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QUAL SERÁ O FUTURO DAS AMÉRICAS?

A construção da Terra seguiu uma linha cuja meta era dotar o planeta de todas as condições para acolher a vida humana com sustentabilidade. Cabia aos humanos e seus governantes compreenderem exatamente como a natureza funciona em sua automaticidade. Movidos pela cobiça de poder, os homens descuidaram disso, improvisaram, inventaram, contornaram, mas os efeitos não se fizeram por esperar, e em consequência o planeta apresenta terríveis sinais de deterioração causada pela espécie que abrigou para evoluir.

Estamos vivendo num mundo em transformações com quase 8 bilhões de almas. Muitas delas desinteressadas da vida e seu significado, alienadas sobre o áspero momento atual. Há problemas com alimentação, água, criminalidade mundial, guerras. Quando essa humanidade vai ter bom entendimento entre si? O progresso intelectivo avança continuamente, mas sempre tem sido acompanhado de decadência. Falta “coração”.

A economia visa atender às necessidades essenciais, mas o dinheiro criou descaminhos. Surgiu o mecanismo do dinheiro que faz dinheiro, mesmo que não produza nada ou indo a extremos com superprodução de supérfluos e falta de essenciais. Os homens criaram o dinheiro, a inflação, os juros e a âncora cambial. A indústria foi fechando. Tudo depende do dinheiro, de jogadas especulativas. Quando a renda cai, o rebuliço se instala, pois não há plano B, e como pedras de dominó, uma empurra a outra. Quem sabe, após a grande tormenta econômica, possa enfim surgir o sistema sadio em que o dinheiro fique no seu papel de auxiliar a produção e o comércio de bens efetivamente essenciais para  um viver de forma condigna.

Os homens, através do progresso tecnológico e da globalização, criaram a alta especialização. Na crise que se desenha, o mundo e as nações precisarão de pessoas com experiência geral, aptas a coordenar a produção dos bens essenciais. O momento é de incertezas; tudo está oscilando, da economia à sociedade; das alterações climáticas, ao equilíbrio emocional. Temos de compreender a finalidade de nosso viver neste planeta acolhedor, ao qual temos submetido a todos os tipos de abusos, mas que, como consequência de nossos desatinos, agora está se tornando hostil à vida humana.

A sina da América Latina tem sido a de permanecer estagnada com nível baixo na saúde e na educação. Francisco Pizarro e Hernan Cortez deram início à rapinagem no império Inca e no México, o que acabou abrindo as veias das riquezas do continente. Em 500 anos, ninguém conseguiu uma transformação para melhor. Dominada pela influência religiosa, a população esteve na dormência e seus governantes na inércia. Embaraçada pelas finanças mal geridas, regrediu. Neoliberalistas, esquerdistas e caudilhos se aproveitaram, mas com ou sem democracia predominou o atraso e a falta de preparo da população.

Para onde vão as nações latino-americanas? Vale tudo para a conquista do poder pelo poder, não para promover o progresso real? A Europa está atordoada por dívidas e crise na energia. Os EUA, que deveriam inspirar um modelo de renovação, não conseguem resolver seus múltiplos problemas internos. A China diz não querer o comando, mas vai avançando na economia. O que será das Américas? O que será da humanidade?

O futuro da humanidade depende da boa educação infantil e do bom preparo das novas gerações para a vida. A parte humana do ser está sendo perdida, mas tudo terá de se tornar novo para subsistir através do saber do funcionamento das leis naturais da Criação, possibilitando que a sabedoria espiritual possa se manifestar, construindo beleza, paz, progresso real e felicidade, colocando o intelecto no lugar que lhe cabe: de instrumento a serviço do homem.

A educação e o bom preparo das novas gerações têm de ser a prioridade para deter a acelerada decadência que o mundo enfrenta. A boa formação requer o reconhecimento de que estamos inseridos na Criação como um fruto dela, o que torna indispensável a busca do saber do significado da vida e das leis que a regem para que nela as pessoas se integrem construtivamente. É preciso raciocínio lúcido, simplicidade, clareza e naturalidade no pensar para a formação de cidadãos dotados de bom senso intuitivo, que tenham propósitos enobrecedores, que reconheçam sua responsabilidade de beneficiar o mundo para que haja paz e progresso material e espiritual.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

ALTERNATIVAS PARA A INFLAÇÃO

O sistema monetário surgiu como uma fera que estava contida na gaiola do ouro. A contabilidade registrava o crescimento da fera até que, sem as amarras, pôde crescer livremente. E todas as ações humanas se voltaram para o dinheiro que se acumulava nas mãos habilidosas daqueles que faziam do acúmulo a prioridade da vida. A fera ganhou o mundo e se espraiou, ora em tsunami pondo tudo em movimento, ora em refluxo empurrado pelos juros com lentidão das atividades econômicas. Teremos pela frente mais um ciclo de ordenamento temporário que traz a austeridade no rastro, mantendo a evolução da espécie humana em plano secundário?

O misticismo se opõe à simplicidade, clareza e naturalidade no pensar. O cérebro foi contaminado e perdeu a lucidez. O momento psicológico dos investidores e da população está dominado pela apatia. Os 24 meses de restrições severas deixaram suas marcas; foi como dar a partida para algo desconhecido. Com tantos acontecimentos simultâneos, agora há uma parada e a motivação básica passa a ser a sobrevivência ameaçada, mantendo baixa a circulação do dinheiro, acarretando efeitos que freiam as iniciativas e a economia.

Ronaldo Lemos analisa a situação dos jovens em artigo no jornal Folha de São Paulo: “Há algo de errado. O mundo tornou-se um lugar inóspito para jovens. Quem tem entre 15 e 35 anos não está em situação invejável, tanto do ponto de vista econômico como social. A geração que está emergindo é na verdade a geração paralisia”.

Há algumas décadas as novas gerações percebiam que a chegada da fase adulta trazia novos horizontes e propósitos. Em geral, foram arrastados para a idolatria do instinto sexual. Os apelos levaram à exaustão. A adolescência perdida acabou com a idade dos sonhos de construir um mundo melhor. A vida perdeu o colorido ao se subordinar inteiramente ao financeiro. Restou o vazio de sentido da vida e a ignorância sobre o seu significado. A humanidade pagará caro por isso.

Os seres humanos tinham um rumo, mas não era suficiente, tanto que o sistema desmoronou. Hoje poucos sabem o que querem, vão sendo empurrados pela superficialidade da multimídia sem saber para onde estão indo. É fundamental que haja um rumo construtivo. No dia em que os seres humanos tiverem um rumo condizente com a sua espécie surgirá o progresso real, a paz e a evolução.

Nos anos 1970/80, os Estados Unidos enfrentaram a inflação aplicando elevada taxa de juros. Houve o favorecimento de ganhos nos preços menores das manufaturas produzidas na Ásia. Enquanto isso, os ativos do mercado financeiro foram inflando e o dinheiro aumentando. As pessoas pressentem quando o dinheiro vai se desvalorizando.

O século 21 apresenta novamente uma situação de retorno da inflação. Passou a fase dos preços baixos das manufaturas produzidas na Ásia. Energia, alimentos e manufaturas são impactados pela redução da oferta majorando os preços. É um choque de realidade que esbarra nas limitações da oferta. A receita tem sido inibir o consumo com a taxa de juros, mas as condições atuais não são as mesmas.

Uma equação inflacionária severa. A redução do crescimento da demanda requer aumento do desemprego? Aumentar os juros vai resolver? Há alternativas? As pessoas de bom senso vão percebendo as incoerências das teorias econômicas desenvolvidas para atender a interesses do dinheiro, pondo de lado o objetivo de buscar o atendimento das reais necessidades com eficiência.

Os comunicadores se apressam em buscar respostas e prever o futuro. Silenciosamente, de modo invisível, os fios do destino da humanidade estão em movimento para desencadear os acontecimentos que, com displicência, estão sendo gerados ao longo dos séculos.

Vida e economia são faces da mesma moeda na civilização. Mas tudo passou a girar em torno do dinheiro, desde o nascimento até a morte. Os gestores públicos têm de organizar o sistema de forma a evitar a miséria e o caos social decorrente de crises, cujas origens remontam ao passado de subordinação colonialista dando origem a povos incultos com pouco preparo. Ao longo dos séculos, o futuro tem se resumido a nações endividadas, população malnutrida, crianças descuidadas, o oposto do que deveriam ser as nações em seu desenvolvimento.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O QUE QUEREM OS INVESTIDORES MUNDIAIS?

Tivemos mais de 300 anos de trabalho escravo no Brasil, prova da maldade e insensatez contra as leis naturais. Quando finalmente a família imperial proibiu a escravidão em 1888, D. Pedro II, que conseguia dar um bom rumo ao Brasil, foi destronado e expulso, e começou uma república na mão de despreparados que cederam o poder a um grupo de entreguistas corruptos, deixando ao desamparo e sem integração as famílias liberadas do trabalho nas fazendas.

O Brasil ficou submetido a Portugal até a Independência. A rainha de Portugal, Maria I, apelidada de “a Piedosa” e “a Louca”, bem revelou o tipo de relacionamento com a colônia. Em 1792, trucidou Tiradentes por causa do ouro. Reconhecida a independência, os ingleses se aproximaram para dar as coordenadas e colher vantagens. Terminada a segunda guerra, foi a vez dos EUA. Setores da Igreja e Rússia fomentaram a discórdia. Na China, Mao também seduzia a juventude. Os governantes, sempre acessíveis, fizeram todas as concessões para se manterem no poder. O gigante quase despertou, mas logo recaiu no atraso. Em 2018, houve a ruptura, mas o futuro da nação brasileira permaneceu incerto diante da astúcia e cobiça de poder.

Atualmente, o que querem os investidores mundiais? Pelo mundo o que se observa é a economia desequilibrada, sem sustentabilidade, caminhando às cegas; sobram supérfluos, faltam essenciais. Além da boa rentabilidade, os investidores também deveriam considerar o que é útil e capaz de promover a melhora nas condições gerais de vida.

O economista Willian Arthur Lewis mostrou, implicitamente em sua teoria sobre transferência de populações do campo para cidades industriais, o imediatismo com que a economia tem sido conduzida pelo mundo. Aproveitam a mão de obra barata, fabricam e exportam. Outros deixam de fabricar, importam; se não tiverem receitas para isso, se endividam e pagam juros, produzem pouco, geram poucos empregos. No entanto, esse esquema se tornou um dos maiores pagadores de juros para o mundo. Valeu a pena? Agora a Argentina entrou nos juros de cassino, com 48%. O que dirá a história?

O que fazer quando um gigante, na compra de bens de consumo e insumos para fabricar e exportar produtos industriais para o mundo, fecha toda a atividade produtiva para controlar uma pandemia? Cada nação tem suas dificuldades, e o custo da energia e a inflação já vinham preocupando. No Irã vai dobrar o preço de óleo, leite, ovos e trigo. Em algumas regiões faltará alimentos. E o Brasil, o que poderá fazer para não criar um ambiente de caos e desordem como já ocorre em algumas regiões? Hora de examinar a contribuição que as atividades humanas estão oferecendo para o bem geral e identificar qual o valor e utilidade benéfica ou desvalor de tudo que se produz.

O freio é da China, ou do consumo do resto do mundo que se concentrou nos bens essenciais, deixando muita coisa encalhada? O Brasil, mais uma vez, cai na burrice de suas elites; não quiseram aprender as lições do açúcar e do café, que sempre paralisavam o país com retração nas exportações de commodities e, além disso, secaram a produção fabril. A desglobalização está dando uma nova lição. Será que vamos aprender direito?

O sistema vai caminhando para o colapso por não ter sustentação própria, pois é antinatural. Justiça e reparação natural estão em curso e nem a humanidade inteira poderia impedir os acontecimentos atuais e que serão mais visíveis ainda com o passar do tempo. Como consequência automática do sistema, embora em poucas mãos, a massa de dinheiro sempre tende a crescer dando origem a crises de expurgo e oportunidade de ganhos para os endinheirados, e austeridade para a população.

A pandemia provocou muitas reações sobre o atual modo de vida em que a compra e a venda se tornaram dominantes em tudo, depreciando o próprio valor da vida, favorecendo a guerra. Em meio a acontecimentos tristes e desagradáveis, muitas pessoas chegaram a perguntar se ainda queremos continuar a viver dessa forma. Até agora ninguém tinha feito essa pergunta, pois a grande maioria foi induzida a acreditar que essa era a única forma de viver e encontrar a felicidade através de ganhos e do consumo, supondo que o dinheiro comanda tudo, mercantilizando a vida, incluindo partes do corpo humano e da mente, conseguindo, enfim, sufocar o espírito e afastar os seres humanos do real significado da vida.

Ocidente, Rússia, Otan, Ásia, China, são partes do mesmo planeta, sujeitos às mesmas leis universais da Criação. Lamentavelmente, a humanidade se deixou arrastar pela cobiça e desconfiança, o que impede a convivência pacífica entre os povos e uma forma de viver construtiva e beneficiadora; tal como os elos de união, todos dependemos do ar, da água e do solo para evoluir e produzir belezas e felicidade no Planeta Terra, tão explorado pelo imediatismo e ganância.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A EDUCAÇÃO E A ECONOMIA

A paz e o progresso da humanidade devem estar no topo e o dinheiro, ser apenas um meio para as relações econômicas, não um instrumento de dominação. Dinheiro, esse misterioso sempre corre atrás dos juros como aconteceu nos anos 1980 em disparada pelos 20% oferecido pelo FED. A estabilidade do câmbio está vinculada à taxa de juros num sistema canibal; e se o FED aumentar os juros, os dólares somem. Os homens têm astúcia intelectiva, mas a lei da reciprocidade está acelerando a colheita. O mundo se agita com doenças, carestia e emburrecimento do ser humano. A tendência de precarização geral se espalha pelo mundo.

Assustadas com a pressão das turbulências mundiais, as pessoas estão ansiosas devido ao desaparecimento dos momentos leves e alegres. A vida está ficando difícil para todos. A população e seus governantes esbanjavam, não preparavam melhor futuro e a vida ia indo. As transformações econômicas e financeiras e a globalização remodelaram a vida. No início era festa com importados baratos, mas logo foram percebendo as novas dificuldades surgidas. Veio a pandemia, a nova guerra e tudo foi ficando pior. Escola e saúde deficientes. Transporte público terrível. Moradias precárias. Chuvas fortes. Aumento da temperatura. Os seres humanos e sua ciência se acomodaram e as descuidadas condições de vida trazem dificuldades para todos.

O que aconteceria se a humanidade não necessitasse colocar tanto dinheiro em gastos militares e armas letais? Já, a necessidade de defesa é algo antinatural, que significa que os seres humanos ainda se matam por cobiça grande e por ninharias; julgam-se donos do planeta onde têm a permissão de viver por um curto período, e onde a produção de armas é mais importante do que promover o autoaprimoramento.

A guerra entre Rússia e Ucrânia vai se ampliando com a chegada de reforços e armamentos procedentes de outras nações, prolongando os combates em que cada um quer exibir a sua força e potencial destrutivo. O medo rege as ações, e dele nasce o ódio. Sabe-se quando uma guerra começa, mas não se sabe como e quando termina.

No geral, as pessoas têm uma esperança de que a crise vai passar, mas ao término dela o aumento da pobreza estará bem nítido. O Brasil, com seu potencial ofertado pela natureza, está mais frágil diante das sombrias cobiças que vão mostrando a sua cara.

Nas terras do Brasil ainda não surgiu uma Nação dedicada ao progresso do povo; caminhava para isso, mas em 1889 houve uma ruptura e teve início o jogo da perpetuação dos mesmos no poder, aqueles que se julgam donos do país e de sua população. Com a política adotada de valorização do real no combate à inflação com dólar barato na base de juros elevados, por período de quase trinta anos, a indústria foi desaparecendo e com ela a experiência técnica. Os preços dos importados eram baixos, mas não havia mais empregos.

Com o processo da desglobalização em andamento, no Brasil a economia deveria fortalecer o livre desenvolvimento das atividades produtivas agropecuárias e fabris, dar bom preparo às novas gerações para a vida, o que ensejaria a criação de uma sociedade conscientizada e, consequentemente, apta a desenvolver um progresso equilibrado.

A Educação das novas gerações tem de incluir a natureza e suas leis, além de disseminar os valores universais, o saber sobre os temas que afligem a sociedade. Atualmente, as crianças recebem conteúdos através da imprensa escrita, falada, televisiva, filmes e internet que trazem elevada carga de informações negativas. As escolas têm de ir além do simplesmente formar bons profissionais; deve disseminar os valores universais, formar o ser humano na direção do autoaprimoramento, capacitando-o a opinar sobre os temas que afligem a sociedade e a beneficiar e melhorar as condições gerais de vida no planeta, tendo em vista o progresso real no caminho de evolução rumo à Luz da Verdade. Enfim, formar seres humanos com bom senso intuitivo e raciocínio lúcido, com capacidade de pensar com clareza e naturalidade, pois somos todos peregrinos em busca da Luz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O MUNDO HOJE

Há um permanente descaso com a construção de melhor futuro. O colapso da civilização avança. Qual é a causa real do falhar da humanidade? O mundo atual resultou das atitudes das pessoas que, apesar de sua capacitação espiritual, se afastaram do dever de promover o bem geral. Em meio à complicada situação em que estamos vivendo, as pessoas estão aborrecidas com o que acontece, mas o que poderiam fazer, o que poderiam pedir?

Os seres humanos, em geral, estão perdendo a compostura, mas a cobiça de poder os faz descer até às sombras da aliança com as trevas. Em sua cobiça e arrogância, estruturaram o modo de viver em oposição às leis naturais da Criação, dando espaço para atuação das trevas em todos os segmentos, de modo que ao final haverá o embate de trevas contra trevas.

Amor, consideração, trabalho, seriedade, dedicação e o olhar voltado para a continuada melhora do preparo da população e das condições gerais de vida, são os fatores indispensáveis para que a humanidade não decaia para a civilização de todos contra todos.

A teoria da conspiração tem sido o bode expiatório dos acontecimentos mundiais que se aceleram. Aí vem pandemia, aumento do custo da alimentação, mudanças climáticas, guerra na Ucrânia, o silencioso avanço econômico da China, tudo indo na direção de tornar a vida do cidadão comum mais difícil. Assim ficam esquecidas as profecias que alertavam sobre a grande colheita que cairia sobre a humanidade, que possivelmente poderiam trazer mais humildade e auxílio para aqueles que pedirem forças para se tornarem melhores.

Enquanto Estados Unidos, União Europeia, Rússia e China trocam farpas, qual é a realidade econômica? A população da China está habituada a uma vida difícil. Esse país concentra grande parte da produção de manufaturas e tem reservas para assegurar as importações do que precisa. Estranho esse lockdown em Xangai que afeta o grande porto, enquanto outros países dão prosseguimento à liberação das restrições. O que isso significa?

Quais são os motivos que deram impulso à criação do dinheiro e das finanças como instrumento de dominação? O dinheiro, transformado na mercadoria das mercadorias, abre um paralelo na economia real em que o mercado financeiro segue a lógica especulativa. O dinheiro em si é um importante meio para conduzir a produção, o comércio, o consumo, mas assumiu o comando e se tornou a causa de discórdia, guerras e miséria; ele se impõe como a força dominadora da política, dos negócios, da vida. Isso resultou do fato de os seres humanos terem parado de ouvir o coração, a alma, deixando-a inativa. A paz e o progresso da humanidade devem estar no topo, e o dinheiro ser apenas um meio.

O que as novas doenças e a guerra têm a ver com o dinheiro e poder no mundo? Ao final da Segunda Guerra o dólar e os mecanismos financeiros desenvolvidos se tornaram o sistema monetário mundial. Os embates não contribuem para a evolução da humanidade. Pouco se fala sobre o enorme poder financeiro concentrado, defendido com a diplomacia das armas. A China despontou como a grande fábrica; é evidente que o fortalecimento econômico e comercial despertaria suas atenções para as finanças e disputa com o dólar.

As ideologias e as civilizações estão se fundindo nos objetivos de cobiça por riqueza e poder econômico. O que as escolas estão ensinando sobre a lei Áurea de 1888 e sobre a republiqueta que derrubou a princesa Isabel, baniu sua família em 1889 e descuidou do Brasil e sua população, incluindo os liberados do regime de trabalho opressor? Qual o significado da tomada do poder pelos militares em 1964? As novas gerações tiveram seu descontentamento com Tio Sam direcionado para a revolta; haveria um banho de sangue, para quê?

Para favorecer a paz duradoura é imprescindível que a educação promova a busca do aprimoramento pessoal e espiritual continuadamente, para que os estudantes se tornem seres humanos de qualidade, e que tenham consideração sincera pelo próximo, buscando a melhora nas condições gerais de vida. Muitas pessoas deixam que a alma envelheça junto com o corpo, em vez de mantê-la sempre jovem e forte com a Luz da Verdade do Criador.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A ERA DAS TREVAS, ONTEM E HOJE

Na “idade das trevas”(de 476 a 1453 d.C.) ocorreu na Europa a estagnação cultural e econômica em decorrência do declínio do Império Romano do Ocidente. Foi uma época dominada culturalmente pela religião. Também denominada como “idade média”, nesse período houve o avanço da obscuridade em que a original Mensagem de Luz, trazida por Jesus, foi sendo desfigurada por alterações e inserções mais condizentes com a vaidade e que pouco contribuiu para a evolução espiritual da humanidade.

Em seguida houve o Renascimento, um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século 14 e se estendeu até o século17 por toda a Europa. Os renascentistas se colocaram como herdeiros do pensamento e da ciência desenvolvidos por gregos e romanos, dando ênfase ao intelectualismo materialista, fazendo renascer a cultura da antiguidade, mas não pesquisaram o saber sobre os entes mitológicos. Foram eles que denominaram a Idade Média como a Idade das Trevas, mas na verdade esse obscurantismo perdura até nossos dias, pois o avanço da intelectualidade se voltou para o materialismo, sufocando o pouco de espiritualidade que havia restado do passado.

Dois fatores foram progressivamente reduzindo a influência e interesse pela religião: a evolução do dinheiro e a revolução industrial, mas podemos dizer que ao lado desta teve início a revolução financeira que a tudo afetou. A economia e as finanças passaram a ser a grande motivação das nações. A Inglaterra e a França queriam assegurar os recursos naturais, matérias-primas, energia, competitividade e mercados para as manufaturas, e passaram a constituir colônias. Nesse interim, os Estados Unidos se fortaleceram e acabaram afirmando através da Doutrina Monroe, a América para os americanos. A Alemanha, com população disciplinada, galgou posição com produtos de boa qualidade e preços competitivos. Com o avanço da penetração da Alemanha nos mercados, a economia mundial começou a se complicar, chegando aos embates da Primeira Guerra Mundial.

A Inglaterra e os Estados Unidos avançaram no controle do dinheiro e das finanças. A Alemanha, se ressentindo disso, tentou buscar outro caminho para evitar depender de capital externo, mas foi caindo na obscuridade, queimando livros contrários a sua ideologia, gerando atritos irreconciliáveis que deram origem ao mais trágico embate, a Segunda Guerra Mundial que se estendeu de 1939 a 1945 com muita destruição e sofrimentos.

Terminada a guerra a humanidade queria paz e progresso, houve um período de leveza, embora ainda prevalecesse a cobiça por riqueza e poder. O mundo foi caminhando para o desenvolvimento tecnológico e inovações. Logo ficou evidente que muitos países ficariam para trás na educação, na pesquisa científica e tecnológica, passando à condição de dependentes, restringindo-se ao fornecimento de alimentos e matérias-primas.

A melhora durou pouco, logo surgiram novas crises financeiras, o endividamento público e a globalização da produção. O dinheiro se tornou o grande ídolo. As corporações foram produzir na China onde a mão de obra era muito mais em conta. Aparentemente não haveria mais razão para guerras, a globalização era a solução preferida. Com custos imbatíveis e câmbio favorável, a China foi penetrando nos mercados, inviabilizando a produção industrial local. Tudo caminhava a contento, a China enriquecia e adquiria novas tecnologias, passando a produzir produtos de qualidade, almejando ter moeda forte. Até que os norte-americanos elegeram Donald Trump que passou a tomar medidas para atender os anseios do seu povo, contrariando os postulados da globalização.

Veio a guerra comercial e o recrudescimento da geoeconomia. No Brasil, Jair Bolsonaro foi eleito sem o apoio da mídia, surpreendendo a classe política acomodada no poder há décadas. Eis que os chineses são atacados pelo Covid-19, não divulgam logo a gravidade da doença e tudo foi parando. Cidades no mundo todo fecharam o comércio, parando de produzir, vender, receber e pagar. A situação é tanto mais grave pelo artificialismo do sistema econômico global que fechou fábricas, desempregou e deixou as ações da Bolsa subir sem consistência, na crise tudo foi caindo. Bancos Centrais falam em despejo de dinheiro, mas e a produção?

Estaria a humanidade sendo conduzida para o beco sem saída e não está vigiando nem orando? Os estrategistas precisam buscar soluções para contornarmos as dificuldades na saúde e na economia para impedir o declínio do Brasil e seu povo. Mas continuamos dominados pela cobiça de poder. Temos de avançar para além do materialismo para encontrar a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O BRASIL E A GUERRA

Era para o Brasil ter ficado na mão de D. Pedro I, mas ele caiu nas ciladas. Após a independência e com o falecimento da imperatriz Leopoldina, o país ficou nas mãos de aproveitadores que tramaram o banimento do patriota José Bonifácio para satisfazerem suas cobiças, servindo a interesses externos.

Na atualidade, a pandemia deixou uma sensação de vazio no mundo. No setor econômico, os juros se movem para enfrentar a inflação que pode se agravar com o conflito na Ucrânia. Bolsas se ressentem. Empresários se preocupam. Políticos em lutas pelo poder. Escolas não conseguem elevar o nível do saber. Alterações no clima.

O ocidente descuidou do bom preparo das novas gerações e, consequentemente, da formação de verdadeiros seres humanos, através de uma educação fortalecedora da essência humana, a alma e seu núcleo, o espírito, criados pela Vontade Divina. Outras nações deram foco ao preparo na direção do fortalecimento econômico-militar do país, e estabeleceram planos para fazerem frente ao poder do dólar, enquanto os EUA foram esvaziando as fábricas, ampliando a dívida e a ilusão do ganho financeiro virtual.

Os rumores de guerras se concretizam. Parece coisa arranjada, a OTAN não entra no conflito porque a Ucrânia não está no pacto. O que quer a Rússia? Vai aguentar as pressões financeiras e econômicas? O rublo já caiu 30%. No caso de se sentir enjaulada não poderia sair dando tiros contra outros países? Já é terrível dois países em confronto, mas será que estão sozinhos? E se outros entrarem ostensivamente?

E se a China avançar sobre Taiwan? Ao final, trata-se de um confronto por poder e dominação, que com certeza não vai melhorar a já precária felicidade da humanidade. Os poderosos sempre ganham com as guerras. Nesse jogo pesado, quem move as peças? Quem toma as decisões? Mas a palavra final será dada pela lei da reciprocidade e demais leis da Criação.

O público em geral vai perceber os efeitos do conflito no bolso, no preço dos combustíveis e dos alimentos, na liberdade, mas as consequências menos visíveis, porém mais incisivas, poderão ocorrer no sistema financeiro mundial concentrado no dólar; o significado disso a longo prazo poderia ser a redução da influência americana. A tendência mundial é de centralização do poder, cortar a autonomia individual e de governos; reduzir os níveis de decisão, subordinando tudo ao controle centralizado através da TI. A ideia é eliminar a autonomia dentro das fronteiras nacionais. Liberdade para decidir, só de acordo com os programas e algoritmos.

Mais de quatro milhões de anos foi o tempo necessário para que o planeta adquirisse as condições de vida e sustentabilidade, o mundo perfeito, através do funcionamento das leis da natureza, pouco estudadas pela humanidade. Em seu ciclo a matéria tinha um tempo determinado, a evolução do espírito humano também. Muitas profecias alertaram sobre isso, mas perderam a simplicidade original e acabaram sendo objeto de sarcasmo.

Os Estados Unidos têm vocação para a liberdade. O Brasil, para a paz e a busca do Eterno. Lamentavelmente o que prevalece hoje em dia no mundo é o domínio trevoso do materialismo e do dinheiro, a negação do espírito e das imutáveis leis espirituais, seja no capitalismo democrático ou totalitário, ou mesmo nas diversas correntes religiosas. Romper a lógica materialista e os conflitos gerados por ela e sua pressão avassaladora sobre a consciência, depende de cada indivíduo e de sua vontade de se tornar consciente da realidade espiritual.

Quem ainda tem ponderação para examinar a vida e seu significado? Quem controla os fios do destino? É a lei da reciprocidade que está levando os fios para os remates? Chegamos ao fim do modo de vida atual? O que surgirá? Ocorrerá a aceleração da tendência de eliminar os últimos resquícios da alma, ou algo inesperado com a eliminação dos que já a perderam?

O mundo caminha para o enrijecimento geral. A humanidade descuidou da alma, a voz interior, o elemento essencial do ser humano, não o sentimentalismo. No totalitarismo, a alma deixou de ser levada em consideração há muito tempo, o que poderá levar a humanidade para um mundo mecânico, sem alma, sem coração, enterrando a finalidade primordial da vida, ou seja, a elevação espiritual do ser humano.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

VONTADE INTUITIVA

O ser humano é dotado da vontade intuitiva, proveniente do eu interior, que o conecta com a força espiritual que perpassa a obra da Criação. E também possui a vontade mental proveniente da região cerebral. Já a vontade intuitiva se tem enfraquecido no correr dos séculos, e mais ainda nos tempos atuais, dando espaço para a vontade mental. Tanto isso é fato que cientistas buscam interferir na vontade mental, para fins de controle, através de processos psicossociais, cogitando também de interferir diretamente no cérebro humano utilizando componentes eletrônicos.

Falam em separar o cérebro do corpo envelhecido e criar uma vida digital, passando os dados para um computador. O que deu para entender é que se espera criar um arquivo digital e um programa, mas o que é da terra fica na terra, pois o espírito segue sua jornada em conformidade com o que tiver semeado.

Tudo que possa ser feito para o melhor funcionamento do cérebro é aceitável, mas ignorar e sufocar a vontade intuitiva equivale a despersonalizar o ser humano, transformando-o num autômato, já que não se esforçou para se desenvolver espiritualmente como legítimo ser humano com vontade própria, individualizada, destinada a fortalecer a autoconsciência e o autoaprimoramento; o oposto a isso é o declínio da humanidade, que não subsistirá sem que haja bom preparo das novas gerações, integrado com o estudo do funcionamento das leis da natureza.

A Terra era para ser um paraíso, mas quem ainda olha para o Alto? Olhando para o lado o que vemos é o descalabro avançando. Em 2022, mantenha os olhos bem abertos para começar bem e ter um ano novo proveitoso e feliz, vivendo o presente, fortalecendo a vontade intuitiva, analisando e refletindo, construindo um futuro melhor.

Os países se encontram em grave situação; as lideranças e a classe política não se empenharam por bom governo que agisse em conformidade com o significado maior da vida. A atividade humana ficou subordinada a objetivos mesquinhos e cobiça por dinheiro, ao mesmo tempo em que o descontentamento foi sendo represado em barragens, e agora insatisfação e desalento irrompem pelo mundo. Difícil achar boa vontade na política, e mesmo ela tem grande dificuldade para agir em meio a avalanche de interesses que se precipita.

Não só no Brasil e na Argentina, o desarranjo monetário e cambial é geral. Isso vem se arrastando há décadas, sem que o equilíbrio fosse alcançado, aplicando-se o receituário de aumento de juros e austeridade. Agora há murmúrios de que a hegemonia do dólar poderá ser retirada, mas trocar de moeda não vai resolver os problemas estruturais criados pelo controle do dinheiro por grupos de interesses próprios desinteressados do progresso efetivo da humanidade.

Quem define o câmbio do dólar, quer dizer, o preço do dólar em relação às demais moedas? Vai dizer que é o mercado? E o que dizer dos juros, se baixos, os dólares correm atrás de quem lhes deem mais. A economia globalizada depende da moeda mundial, no caso o dólar, o que dá margem a muitas manipulações lucrativas. A China se beneficiou com a valorização das moedas nacionais. Esse país importou muito em dólar, o qual estando mais caro, encareceu as importações e impactou na produção chinesa. E se houvesse a moeda mundial única para todos os países, como na Europa, em que o euro é a moeda de todos os países do grupo? Pode ser que o mundo esteja caminhando para isso, mas o x da questão é: quem vai controlar esse dinheirão? Certamente quem o fará vai controlar o mundo.

Juros são o aluguel do dólar. Turquia e Brasil mexeram para reduzir seu valor e o dólar foi diminuindo, e o preço aumentando, repercutindo na inflação. No Brasil, os governantes tiveram mais de 70 anos para tentar reduzir a dependência financeira, porém em vez disso conseguiram aumentá-la. O que é realmente importante na economia? Empregos, produção, qualidade de vida, bom preparo das novas gerações. Os economistas viraram agentes financeiros e esqueceram que a vida é atividade beneficiadora, sobrevivência condigna e progresso.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A REAL HISTÓRIA DO PLANO REAL

O Plano Real revolucionou o cenário econômico do país e permitiu mais de uma década de estabilidade de preços. Algo extremamente valorizado após um período de hiperinflação. Mas não o fez sem consequências para o país: o preço foi alto e continua a ser pago até hoje. A nova moeda resolveu a inflação, mas não sua maior causa: o desequilíbrio fiscal.

A jornalista Maria Clara R. M. do Prado, à época assessora do então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, esteve à frente da divulgação das várias etapas do Plano Real e as revela numa uma reportagem de fôlego, repleta de informações até então inéditas. No livro A REAL HISTÓRIA DO REAL, ela mostra os bastidores da concepção do real. As articulações feitas nas frentes políticas, econômica, internacional e de comunicação, além de documentos inéditos dos integrantes da equipe econômica.

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COMO SERÁ O ANO DE 2022?

A humanidade tem sido displicente com a vida e com a economia. As elites e uma parcela da população estão percebendo que a Terra está nos limites críticos, pois pressentem que não vai demorar muito para a chegada do futuro sombrio. Muitas cidades brasileiras mal geridas ficaram estagnadas devido à redução da renda de seus habitantes, além das poucas oportunidades de trabalho e do aumento de moradias precárias.

Prefeitos e vereadores só se interessam pela próxima eleição. Foram desatentos com as atividades econômicas, geradoras de empregos, com a arrecadação e em oferecer educação de qualidade para as crianças. Agora, com a perda de muitos empregos e aumento no custo de vida, a situação se complica para grande parte da população.

Com a união dos povos em torno do objetivo de alcançar o aprimoramento da espécie humana certamente não estaríamos enfrentando o caos atual com desemprego, inflação, escassez de água e alimentos. Na teoria, o sistema democrático ocidental, assegurado pela eleição era funcional, mas na prática os velhos interesses colonialistas deram outro rumo. Os tiranos gostam de mandar, o poder os aprisiona e os individualistas se manifestam.

O estado-nação tinha força, mas na ausência de objetivos nobres para o bem geral perdeu o rumo com o conluio entre eleitos e poder econômico em detrimento da população que esperava o empenho de seus líderes na busca de melhor qualidade de vida no trabalho, na renda, na educação, na saúde. Está ocorrendo uma guinada para baixo com o despreparo e desinteresse das novas gerações na construção de um mundo melhor e sem despotismo.

Durante séculos o catecismo exerceu forte influência na cabeça das novas gerações. No pós-guerra, teve início uma confrontação de culturas atingindo as novas gerações a partir da adolescência. Foi um momento de ruptura que deveria ter sido aproveitado para situar os jovens no mundo, mas que acabou sendo desviado para um viver rebelde através da música, danças e artes com a participação do cinema e da TV, e assim se formaram os novos pais e mães do século 20. Em vez de evolução, veio estagnação.

Os jovens têm acentuado instinto imitativo e, na ausência de modelos, se deixam influenciar pelas atitudes mais evidentes dos artistas e de outros que são destaques na mídia. Ocorre que em geral são modelos de vida devassa, egocêntricos sem propósitos mais nobres, e cujo procedimento e conteúdo artístico acabam se tornando o ideal de jovens desalentados com o futuro sombrio da humanidade, em vez destes buscarem o aprimoramento pessoal e a melhora das condições gerais de vida.

Desde 1980 as decisões econômicas mundiais foram gerando desequilíbrios crescentes a tal ponto que hoje não se consegue falar em recuperação global equilibrada. Paliativos como injeção de dinheiro vão camuflando a situação, mas não resolvem porque os desequilíbrios provocaram a fragilização da economia de muitos países, agravadas com o crescimento da dívida pública.

David Solomon, diretor presidente do Goldman Sachs, disse que durante a recuperação da pandemia os mercados poderão enfrentar uma fase difícil. O FED tem dado apoio para a economia através da liberação de dólares para compra de ativos, o que gerou uma euforia de valorizações e ganhos, e a prudência foi posta de lado pela ganância. Agora surgem notícias de que esse programa de auxílio tem seus dias contados devendo iniciar-se uma fase de redução gradativa dessas compras.

Em 2019 ninguém imaginava como seriam difíceis 2020 e 2021. Com certeza, 2022 continuará trazendo a grande colheita de tudo que o ser humano tem semeado com suas ações, pensamentos e intuições. Temos de fazer tudo que nos for possível para o bem geral, sem inquietação. Muitas crises foram superadas, mas a atual é econômica e humana pela falta de disposição séria para o aprimoramento. A vida é para buscar a felicidade, mas essa só poderá ser alcançada com a busca da verdade, e não só com a aquisição de mais e mais coisas, com as pessoas correndo de uma para outra sem conseguir alcançar a alegria real. Como será o ano novo de 2022? Vamos em frente com sabedoria e alegria.

Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br