADA

As decisões não podem ser tomadas de forma imediatista e separadas do conjunto, seja para governantes, empresários e seres humanos em geral. Depois do estouro pecuniário, o mundo todo quer estabelecer meta para a inflação recolhendo liquidez, impondo austeridade para a população, mas os gastos dos poderes executivo, judiciário e legislativo permanecem em crescimento.

A principal falha na economia é o sobe-desce, quando o certo seria a estabilidade geral, para evitar o crescimento ilusório que provoca o surgimento de bolhas artificiais. Criam dinheiro, baixam os juros. Pessoas, empresas e especuladores tomam empréstimos com baixo custo. Na subida dos juros vem o escorregão geral, e como consequência caem vendas, aumenta o desemprego, alguns ficam mais ricos e muitos, mais pobres. Ao tecer essas avaliações a intenção não é criticar ou semear discórdias, mas alertar para que não sejam tomadas decisões imediatistas que podem causar muitos danos.

O cenário mundial está turbulento com polarização e omissão. Cada lado fica atacando um ao outro, jogando sujeira no ventilador, mas pouco se faz para melhorar as condições gerais de vida. O objetivo parece ser manter a população entretida. Pessoas e empresas lutam pela sobrevivência e não conseguem se opor aos desmandos que vão tendendo aos absurdos. O mundo está repleto de discórdias e insatisfações que, incentivadas, vão provocando caos geral. Há muitas preocupações com a situação social de desigualdade na sociedade humana. Colocar dinheiro na mão de governantes como tem sido feito não resolveu a questão da pobreza e despreparo das populações. Maneiras mais efetivas com objetivos e responsabilidade devem ser adotadas, entre elas a educação e bom preparo das novas gerações.

O público aprecia os filmes em que prevalecem modelos que praticam a justiça e o amor, mas o que se vê é muita violência gratuita. As histórias precisam de mais amarração, mas em geral são pobres, servindo como canal para a violência e sexualidade. A época é áspera, mas um pouco mais de consideração humana faria bem.

A humanidade deve reconstruir a educação detonada por teorias afastadas das leis da natureza. Na infância, as crianças devem ser tratadas como são para aprender as belezas e a lógica da natureza, a ciência das ciências, e as letras manuscritas precisam ser incluídas, pois auxiliam a pensar com clareza e refletir com lucidez. Os pais devem dominar o idioma. No passado, aprendia-se os rudimentos do ler e escrever em casa. Quanto às novas gerações, precisam de aptidão para aprender sempre e se tornarem cidadãos úteis e benéficos para a sociedade.

Os ensinamentos devem estar voltados para a formação de verdadeiros seres humanos, pois não descendemos do macaco; somos espíritos que receberam um corpo previamente evoluído por milênios. A sociedade tem de olhar atentamente para o bom preparo das novas gerações que necessitam desenvolver o bom senso e raciocinar com lucidez. Devemos usar o cérebro e o coração. Quando o coração fica insensível, o cérebro embrutece e o mundo perde a paz e a alegria de viver. Os indivíduos precisam definir alvos que sejam beneficiadores, planejando e executando com força de vontade e pensamentos firmes.

Educação e bom preparo para a vida precisam ser aprimorados. No passado, as crianças aprendiam vendo as atividades dos adultos, e depois tomavam consciência da teoria. Hoje estamos no inverso; os cérebros são sobrecarregados com muita teoria e informações, algumas inúteis, mas o aluno não vivencia o aprendido, embora tenha pendurado no cérebro muitas coisas que às vezes nem entende, só para passar de ano, mas pouco assimila por não ver a lógica da coisa na prática.

Por longo período a humanidade foi gerenciada e controlada pelas normas da Igreja. A situação se modificou radicalmente no século 20, no pós-guerra. A cultura ocidental americana se tornou dominante. A indolência espiritual foi sendo ampliada. O que era levemente insinuado, passou a ser exibido às claras. Está surgindo nova disputa pelo controle. China e Rússia querem participar do controle para se sentirem em segurança, mas a humanidade vive instabilidade e incertezas, e está se encaminhando para o enrijecimento, perda da intuição e da individualidade, isto é, está sufocando o humano em si. Quem vai salvar a humanidade?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DINHEIRO E OS BOMBEIROS

Tudo caminhava, embora aos trancos e barrancos. A pandemia deu uma travada. Dois anos depois começaram a aparecer os buracos que foram se desenvolvendo no setor imobiliário, nas bolsas, no comércio. A pandemia acarretou um choque de realismo eliminando superficialidades. Com isso, muitas famílias aproveitaram para planejar melhor os gastos. A economia ainda vive uma fase de ilusões que se opõe à necessidade de poupar, de fazer uma reserva. Restou um certo desânimo na população e nos empresários que tiveram redução de vendas e lucros.

Como atravessar os abismos abertos? Os governantes do Brasil têm imposto o imediatismo em tudo e o país não evoluiu como poderia, nem as famílias, e o PIB ficou inconsistente. Necessitamos de um PIB satisfatório para o atendimento das necessidades e para favorecer o progresso. Teria o abismo econômico ficado maior do que o esperado?

O dólar tinha boas condições de ser a moeda mundial, mas a interferência das ações especulativas minaram a sua imagem, gerando descontentamentos gerais, surgindo a percepção de se tratar de um privilégio exorbitante, um enorme poder que exige responsabilidade e bom senso para evitar ações unilaterais de confisco e descrédito. As divergências devem ser aparadas para que o conflito econômico-financeiro não avance para outras esferas. No entanto, diante das moedas existentes, o dólar está situado como a mais adequada para as finanças internacionais.

O dinheiro se tornou o componente básico da economia e da vida. Os bens em geral, para se transformarem em dinheiro, requerem uma fase de preparação e da reunião de componentes e montagem para estarem disponíveis. O dinheiro tem produção instantânea com influência imediata sobre a economia, por isso mesmo exige bom senso e responsabilidade para assegurar o equilíbrio e o bom funcionamento econômico. A displicência e demagogia com o dinheiro tem acarretado muitos problemas para a humanidade e miséria também. Os homens querem o privilégio de ter o controle do dinheiro para poderem controlar tudo.

O capitalismo de estado introduziu um forte dirigismo da produção de bens. O capitalismo financeiro democrático está fortalecendo os Bancos Centrais que aumentam sua influência no mercado financeiro através de sua capacitação de criar dinheiro, mas devem ser cautelosos para não se enredarem com o aumento dos riscos. O capitalismo de estado conseguirá atuar no dirigismo monetário? O que poderá surgir desse confronto? Os BCs são como os bombeiros que apagam os incêndios e devem ser cautelosos com o uso de combustível. Quem poderia imaginar que o dinheiro se tornaria essa coisa com volatilidade diária?

Os reis não precisam seduzir os eleitores para assumir o posto. Será que precisam convencer alguém que estão aptos? Atualmente, as eleições se tornaram circo, vence quem consegue fisgar os eleitores usando de todos os meios que o dinheiro possibilitar, apelando para o lado emocional para arrebatar sentimentos, mantendo a distração com mentiras e invencionices.

O reinado vem do berço, qual o fundamento? Monarquia ou república, qual a diferença? Em qual delas a população evolui continuamente vivendo em paz e felicidade? Cada povo tem o governo que merece. Estaria ocorrendo uma transformação mundial que eliminaria a soberania interfronteiras acabando com os sistemas eleitorais?

Os indivíduos têm de se tornarem verdadeiros seres humanos, não se restringindo ao básico: comida, bebida, prazeres e procriação. Poder e dinheiro formam a base onde se apoia a sociedade, e para distrair a atenção tudo é intermeado por relações sexuais. O sexo é o enigma, a motivação, que mantém muitos seres humanos obcecados, como se fosse a única finalidade da vida. O animal cumpre o seu papel, mas o homem, em vez de evoluir está regredindo.

O estudo da economia tem de levar em conta a história econômica, o que aconteceu e por quê. O mesmo vale para o tempo presente, o que está acontecendo nas questões essenciais, como produção, comércio, mão de obra, consumo, dinheiro e sua criação, juros e câmbio, bolsas, especulações, e o equilíbrio entre as nações. Não bastam os modelos matemáticos, é preciso entender por que há tanta miséria pelo mundo, fome, inflação. E então, usar a intuição e o cérebro para projetar um futuro melhor e evolução para a humanidade hospedada no planeta.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A ERA DA APATIA

A inquietação é crescente. Os acontecimentos imprevistos se sucedem. As pessoas acreditam naquilo que querem, por isso não verificam e espalham a informação verdadeira ou a fake. Falta lucidez; poucos querem buscar a verdade sobre a humanidade e seu comportamento. Poucos buscam o sentido da vida e vão vivendo em função de ilusões e fantasias como se fossem vegetais sem vontade própria, perambulando pela vida sem propósitos nobres, sem rumo.

As comunicações estão sendo conduzidas para manter a humanidade apática, sem se esforçar para melhor compreensão do significado da vida. Com a aceleração geral dos acontecimentos e agravamento da miséria, as deficiências vêm à tona, mesmo assim a humanidade continua lenta na busca da Verdade da vida e da Criação. O elevado espiritual deveria estar acima do material, mas para isso é necessário, antes de tudo, conhecer as leis que residem na Criação para viver de acordo com elas e construir de forma benéfica.

Tudo está em movimento coordenado pelas leis da Criação. A situação está difícil. Pense no bem geral. Confie no funcionamento justo das leis da Criação. Quando chegar a hora, as coisas irão para o rumo certo. Tudo é consequência da poderosa irradiação que desce de altura inalcançável e vai criando os mundos em seu movimento; o homem é complemento disso e com a própria ignorância está interagindo de forma negativa.

No passado, não havia a ciência teórica dos intelectuais. Pessoas simples falavam com a natureza tentando compreender suas leis, e aos poucos iam percebendo a existência do Criador. Hoje, se desde cedo as crianças tiverem contato com a natureza poderão se tornar verdadeiros cientistas unindo a ciência da natureza com a religião. O ser humano tem vontade própria, se descuidar disso se torna um acomodado, sem iniciativa, manipulável, e cada vez com menos força de vontade. O primeiro passo a ser dado é ter a percepção e motivação para buscar a educação adequada aos seus propósitos. Se não fizer isso com firmeza, acabará se transformando num inútil sem futuro: os nem estudo, nem trabalho, sem saber por que nasceram e o que devem fazer na vida.

A novidade influenciadora é a eletrônica e seu alcance: as mídias sociais, o novo pão e circo para entreter as massas e ao mesmo tempo dirigir suas ações – o que compram, o que leem, como se vestem, como se relacionam com outras pessoas, tudo examinado em poderosa máquina de Inteligência Artificial. A manipulação e influência é tanto maior quanto menor for a participação da intuição, o querer próprio do ser humano que, partindo do íntimo, desabrocha em seu cérebro para agir ou não. A influência externa adentra ao cérebro através da visão, audição e estímulos contidos nas mensagens. Se o indivíduo tiver força de vontade atuante ele decide, caso contrário decidem por ele.

Estamos na era da Inteligência Artificial, algo criado para suprir as próprias deficiências, pois há séculos o ser humano decai devido ao travamento da intuição, que pouco participa das livres resoluções. O espírito tem visão mais ampla que o cérebro, mas ao neutralizar a ação do espírito, o indivíduo cai no enrijecimento como máquina. A ciência afastada das leis da natureza é teoria para justificar fins egoísticos de cobiça de poder. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, capacidade de compreensão. As novas gerações não podem perder a essência humana.

Movimento certo é lei da vida. Não é fácil dar bom preparo aos indivíduos, dada a indolência interna e incentivada de fora com ilusões e falsa felicidade. O ser humano, como espírito livre, não pode permanecer afastado da luz da verdade universal e da sagrada responsabilidade de examinar e analisar tudo com clareza e lucidez, e agir em prol do bem, pois sem a Luz da Verdade caminhará pelas trevas escravizado pelas ilusões, tornando-se inútil para a Criação. Conhecereis a Luz da Verdade e ela vos libertará, mas isso exige movimento e ação incansável.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ESCOLA E EDUCAÇÃO

Em meio à turbulência, agendas mesquinhas giram em torno do cumprimento de formalidades vazias. Não há patriotismo, não há objetivos nobres aglutinadores das vontades. A desagregação vai tomando conta de tudo face à acelerada atuação da reciprocidade, a colheita de tudo que a humanidade semeou.

A escola está enfrentando muitas dificuldades para dar bom preparo para os estudantes. Nos anos 1950, a escola pública funcionava bem na cidade de São Paulo e os estudantes iam direto para o exame nas universidades e passavam. Depois vieram os cursinhos, necessários para enfrentar o vestibular. Tudo mudou nas famílias, na disposição dos jovens, nas escolas e professores. Vale ressaltar que a ciência da natureza é fundamental para os jovens, pois é nela que está a base para todas as demais ciências e para a sustentabilidade do planeta. Educar é preparar para a vida, aprimorando a essência humana em vez de embrutecê-la e desvalorizá-la.

Atualmente, os jovens passam muitas horas brincando com os jogos eletrônicos que consomem um tempo enorme para nada, não sobrando tempo nem vontade para a leitura e atividades benéficas. Não se deve encher a cabeça das novas gerações com inutilidades. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, iniciativa, capacidade de compreensão. Não se pode permitir que os jovens percam a essência humana que se esvai quando a busca pela compreensão do significado da vida é abandonada. A motivação fundamental para a vida tem de proceder da essência humana, do querer do eu interior para construir e beneficiar, e não ser originada do medo e das ilusões.

A ciência, afastada das leis da natureza, é teoria criada pelos homens para justificar seus fins egoísticos de cobiça de poder. Especular com as moedas é uma barbaridade que traz nefastos efeitos para a população. Em geral, as crises financeiras se originaram na desenfreada especulação, bolhas e retraimento que exigem a criação de dinheiro para não aniquilar a economia, e as consequências são os excessos de liquidez e de produção deficiente que exige importações de manufaturas mais baratas de regiões onde a mão de obra recebe o mínimo salário para a subsistência precária.

O “financeiríssimo”, a busca do ganho máximo, agravou as condições de vida nas nações atrasadas. A mudança das fábricas para a Ásia ampliou o desequilíbrio e o atraso, enquanto os EUA perdem espaço na geoeconomia. O que esperar dessa nova ordem que vem surgindo? Não há para onde fugir enquanto os indivíduos de todas as classes continuarem se esvaziando de sua essência humana.

É fácil para o poder público gastar o dinheiro dos impostos; difícil é aumentar a receita de forma coerente. Produzir utilidades é a variável essencial na equação da melhora das condições gerais de vida na nação. Com aumento da carga tributária e queda na renda, aumenta a precarização visível em torno do rodoanel e das rodovias que cortam a grande São Paulo; o declínio é pavoroso. As cidades do ABCD paulista, além de Taboão da Serra, Embu das Artes, Osasco, Caieiras, Francisco Morato, Franco da Rocha, enfim o círculo completo, apresentam uma triste e pavorosa visão da decadência.

O Estado, tornado um centro de captação de recursos tributários, atraiu o olho gordo de pilantras que fizeram dele um puxadinho para se refestelarem na mordomia e poder. Não há perspectiva para mudar essa situação. Se em São Paulo o consumidor de carne está pagando ICMS de 4,5%, não seria o caso de criar uma taxa única sobre as exportações de itens essenciais e commodities que requerem trabalho, água, solo e outros insumos?

O Fim dos Tempos vai chegar a qualquer dia, mas atualmente se observa um terrorismo negativista paralisante, que introduz o veneno do medo. Há séculos o ser humano está decaindo devido ao travamento da intuição, que pouco participa da inata capacidade de livres resoluções. O espírito tem visão mais ampla que o cérebro, mas ao neutralizar a ação do espírito, o indivíduo cai no enrijecimento como máquina. A ciência afastada das leis da natureza é teoria para justificar fins egoísticos de cobiça de poder. O ser humano precisa de bom senso, raciocínio lúcido, capacidade de compreensão. As novas gerações não podem continuar perdendo a essência humana.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

VALORES HUMANOS

Há estimativas de que 90% dos seres humanos dormitam no comodismo e indolência, aceitam adversas condições gerais de vida e não despertam para a realidade nem mediante os mais lúcidos esclarecimentos. Isso não é bom para os indivíduos que não se desenvolvem o quanto podem, nem para a nação que fica com baixo potencial humano. Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado.

Falta conscientização e até vontade para reverter a situação de marasmo, o que traria resultados surpreendentes; mas isso requer o empenho de todos na busca do desenvolvimento dos valores humanos. Para que haja crescimento, é indispensável que haja boa educação, quando entendida como o bom preparo para a vida.

Atualmente não temos tempo para nada. O comodismo sempre nos pega quando ficamos descuidados. Tendemos para a acomodação por preguiça. Acomodados, não aproveitamos o tempo, não crescemos, não evoluímos. E não percebemos o essencial, como por exemplo, que a água e a energia elétrica, duas faces da mesma moeda, estão sob ameaça. Ambas dependem da boa preservação das matas, sobretudo as florestas próximas às nascentes, margens de rios, mananciais, coisa que temos desprezado ao longo dos séculos, arrasando a vegetação nativa, transformando o solo em deserto, exterminando a fauna silvestre. Ainda desconhecemos o que é ser humano e, irresponsavelmente, destruímos a natureza.

Na atualidade, tudo se afunila nas finanças, o que está tirando a perspectiva ampla da ciência econômica, restringindo tudo ao aspecto financeiro, ao dinheiro. O outro lado disso é o aumento galopante das dívidas. Os Banco Centrais injetam dinheiro para incentivar o consumo e a produção, o que resulta num estímulo que movimenta a economia. No ocidente, importador de bens, essa estratégia mais tem gerado aumento das dívidas e inflação do que estabilidade da atividade econômica, trazendo a insegurança geral nos empregos com o fechamento de milhares de empresas.

Onde encontrar a narrativa do dinheiro? Como ele foi tomando o espaço e se tornando o dominador do planeta? O que vale é o dinheiro, não as pessoas. Até onde isso vai? Criou-se um ciclo vicioso no qual economia e finanças passaram a depender da injeção de dinheiro para manter o consumo e suportar a valorização dos ativos. As dívidas se elevam e com a volta das taxas de juros crescem mais ainda gerando uma situação complicada para ser resolvida com dívidas equivalendo a mais de três vezes o PIB mundial.

Nos Estados Unidos, a dívida pública está próxima ao teto aprovado pelo congresso, de mais de 31 trilhões de dólares. Esse limite terá de ser elevado. Caso a aprovação da elevação seja retardada, quais seriam as consequências? Enquanto os Estados Unidos colocam bilhões de dólares em guerras, a China utiliza seu volumoso superávit comercial para penetrar e influenciar as nações atrasadas, e vai angariando vantagens na geoeconomia mundial.

A China vai avançando, ganhando espaço nos países mal geridos e endividados. Os Estados Unidos promovem a valorização do dólar. As nações endividadas ficam com a corda no pescoço, estagnando sem conseguir evoluir para um melhor futuro.

Sonolenta, a humanidade se encontra diante da moderna Babilônia, mas já está sendo despertada de seu cômodo dormitar. A confusa babel tem vivido de aparências, sem perceber que por trás dos vistosos biombos se escondem mentiras, corrupção e irresponsabilidade com o futuro. O mundo se tornou uma baderna sem controle gerando pânico e depressão.

Diante da grande colheita, o circo mundial está pegando fogo. Não dá para ficar perdendo tempo com discussões estéreis. Chega de mentiras e ilusões irrealizáveis. A humanidade precisa do abrigo seguro da Luz da Verdade sobre a vida. Tudo está tumultuado, para onde quer que se olhe há problemas complicados criados pelo homem. Os elos foram separados, divididos. Falta a corrente pelo bem, a coesão por um futuro digno da espécie humana. Pra frente Brasil!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br