Posts

O QUE NOS FALTA…

Os seres humanos da atualidade desconhecem, que em eras distantes, a intuição era ouvida e orientava concedendo àqueles que a ouviam, segurança no que empreendiam, alegria e confiança.

Holda e Hjalfdar. Sintonizados com as leis da natureza, foram agraciados com a missão de se tornarem modelos para os espíritos humanos que iam se encarnando na Terra. Um modelo de liderança natural conduzindo para alvos enobrecedores.

Utilizai a harmonia para a elevação interior e para o sucesso; isso é o essencial. Se nisso vos tornardes mornos, virá o pesadume, que atrai a fraqueza e a doença.

Conduze a juventude. Quando ela estiver amadurecida, necessitarás de homens. Pois muitas tribos foram criadas para que tu, através delas, dês o testemunho do Criador. Muitos deveres ele te impôs, mas na sua luz, tu vencerás.

Prepara teus auxiliares e ensina-os a venerar o Eterno.

Não era seu hábito, ficar em casa parado, pois tinha índole de peregrino.

Seu ativo e incansável espírito queria sempre prosseguir, pois não admitia parada.

Seus vigilantes e aguçados olhos viam tudo até ao fundo, e aquilo que não era possível enxergar, era-lhe mostrado pelos pequenos enteais.

Ele se tornara modelo exemplar para os outros que o observavam e pensavam:

Assim como ele trabalha é melhor.

Assim como ele caça, cumpre mais corretamente a lei.

Assim como ele conduz suas armas, assim como ele divide as presas, assim como ele honra os luminosos, está certo e bom.

Ele não procurava destacar-se, contudo mantinha-se sempre entre os seus, porque assim em comum, melhor podia servir a sua tribo; ele queria servir! Por isso estava a caminho de liderar!

Ele exercia domínio sobre si. Para isso auxiliavam-no a experiência de vida, o amor à esposa e aos filhos… A solicitude, os perigos, a alegria. Sabia dar conselhos com amor.

Sinto muito que vos distanciais do conhecimento da natureza por causa de trabalho e prazer, riqueza e prosperidade. (pág.139)

A confiança no seu guia animava todos, sem hesitações, e essa confiança nascia da serenidade e da força de Hjalfdar. Ele atuava em função das leis. Da maneira como ele se abria, consciente da ligação com o Pai da Luz, assim ele também mantinha o seu corpo, ereto e descontraído. Radiações fluíam em torno dele, que atraíam pureza, e afastavam tudo o que era perturbador. (pág.65)

Nas horas de recolhimento, todos, jovens e adultos, reuniam-se perto da choupana de Hjalfdar, e pediam que ele lhes contasse das suas experiências.

Na hora noturna, antes do recolhimento, todos se reuniam e Hjalfdar lhes contava as suas experiências e dava conselhos sobre a vida, com o amor que havia em seu coração.

Ele semeava e plantava, sempre agindo em sentido construtivo, e jamais tolhia nos outros o ânimo ou a coragem por meio de alguma palavra sem amor. Nunca deixou de tratar os outros com amor, mas também nunca demonstrou fraqueza ou moleza.

Vós ireis aprender nesta peregrinação, a apreciar a dádiva da água. Com esta água, flui em vós a abundância da força, a qual o pai da luz vos presenteia da fonte primordial. Se a tomardes em seu nome, com toda a força do vosso ardente desejo, então uma gota vos será consolo e alimento. (pág. 42)

Como poderíamos suportar a abundância, se não soubermos tirar proveito das pequenas coisas? Recebemos dos enteais tudo o que é necessário. Isso deve ser amplamente reconhecido. Também do sofrimento deveremos extrair os reconhecimentos. (pg.51)

Alegrava-se com a beleza dos grãos dourados que brilhavam na luz do sol. Sentia alegria pelas coisas belas as quais aspirava com afinco. Não queria se tornar leviano no desfrutar, perdendo o seu tempo para o desenvolvimento, mas fortalecer o anseio para se tornar consciente, não ficando estagnado para que a chama interior pudesse brilhar intensamente. (pg.83)

Não dar ao ouro um poder maligno. Ao forte, capaz de se servir dele, ele não é nocivo. Porém, mediante esforços e atividades deve ser empregado no sentido do belo; então será benigno. Seu peso opressivo comprime para baixo somente o indolente. (pg.83)

“se quiserdes preservar-vos do mal e da dor, então estai constantemente alertas”

“não deveis causar sofrimento a nenhuma criatura do pai do universo, visando o teu próprio proveito!”

“deveis alimentar-vos com os animais das matas, das águas e das pastagens, pois esses são puros. Também de pássaros que não se alimentam de carniça. Deves alimentar bem o teu corpo, mas não em demasia.

Podes vencer o mais fraco, mas não deves maltratá-lo. Seja puro o teu pensar, então permanecerás puro nas ações!” (pág.25)

“tu deves sempre ser corajoso e confiar continuamente no pai da luz”…  Não emitas medo ao mundo, assim não poderá o medo te atingir!” (pág.30)

Ele havia incutido neles a sua serena conduta; apesar da grande pressa e da máxima vigilância, podia se notar neles o domínio sobre si mesmos. (pág.37/38)

Predominava entre eles decisão e união. Eles sentiam as forças das alturas, pelas quais descia sobre eles o amor do Pai da Luz, e , na força de sua vontade, adveio-lhes a certeza de sua proteção. Isso fortalecia-os. (pág.39)

Profundo agradecimento preenchia seu íntimo, quando pensava em sua esposa que o esperava, e também nas dádivas vindas das mãos do Pai da Luz, que lhes eram mostradas pelos enteais, para utilizá-las

Ereto e altivo era o seu luminoso porte. Livre e simples, puro e límpido, era o olhar de seus olhos azuis. Refletia-se neles o espírito puro, o qual, simples e vigilante, aprendia a receber, sem obstáculos, as dádivas do criador.

As criaturas humanas se conservavam naturais, predispostas para a vida e para a atuação em conjunto com as esferas mais elevadas, por isso, incapazes para qualquer ação em detrimento à naturalidade.

Em todas as correntes de forças e em todos os últimos efeitos naturais encontrava sempre de novo sábias leis, que também eram válidas para a vida dos seres humanos.

Era uma chama espiritual tão pura, tão clara, e chamejando tão alto, como ainda não tinham visto nenhuma sobre a terra … Assim a centelha espiritual pode se desenvolver na terra!

“Vêde, um homem assim nós auxiliamos de bom grado.” (pág.86/87)

Fonte: Éfeso, editado pela Ordem do Graal na Terra.

 

 

EM SE QUERENDO…SE ATRAI (1ª PARTE)

“A força viva criadora que perflui os seres humanos congrega, pela vontade concentrada de um pensamento realizado, algo de matéria fina e acaba concretizando-a numa forma que expressa a vontade desse pensamento. Portanto, algo real, vivo, que nesse mundo de formas de pensamentos, através da lei de atração da igual espécie, atrai elementos análogos ou por eles se deixa atrair, conforme suas próprias forças.Densamente povoado é esse mundo de pensamentos. Centrais inteiras têm se formado pela força de atração recíproca, das quais, devido às suas forças concentradas, emanam influências sobre os seres humanos.” (ABDRUSCHIN, Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, São Paulo: Ordem do Graal na Terra, Vol. II, 2008)

Diz-me com quem andas, e te direi quem és.” A citação atribuída a Johann Wolfgang Von Goethe, escritor Alemão, como muitas outras mais semelhantes, tornaram-se ditos populares que expressam na verdade, uma Lei da Criação: A Lei da Atração das Espécies Iguais.

Inconsciente no Reino do espírito, o germe ou a semente espiritual somente poderá despertar e desenvolver-se com sua primeira resolução: o querer ou a vontade de tornar-se consciente.

Ele permanece inconsciente no Reino Espiritual até que lhe surja a vontade de se conscientizar de sua existência. Enquanto esta vontade primitiva não se manifesta, continua germe inconsciente.

As Leis que regem a Criação, perfeitas por terem emanado do Perfeito Criador, condicionam que o caminho para desenvolvimento e conscientização do germe espiritual é a descida nas materialidades, que se situam abaixo do Reino Espiritual. Aí se inicia para esta semente a conscientização.

As penetrar nas matérias, o germe espiritual recebe um invólucro de matéria fina, conhecido como alma e posteriormente pode encarnar na matéria grosseira e utilizar-se do corpo físico que os seres humanos aqui na Terra possuem.

O espírito humano se desenvolve e evolui durante períodos intermediários no Além, ou matéria fina, antes e após as encarnações terrestres no aquém, através das vivências a todo momento, aprendendo a discernir o retorno de suas ações de acordo com as Leis da Criação, aprendendo e adaptando-se conscientemente às mesmas. Logo no início de sua conscientização, a sua capacidade de livre resolução ou livre arbítrio começa a agir.

Esta capacidade liga cada decisão a uma responsabilidade própria e pessoal, à qual o germe não pode transferir a ninguém. As consequências da livre resolução são, portanto, intransferíveis pelo ser humano. E essas consequências são a forma que o espírito evolui, pois lhe trazem, tanto no livre arbítrio bom como no livre arbítrio mau, a recompensa ou o infortúnio de forma multiplicada, que lhe permite discernir se suas atitudes estão ou não de acordo com a Vontade do Criador. É de seu foro íntimo aprender as Leis que regem a Criação dessa maneira, adaptar-se a elas e assim desenvolver-se.

Cada ser humano segue um determinado caminho que é função de sua vontade. Apesar do caminho da criatura humana ser essencialmente individual, nenhum outro ser humano tem um caminho exatamente igual.

Explorando esta existência, fortificando-se cada vez mais, chega a época de se aproximar da matéria grosseira onde recebe o corpo físico terreno para avançar cada vez mais no seu desenvolvimento, pois foi atraído pelas vivências terrenas. E o livre arbítrio, aqui continua a ser exercido igualmente com as suas consequências.

A vontade do germe que vai se desenvolvendo, escolhe o caminho que quer seguir, provando aquilo que sua vontade preferiu e assim sendo atraído por sua opção.

A existência na matéria grosseira possibilita muito mais a compreensão da Leis Naturais, pois aqui devido a maior densidade de matéria, pode discernir com mais tempo as suas resoluções, ponderando melhores soluções. Como o desenvolvimento do espírito é longo, necessita de muitas vivências alternadas nas matérias fina e na grosseira.

Como uma de suas capacidades, o espírito possui a intuição, que é a expressão como se evidencia.

Todo ato humano, quer seja pensar, falar ou agir, subordina-se integralmente às Leis Naturais, inclusive a Lei da Atração dos Homólogos ou Lei das Iguais Espécies, ou seja, qualquer querer humano atrai a mesma espécie de querer de outros espíritos em desenvolvimento e por eles também este querer é atraído, retornando sempre aos autores os frutos dessa vontade de forma multiplicada, conforme a Lei da Reciprocidade ou Lei do Dar e Receber.

Essas espécies iguais reúnem-se em centrais de pensamentos homólogos e passam a influenciar as espécies semelhantes e também a pessoas que momentaneamente tenham pensado de forma igual, mas que não estenderam esse querer adiante. Se o pensamento for ruim, e houver ligação com a central, o ser humano corre o perigo de enredar-se dessa maneira, passando a agir contra as Leis. Pelo contrário, se o pensamento for bom ou nobre, de acordo com a Lei terá excelentes recompensas.

A responsabilidade da criatura humana é muito grande perante a formação de pensamentos ruins. A força de um desses pensamentos mais a influência das centrais pode levar o ser humano a um estado de querer que não só amarra seu livre arbítrio nessa questão, como também pode levá-lo à loucura.

Nossos sonhos, um dia tornam-se realidade. Por nossos sonhos, entenda-se nosso querer intuitivo.

O ser humano terreno é composto de corpo espiritual, de alma e de corpo físico: o espírito embutido na alma e essa embutida no corpo físico. O corpo físico pertence à Terra, ou seja, à matéria mais grosseira, o aquém. A alma pertence à matéria mais fina, o Além. O espírito, a alma e o corpo físico podem interpenetrar-se dessa maneira, devido às suas diferentes espécies.

Mas a intuição pertence ao espírito, pois ele é realmente a existência do ser humano. Alma e corpo terreno são apenas corpos intermediários para o desenvolvimento espiritual, ambas vestimentas provisórias.

Uma vez que a vivência tenha sido intuída, ela se torna experiência e alimenta o desenvolvimento espiritual. Semelhante em muito maior grau aos ensinamentos puramente terrenos, pois estes só servem para as atividades do corpo material.

Como o espírito humano recebeu do Criador, a capacidade de livre resolução, também de acordo com as Leis, o livre arbítrio condiciona total responsabilidade da decisão. Ai também age a Lei da Reciprocidade, outorgando o retorno inevitável e consequente da vontade humana.

Esta capacidade outorga livre resolução a cada momento sobre todos os assuntos nos quais pensa, fala ou age. Com isso o ser humano escolhe a via ou o caminho que quer percorrer na Criação, com vistas ao seu pleno desenvolvimento como espírito, e uma vez terminado este ciclo, de acordo com a Vontade do Criador e regido por suas perfeitas Leis, poderá regressar ao seu verdadeiro lar de onde partiu inconsciente, retornando com plena consciência de suas vivências. É o retorno do filho pródigo.

Conservai puro o foco dos vossos pensamentos, com isso estabelecereis a paz e sereis felizes! (ABDRUSCHIN, Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, São Paulo: Ordem do Graal na Terra, Vol. I, 2011)

Se queremos um melhor futuro, puros e bons pensamentos devemos produzir e atrair.

Observação: As Leis Divinas da Criação emanadas da vontade do Criador, também são conhecidas como leis naturais da Criação, leis da natureza, leis cósmicas.

José Guimarães Duque Filho é Engenheiro Civil, Mestre em Edificações.

A VIDA E O MUNDO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Como entender a vida e o mundo? O ser humano, dotado de livre arbítrio, deveria ter compreendido que a cada resolução decorre uma consequência subordinada às leis da vida. Assim, quem semeia arroz sabe que vai colher arroz. Tudo que semeamos será colhido, como a miséria atual, a degradação ambiental, o declínio da qualidade. Charles Darwin captou o processo da evolução cuja finalidade era desenvolver um corpo para que o ser espiritual tivesse a oportunidade de se desenvolver para o bem e tornar-se um ser humano de fato e não um ser descartável. No entanto, vivemos o auge das crises morais, econômicas e políticas. A corrupção se expandiu como nunca. A incompetência da classe governante e o despreparo da população estão desorganizando a vida civilizada.

No filme De canção em canção (Song to song), o controvertido diretor e roteirista Terrence Malick apresenta o estágio do caos atual em que a humanidade vive. A trama mais parece uma colcha de retalhos formada por pedaços da vida de personagens que vivem no século 21. São pessoas sem rumo que gostam de vida boa, mostrando como a humanidade está acomodada. Os seres humanos pressentem que devem procurar a Luz, mas não se importam em ser ludibriados com falsas explicações sobre o verdadeiro significado da vida, contanto que não tenham de pensar por si no futuro, nem se preocupar com a sua responsabilidade sobre o que pensam, falam e fazem.

O mundo está repleto de espíritos com vontade fraca para dar direção nobre à própria vida; são joguetes do domínio do raciocínio preso aos pendores e vícios que amarram o ser às baixarias da vida até ao fastio, desperdiçando o tempo da vida no atual corpo terreno. Quem sabe se numa próxima encarnação buscarão a Luz da Verdade para se tornarem seres humanos completos.

Fazemos parte do majestoso desenvolvimento progressivo da Criação. No entanto, temos de respeitar os limites naturais em tudo, e não praticar ações nocivas a nós mesmos e à natureza, pois ficamos subordinados às consequências de nossos atos. O problema é que, ao longo da nossa evolução, em vez de buscarmos a estrita colaboração com as leis naturais da Criação, optamos por um caminho perigoso que está contribuindo para destruir as condições necessárias para a vida, transformando a Terra num vale de lágrimas, sem paz e sem amor.

Quando as pessoas oram dizendo Pai Nosso Seja feita a vossa vontade, isso requer conhecer a Vontade de Deus que se inscreve nas leis da Criação. De nada adianta fazer tudo errado e dizer Seja feita a Vossa Vontade sem observar essas leis. O espírito deve ser ativo e vigilante; sua vontade deve ser o leme para dar direção à vida do ser humano encarnado, mas o grande inimigo é a indolência que põe o espírito para dormir enquanto o raciocínio vai assumindo o domínio.

Muito teve de lutar Jesus para combater esse mal que leva os seres humanos a desperdiçarem o precioso tempo recebido com a ressurreição, isto é, a oportunidade dada pelas reencarnações. A indolência os fez esquecer as leis da Criação, inclusive a lei da reciprocidade que traz para cada pessoa a colheita de tudo o que semeou na vida. A indolência levou muitos seres humanos a acreditar na antinatural ressurreição da carne após o corpo ser abandonado pela alma. Formaram-se antagonismos e conflitos, os preconceitos e as teorias comunistas; o comodismo e a preguiça de examinar e compreender a vida por esforço próprio, analisando tudo com o espírito através da reflexão intuitiva.

A incompreensão sobre a vida se expandiu pela Terra. O raciocínio procura por todos os meios impedir o despertar do espírito para a vida real, para a evolução através do saber e para atividades nobres e beneficiadoras. Aproxima-se a grande colheita de tudo que foi semeado e, com ela, a limpeza e o chamado para a nova vida, para aqueles que em seu coração desejarem ardentemente seguir a Vontade de Deus.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “O segredo de Darwin”; “2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” e “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”. E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7