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DESUMANIZAÇÃO GERAL

As condições gerais de vida apertam. A humanidade vem, há longo tempo, agindo de forma individualista. A Inglaterra, a rainha dos mares, dominou tudo por um bom período. Vieram franceses, alemães e americanos. Os povos poderiam ter encontrado uma forma salutar de convivência sem prejudicarem-se mutuamente, algo que fica cada vez mais difícil, mas pouco se preocupam que algo trágico possa acontecer.

As nações não podem deixar a produção no abandono. No Brasil, chutaram a escada de proteção, fizeram grande abertura, baixaram artificialmente o preço do dólar, tendo como resultado o fechamento de muitas fábricas e hoje quase não produz mais nada. Os importados chegam com preço menor, mas aniquilam os empregos, fecham as oportunidades de avanço tecnológico, aumentam a dependência. O que o pessoal vai fazer? Lavar pratos nos botecos?

Atacado pelos inimigos, o Brasil foi desviado da rota de ser pátria de Luz, paz e progresso. Diante de forte luta pelo poder, o país do carnaval mantém o povo distraído. O Brasil é rico em recursos naturais. É importante mercado consumidor. A riqueza verdadeira está na natureza. O que se diz por aí é que há o grupo que controla o dinheiro. Há o grupo que fortaleceu a China. Pode ser até que ambos sejam um só. Há o grupo ocidental, dito conservador, que envolve dinheiro, poder, religião, e o ramo árabe muçulmano. Dos bastidores, todos eles manipulam seus interesses. Nesse meio há de tudo, muitas coisas para confundir, mas falta a verdade.

Tudo é importante: mão de obra, subsídio, matéria-prima. Produzir para consumo interno ou externo? Há fatores muito importantes e fundamentais para a produção que têm de ser profundamente examinados nas análises: juros, câmbio, preparo da mão de obra, formação de monopólio. A economia mundial sofreu profunda transformação a partir dos anos 1980 devido ao ingresso da Ásia na industrialização com a integração de elevado contingente de mão de obra de menor custo, câmbio favorável e incentivos.

Antigos professores de contabilidade diziam que as contas devem estar bem balanceadas; o passivo líquido não pode superar o patrimônio líquido. Quando os papas do Estado inventam criar dinheiro do nada, lançando dívida para manter a economia rodando, isso poderá agradar a interesseiros e a trabalhadores, mas o fato é que se o dinheiro for consumido sem produzir retorno, a conta não vai fechar. Chegará o dia em que o rombo insustentável que isso causa vai aparecer. As verbas para as atividades essenciais do Estado poderão sofrer um corte drástico.

O que se diz agora é que a Inteligência Artificial criará um índice de produtividade, sem a participação do homem, jamais alcançado, quer dizer não haverá empregos. A proposta é que haja a distribuição de uma pensão para a população em geral.

A Terra se acha na Babilônia global. Significa confusão se expandindo para todos os lados. Confundir é a ordem geral. Tudo que se diz de um lado é contradito do outro. Desordem geral. Tudo sendo lançado sobre a população com o poderoso esguicho da Internet. Televisão, celular, notebook, tudo canalizado para bater diretamente no cérebro sem filtro dos desavisados. Saia dessa. Pense menos. Cultive a serenidade, fortaleça o eu interior.

Por que a humanidade está se desumanizando? Porque saiu do natural, perdeu a clareza e o discernimento, não sabe mais o que é a vida e sua finalidade. A cultura dos povos antigos tinha por base a natureza e a espiritualidade. Depois entrou o misticismo e cultos trevosos com sacrifícios de animais e de seres humanos. Atualmente, os homens querem dominar a natureza sem estudar as suas leis universais. A espiritualidade foi abandonada pela cultura materialista que não quer aceitar que a vida continua. Natureza e espiritualidade são os saberes aptos a retirar os seres humanos da depressão, levando-os a respeitar a vida e evoluir, e não atentar contra ela.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O SUCESSOR

Na primeira e segunda temporada do seriado espanhol “O sucessor” (Vivir sin permiso), da Netflix, José Coronado interpreta Nemo Bandeira, um empresário frio e calculista, em excelente desempenho. É o mesmo ator que viveu Tirso, no seriado “Entrevias”, personagem forte, mas menos tenso. A dublagem é de boa qualidade.

Como grande empresário da Galícia, Nemo fez sua fortuna com o atacado do narcotráfico. Casou-se por interesse com Chon Moliner (Pilar Castro), filha de poderoso empresário, com quem teve os filhos Carlos (Alex Monner), que pretende se casar com Alessandro, e a rebelde Nina (Giulia Charm). Carlos é o que se poderia dizer, uma alma de mulher encarnada num corpo de homem. Nemo também é pai de Lara (Claudia Traisac), moça ajuizada, filha de seu grande amor da juventude.

Nemo recebe a notícia que está com Alzheimer e que seu cérebro deixará de funcionar dentro de algum tempo. Assustado, sempre amparado por Ferro (Luis Zahera), seu fiel escudeiro, quer prolongar esse tempo, mas percebe que terá de se retirar dos negócios e nomear um sucessor. É sintomático que essa doença tenha se alojado no cérebro, por este ser uma importante ferramenta da qual todo ser humano é dotado. Houve tantos abusos que se pode dizer que grande parte da humanidade esteja com alguma enfermidade em seu cérebro.

A história é um retrato nu e cru da vida social e familiar, que prende a atenção, embora apresente umas enroladas com irritantes remendos grosseiros que fogem da lógica. O que as pessoas estão fazendo com a alma, que faz do ser humano um ser humano, que vivifica o corpo e capta a intuição espiritual? A bem dizer, se olharmos para os acontecimentos apresentados nos telejornais veremos imagens de ações terríveis praticadas por seres humanos que jamais se poderia imaginar que pudessem decair tanto.

A astúcia de Mario Mendoza (Álex González), ambicioso advogado criado por Nemo e que o ajuda nos negócios lícitos ou não, causa revolta. Mário também pôs a sua alma de lado, sufocando o eu interior, e seu cérebro entrou no modo frio e mecânico como máquina insensível, algo que está transformando a espécie humana, restringindo-a apenas aos aspectos materiais e sociais da vida. Mas isso está acontecendo não só com o Mario da ficção, mas com muitos seres humanos oportunistas que agem com maldade para satisfazer suas cobiças. Na Terra, a aspereza está aumentando. Não há mais dissimulação na imposição da vontade pessoal, seja por meio da força física ou psicológica. Nemo é dominador, mas ao longo de sua vida fez muitos inimigos que querem vingança e tirar proveito da situação.

DÍVIDAS E INDEPENDÊNCIA

E mais uma vez chegamos na semana da pátria, mas quem está preocupado com isso? Poucos ainda se lembram com clareza do significado do 7 de setembro de 1822. Naquela ocasião, o Tesouro Nacional ficou na pior. Segundo o site Dívida Cidadã, a independência só foi reconhecida depois que o Banco da Inglaterra passou para o Brasil uma dívida de 3,1 milhões de Libras Esterlinas que havia sido contraída por Portugal! Assim, o Brasil já nasceu endividado! Uma colônia informal dos credores.

A grande imprevidência de governantes os levam a gastar tudo que arrecadam e mais; quando começam a fazer isso, o déficit e a dívida não param de crescer, o Estado permanece, mas fica sem energia para conduzir o povo para a evolução real. Governantes e economistas devem olhar para o que acontece com as riquezas decorrente dos recursos ofertados pela natureza. Quanto deveria custar a gasolina numa nação que possui reservas de petróleo em seu solo? Se a natureza contemplou um país com essas reservas, por que a gasolina tem de ser mais cara do que em outros países que não as possuem? Seria a continuidade do projeto colonialista?

Há várias questões que devem ser examinadas pela elite pensante. A China deu nova dimensão à fabricação de produtos. A população cresceu e o planeta apresenta as consequências da utilização abusiva dos recursos que se agravam com o sensível aumento do calor proveniente do sol. O sistema eleitoral está susceptível a novas influências. Isso tudo cria situações especiais para serem analisadas. As nações precisam de um projeto de produção, exportação, importação, orçamento, acompanhamento das contas, preparo das novas gerações.

Para que a nação não se torne dependente o governo tem de reunir as informações para dar apoio à iniciativa privada. Está em curso uma ideia entre as nações de produzirem mais internamente para reduzir a dependência externa. Há a questão do dólar que atinge os países que praticamente emitem uma não-moeda. São países mal geridos onde prevalecem o compadrismo e os desvios das verbas. A volatilidade cambial também ocorre em função da ausência de um planejamento adequado do equilíbrio nas contas, o que requer boa gestão. A taxa de juros exerce forte influência sobre o câmbio.

Para que as nações se tornem economicamente mais independentes, elas precisam integrar as novas gerações nesse propósito. Os jovens devem ser motivados e aprender fazendo. Se uma parte da população vai envelhecendo e as novas gerações não percebem oportunidades nem se interessam é o fim. A questão premente no bom preparo para a vida é a falta da integração de educação com as leis da natureza.

Estariam os logaritmos embotando a clareza no pensar? Os cientistas advertem que mais de 50 gigatoneladas de gases de efeito estufa são lançadas anualmente na atmosfera, e que a solução é preservar e ampliar as florestas. De fato, destruir a cobertura verde do planeta foi um desatino. Outros pesquisadores dizem que o problema não é estar esquentando ou gelando; falta entender o que está acontecendo. A temperatura oscila entre super calor entremeado de dias de super friagem. As massas de ar frio e nuvens estão se tornando mais densas. Quando o céu está limpo, o sol esquenta tudo. Quando é encoberto pelas massas de ar gelado, a temperatura cai drasticamente em poucas horas. Aumentam os furacões, tudo isso acarreta consequências para a saúde e para a agropecuária.

A maré das baixas paixões e cobiças quer arrastar a humanidade para os abismos da destruição. Estamos diante de enorme efervescência que tende a aumentar. O ser humano tinha tudo para dar certo, fortalecer o espírito, evoluir, mas com seu livre-arbítrio seguiu por caminhos errados. Esperava-se por um período árduo, mas tudo ficou bem difícil como se fosse o desmanche geral das coisas em desacordo com as leis da vida.

É preciso reiniciar a construção a partir do ponto em que cada um se encontra, buscar a Luz da Verdade para sair do caminho que leva ao abismo dos erros e falsos conceitos. Inconscientemente, muitas pessoas percebem isso e se sentem invadidas pelo desânimo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

A IMPORTÂNCIA DE RECUPERAR A INTUIÇÃO

Muito se fala no lampejo intuitivo, aquela percepção que surge de repente indicando um caminho, uma solução. Em psicologia, intuição é um processo involuntário e inconsciente que em dado momento apresenta uma solução para resolver alguma questão complicada, algo que ainda se constitui num enigma para a ciência. Apesar de existirem muitas teorias sobre o assunto, a ciência ainda tateia na busca da compreensão, isso faz com que muitos acreditem que a intuição é um processo especial que procede do “coração”, isto é, da alma.

Muitos seres humanos descarados não se envergonham em mentir e enganar as pessoas para benefício próprio, contrariando sua intuição admoestadora que quer advertir sobre a ação errada. Estamos diante de um momento mundial muito delicado, mas persistem os desentendimentos e conflitos entre os seres humanos. Será que não são capazes de resolver os problemas sem produzir caos e sofrimentos?

A intuição é a voz interior que mostra algo que está além da capacidade cerebral, mas que precisa da ajuda do cérebro para ser posta em prática. Trata-se, na verdade, de algo captado pela alma, pelo espírito que vivifica o corpo do ser humano. Essa é a característica fundamental que nos torna humanos de fato. Se essa capacitação for cerceada ou interrompida, o indivíduo deixa de ter o humano em si, passando a agir como um cérebro sem a condução da alma.

A espécie animal é composta por criaturas que cumprem o instinto: alimentação, sono, procriação na época em que a natureza provoca isso para o movimento de renovação, num convívio equilibrado. A espécie humana é espírito dotado de intuição e livre resolução, que deveria atender a todas as necessidades materiais e ir além para desenvolver-se, ampliar o raciocínio lúcido. Mas sufocou o espírito e a saudade do céu, do que é belo, e assim foi criando uma forma de viver inferior, afastada daquilo que deveria ser, agindo em nível que se situa abaixo do animal instintivo por natureza.

A inteligência artificial (IA) e demais tecnologias deveriam auxiliar o desenvolvimento da humanidade, mas elas não têm a intuição espiritual. Como tudo o mais, a IA entra no rolo compressor da ausência de objetivos enobrecedores da espécie humana, uma necessidade e finalidade tão evidente, mas jogada no rio do esquecimento como se fosse normal ter homens indolentes, inativos, crianças sem ter o que comer, sem receber bom preparo, moradias precárias, entre tantos outros fatores. São acontecimentos que não deveriam existir. Será que esse novo equipamento inteligente trará a solução, ou será incorporado ao modus operandi egoístico do ser humano dominado pelas cobiças?

Sem intuição, a voz interior que mostra algo que está além da capacidade cerebral, o ser humano perde o contato com as leis da natureza que regem a vida, e constrói a civilização do dinheiro e concreto. No mundo globalizado, governos locais se deixam envolver por interesses particulares e perdem força, e deixam de zelar pelo patrimônio natural que sustenta a vida, degradando o planeta, o habitat concedido para a evolução da humanidade.

Os seres humanos receberam a permissão de viver na Terra para se desenvolverem. Tudo estava pronto, mas com sua cobiça e prepotência a humanidade se tornou uma ameaça para o planeta e hoje está à deriva. As novas gerações estão sem rumo, sem força de vontade, dando cabeçadas sem saber o que fazer da vida.

A falta de leitura como fonte de aprendizado e reflexão intuitiva compromete e futuro. Os jovens têm de receber atenções gerais, pois são o futuro. Para não cair nas drogas, a base familiar é fundamental. É preciso ter força de vontade e propósitos enobrecedores, e uma noção mínima sobre a vida e seu significado. E ainda ter os conhecimentos básicos essenciais para raciocinar com lucidez. Num mundo em mutação acelerada, é fundamental estar apto a aprender sempre e se adaptar. É preciso impedir que as novas gerações se mecanizem, perdendo a essência humana, pois não somos máquinas. Liberdade, responsabilidade e individualidade, são fatores essenciais para evoluir.

Estaria a humanidade sendo conduzida para o beco sem saída, por não estar vigiando nem orando, nem percebendo que está sendo empurrada para a negação do humano em si? As engrenagens dos destinos estão em movimento. Os seres humanos continuam lançando sementes com suas decisões boas ou más. Importa o real querer e a intuição. O que surgirá disso tudo? Os homens imaginam que estão no comando, no entanto isso é uma ilusão e em breve perceberão o seu engano porque permanecem alheios a tudo que está acontecendo, e se acham diante da grande colheita desencadeada pelo Filho do Homem prometido por Jesus, que trará o auxílio para aqueles que Procuram a Verdade com esforço incansável e sinceridade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DESENVOLVIMENTO COM HUMANISMO

No livro Desenvolvimento Humano, que segue abaixo em PDF, reuni uma série de artigos de minha autoria e que foram publicados em jornais, revistas e portais da Internet ao longo dos anos 2010, 2011 e 2012. Abordando temáticas diferentes, todos têm em comum a proposta de indicar para as pessoas de todas as idades, sobretudo as mais jovens, a importância de refletir sobre suas ações, pensamentos, desejos, emoções e vivências, entendendo que a vida é um eterno aprendizado cujo objetivo é o progressivo desenvolvimento pessoal, livre das ninharias do dia a dia que nos mantém acorrentados ao que tem pouca significância.
Um dos objetivos principais deste livro é dar aos jovens uma base que os habilite a desenvolver um projeto de vida de crescimento pessoal de forma consciente. Nesse sentido, reuni considerações sobre vários acontecimentos que tiveram forte impacto em meu desejo de compreender a vida e seus caminhos, e as narrei de forma simples, mas sem perder a profundidade dos temas abordados

Também é objetivo deste livro falar sobre o Brasil, das dificuldades vividas no passado colonialista de tristes heranças, dos grandes problemas que enfrentamos no presente e da certeza de que um futuro melhor só depende de nós e de nossa disposição para buscar valores para melhorar as condições que favoreçam o progresso humano. São artigos fundamentalmente atuais em relação às questões que embaraçam a nação brasileira.


Boa leitura!

Benedicto Ismael Camargo Dutra

Este artigo está associado a um arquivo de Mídia, veja no link abaixo!

   Desenvolvimento com Humanismo

ANNE COM E

À primeira vista pode parecer uma série para o público infantil, com um começo fabuloso, mas apresenta temas adultos que as crianças não compreendem e podem ser induzidas a erros. As crianças deveriam a aprender a importância da intuição para ouvir o que a sua alma diz.

A trama acontece numa pequena vila de fazendeiros, no final da década de 1890, centrada em Anne, uma jovem órfã que depois de sofrer em orfanatos e em casas de estranhos, é enviada por engano para viver com dois irmãos, uma senhora mais velha e um senhor, seu irmão mais novo, ambos solteiros. A série procura mostrar o amadurecimento de uma moça que precisa lidar com numerosos desafios, lutando por amor e aceitação e por seu lugar no mundo.

Fria e de natureza bela, a série canadense é a adaptação para a TV de uma obra clássica da literatura infantil (Anne of Green Gables), escrita em 1908 por Lucy Maud Montgomery, e retrata os problemas que geraram as condições atuais de vida no planeta. Inicia com o problema de crianças órfãs, sem lar, seja pela morte dos pais, mães sem condições de criar os filhos, crianças abandonadas. Uma visão das consequências de gerar filhos sem a devida consciência e responsabilidade. Mostra ainda a alegria de Anne ao conseguir ter um lar e uma família, e as dificuldades de ter que lidar com a mentalidade tacanha da vizinhança fofoqueira, crianças maldosas, a rigidez de professores daquela época, e a tendência de mulheres imitarem os homens.

A série também retrata o conflito e o preconceito com afrodescendentes e a forma como preceptores religiosos tratavam as crianças índias, criadas em liberdade junto à natureza, e resistentes em se adaptar às disciplinas rígidas e insensíveis.

Outro ponto abordado é a complexa questão da encarnação de pessoas com atributos femininos em corpos masculinos e vice-versa, uma questão que demanda pesquisa ampla incluindo as leis espirituais da Criação. Enfim, nessa série a espécie humana é desnudada em sua ignorância e crueldade, mas também enfatiza gestos de sincera amizade e nobreza, inspirando um futuro melhor.

 

 

 

OS JOVENS E O DINHEIRO

O dinheiro deve ser gerido em sua criação e distribuição com toda seriedade. Embora não tenha valor intrínseco, o dinheiro é um fator muito cobiçado e propiciador de riqueza, poder e manobras especulativas pelo mundo O Brasil nem sempre fez isso, enganando o povo, favorecendo a especulação. A inflação é o assunto do momento diante da perda do valor de compra do dinheiro – algo criado pelo homem em meio a uma realidade que ele não controla e por isso mesmo pode se tornar um complicador em vez de auxiliador, e até agora não se conhece a fórmula para dar a ele feições humanas de paz e progresso. Em vez disso, muitas vezes provoca guerra.

A decisão do governo Nixon, em 1971, de acabar com a paridade ouro-dólar estabelecida em Breton Woods causou um espanto nas finanças mundiais, deixando a moeda norte-americana em baixa. Mas o acordo firmado em 1973 com a Arábia Saudita, de só exportar petróleo para pagamento em dólares, criou forte procura por essa moeda para pagamento das importações, o que foi ampliado com a alta do preço do petróleo, provocando aumento na criação de dólares pelo FED, ou seja, a liquidez foi engrossando até se manifestar num processo inflacionário que, a partir dos EUA, atingiu o mundo.

Para debelar o surto inflacionário, Paul Volcker assumiu o comando do FED e lascou taxa de juros a 21%, restabelecendo a valorização do dólar, repercutindo gravemente nos países devedores, inclusive o Brasil, cuja espiral inflacionária foi às nuvens, a ainda hoje o país arca com as consequências econômicas e sociais como o atraso e a precarização.

Trabalho é muito importante na vida. O Brasil reage dentro das possibilidades. Os empregos perderam qualidade; falta preparo para a mão de obra e as condições gerais do presente são resultados do futuro mal orientado no passado. O salário mais usual varia entre o equivalente a 250 e 550 dólares, como ocorre nos países atrasados. O Brasil vem decaindo há mais de 30 anos. O plano real dissimulou a crise que estava sendo gerada, adotando a política de valorizar o real para que os importados tivessem preço baixo, o que se constituiu numa grande ilusão que cegou a população.

E novamente o FED se vê diante da necessidade de elevar os juros para combater a inflação e fortalecer o dólar; no entanto, os devedores vão penar. Também não será fácil para países que atraem dólares via taxa de juros, pois a tendência será de fuga. Jerome Powell, diretor do FED, mantém o ritmo de alta dos juros aprovando mais 0,75% de aumento. O dólar forte é um lance desfavorável para a China pelo aumento do preço dos importados.

Os brasileiros da “pátria amada” são resilientes. Os shoppings mais populares estão recebendo bom público; o almoço passou a ser por quilo em vez de a la carte e o atacarejo, com produtos de preços menores, se transformou na opção para abastecer o lar, mas há outras importantes questões para serem solucionadas.

O bom preparo das novas gerações é essencial para o aprimoramento da humanidade. Foram cometidas muitas impropriedades. Os jovens eram motivados para formarem suas famílias, trabalhar e evoluir, buscando a compreensão do significado da vida, e conseguiam refletir de forma intuitiva em propósitos enobrecedores. Isso era uma vez; hoje estão desiludidos com a civilização do dinheiro, descrentes, desesperançados, desmotivados, sem saber o que fazer da vida. Ao longo das décadas, perderam o contato com a alma, que se tornou indolente enfraquecendo a força intuitiva, passando o comando ao intelecto altamente sujeito a influências externas. E isso é um fenômeno mundial.

Em vez de ficar se lamentando, cada indivíduo tem o sagrado dever de contribuir para a construção um mundo melhor. Para isso, tem de se esforçar para compreender as leis divinas da Criação. “Até agora, entretanto, o ser humano ainda não se empenhou direito em compreender a vontade de Deus, em encontrá-la; pelo contrário, tem anteposto sempre a vontade humana, exclusivamente! Vontade essa que se originou dele próprio, como corporificação dos desejos humanos e do instinto de autoconservação, o que está em desacordo com as automáticas vibrações ascendentes de todas as leis primordiais da Criação!” (Mensagem do Graal, Abdruschin, Uma Nova Lei).

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

O HOMEM SÁBIO E OS JOVENS (PARTE 1)

Confiantemente, o Homem Sábio aguarda o surgimento de uma nova geração forte, com líderes sábios, que não tenha receios de trabalhar duro para desenvolver os seus talentos, e que se esforce para libertar o Brasil da ignorância e do atraso, contribuindo beneficamente para a melhora das condições de vida no planeta!

Esta é a história de um jovem inconformado com as dificuldades da vida e que precisou vencer muitos obstáculos para alcançar a compreensão. Com o passar do tempo, ele começou a perceber que a luta pela vida e a felicidade se tornava cada vez mais difícil. Como muitos jovens, ele queria ser feliz, porém sentia forte pressão negativa, em oposição à esperança de um futuro melhor, que quer tirar do ser humano o anseio de pesquisar o significado da vida. Mas ele não se dava por vencido e persistia em sua busca e indagações.

Após frequentar a universidade e manter contato com os eruditos e estudiosos que lhe permitiram conhecer as teorias socialistas, religiosas, fundamentalistas e de extremismo fanático, o Jovem sempre se decepcionava ao detectar lacunas e incoerências embutidas nesses conceitos, os quais não resistiam à lógica mais elementar nem conseguiam explicar, de forma plausível, o significado da existência ou ausência do progresso pacífico e duradouro.

Percebia que as novas gerações ansiavam por dar um novo rumo às suas trajetórias, mas, lamentavelmente, não estavam recebendo o preparo adequado para atingir esse objetivo; pelo contrário, percebia uma forte pressão para perpetuar o conformismo através de lenitivos desenvolvidos para manter as pessoas acomodadas. Em seu íntimo, sentia que a sociedade deveria se empenhar para preparar os jovens de forma que tivessem a perseverança necessária para enfrentar os grandes desafios visando o progresso e a melhora geral, com base na certeza de que a natureza, com sua atividade abençoada, oferece aos seres vivos tudo aquilo que necessitam!

Depois de muitas andanças, finalmente ele se encontra com o Homem Sábio e, com as recomendações recebidas, descobre que não nascemos para ficar sofrendo, pois a vida é um presente muito precioso, mas temos de compreendê-la. Ao adquirir esse saber, passa a observar os acontecimentos de forma positiva e a ver com clareza o significado e o sentido da existência, o que o capacita a estabelecer um relacionamento melhor com os familiares e também com os colegas no trabalho e no convívio com as pessoas em geral, levando-o à conquista da paz interior e da felicidade.

Percebeu, enfim, que os seres humanos não devem continuar ignorando seus sentimentos intuitivos, uma vez que só com o coração podem perceber as belezas que estão ao seu redor. Apenas assim são alimentadas as aspirações mais nobres e, junto com elas, o otimismo em contribuir para embelezar e beneficiar o mundo em que vivemos.

Diante da atual situação do planeta, com seus desequilíbrios ambientais, econômicos e sociais, muitos jovens começam a perceber que, além dos prazeres, do consumismo e do dinheiro, há algo muito importante para ser vivenciado. A educação no século 21 requer: agilidade, comunicação, pensamento crítico, capacidade de resolver problemas, e preparo para a vida. Tudo muito importante, mas requer como base a percepção intuitiva e raciocínio lúcido. Formas os eternos aprendizes da vida e do seu significado.

O ensino teórico ajuda a desenvolver o raciocínio, mas não é suficiente. O estudante precisa participar, ver fazer e fazer para aprender de fato, mas o objetivo do que se faz tem de ser edificante, trazer melhoras. Nestas décadas recentes o Brasil foi queimado como uma vela pelos dois lados, exauriu a indústria e não deu bom preparo às nova gerações, assim foi construída está fase caótica de pouco horizonte para o país e seus jovens.

Problemas mundiais exigem o conhecimento das imutáveis leis naturais que regem a vida para que as soluções não sejam meros remendos provisórios. É através do dedicado estudo do funcionamento da natureza que ela revela suas leis e seus segredos. Aos jovens pertence o futuro. O Homem Sábio quer ajudá-los a adquirir o movimento certo para uma forma de vida sadia e alegre, indispensável ao fortalecimento e à harmonia para manter o ser humano desperto e motivado para alcançar a melhora geral nas condições de vida.

Leia mais no livro O Homem Sábio e os Jovens: http://vidaeaprendizado.com.br/livros/O-homem-sabio-e-os-jovens-parte1-2020.pdf

SERÁ O FIM OU O RECOMEÇO DO BRASIL?

O que temos ensinado aos jovens que ingressam nas faculdades de economia? A questão não está no sistema, mas em quem o criou, ou seja, os próprios seres humanos que esqueceram a espiritualidade e seguiram na sintonização puramente materialista e deu nisso, a precarização geral da vida. No afã de minimizar os custos e manter os ganhos, as indústrias foram para a Ásia, mas dessa forma foram subtraídos empregos e renda. Em seu imediatismo, o ser humano destrói as condições de subsistência e também sua morada temporária.

Os ares estão mais leves, a quarentena está mostrando quanta displicência há no modo de vida frenético de produzir coisas úteis e muitas bugigangas que servem para nada. Pessoas indo e vindo desordenadamente, todos no mesmo horário lotando trens, ônibus, avenidas. O olho gordo do ganho foi o biombo que escondeu toda a insensatez e que agora foi lançado por terra pela epidemia, convidando ao bom senso e à busca do sentido da vida.

Estamos sob a tempestade bem montada. Aviões estão no chão. Ações sobem puxadas pelos ventos, mas descem quando o vento diminui. Colocou-se muita dependência na oficina chinesa, mas quem poderia pensar que algum dia ela pudesse dar uma parada? Bancos Centrais cortam os juros. Aumentam a liquidez. Recompram papéis. Evitam o caos financeiro.

A epidemia global do covid-19 ocasionou uma parada geral. Os ativos se depreciam, o PIB permanece estagnado com possibilidade de queda. Faltam empregos. O coronavírus está impactando todas as atividades. O dinheiro deixa de circular, os negócios ficam paralisados, o que acontecerá com os empregos e o PIB?

O Brasil está em clima semelhante ao dos anos 1980, com a dívida externa e sua outra face inflacionária. Tudo andava devagar. Agora a dívida está em reais, mas é gigante, e de novo andamos em clima de país endividado necessitando de dinheiro, sem alternativas para agir. Não há máscaras nem equipamentos necessários para os profissionais da área de saúde; tardiamente se percebe a importância da indústria nacional.

Congressistas e governadores demandam dinheiro, mas a renda da população em geral e dos servidores públicos se precariza. Quem está disposto a investir em produção? Exclua a carga tributária, baixe os juros e mesmo assim o importado produzido em larga escala chega mais barato. Mas o produto importado demanda dólares que estão em fuga, agora com cotação mais real.

Vivemos numa época que não preza mais a verdade. Estamos na era da pós-verdade, dos ataques à moral. O bullying e a infâmia são as armas desleais utilizadas por inimigos e pessoas de baixo nível que querem desorientar e confundir. Cada um que examine a si mesmo e às reações que teve quando atacado injustamente com falsidades e mentiras. O ser humano não é uma barata. É preciso uma forte couraça para se safar desse tipo de ataque.

Numa relação sadia com seus cidadãos, o Estado não deveria se agigantar para manter a população acomodada, desfrutando das migalhas enquanto os tubarões ficam com o filé. Um povo forte, bem preparado, não precisa de Estado grande que interfira em tudo, mas que defenda os interesses econômicos, culturais e espirituais da nação.

Dizem que o país está dividido e isso é natural porque antes todos estavam iludidos com as migalhas. Apenas uma parte abriu os olhos e viu a realidade; outros permanecem no engano. Tudo contribui para a cegueira: a imprensa, as TVs, as fakenews, mas principalmente a indolência do ser humano que vê e não quer enxergar, não quer ativar as próprias capacitações para analisar e refletir.

Passamos a importar de tudo, pois era mais simples e barato. Isso começou em 1995. Em menos de 30 anos acabamos com a indústria e o país enfraqueceu. Exportamos madeira, importamos móveis. A globalização foi o grande engano. Com dólar mantido barato artificialmente, as indústrias não puderam resistir à concorrência do importado feito com mão de obra barata. O poder está na economia produtiva não na especulação, que trouxe o desemprego, queda na renda e a precarização geral aceita pelos governantes, inclusive nos EUA. A rota da decadência prossegue. O que fará a classe política? Será o fim do Brasil como pátria livre ou um recomeço?

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

CONVERSANDO COM O HOMEM SÁBIO

Conversando com o Homem Sábio, de autoria de Benedicto Ismael Camargo Dutra, é um livro de edição independente produzido com recursos da Lei do Incentivo do Ministério da Cultura. A obra se destina aos jovens de todas as idades, como incentivo para que adquiram atitudes positivas em relação à vida. Ninguém consegue sucesso sem se capacitar para ler adequadamente. Através do hábito da leitura, as novas gerações poderão ampliar o seu vocabulário e readquirir a imaginação criativa para fortalecer a busca do aprendizado contínuo, tão necessário em nossos dias de profundas mudanças. Sonhar com um futuro melhor. Ter inspirações enobrecedoras.

O livro fala de propósitos de vida e significado da vida, ambos extraviados nesta fase de pouca cultura e muitas informações. Estamos no século XXI, a tecnologia já deu passos largos em inovações, mas o ser humano necessita alcançar a verdadeira consciência humana, por ser ela indispensável ao progresso harmônico e pacífico.

Observamos que há uma grande busca de um novo foco na educação. A questão não é tão difícil. Só não podemos esquecer que fazemos parte da natureza, cujas leis ainda não dominamos totalmente. Então a natureza deve ser tomada como base da Educação, e esta, como fonte da ciência e tecnologia. Enfim, deve surgir um novo foco na Educação voltando-se prioritariamente para desenvolver o ser humano que sabe harmonizar intuição e raciocínio que não se deixa abater, autoconfiante, que quer evoluir e alcançar suas metas sem precisar ser dominador ou alvo dos aplausos, sem precisar ferir o próximo com arrogância e truculência, que saberá tratar com serenidade e respeito cada pessoa merecedora disso. Será feliz e atuante, pois saberá como realizar seus sonhos e tudo em sua vida terá sentido.

A história tem como cenário a excitante cidade de São Paulo. Em meio à riqueza e à pobreza, um jovem, em seus conflitos e inquietações, busca pelo sentido da vida, esbarrando em muitos obstáculos para alcançar essa compreensão, percebendo que a sobrevivência e a conquista da felicidade se tornarem cada vez mais difíceis.

Em sua caminhada, percebia muitas lacunas e incoerências que não resistiam à lógica mais elementar. Podia ver claramente as novas gerações ansiosas para dar um novo rumo à nossa trajetória, mas sem o devido preparo, a coragem e perseverança indispensáveis para enfrentar os grandes desafios. Depois de tantas andanças, já desanimado, finalmente o jovem encontra o Homem Sábio, e descobre que a vida é muito valiosa. Ele adquire uma nova forma positiva de enfocar os acontecimentos, passando a ver com clareza o significado e o sentido da existência, e isso o torna capaz de relacionar-se melhor com o mundo que o cerca — sua família, seu trabalho e o convívio em geral —, levando-o a uma evolução e um aprendizado contínuos.

Ele percebe, enfim, que os seres humanos não podem continuar deixando o coração esquecido, e precisam, com otimismo, contribuir para que o mundo se torne progressivamente mais belo para uma vida plena de felicidade.

Conversando com o Homem Sábio traz uma mensagem de esperança num melhor futuro, desenvolvendo uma percepção mais otimista, pois a vida é um presente muito precioso. Cada página traz um novo ensinamento. Plantando as sementes do aprimoramento do eu interior, a cada novo dia, mais forte será a confiança num mundo melhor.

Objetivo é incentivar o hábito da leitura e aprimorar o uso da palavra, indispensável para que tenhamos um raciocínio lúcido. Esta edição inicial foi doada às escolas da rede pública de ensino. Mas vamos prosseguir levando o livro aos estudantes e ao público em geral através de palestras, divulgações e novas edições.

Veja vídeo sobre o livro:
https://www.youtube.com/watch?v=gkbVeHnVgHM

Acesse o livro:
http://www.vidaeaprendizado.com.br/img/file/Conversandoz_livroLEI_ROUANET.pdf