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A FINALIDADE ESPIRITUAL DA VIDA

Longe vai o tempo em que os seres humanos estavam integrados à natureza. Com intuição atuante e raciocínio lúcido, deveriam ter prosseguido na compreensão correta do significado da vida, da Criação e de suas leis. Com o surgimento da arrogância, do orgulho e da vaidade, o ser humano começou a se sentir como semideus, que ao invés de compreender a grandiosidade do Deus único, criador de todos os mundos e dessa forma afastou-se do caminho da elevação de sua alma.

Muitos profetas foram enviados para orientar e advertir, mas suas vozes não foram ouvidas. Diante da calamidade que os humanos iam preparando, uma parte de Deus veio para a Terra em Jesus, que com Amor e severidade passou a falar sobre o funcionamento das leis da Criação. Mas os seres humanos teriam de quebrar as amarras que os prendiam a um saber falso. Na indolência espiritual dominante, esses ensinamentos foram se tornando incômodos, principalmente para aqueles que se beneficiavam com o comodismo das massas que se sentiram ameaçados em seus privilégios obtidos com a dominação que exerciam sobre o povo.

Colocando de lado a capacidade de refletir intuitivamente, os seres humanos foram se deixando afastar da realidade da vida, ficando envolvidos por uma realidade paralela criada astutamente, rigidamente mantida, atendendo às preferências e pendores aos quais se algemaram. A humanidade prossegue em sua marcha funesta cujo fim será a autodestruição. Uma nova época deve surgir. Uma nova sabedoria se torna indispensável contrariando a mania de grandeza e as cobiças.

Aqueles que procuram pela Luz da Verdade têm de quebrar as amarras, livrando-se de todas as trevas, esforçando-se para compreender direito a Palavra do Senhor, recuperando a intuição para se libertarem da entorpecedora realidade falsa criada para manter a humanidade cativa e inerte, impedindo-a de fortalecer o próprio espírito para que se eleve, cumprindo a finalidade real da vida.

“Por isso, despertai! Somente na convicção repousa a verdadeira crença, e a convicção só vem através de exames e análises irrestritas! Sede seres vivos na maravilhosa Criação de vosso Deus!” (Abdruschin, Na Luz da Verdade – Mensagem do Graal).

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O QUE ESPERAM OS LÍDERES MUNDIAIS?

Com conflitos e guerras, as condições gerais de vida estão piorando. Um novo rumor de guerra veio da América do Sul explorada há mais de 500 anos. Assim como hoje temos o presente inóspito, o futuro que se desenha poderá ser ainda pior. O confronto na área econômica mundial está latente. Cresce pelo mundo uma animosidade perigosa; acirra-se a luta pela sobrevivência.

As informações contraditórias vão minando a paciência das pessoas. Faltam ponderação e serenidade. Serenidade atrai serenidade. Na atualidade, ninguém está plenamente bem. Cada um está enfrentando sua própria batalha da vida e isso vai se expandindo pelo mundo.

Num cenário de elevada população, estamos enfrentando crise social e financeira, na produção e nos custos. A produção externa apresenta custo inferior ao praticado internamente, seja pelos componentes e mão de obra, ou mesmo devido aos subsídios, o que acarreta grande desequilíbrio, afetando empregos e renda, comércio e consumo. Ainda não foi encontrada uma fórmula que possa reequilibrar; alguns teóricos falam que a saída estaria na eclosão de nova guerra.

As novas gerações foram empurradas para a escuridão e desalento. Há um alarmante índice de suicídio de jovens. O que pensam as pessoas do comando geral sobre a situação na Ucrânia, Oriente Médio, Guiana e outras regiões? Como a humanidade pode admitir esse descalabro? Faria parte da falada correção populacional do planeta? Estadistas eficientes são afastados. Poder tem preço? Compra-se?

Depois da queda das torres gêmeas, o filme O mundo Depois de Nós mostra a cidade de Nova Iorque em chamas e a convulsão das massas diante do isolamento e falta de informações. Seria a previsão da decadência americana de dentro para fora, a queda do dólar? O viver esteve muito tempo no mundo da fantasia, mas agora se percebe que há séculos havia em tudo o propósito de manter as pessoas presas às futilidades e à manipulação.

Tomando o exemplo de Kevin, do filme Esqueceram de Mim, fazendo compras no mercado, e comparando os preços daquela época com agora, o economista Peter Schiff mostra a tendência continuada do dinheiro perder valor. Será que o dinheiro digital vai solucionar? As coisas mudaram. A queda no poder de compra levou os consumidores a buscarem preços menores. O endividamento é uma alternativa perigosa para empresas e pessoas que tiveram baixa nas receitas. A elevação da taxa de juros internacional pegou de surpresa. Empresas tentam resolver, algumas ficaram sem alternativas diante dos desequilíbrios mundiais aumentados.

O grande problema da humanidade é que a parcela que se julgou superior passou a desafiar a natureza e suas leis, estagnando seu avanço no conhecimento da Criação, prejudicando os mecanismos de sustentabilidade. Por outro lado, a população em geral, que deveria trilhar o caminho do aprimoramento, também estagnou e declinou. A humanidade está no limite.

O calor nas grandes cidades com população elevada está abrasador e vai causar danos ambientais e mentais. Com mais de oito bilhões de pessoas no mundo muito se fala em correção populacional. Espera-se que inovações tecnológicas contribuam na produção de alimentos, mas no caso de escassez, instabilidade dos habitats, conflitos e doenças, poderão surgir impactos substanciais afetando a população.

Jamais os jovens deveriam desistir da vida. Há hipóteses sobre as causas que levaram adolescentes à perda de ânimo e à atitude extrema, mas é preciso ouvir essas crianças, saber delas qual é o seu estado interior, o que pensam da vida, seu significado, sua finalidade, e buscar as soluções.

Desde cedo, fortes apelos empurram os jovens para a atividade sexual, agora para fumar maconha também. Fumar qualquer cigarro é um crime que o indivíduo comete contra si mesmo e contra os não fumantes. Desalentados, deixam que sua alma se fragilize. Os jovens precisam de atividades beneficiadoras. A nação precisa de cidadãos fortes, com coragem para superar os obstáculos, aprender e produzir continuamente. Nesse contexto, que futuro os líderes mundiais estão esperando para a humanidade?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ANO NOVO!

Muitas pessoas dizem que buscam a Luz da Verdade e o bem, porém poucas agem com sinceridade nessa direção. Muitas pessoas carregam um grande descontentamento com a sua atual situação, fruto de suas próprias decisões. Sempre olhando para os outros, vão logo atribuindo a eles culpa e ficam cismando o quanto são especiais e que não merecem pelo que estão passando.

O ano de 2023 já era, as coisas pouco mudaram, a indolência espiritual permanece atuante, cada um se achando melhor que os outros. Falta a rigorosa sinceridade para olhar primeiro para si, ver os próprios erros e se dispor a agir com naturalidade. Ao redor, se forma um ambiente pesado de insatisfação e descontentamento. Cobiças e maus pensamentos impedem a harmonização e a aproximação da espontânea alegria de viver.

O ano novo está na nossa frente para ser bem aproveitado por todos no esforço de fazer do mundo um lugar melhor para um viver com Amor, compreensão e generosidade, mas também com a rigorosa severidade ensinada por Jesus em oposição aos procedimentos errados e maldosos conduzidos pelas cobiças e astucia intelectiva.

2024 chegou! Ter esperanças positivas é importante, mas não suficiente. Cada ser humano tem de se movimentar agindo com o propósito efetivo de contribuir para a paz e o aprimoramento da humanidade para que, efetivamente, construa de forma benéfica e espalhe belezas pelo Planeta.

Feliz ano novo, com saúde, sabedoria e alegria!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

REPENTINAS REAÇÕES DA NATUREZA

2023 está na reta final. O ano começou com ares amenos, mas logo foram surgindo acontecimentos marcantes. Há muito blá-blá-blá, conversas vazias, tudo está caminhando acelerado, mas as pessoas estão meio sem rumo, pois não veem o futuro com clareza e deixam o tempo presente ir passando.

Os governantes colhem os efeitos da irresponsabilidade financeira e buscam reforçar o caixa. Há um projeto de reforma tributária em tramitação no Congresso do Brasil e a população quer saber se a voragem tributária, que já está em 35% do PIB, vai aumentar, sendo que na Índia o índice é de 19%. O gigante tem recebido facadas de todos os lados e sua população vai perdendo energia e se tornando fraca.

As nações estão endividadas. Quão longe a humanidade está daquilo que deveria ser? Os desajustes estão presentes em todos os aspectos: educação, saúde, qualidade de vida, qualidade humana. Cada um faz o que lhe aprouver sem receios, sem autocensura como se tivesse cérebro doente, mas a displicência está se defrontando com a repentina reação da natureza, descontente com a estupidez que diariamente vai agredindo tudo de forma insensata.

Sem o devido respeito às leis da natureza está sendo cavado um grande abismo. O homem tem vivido divorciado da natureza; além de não a compreender, agiu de forma destrutiva e não se preparou para enfrentar os colapsos. As massas de ar estão favorecendo o aumento da insolação provocando exagerado aumento da temperatura.

Foi concedido todo o tempo. Foram dadas muitas oportunidades, agora tudo está áspero como resultado do que foi semeado. Cada ser humano tem de se esforçar por si mesmo. Com a atuação voltada para o bem, ajudamos. A humanidade sonhava com um futuro fantasioso. Mas isso era uma vez; agora há um realismo áspero.

As grandes dificuldades e os grandes problemas entre indivíduos, empresas e organizações, entre governantes e nações, decorrem da ausência de um simples ato de perdão sincero. As pessoas guardam ressentimento de situações em que surgiu um desacordo, um choque de vontades, e se isso não for sanado, continuará perturbando, podendo chegar até ao ódio cego e desejo de revide. Perdoe sinceramente, liberte-se.

Sabemos o que as religiões ao longo dos milênios têm enaltecido o ser humano para obter acolhida, um degrau para quem anseia pela Luz, mas para isso há que ter humildade espiritual. Falta uma busca sincera dos ensinamentos de Jesus sob a Luz da Verdade. O problema é a indolência, a preguiça. A falta de vontade de se esforçar. Que despertem, que deixem de colocar o espírito no quarto escuro, esquecido.

De todas as desgraças provocadas pela humanidade na Terra o que sobrou só foi a arte. O coração é uma forma de se referir à alma, ao espírito, à essência do ser humano. O intelecto é a poderosa ferramenta que permite ao homem avançar no mundo material, mas sempre deverá seguir as leis da natureza. De fato, a humanidade está emburrecendo, a alma pouco fala, as intuições nobres se extinguem. As telas absorvem as atenções gerais, e não sobra tempo para o ser humano evoluir. Sem o coração a arte se mecaniza.

E a mecanização avança tanto na iniciativa privada como nas atividades do Estado. Os programas de computadores determinam o que se pode e o que não se pode fazer; nesse meio, o líder vai ficando sem espaço. As pessoas estão perdendo a iniciativa, se o computador não alertar, ficam paradas. Tudo direcionado para o ganho máximo. No show de famosa cantora Taylor Swift, mil fãs desmaiaram com o calor, acima de 50 graus, e uma jovem faleceu. Se o Sol passar a emitir mais calor, o que acontecerá? É a falta que faz um líder sábio para examinar as condições e impedir absurdos. O líder espiritualizado não consegue interferir dado o enrijecimento e egos vaidosos; muitas vezes ele só pode observar e esperar ser chamado para ajudar na solução com suas vivências e intuição.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ALENTO GERAL

É estarrecedor o nível a que a humanidade decaiu. Há uma geoeconomia tenebrosa na qual os líderes tiram proveitos sem favorecer o aprimoramento humano. Atualmente as novas gerações perderam a força de vontade. Há um desalento geral, falta de ânimo e de propósitos enobrecedores, mas a cobiça por riqueza e poder tem aumentado, o que pode arrastar o planeta para ruína total, inerente à desumanização progressiva. As pessoas nascem na “Escola da Vida” prioritariamente para evoluir, se humanizar, mas está faltando conscientização e motivação para essa prioridade fundamental.

Ocidente e Oriente miraram no crescimento do capital financeiro deixando de lado o capital humano, isto é, o desenvolvimento integral do ser humano, sua qualidade física, mental, espiritual. Agora, com a permanência da inflação, novamente, mais penalizada será a população em geral. É necessária a atuação de estadistas e empresários sábios que cooperem para que haja equilíbrio na economia interna e externa.

As finanças têm a sua importância, mas o capital humano não pode permanecer na displicência, pois as novas gerações não estão recebendo bom preparo para a vida comprometendo um futuro melhor. É preciso que os jovens estejam atentos e acordem, pois se ficarem acomodados serão dominados pela base que receberam na infância, passando a serem simples produtos de massa, e não verdadeiros seres humanos, com discernimento próprio. Para um bom desenvolvimento, as crianças precisam ser incentivadas para contar e escrever histórias.

Certa criança não compreendia as brigas e conflitos e disse: “Por que as pessoas fazem tantas maldades, será que ninguém explicou que a vida pode ser maravilhosa? Uma pessoa de coração não faz maldades. Elas não aprenderam que o coração deve ser o condutor?”

Muitas atividades estão se ressentindo. Com as grandes transformações na área econômica, os modelos anteriores perdem espaço diante das gigantes da internet. Custos crescem. Salários dos trabalhadores em geral se comprimem. Como superar as crises e manter as condições sociais da população?

Na periferia proliferam as moradias precárias. As cidades estão crescendo para cima, mas no chão o trânsito é caótico. Os da direita defendem o capital e seus detentores; os da esquerda defendem o poder na mão dos homens de Estado, mas a população é manipulada, distraída com muito circo e pouco pão para que não seja um incômodo. Tudo está ficando difícil, os responsáveis percebem isso, mas sem saber o que fazer vão enrolando, e alguns cuidam de encher o próprio bolso.

Com seu livre arbítrio o homem pode escolher a escada que sobe rumo à humanização, ou a que desce aos abismos do embrutecimento. Pode escolher desenvolvimento e elevação do espírito, ou agarrar-se ao mundo material na crença de que com a morte tudo se acaba. Pelo que se observa, a escolha foi para a descida, que também afundou a Terra que se distanciou do Céu. Mas a aspereza é brutal e as engrenagens estão emperrando em todos os setores da vida. As profecias apontavam para a conflagração geral, todos contra todos, mas ainda há uma certa disciplina; o dia da grande colheita está se aproximando.

A atmosfera de esperança no futuro está cedendo lugar para um clima de incertezas e receios gerais que enfraqueceram a demanda. O sistema induzia à ideia de que haveria continuada melhora geral; como isso não ocorreu, o comportamento dos consumidores se tornou contido. As coisas começaram a piorar com o surgimento do polo fabril asiático, com menor custo de mão de obra e que sofre menos impacto das crises financeiras e taxas de juros, que passou a produzir para exportar. As autoridades têm de buscar o equilíbrio na atividade econômica a fim de que haja produção, renda e consumo, e um bom alento sobre o futuro.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AMA AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO

É muito triste para nós brasileiros, tradicionalmente calmos e pacíficos, ver os trágicos acontecimentos iniciados de forma inesperada com ataques ao povo das cidades de Israel. O sofrimento geral nos afeta por empatia, pois o povo brasileiro possui sensibilidade atuante, já extraviada em grande parte do mundo materialista. Entristece e assusta ver a paz mundial estar sob ameaça.

As nações não se entendem. O poder age acobertado na sombra. Nações, organizações e entidades têm o poder diluído. Quem pode, manda. A manada segue sem maiores reflexões. Assim o mundo caminha para o abismo. Não se trata de tomar partido, pois a questão maior é a humanidade que ainda não encontrou o caminho da convivência pacífica. Na guerra das comunicações, a verdade fica oculta; o que interessa é a manipulação da massa. Muitas pessoas acabam se tornado como a máquina. Não ouvem mais a voz interior. Se isso está acontecendo com os mais velhos, o que será das novas gerações?

Na engrenagem mundial, o ser humano é um grão de areia, mas a sua arrogância é enorme. Os acontecimentos iam caminhando. Guerra da Ucrânia e Rússia, dinheiro digital, eleições, Taiwan, juros, bolsas, inteligência artificial. De repente acontece um trágico e impiedoso ataque aleatório contra o povo de cidades de Israel seguido de forte retaliação. Comoção geral. Uma emergência na trajetória do mundo. A surpresa e os fatos levaram os Estados Unidos a marcar sua presença, pois estamos diante de uma situação que produz imprevisível tensão mundial que requer hábeis negociadores.

Agarrados ao perecível mundo material, e para satisfazer as próprias cobiças, os seres humanos não vacilaram em colocar de lado a amplitude do amor ao próximo, deixando de ouvir a própria consciência, e em vez de paz e progresso espiritual criaram o inferno na Terra. No mundo atual tudo gira em torno do dinheiro. Muitas atividades ilícitas são toleradas porque envolvem dinheiro, mesmo sujo, e principalmente, ganhos. O homem tem a capacidade da livre resolução: o sim ou o não, mas mesmo que não possa realizá-la, fica atrelado a ela.

No país do dólar, a recessão demora mais a chegar afetando a taxa de juros, mas seu efeito pode chegar de repente. Na América Latina é mais complicado. O capital sempre busca oportunidades de ganhos; e se essas estão na Ásia, fábricas fecham e mudam criando a relocalização da indústria. É um procedimento considerado correto pela análise econômica, mas outras considerações também deveriam entrar em cena, pois a população perde trabalho, o nível decai, e surgem cidades fantasmas que não conseguem se sustentar, aumentando a violência urbana.

De longa data os seres humanos têm vivido sem o necessário respeito aos Mandamentos de Deus, servindo prioritariamente a si mesmos e às suas cobiças. Na época em que Jesus disse: “Colocai o Senhor teu Deus acima de todas as coisas, e ama ao teu próximo como a ti mesmo”, os discípulos compreenderam claramente, mas com o passar do tempo foram surgindo conceitos distorcendo a amplitude das palavras, e os seres humanos deixaram de praticar o verdadeiro amor ao próximo, até que Abdruschin, em sua obra Mensagem do Graal, iluminou o conceito com a Luz da Verdade: “Permitido vos é peregrinar através das Criações por vosso desejo, tornando-vos autoconscientes; contudo, não deveis causar sofrimento algum a outrem, a fim de satisfazer com isso a própria cobiça.”

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SINTONIZAÇÃO DA HUMANIDADE

Ao longo da trajetória da humanidade muitas transformações foram ocorrendo, o que está intimamente ligado à sintonização dos seres humanos, isto é, o seu querer pode tanto atrair o bem geral, como inóspitas condições de vida. No passado distante vivíamos num sistema de subsistência em que a economia era natural com a produção voltada para os bens essenciais. O modo de vida era simples e o ponto alto eram as reuniões nas montanhas onde manifestávamos nossa gratidão aos seres da natureza, os enteais, servos auxiliadores do Criador.

Os seres humanos tinham toda liberdade para decidir o próprio rumo, mas com arrogância se afastaram da natureza e de sua proteção. Escolhendo caminhos errados, se esqueceram da finalidade espiritual da vida e chafurdaram nas ninharias do mundo material, que se acha em decomposição pela ação do Juízo Final, mas será resgatado e renovado pelo Filho do Homem prometido por Jesus, e tudo terá de se tornar novo para poder subsistir.

O sofrimento infligido ao povo judeu fez despertar o reconhecimento do Deus Único, o Criador de todos os mundos. Veio Moisés para libertar e conduzir seu povo para uma região onde viveriam em respeito às leis de Deus. Moisés ficou decepcionado com a rebeldia daqueles que não tiveram paciência e forjaram o bezerro de ouro.

Sorrateiramente as trevas atacavam para impedir o progresso espiritual. A decadência foi tão descomunal que rompeu a conexão dos seres humanos com a fonte da Luz; se Jesus, não reconhecido pela humanidade indolente e influenciada pelas trevas, não tivesse restabelecido a conexão com a Luz, já teria se autodestruído, antes da vinda do Filho do Homem, também de origem divina, para completar os esclarecimentos sobre a Criação e suas leis e a concluir o Juízo Final.

A terra despontou como fator de poder, sendo que os nobres eram detentores da terra, e os vassalos trabalhavam nela. Os seres humanos foram se distanciando da natureza e da compreensão da vida e seu significado. Os trabalhadores da terra se tornaram servos. Com o passar do tempo foi surgindo a classe dos comerciantes e dos emprestadores de dinheiro a juros. Os antagonismos não tardaram a surgir entre camponeses, nobres, comerciantes e emprestadores de dinheiro.

O comércio florescia, dando início à produção artesanal de bens, o que se transformou em fábricas que necessitavam de capital e impunham condições desumanas aos trabalhadores. Juros e impostos absorviam grande parte do resultado do trabalho. Ao longo do tempo surgiram interesses econômicos, ideologias e guerras. Surgia a civilização do dinheiro, o materialismo como a sintonização básica da humanidade, tudo precificado. Aos poucos a busca pelo desenvolvimento espiritual foi sendo eliminada da Terra e, consequentemente, a boa vontade e a paz entre as pessoas.

No século 21, a humanidade enfrenta as consequências dos abusos cometidos na emissão de papel-moeda e sua utilização de forma desordenada e estúpida. Antigas profecias anunciavam que o futuro traria a fome. O sol, com energia reforçada, chama a atenção para que os homens pensem seriamente na vida e sua finalidade, e não se entreguem cegamente ao poder do dinheiro, mas construam e beneficiem o planeta diante das penúrias atraídas.

É uma situação que se arrasta desde o final da segunda guerra. Faltaram líderes sábios para anteverem o futuro e impedirem que se chegasse a esse beco de sangue em que a população de um não-Estado tem de arcar com as consequências das atitudes de um grupo armado informal, sem status jurídico. Faz tempo que a humanidade se afastou da sabedoria e com sua sintonização errada surgiu a escravidão, a decadência, e o aperfeiçoamento da energia nuclear para destruir.

As guerras são sempre danosas e revelam a falta de maturidade da espécie humana que veio para a Terra a fim de alcançar fortalecimento e desenvolvimento do espírito, mas caiu no abismo dos desejos egocêntricos e na imoralidade. Aumenta o sofrimento na Terra. Faltam sabedoria e alegria. Precisamos de Paz na Terra e evolução espiritual.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A TÃO SONHADA E NECESSÁRIA PAZ MUNDIAL

O querer e as ações moldam o futuro. Cuidar das finanças é essencial para todos: indivíduos, famílias, empresas e governo. A educação deve contribuir para formar seres humanos com sabedoria e bom senso e que pensem em assegurar a paz no presente e no futuro. Acontecimentos drásticos estão chamando a atenção sobre os rumos que estão sendo seguidos. Nos caminhos percorridos, as pessoas foram capazes de tudo, rebaixando suas essências.

Os juros americanos atraem dólares do mundo e das bolsas, desvalorizando ativos, enxugando a liquidez, baixando inflação, o que fortalece a moeda norte-americana, mas aumenta a dívida. Muitos comentaristas falam que a economia voou alto e que tem de abaixar, mas como será a aterrissagem? A segunda feira trágica de 1987 deu-se no mês de outubro. Em 2023, há muitos fantasmas assombrando a economia e a vida. Os políticos têm interesses que se contrapõem. Os comentaristas lançam dúvidas sem propor soluções, e assim o temor vai crescendo, jogando a população numa situação crítica e danosa, sem alvos enobrecedores.

O FED age para recuperação do dólar. Os políticos não atentam para a gravidade da situação. Não se olha para a amplitude da vida. Falta esperança na melhoria geral. Disse o Papa Francisco que o mundo está desmoronando, mas não é só no clima e na natureza e suas catástrofes; os alicerces morais vêm sendo corroídos há mais de setenta anos, e não se vê luz nesse túnel descendente. O planeta está se tornando ingovernável pela falta de seres humanos sábios.

Apesar do temor de recessão nos países desenvolvidos nas últimas semanas, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que vê maiores chances de a economia global fazer uma aterrissagem suave à frente. Segundo ela, a economia mundial demonstrou uma “resiliência notável” e o primeiro semestre de 2023 trouxe “boas notícias”, principalmente, por conta de uma demanda por serviços mais forte do que o esperado e “progressos tangíveis” na luta contra a inflação.

A China, de outra parte, anunciou a adoção oficial de nova criptomoeda como a sua moeda oficial. Qual a finalidade desse novo projeto monetário? O projeto da civilização do dinheiro possibilitou a ampliação do poder nas mãos de grupos que praticaram a arte da multiplicação. Hoje tudo depende do dinheiro, o rei que reina acima das mercadorias e do trabalho. O dinheiro se presta para pagamento, a mercadoria universal, o denominador abstrato dos bens, mas também é poder na mão de quem o detém. Adorado e idolatrado acima de tudo pelos seres humanos, embora a verdadeira riqueza seja ofertada pela natureza. Perdendo a ligação com a natureza, perdemos tudo.

Antigas profecias anunciavam que o futuro traria a fome. O sol também chama a atenção para que os homens pensem seriamente na vida e sua finalidade, e não se entreguem cegamente ao poder do dinheiro, mas construam e beneficiem o planeta para evitar as penúrias. Havia uma expectativa. Algo para acontecer. Uma nova doença. Uma crise econômica. E todos foram surpreendidos por ação terrorista, inclusive o povo de Israel. Precisamos de Paz na Terra e evolução espiritual.

Muito preocupante são os recentes acontecimentos no oriente médio. Em 1973, o mundo tinha sido sacudido por uma guerra e pela crise do petróleo. E de repente estamos vivendo uma situação complicada no tabuleiro mundial pelas consequências que poderão provocar no já conturbado século 21. Haja serenidade.

Estamos num momento decisivo para a humanidade que se deixou arrastar para os prazeres mundanos e se encontra desorientada diante de um planeta devastado pelas cobiças e imediatismo. O homem se tornou o lobo do homem. Como dar um basta ao derramamento de sangue?

Moisés, Jesus, Maomé e Abdruschin tiveram uma trajetória histórica que deveria ter dado unidade à busca pela Luz da Verdade do Altíssimo, mas isso requer força de vontade. Sombras de ódio e medo assolam a humanidade que, com humildade, perante o Criador de Todos os Mundos, deveria ter se dedicado ao fortalecimento e aprimoramento espiritual. Como reencontrar o caminho para um viver de acordo com as leis da Criação? Em meio à turbulência materialista, falta clareza e o sincero querer de paz para alcançar o alvo da vida, ou seja, o real progresso espiritual.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS LEIS DO AQUÉM E DO ALÉM

A humanidade se afastou da natureza e suas leis. Esqueceu a ancestralidade e o significado da vida. Esqueceu de sua essência espiritual. Inventou um dinheiro instável e flutuante, o qual se tornou o fundamento de todas as atividades. Em meio a todas as barbaridades praticadas contra a natureza, parece estar chegando um novo ciclo de atividade solar aumentada, o que está alterando o clima do nosso planeta.

As pessoas viviam para aproveitar a vida com lazer e prazeres. Isso está no fim. Não utilizaram o tempo para compreender o funcionamento das leis da Criação e evoluir, e agora não entendem os acontecimentos que estão espalhando inquietação. As crianças estão expostas a muitos exemplos errados e prejudiciais. A criança que aprende com os pais sobre o funcionamento das leis da Criação terá a grande chance de se esforçar para ser um verdadeiro ser humano.

O planeta está sujeito a um forte abalo. Os seres humanos nasceram na Terra, mas não se prepararam para a vida de forma natural. Inventaram o dinheiro, mas não criaram os mecanismos necessários para evitar a deterioração da moeda. Agora colhemos as consequências. Apesar de a programação das TVs apelar sistematicamente para a atividade sexual, na vida difícil, homens e mulheres estão evitando gerar filhos, acarretando o envelhecimento da população.

Os políticos sonham com poder permanente e sempre que podem caminham nessa direção. No ocidente, com a proeminência do dólar americano, o poder econômico tem mantido o controle do poder. Com o capitalismo chinês, o Estado controla o poder econômico e tudo o mais. Nisso surge o grande embate que se trava no ocidente: para onde vai o Brasil e as nações latino-americanas?

O essencial é como fazer tudo melhorar: saúde, segurança pública, educação e preparo para a vida. Esse deveria ser um objetivo da humanidade, das nações, das elites dominantes. Mas o que tem prevalecido são as cobiças e as tiranias disfarçadas que agora mostram as suas reais intenções. China e EUA estariam se preparando para entrar em acordo? Novo tratado de Tordesilhas Washington – Pequim? Estariam dividindo o mundo: recursos naturais, tecnologia, mercados consumidores, influência e domínio sobre os povos, ou se preparando para a guerra?

Os homens preparam o terreno para implantar seus planos de poder e dominação. As leis da Criação trazem as consequências do falhar da humanidade. As incoerências são inacreditáveis. Por exemplo, produzem alimento para vender, mas se o preço cai, destroem as plantações para não baixar o preço. Se estão em guerra, impedem que o inimigo receba comida. Na história da economia mundial, os que produzem riqueza com o trabalho em geral ficam com pequena parcela, consomem pouco, alimentação simples, vestimentas comuns; temerosos, buscam poupar; o grosso fica concentrado nas mãos de poucos, que em geral optam por importar especiarias para consumir.

A humanidade está atingindo o ponto de viragem de tudo que atraiu e terá de arcar com as consequências. Antropoceno é definido como a época atual com os visíveis sinais de estresse causados pelo homem dominador no planeta, na natureza.

A sociedade perdeu o saber das leis da Criação. Gerar filhos é dar oportunidade a um espírito encarnar para sanar erros e evoluir, algo nobre, mas não é a finalidade principal do homem ou da mulher, pois cada um também nasceu para evoluir espiritualmente. Os idosos têm de aproveitar o tempo para estudar as leis espirituais da Criação e se tornarem úteis e beneficiadores.

Aquém e além são faces da mesma moeda. Abdruschin (1875-1941), autor da Mensagem do Graal, relata as consequências maléficas das teorias engendradas pelos homens e suas ações no campo material e espiritual. As leis percebidas no mundo material são as mesmas que atuam no mundo espiritual. Uma delas, a da atração da igual espécie que tem ampla atuação através da qualidade dos sentimentos, pensamentos e ações dos homens. Ou seja, se não houver pensamentos voltados para a pureza das intenções, a imoralidade promove o continuado aumento dela e destruição.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS PORTAS DO INFERNO

“A humanidade abriu as portas do inferno. O nosso foco aqui são as soluções climáticas e nossa tarefa é urgente. Um calor terrível está provocando efeitos terríveis”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao abrir a Cúpula de Ação Climática, em Nova York, no dia 20 de setembro.

Os oceanos tendem a ficar mais quentes porque o Pacífico Tropical, sendo a maior bacia oceânica do planeta, libera parte de seu calor excedente para a atmosfera, o que eleva sua temperatura. O El Ninho é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Esse evento acontece em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios e costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos.

A radiação solar, sensivelmente mais quente, distribuída de forma desigual sobre a superfície terrestre, gera uma diferença de pressão atmosférica entre o Equador e os polos. Com altas temperaturas e elevada umidade do ar, o calor aumenta. Os gases de efeito estufa aprisionam o calor. As alterações do clima assustam a humanidade que sempre deixa tudo para a última hora enquanto estiver tirando proveitos.

Estamos na Primavera de 2023 e as previsões meteorológicas apontam para uma elevação da temperatura nos próximos dias em várias regiões do Brasil; inclusive na cidade de São Paulo estão previstas temperaturas acima de 36°C. Em meio a tantas controvérsias surge a novidade: o sol está mais quente e sobre ele não temos controle; só nos resta buscar a sombra de árvores frondosas.

Muitos acontecimentos denunciam a decadência da humanidade, mas tudo fica para depois. A visão dos homens está se estreitando, reduzindo sua condição humana. Um comportamento ético e respeitoso com a vida e a natureza teria evitado tantas desgraças que se aproximam.

As pessoas estavam acostumadas com o arquivo físico e achavam o que procuravam. Veio a Internet e de repente houve um salto, e agora tudo está pressionando, não vamos mais ao banco, não há com quem se possa conversar, tudo frio e chato: “escolha a opção desejada para que a máquina possa lhe ajudar”. Mas esta nem sempre ajuda e fica num interminável blablabá. É preciso raciocinar como a máquina para ser atendido, mas ela fica impassível e se você errou, azar seu. O mal-estar vai se expandindo, afastando as pessoas da vida e seu significado.

A atividade econômica estável esbarra no sistema produtivo que se estruturou com base em dispendioso custo fixo e financeiro, que na recessão superam as receitas. Então surgiram grandes conglomerados que ficaram dominadores, mas a força de trabalho também, e daí surgiram embates. A novidade veio do capitalismo de Estado que impõe a regulamentação. Para onde tenderá a economia mundial? Há os adeptos de concentração do poder nos homens de Estado, e os que querem o poder na iniciativa privada. No entanto, ambos dependem do dólar, a moeda mundial corrente. Quem vai comandar?

Esquecendo o espírito e sua voz interior a fim de atender desembaraçadamente as exigências materialistas, o ser humano dificilmente encontrará alguma felicidade, pois estará sempre procurando algo para suprir o vazio de sua vida sem finalidade mais elevada do que o atendimento das necessidades físicas. Atualmente ficou mais difícil, pois as pessoas criaram uma frieza no seu viver sem empatia, o que exige comportamento mecânico, rígido, sem a mobilidade intuitiva que vai além da percepção materialista.

É calculado o PIB, Produto Interno Bruto, e não se examina a questão do bem-estar geral, a Felicidade Interna Bruta (FIB), em que a prioridade de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material com o psicológico, o cultural e o espiritual, sempre em harmonia com a natureza e suas leis da qual a Terra faz parte.

O viver nas grandes cidades está no limite assustador no trânsito, na segurança, na qualidade de vida, na luta pela sobrevivência, mas só quando se aproximam do insustentável, das portas do inferno, é que os homens começam a pensar em soluções. Depois de milênios de mentiras tomadas como verdades, a humanidade se encontra como um Titanic sem rumo, mas ao longe, como um farol de esperança, se encontra a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br