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BELMONTE, TERRA DE CABRAL

Descoberto o Brasil, Portugal enviou para cá indivíduos de baixo nível. Queriam ouro, dominar os nativos, trazer escravos para a lavoura. Na época da independência, indivíduos intelectivos trevosos já dominavam o poder. Quando D. Pedro II ia consolidando um governo a bem do país, foi destronado.

O resto é conhecido, manter o Brasil no atraso, dificultar o despertar espiritual e a busca da Luz da Verdade, mas na grande colheita que se aproxima da humanidade a justiça será feita.

HERANÇA MALDITA

Os governantes do Brasil fizeram a opção de consumo e aumento das dívidas, deixando a produção de lado, criando uma falsa ideia de prosperidade. Enquanto o ocidente permanecia inflando o crédito e as bolhas, a China e os asiáticos faziam o oposto; poupavam, produziam e exportavam seus produtos para o ocidente aumentando suas reservas. Enquanto isso, o ocidente ampliava as dívidas até onde não deu mais, criando, assim, uma economia antinatural que consumia sem produzir, resultando em dívidas, crises e desemprego, pois criar dinheiro, crédito e consumo acaba exaurindo a economia real. Mas quando chega a hora da verdade, não há como deter o declínio geral.

A dívida tem sido a mais perigosa armadilha para indivíduos e países, pois ela acaba travando o futuro, acorrentando os devedores que têm de fazer enormes sacrifícios para não descaírem cada vez mais no poço fundo da miséria. Em 2003, a dívida pública do Brasil estava em R$ 965,8 bilhões, com o dólar a R$ 2,90 e juros Selic de 21%. Em 2010, a dívida alcançava o montante de R$ 1,73 trilhão, com a Selic a 10% e dólar a R$ 1,67. Baixou; qual o milagre? Foi bom negócio para quem vendeu dólar a R$ 2,90 e recomprou a R$ 1,67 na artificial valorização do real.

Na saída da Dilma da presidência da república, a Selic estava em 14,25%. Em 2015, o custo da dívida tinha ultrapassado R$ 500 bilhões. De 2012 a 2017 a dívida suportou carga de dois trilhões de reais de juros. No final do governo Dilma/Temer, a dívida já atingia R$ 3,877 trilhões, com o dólar a R$ 3,88 e Selic a 6,5% que representava algo em torno de R$ 250 bilhões de juros ao ano: a herança maldita.

É fácil descobrir por que há tanta pobreza e falta de bom preparo no Brasil. Em 1888, veio a lei Áurea. Havia um plano de integração. Em 1889, um grupo despreparado deu o golpe e não tomou conhecimento da situação das pessoas que foram liberadas das fazendas e suas famílias. O abandono foi continuado dando origem às moradias precárias. No preparo das novas gerações faltaram vontade e ação. Temos de destacar a importância da orientação dos pais sobre a responsabilidade de gerar filhos, e dar bom preparo desde a gestação. Mas, difícil é saber por que surgem tipos de coronavírus mais agressivos no contágio e por que essa pasmaceira em encarar o risco duplo da pandemia e da economia, dando-lhes tratamento adequado.

Os sentimentos intuitivos que se originam no eu interior atraem e são atraídos pela igual espécie, sejam de amor ou ódio, de consideração ou desprezo, gerando os pensamentos que também atuam da mesma forma. Se os seres humanos se mantivessem sempre voltados para o bem, tudo transcorreria em harmonioso progresso. No entanto, o mal atrai o mal, os sentimentos de inveja e ódio que visam a destruição se condensam e promovem a destruição da paz, rebaixando tudo. É mais ou menos o que está se passando no Brasil. Muitos que se apresentam como amigos podem, às ocultas, estarem chutando o balde. Nada mais é respeitado pelos seres humanos dominados pelas cobiças. Perderam o pudor e mostram exatamente como são em sua vileza.

Tudo está sendo destorcido. Vivemos os tempos das epidemias e outras catástrofes anunciadas. Há várias explicações disponíveis: guerra econômica, globalização, grande reset; não importa como chegamos a isso, o fato esquecido é que o mundo vive a grande colheita da qual não pode fugir, mas os seres humanos continuam dominados pela cobiça de poder, deixando a humanidade sujeita a projetos de supressão da liberdade, em vez passar a semear o bem. São Paulo está parado, se continuar assim vai estagnar e retroceder.

A era das trevas está aí, a humanidade submetida ao superficialismo está sendo conduzida para o beco sem saída, em vez de buscar a compreensão da Criação e suas leis, e do significado da vida e da situação em que deixamos o planeta e o Brasil. Afinal por que e para que nascemos? A humanidade tem de avançar para além do materialismo, do capitalismo, e do capitalismo de estado, e se esforçar para encontrar a Luz da Verdade antes da badalada da meia-noite.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O FIM DOS GOVERNANTES VENAIS

Grandes corporações mostram sua força ao querer boicotar a obtenção de lucro por meio da disseminação de ódio. Esse é um bom princípio que deveria ser estendido a muitas coisas nocivas e degradantes, como uso de cigarro e drogas e tantas outras que denotam falta de humanismo. Vamos fazer um boicote em prol do aprimoramento da espécie humana tão descuidada, principalmente nos países atrasados da África e da América Latina.

São muitos os fatores que estão levando ao apagão mental. A prioridade deveria ser o fortalecimento da percepção intuitiva para alcançar clareza no pensar e lucidez no raciocinar. Enfim, não somos robôs e é necessário vigilância para não cairmos nessa condição. É importante observar a vida e a natureza, e como funciona o cérebro do ser humano. O intestino é um fabuloso laboratório que extrai a essência necessária à conservação do corpo e descarta o inservível. Podemos viver 100 anos, mas tem de ser de forma autônoma, consciente e criativa.

Os tiranos sempre são perniciosos e eles existem em maior quantidade do que podemos imaginar, mas terão de colher tudo o que semearem. Os seres humanos precisam de liberdade para evoluir com o querer próprio, mas os tiranos querem o oposto para manter o domínio e são capazes de praticar as maiores atrocidades para satisfazer suas cobiças.

Na política não há ética nem lealdade; a traição é a norma. O Brasil caiu no descalabro, mas a mentira permanece como arma ferina na boca dos traidores que tudo fazem para impedir a libertação do país. A grande dúvida é como gerir um país num mundo dominado pela prepotência daqueles que têm o dinheiro e daqueles que se organizaram, e com mão de ferro, avançaram na tecnologia e produção para exportar com baixo custo.

Este Brasil velho não consegue se renovar porque, de longa data, caiu nas mãos de grupos que se julgam donos do poder, das riquezas e das estatais, e tudo fazem para que tudo assim permaneça mantendo a população na ignorância do que se passa nos bastidores para perpetuar essa situação de poder e manter interesses particulares. Escondem tudo, falta transparência, mentem, enganam com o circo da vida distribuindo migalhas e mantendo o ouro e o poder. Compram ou derrubam quem quiser se interpor, impedindo que surja governança séria e humana que impulsione o progresso geral do país e sua população.

Os brasileiros, sempre conduzidos para a dormência, estão tomando consciência de que de longa data o país vem sendo conduzido para o abismo na educação, nas finanças, na desindustrialização e na falta de empregos. Apesar dos recursos naturais disponíveis, a precarização geral avança pelas cidades. Há o anseio pela seriedade e melhora geral, que lamentavelmente sofre a pressão devastadora daqueles que se colocam contra o progresso e elevação da espécie humana.

Países como o Brasil, submissos como colônia das finanças, dificilmente poderão avançar com a liderança política que há décadas sabota as decisões que pudessem dar fortalecimento e independência econômica. Nunca fizeram nada para isso e não querem permitir que ninguém o faça, acelerando o declínio. As lutas pelo poder se acirram. As dificuldades aumentam. O abismo fica mais próximo.

Tudo está tão emaranhado que não é fácil achar a saída. Devemos olhar a questão com simplicidade. A nova economia tecnológica não pode se sobrepor ao humano, ao trabalho visando a melhora da qualidade de vida. No atual estágio econômico do Brasil, precisamos produzir mais, criar empregos, renda, consumo. A atuação de governantes incompetentes e corruptos tem sido nefasta, pois sua prioridade tem sido o próprio interesse em prejuízo da nação e da população.

Está acabando o tempo dos governantes venais, isto é, subornáveis, corruptos, corruptíveis, desonestos, mercenários. A humanidade tem sido enganada por séculos para ser mantida no cativeiro sem iniciativa própria, por aqueles que se postaram à frente da mesa posta pela natureza. Foram empregadas teorias religiosas e ideológicas, assim como sociedades de castas para manter o controle sobre as riquezas e o poder. Mas com o tempo tudo vai desmoronando, aumentando as insatisfações. As pessoas querem líderes sérios e fiéis que não se contaminem com o poder do dinheiro e se preocupem com a evolução e aprimoramento da espécie humana.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

ÉPOCA DE REFLEXÕES

As festas de final de ano são propícias para reflexões. É preciso enxergar a realidade da vida com clareza. Durante décadas, a humanidade descontente tem sido envolvida por sonhos utópicos de derrubar o poder e começar tudo de novo, o que levaria a outra situação que logo poria novamente a descoberto o mal-estar existencial decorrente do desconhecimento absoluto do significado da vida. Buscar esse saber deveria ser o grande alvo dos indivíduos, independentemente de onde nasceram e do que foram levados a acreditar. Hoje há desalento, comodismo e grupos radicais. A economia imediatista do dinheiro levou à globalização, a qual promoveu os desequilíbrios que assustam a humanidade.

Há mais de 30 anos atravessamos relaxamento econômico no país. Desde o tempo em que o Brasil se prestava para fornecer açúcar, café, ouro e outras preciosidades com regime escravocrata, não se formou um mercado interno forte dada a baixa renda e despreparo da população.

A política de dólar baixo inviabilizou a indústria e com isso foram trazidos produtos do exterior com preços baixos. Perdemos tempo, ampliamos o atraso. O mundo está convulsionado. Os EUA emitem dólares para o mercado financeiro, e os chineses produzem para abastecer o mundo, acumular dólares e investir de norte a sul. A competição é acirrada e o mercado interno continua fragilizado.

A globalização e os avanços no transporte fizeram com que populações semiestagnadas na economia de subsistência pudessem ser mobilizadas para a produção industrial com custo ínfimo, mas pouco se pensou nas consequências para o mundo, como o desemprego, queda de renda e desigualdade. A integração de mão de obra barata na produção globalizada, feita de forma imediatista e sem um planejamento, acarretou sérias consequências para a classe média. Deveria ter sido buscada uma forma menos traumática para melhorar as condições gerais de vida dessas populações.

A economia do Brasil permanece subordinada e dependente da exportação de matérias-primas e commodities, gerando poucos empregos e baixo valor agregado. A integração nas cadeias globais de produção deve ser feita sem desequilibrar ainda mais a economia do país Há no ar um cheiro de salve-se quem puder. Amplia-se pelo mundo a busca por acumulação de dinheiro, poder e a consequente desigualdade na partilha da renda; a diferença está apenas se a gestão é tipo empresarial ou centralizada no poder estatal.

Vivemos o drama do desequilíbrio econômico, financeiro, cambial e social ampliando a desigualdade, precarização geral, destruição da natureza e o baixo nível educacional, levando a luta pela sobrevivência a extremos jamais vistos. É preciso educar o ser humano efetivamente para a vida, para o bem geral. É preciso enxergar a realidade com clareza. O que restou sobre os ensinamentos de Jesus traz um ranço enganoso, místico e dogmático. O conhecimento do significado da vida deveria ser o grande alvo dos indivíduos. Com palavras simples, Jesus descrevia o processo natural do amadurecimento do germe espiritual que deveria se tornar verdadeiro ser humano. Três reis foram conduzidos para dar proteção, mas se retiraram.

Levou alguns séculos para o dinheiro se tornar o ídolo dominante. Os países foram estruturados para dar suporte legal ao dinheiro e, ao mesmo tempo, se tornarem deficitários. Vale tudo para acumular dinheiro e poder, a situação ficou difícil. No passado, havia expectativa de progresso e melhora, produzia-se, empregava-se. Depois vieram as dívidas e juros.

Os governantes passaram a achar que importar reduziria o custo de vida. A dívida explodiu no Brasil, Argentina e em outros países. Fala-se que o montante geral da dívida mundial ultrapassa 50 trilhões de dólares, um número muito perigoso para taxas de juros acima de zero. A ordem é fazer a despesa caber na receita. No entanto, os empregos estão sumindo, a atividade do governo na educação e saúde torna-se precária. O que fazer? Como gerar trabalho renda e investir no preparo dos jovens?

As novas gerações têm sido mal orientadas e conduzidas, não aprenderam a potencializar os talentos que deveriam ser empregados para o desenvolvimento individual e geral. Importa buscar o significado da vida, voltar-se para o bem, para a melhora das condições de vida, para o aprimoramento da espécie humana. Jesus falou disso tudo, indicou o caminho da Luz da Verdade, mas quem se lembra e pratica isso tudo?

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

MOMENTO DE ANSIEDADE MUNDIAL

A economia mundial apresenta-se fragilizada, inclusive no Brasil onde pouco se produz, embora haja baixo consumo. Dentre as causas se incluem a concentração da renda nas mãos de poucos e o encolhimento dos salários de muitos. Há grande volume de dinheiro, juros beirando a zero, e daí? Ocorreu uma mudança radical na estrutura produtiva mundial com a busca de menores custos de mão de obra, o que causou aumento da precarização no ocidente, e alguma melhora no oriente, do qual pouco se sabe das reais condições de vida.

Entre as causas do entorpecimento da atividade econômica no Brasil está o enlace do tabelamento do preço do dólar com juros elevados. Se os juros tivessem baixado há mais tempo, e com seriedade na administração pública, os empresários deveriam ter seguido uma linha idônea de produzir com qualidade e preços normais. Agora que a indústria está no chão, os juros baixam, mas os importados não querem ceder espaço. Necessitamos de grande esforço para reanimar as atividades e sair da estagnação tecnológica, pois a revolução industrial 4.0 está em curso no mundo despreparado para evoluir.

É preciso examinar atentamente as causas da paradeira que aflige não só o Brasil. Corte de juros não garante crescimento imediato, mas vai dar um alívio. Temos os fatores internos, corrupção, indisciplina fiscal, incompetência dos governantes que aproveitaram a maré de dinheiro pelo mundo, mas a crise financeira de 2008 fragilizou o ocidente, enquanto a China foi consolidando sua máquina de produzir manufaturados e acumular dólares. Mas agora o mundo, com alto endividamento, se defronta com novos problemas e incoerências econômicas. O funcionamento equilibrado da economia requer atividades produtivas e empregos para a população.

Há décadas o Brasil trava luta contra inflação, aparentemente domada, mas e a economia real da produção e empregos? Há muitos fatores além da inflação para serem acompanhados como o PIB, os empregos, o dólar que é a variável mais decisiva para o funcionamento geral da economia. Os países progrediram produzindo para o mercado externo; fizemos o oposto e agora não estamos produzindo nem para o mercado interno.

Muitos trabalhadores perderam a vaga nas indústrias de manufatura e de serviços relativamente sofisticados, e tiveram de se empregar em outras áreas como varejo, restaurantes, padarias etc. O remanescente dos ferramenteiros não tem mais onde exercer a sua profissão. A inflação tem de ser controlada, mas o PIB não deve cair.

No ano passado, o déficit comercial dos EUA com a China chegou a US$419 bilhões. Após o anúncio do FED sobre a redução dos juros, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 10% sobre mais US$ 300 bilhões em produtos chineses intensificando a guerra comercial. Que consequências esses anúncios poderão trazer para a economia? No Twitter o presidente Trump disse que se as empresas estrangeiras não quiserem pagar tarifas devem se transferir para os EUA e gerar empregos no país.

Se as grandes empresas e os governantes tivessem olhado para a questão do equilíbrio geral, provavelmente não teríamos chegado a essa situação de guerra comercial de difícil solução face aos interesses envolvidos. Os sistemas econômicos deveriam ter como meta atender o crescimento natural da população. Cada povo surgiu numa determinada região formando espontaneamente uma nação, mas são erradas as manias de grandeza que os seres humanos intelectivos costumam desenvolver.

O momento atual exige extrema cautela e vigilância. Há uma grande efervescência de desejos e vontades, mas, ao mesmo tempo, há um poderoso reforço de energia da Luz que impulsiona as leis da Criação para os desfechos individuais e coletivos dos fios do destino tecidos por cada ser humano. Nada mais pode ficar parado, tudo tem de se movimentar e se mostrar como realmente é, e não como aparentemente se apresentava.

É muito importante observar atentamente a sintonização, o que estamos querendo, o que estamos pensando, pois tudo recebe reforços, sejam os pensamentos negativos de desconfiança, medo, ódio, inveja e cobiça, assim como os pensamentos voltados para o bem, para a busca da Luz da Verdade. Consciente ou inconscientemente, todos são envolvidos na turbulência. Que seja um envolvimento benéfico e construtivo que enobreça e eleve as criaturas humanas.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

PROBLEMAS BRASILEIROS

Enquanto o drama do mundo é a cobiça de poder, o problema do Brasil é a falta de estadistas sinceros, leais, sábios, patriotas que busquem o melhor para o fortalecimento da população e da qualidade de vida. Os falsos estadistas continuam se digladiando para ver quem manda mais, quem fica com o pedaço mais suculento e, com isso, o futuro vai ficando ameaçado. As novas gerações precisam de bom preparo para a sua responsabilidade para não perder a esperança. Mas, afinal, como foi que o Brasil e o mundo chegaram a esse momento caótico na convivência pacífica e na economia que a tudo constrange?

A sociedade fragmentou-se. Faltam propósitos enobrecedores e coesão na busca da melhora. A divisão do trabalho é importante e necessária para aumentar a produtividade, mas acabou criando tarefas repetitivas que contribuem para inibir a criatividade e o aprendizado das inovações. Tarefas repetitivas deverão ser entregues aos robôs. O ser humano precisa de leitura, flexibilidade, projetos de melhora geral e de aprimoramento pessoal. A educação tem que promover tudo isso.

O amigo leal dos seres humanos é o bom livro. Através dele, cresce a imaginação e a capacidade de refletir intuitivamente, isto é, a conexão com o eu interior, aspectos que diferenciam o homem da máquina. Com o advento da eletrônica e informática, cinema, TV, internet, vídeo, divisão extrema do trabalho e redução de empregos, a monotonia foi tomando conta da vida. Vive-se o dia a dia sem entusiasmo. Para muitas pessoas, conectar-se à rede se tornou meio de fugir do vazio da vida.

A realidade brasileira é brutal, em permanente crise com pequenos intervalos de alguma melhora, com dívida elevada que se formou com desmandos, juros e perdas cambiais. O dinheiro público tem sido mal administrado com enormes desperdícios e desvios. Um país rico em recursos naturais, mas economicamente pobre com poucas oportunidades de empregos e boa educação. Fazem falta bons estadistas e melhor preparo da população.

Precisamos de produção, trabalho, consumo adequado. Na China, foi usado ópio para obter riqueza e promover a fragilização; no Brasil, nem foi possibilitado o fortalecimento da população para construir um país de vida condigna. A droga chegou logo. Precisamos de uma geração forte, bem preparada para a vida, disposta a empregar o melhor de si para alcançar um futuro melhor.

Os jovens precisam aprender a refletir e a liberar a ampla visão intuitiva. Desde cedo as crianças devem ser orientadas para a importância do aprendizado, do trabalho e da busca do significado da vida. Quem somos nós? O que é o planeta onde vivemos? Como ele possibilita a vida? Tudo segue o ritmo das leis da Criação.

Como fruto do desequilíbrio geral está ressurgindo, de forma preocupante, a questão da imigração de refugiados, principalmente porque nenhuma entidade mundial está tomando medidas disciplinadoras, enquanto países que já contam com muitos problemas internos se veem diante de invasão não prevista e sem meios para dar uma solução apropriada.
O desequilibrado sistema internacional de relações entre os povos tem se mantido da mesma forma num mundo em que os mais fracos não tinham como discordar do ganho de uns com perdas de outros, o que veio a ser reforçado pela globalização. Quando as relações entre os povos são feitas sem equilíbrio, o desarranjo é inevitável, mas às vezes isso demora a aparecer. Se o mundo quer paz, está na hora de restabelecer o equilíbrio para obter o progresso geral.

Com a eclosão das transformações econômicas, a hegemonia do dólar passa a ser pressionada. Haverá troca de moeda global ou conviverão duas delas? O que o Brasil precisa fazer diante do agravamento da guerra comercial? Se exportar menos, vai dispor de menos dólares e reduzir importações. O que dizem os governantes sobre essa situação da economia? Haja Luz e Paz sobre o Brasil para que possa progredir de fato.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

TEMPO DAS VACAS PELE E OSSO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A situação vai apertando. Lidar com dinheiro e planejamento financeiro exige responsabilidade e bom senso. Aqueles que nadam no dinheiro fácil, sem um objetivo definido, logo acabam afogando a empresa na falência e o país, na crise fiscal. Sabedoria e alegria deveriam ser as motivações da população. Saber sobre várias coisas e suas causas. Alegria de cumprir tarefas e perceber os avanços que ocorrem. O Brasil vive sob o efeito da revolta e do ódio porque tudo poderia ter sido bem melhor se não houvesse tantos aproveitadores e exploradores.

Até ao ano 2000 as circunstâncias foram difíceis. O PT se aproveitou disso e de novo tem a chance de apontar culpados pela miséria reinante na vergonhosa ampliação de moradias precárias e assumir o poder. Os gestores primaram pelo Estado perdulário e ineficiente, e agarram-se aos privilégios do poder. Durante décadas vivemos a fase das vacas magras, mas parece que agora é o tempo das vacas pele e osso. Como chegamos a uma situação tão crítica? Falta de seriedade e responsabilidade.

O que se esperava do Estado e de seus governantes? O inchaço foi tomando conta com muitos dispêndios e poucos resultados, e hoje a economia não consegue andar. É preciso que os governantes retornem aos seus deveres naturais, mas por serem apaniguados e mandarins, tudo fazem para a situação ficar como está e assim se beneficiarem do conluio espúrio com empresas e interesses inidôneos. Mal-acostumados, os gestores públicos foram abrindo buracos nas contas que ficavam camuflados com o crescimento da arrecadação e nada mudava na gestão perdulária.

Financiamentos para empresas que nada produziram e deram calote. A interferência e dirigismo dos gestores do Estado na economia têm acobertado lideranças pouco empenhadas no progresso do país e sua população, causando atrasos em duas direções: na estagnação econômica e no preparo das novas gerações. Os empresários sérios também ficaram desanimados e os astutos fizeram dobradinha com o poder. Com a chegada dos populistas, soou o alarme e a desestruturação recrudesceu.

Estamos no impasse de um país imaturo que está sem rumo claro. Precisamos de lideranças políticas e empresariais que tenham o propósito de tirar o Brasil do atraso. A desfaçatez tem sido a regra, desacreditando o Estado em sua responsabilidade como, por exemplo, deixando o manuseio do lixo sem solução por décadas, perpetuando os indecorosos lixões. A ineficiência do setor público é agravada com a má fé. Que tipos de pessoas estão nas Câmaras e Assembléias Legislativas? Que tipos de estadistas estão no poder?

O drama de muitos governos, inclusive o brasileiro, é o desvio do dinheiro daquilo que poderia contribuir para a melhora, quando não utilizado para a rolagem da dívida. Gastos elevados com legislativo e judiciário em todo o país. Assim vamos ficando sem saída. Nos anos 1980 ainda havia empresariado e classe política mais consciente, o que foi sendo perdido; além disso, não houve empenho para fortalecer o desenvolvimento dos talentos da população, e uma nação sem talentos está fadada ao declínio.

Com o explosivo crescimento da dívida, ficou evidente a falta de governança sadia. Como reanimar a atividade se a renda se reduz e os custos aumentam; se os importados têm preços inferiores, falta seriedade na gestão do dinheiro público e há especulação desenfreada? Embora tudo seja ruim, pior seria seguir as pegadas da Venezuela onde o Estado se desmancha.

O planeta foi confiado aos seres humanos para se desenvolverem e evoluírem. Desviados de sua finalidade, enveredaram por caminhos obscuros, transformando a Terra num lugar perigoso. A evolução ficou travada, a miséria cresceu, sufocaram a essência espiritual. Inquietas, as pessoas vivem brigando entre si e logo estarão em guerra sem terem se esforçado para entender o sentido da vida à luz da verdade.

Mas a farra acabou; evidencia-se a crise do Estado e os desequilíbrios nas finanças e no comércio global. Como o Brasil poderá se autogovernar com a preocupante projeção de aumento da dívida? O que vai resultar do acúmulo de déficits continuados? Como ativar a economia para criação de empregos e melhoria da renda sem que isso acarrete aumento do déficit comercial? Em 2018 teremos eleições; qual será o programa dos candidatos? Precisamos de governos sérios e fortes, com amor ao país, com capacidade para barrar os interesses escusos e promover o desenvolvimento efetivo.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7