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BRASIL, O PAÍS QUE DEVERIA ESTAR DO LADO DA FELICIDADE

A palavra é mágica e tem o poder de construir e beneficiar, ou destruir e envenenar. O mesmo acontece com as palavras e os sentimentos que formam os pensamentos. Abusos com as palavras ocorrem de longa data; as mentiras criadas pelos seres humanos, para sua conveniência ou por ignorância, estão presentes em tudo e estruturam o caos em que vivemos. A humanidade não levou a sério o “conhecereis a verdade e ela vos libertará”, pois isso requer força de vontade, esforço, simplicidade, clareza, naturalidade.

O Brasil cobiçado foi definido como a grande reserva internacional e por isso não convinha que os governantes agissem para promover o progresso da nação e seu povo. Em 1964, houve uma virada, mas faltou objetividade para alcançar o desenvolvimento tecnológico e industrial. Nos anos 1980, veio a crise da dívida externa e de novo a velha oligarquia tomou conta do poder. Em 2018, surgiu uma nova esperança. O que acontecerá em 2022, ano do bicentenário da Independência?

Aqueles que desejam progresso equilibrado e harmonioso para o Brasil se quedam angustiados. Em quem podemos confiar neste mundo materialista no qual o trunfo é o dinheiro? Infelizmente os bem-intencionados podem acabar como inocentes úteis e serem ludibriados, sem perceber as altas maracutaias promovidas pela turma falsa e mentirosa que se instalou no nível alto do poder. É difícil saber como essas coisas acontecem nesta nação atrasada.

No passado, a educação tinha por base a natureza e seu funcionamento automático ao qual os seres humanos se adaptavam desenvolvendo bom senso intuitivo. Depois foram se afastando julgando-se superiores à natureza e suas leis. Jesus quebrou o ciclo cerebrino afastado do natural. Pouco restou de seus ensinamentos espirituais. O catecismo dogmático influenciou a mente infantil, dando continuidade ao seu afastamento da natureza. Depois vieram os livros, revistas, filmes e desenho animado. O que restou do ser humano? Um descontente que ou decai moralmente ou se deixa levar pelos revolucionários enlouquecidos. As consequências da educação errada afastada das leis naturais estão no ar.

Os humanos não seguiram as leis naturais da Criação e entortaram tudo. Em vez de subirem a escada do aprimoramento pessoal, foram descendo, reduzindo a essência humana. Sem espírito atuante, o cientificismo quer interferir e impor normas padronizadas de viver que travam a individualidade e o querer da alma, quando deveria voltar às origens do ser humano para reconhecer e extirpar os erros cometidos, em vez de impor um viver puramente materialista, sem respeito às leis da natureza.

A China soube como tirar proveito da globalização disponibilizando manufaturas com preços baixos. Muitas empresas americanas ganharam bom dinheiro e a China se fortaleceu. Foi surpresa geral a rápida eclosão da guerra na Ucrânia no cenário bagunçado da economia mundial, um evento enigmático em meio ao forte confronto econômico entre os EUA e a China, mas ambos ao seu modo tiram proveitos, embora não se saiba que efeitos trará sobre a disputa do mando econômico mundial, quem ganhará ou perderá. Mais de 80 milhões de mortes na segunda guerra mundial não foram suficientes para tornar os homens mais humanos, e cumprir sua tarefa na Terra de ser beneficiador e transmissor da energia espiritual que está apto a captar.

É conhecido o fato de que criar dinheiro do nada deprecia a moeda. EUA e FED têm feito controle firme para manter o dólar como a moeda número um. Quando ocorre desvalorização que prejudica a primazia do dólar, não raro surge um ciclo de elevação dos juros que atrai as reservas mundiais para o dólar. Isso traz complicação para a economia mundial, mas é importante olhar para as consequências do crescimento da dívida pelo aumento dos juros.

No processo econômico natural, a riqueza produzida não deveria ficar concentrada; uma parte dela deveria ser partilhada com os que ajudaram a produzi-la. A tendência atual é de precarização geral e o ser humano indolente, com alma inativa, vai sendo reduzido a mero fator de produção e consumo, sem dedicar-se à compreensão do significado da vida. O desânimo vai avançado sobre o Planeta. Urge manter a serenidade com pensamentos sem ódio voltados para o bem. Falta a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

ONDA DE PÓS-VERDADE

Entender o que está se passando realmente está ficando muito difícil, pois para cada fato sempre surgem várias versões, como por exemplo, a intervenção da segurança no Rio de Janeiro. Está nitidamente visível que algo precisava ser feito, mas muitas vozes surgem se contradizendo, questionando se essa medida era necessária ou não e se irá criar problemas. A insegurança é o grande dilema. As pessoas ficam comentando na esperança de que haja bom senso, seriedade e eficiência, mas tudo permanece no marasmo e o país, estagnando. A situação é dramática.

O que tem chamado a atenção é mesmo o aumento da violência, guerra de facções, estouros de caixas eletrônicos, roubo de cargas, assalto ao transporte de valores. Uma guerrilha desenfreada pelo dinheiro que ameaça destruir a nação a partir do Rio de Janeiro e que está se espalhando pelo país, arruinando as novas gerações com drogas e orgias. Que futuro poderemos ter? O combate chega atrasado e tem de abranger a corrupção e motivar a população para a busca de uma vida melhor.

A deterioração do Rio de Janeiro começou em 1889 com o ato de inconformismo contra a lei Áurea de 1888. Poderia ter sido o marco da integração e progresso. Com sucessivos governantes sem a adequada seriedade e preparo, o Rio afundou num mar de lama e insegurança, assim como a Baía de Guanabara, transformada numa lixeira. O mundo individualista se tornou áspero e frustrante por se afastar da naturalidade. Como dar bom preparo para a vida às novas gerações? Não basta educar o cérebro frontal. Sem o fortalecimento do eu interior voltado para o bem, domina o sangue frio irresponsável. Essa é uma tarefa para autoridades, educadores, psicólogos e psiquiatras e religiosos. Desde cedo as crianças têm de ser preparadas para a vida real com disciplina, foco e autoconfiança, para que aprendam com as belezas e a lógica da natureza para se integrar com ela de forma construtiva e beneficiadora, assegurando a boa qualidade de vida.

O ser humano tem de fazer uso de suas faculdades e capacitações. Para entender o mundo não pode se acomodar indolentemente. Tem de se movimentar. Diz a teoria da “cognição preguiçosa”, criada pelo psicólogo Daniel Kahneman, que as pessoas tendem a ignorar fatos, dados e eventos que obriguem o cérebro a um esforço adicional. Ao concentrar seus esforços unilateralmente no desenvolvimento do cérebro frontal, o ser humano destruiu a antena para o mundo espiritual, acorrentando-se ao mundo material, afastando-se da luz da verdade, criando inúmeras pós-verdades que não resistiram a uma severa análise lógica. É preciso esforço para entender o funcionamento das leis da Criação e resgatar o funcionamento do cérebro e cerebelo em harmonia com o espírito. Pós-verdades começaram a surgir depois de Cristo e passaram a ser tidas como fatos naturais.

A teoria da evolução humana também é recheada de interpretações sem, contudo, ter chegado a uma conclusão lógica e coerente na atualidade. Como aceitar que a evolução seja um simples acaso? Stephen Jay Gould, paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos (1941-2002), propôs em 1989 um experimento imaginário extraordinário: voltar ao passado, para a origem, e descobrir que lentamente foi desenvolvido o corpo que seria utilizado pelo ser humano, de essência espiritual, para prosseguir a evolução pessoal e geral da matéria.

Mas se fosse possível voltar mais ainda, ao vazio do caos, seria possível chegar à causa referente à necessidade de o espírito humano receber um corpo perecível para ser implantado temporariamente no mundo material, e de novo, retornando para o presente, poderiam ser vistos os descaminhos da humanidade que nos conduziram ao mundo áspero de nossos dias e, assim, evitar o grande abismo que se avizinha na atual trajetória. O ser humano nasceu para evoluir e ser feliz, mas não pode esquecer a sua origem espiritual, pois só no reconhecimento dela é que encontrará o caminho da felicidade real.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7