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O AUMENTO DA MISÉRIA

Vivemos numa época difícil que exige serenidade. Há muitos problemas e resolvemos o que é mais importante de acordo com as possibilidades. Problemas maiores têm de aguardar a hora certa para serem solucionados devido à nossa capacidade limitada. Enfrentamos um desequilíbrio que está provocando uma letargia geral na vida individual e na economia mundial, e nesse caminhar o futuro é imprevisível. Bom que haja pensadores analisando e explicando a realidade. Onde estão os poetas e as pessoas que refletem sobre a vida para entender o seu significado?

Este mundo está maluco, ninguém entende nada, esperar ajuda externa é o mesmo que abrir as portas do galinheiro aos lobos. Os povos não foram suficientemente capazes para se autogerirem; então veio a globalização e acabou com o pouco que havia de empenho para resolver os problemas das nações e seus povos. Agora a maioria está emburrecida, quem pode vai enfiando as mãos na botija do dinheiro público, e se impedidos, agem como neuróticos enraivecidos. Para onde vai o mundo com tantas toupeiras no poder?

Com a globalização econômico-financeira, os governos nacionais perderam o poder de regular a própria economia e de controlar as mercadorias que entram ou saem do país. Assim, o fluxo de empregos de regiões de mão de obra mais cara fluiu para as regiões de menor custo. Os países deixaram de produzir por achar que pagariam menos importando de tudo, mas esqueceram que isso iria destruir os empregos e agora não conseguem fechar a janela aberta.

Como tratar o problema mundial do aumento da pobreza? Por que a pobreza está aumentando? A natureza, a grande provedora, tem sido açambarcada. Não raro a exploração dos recursos naturais pertence a empresas multinacionais que carreiam os materiais e os ganhos para fora. O ocidente fechou fábricas e ampliou os negócios financeiros, mas trata-se de ganhos absorvidos por uma minoria. Distribuir dinheiro sem um plano de melhora das condições gerais e melhor preparo para a vida não seria um mero paliativo?

Trata-se de problema mundial cuja causa é praticamente a mesma. A solução deveria ir mais a fundo em vez de simplesmente distribuir dinheiro e aumentar a indolência, pois o papel do ser humano é examinar a vida de forma objetiva e real, e buscar soluções. Por aí seria um bom começo de análise. De onde procede a riqueza? Tudo que se transformou em riqueza veio da natureza e do trabalho. Mas a natureza tem sido maltratada. Depois da consolidação do dinheiro de papel, surgiu o dinheiro que faz dinheiro, favorecendo os controladores e detentores do dinheiro. A miséria tem sido constante e está aumentando.

Os jovens agem com pouco cuidado em relação àquelas pessoas que permitem sua aproximação, por isso deveriam ser orientados pelos pais e se convencerem de que atualmente há muitas pessoas fora do eixo, cujo espírito dorme e que vão esparramando confusão e sofrimento pela vida, sem se preocuparem com isso, sem sentirem remorsos, não aproveitando a vida para a finalidade prioritária do autoaprimoramento e elevação, pois seu espírito está sufocado, sem poder se manifestar.

O mundo atual está áspero, há muito carma ruim para ser solucionado. O que levava várias reencarnações para chegar ao resgate, agora acontece mais rápido, por isso na vida e nos filmes desponta essa realidade, e nem sempre no final há situações felizes. Nas cidades com alta densidade populacional, os seres humanos estão vivendo de forma insana, fora da naturalidade, tanto nos pensamentos como no modo de viver, ampliando o consumo de drogas.

Há muitas pessoas vivendo na pobreza em várias cidades, que também sofrem devido aos problemas de abastecimento de água e saneamento. Esses ambientes criados pelos seres humanos acabam se tornando inóspitos e propícios para o surgimento de epidemias e pandemias, seja por própria reação da natureza ou por ações terroristas. Acima de tudo há que se compreender e confiar no auxílio das leis divinas da Criação.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

VANAJA

Numa cidade localizada no sul rural da Índia, a adolescente Vanaja (Mamatha Bhukya), de 15 anos de idade, filha de um pescador com dificuldades financeiras, vai trabalhar para a senhoria local Rama Devi (Urmila Dammannagari) com a esperança de aprender a dança Kuchipudi. Ali ela conhece o filho da dona da casa que retornou dos Estados Unidos, que a envolve numa atração sexual e acaba abusando da menina que entra numa gravidez indesejada, lançando-a numa batalha de Casta e Alma.

O filme é bem feito, mas triste, retratando uma cultura estagnada. Para qualquer região do planeta que olharmos veremos a grande estreiteza dos seres humanos, com mais ou menos miséria. Segundo Rajnesh Domalpalli, diretor do filme, os jovens na Índia estão recebendo uma educação muito melhor agora. A imprensa também está ficando mais forte e a economia está melhorando. Portanto, ele está muito esperançoso com o futuro.

Por meio de Vanaja, a ideia do diretor era transmitir a mensagem de que a arte ajuda o espírito humano a transcender o sofrimento e de mostrar a cultura indiana que é interessante. As danças no filme são no estilo Kuchipudi, ao som da música clássica denominada Carnatic Music, ambas do sul da Índia. O filme se passa em dois estados do sul: Andhra Pradesh e Telangana.

No início do filme, ouvem-se contadores de histórias rurais que cantam e relatam um pequeno episódio do antigo épico Mahabharata, no estilo chamado Burra Katha, que também é apresentado em partes do sul da Índia. O filme conta ainda com música folk que se ouve ao fundo e gravada na zona rural de Telangana. Saiba mais na entrevista com Mamatha Bhukya (que interpretou Vanaja) no YouTube: https://youtu.be/Xcg174lywN0

O fato é que a espécie humana está falhando, não está guiando os jovens como deveria na direção do aprimoramento da humanidade. Falta alma. Os seres humanos vão desfilando de forma artificial, desconhecendo o real significado da vida, e quase todos criam o caos em sua volta. O que querem os pais? O que os motivou a gerar filhos? O que querem os filhos? O mundo está em transformação; esperemos que venham melhoras na compreensão da vida e na consideração entre os seres humanos.

A GRANDE REGRESSÃO DA HUMANIDADE

Por que a miséria está aumentando? Seria por causa da globalização comercial e financeira? Se cada nação tivesse cuidado adequadamente dos problemas gerais de acordo com as leis da natureza sempre voltada para o bem, visando assegurar prosperidade e paz, não teríamos agora tantos problemas mundiais. Em nossa época os seres humanos estão perdendo a generosidade. Há muita falsidade e mentira visando satisfazer a própria cobiça; falta autenticidade no proceder. A raiz do problema da imigração que fustiga a Europa está no fato de que hoje muitos estrangeiros buscam refúgio porque perderam a condição de viver em seus territórios, os quais, no passado, foram super explorados pelos colonizadores.

Há um permanente clima de disputa por tudo. Há trambiqueiros posando de homens de bem, desconfiando de todos, mas, no íntimo, só querem tirar proveito da situação, pouco se importando se vão causar danos a outros desde que ganhem com isso, além de cultivarem um sentimento de prazer e vitória nessa forma de agir. Na vida moderna falta bom senso, mas há muitos regulamentos criados e controlados por corações empedernidos visando obter vantagens. O homem dominado pelo raciocínio, se torna uma fera quando assume o poder; não há mais coração, apenas a grande mesquinhez e insensibilidade. O poder assume a característica da coerção.

A prepotência se tornou a norma de muitos líderes e de pessoas tirânicas. Governos e empresas se tornam impositivos e abusivos, empregando o poder econômico e das armas para espalhar o ódio e o temor entre os povos. Os governos vão perdendo a possibilidade de controlar a economia de seus países, deixando aberta a porta da corrupção para o enriquecimento ilícito. Os países têm vivido em rota de desequilíbrio geral nas contas internas e externas, na produção, emprego, comércio, e no preparo das novas gerações. Há décadas os mais fracos permanecem no prejuízo, financiando déficits com alto custo, entregando recursos naturais a preço de banana. O Brasil tem sido mal gerido há décadas. Precisamos de um governo que seja pró Brasil, pois a guerra comercial tende a se agravar e quem tiver governo displicente vai ficar por baixo e sacrificar sua população.

Por que chegamos a essa situação extremada de crise social e recessão econômica? Teóricos como Adam Smith, Keynes e Freedman, desenvolveram tantos estudos para agora a população se sentir abandonada e em vez de receber o adequado preparo para a vida, facilmente se deixa envolver por palavrório barato, pão e circo. Agora há um risco sério de faltar pão e o circo está virando drama de terror. Sucessivos governantes não olharam para a dependência externa nem para os desajustes internos, e de novo o país está algemado pelo crescimento da dívida.

No mundo imprevidente, tornou-se norma o estouro das contas públicas. Além dos impostos arrecadados, os governantes contraem empréstimos com juros altos, comprometendo o futuro, e quando isso é feito em outra moeda, é um passo para o desastre. O espantoso encargo de juros de dois dígitos por longo período, distribuído sobre toda a população, endividando, valorizando o real, sugando as energias do país, deixando campo aberto para importações de tudo que é fabricado com mão de obra barata travou a indústria. Faltou planejamento bem elaborado para devolver o dinheiro arrecadado em benefício para todos, na melhora geral das condições de vida e da qualidade humana da população.

A guerra comercial apontada como causa da recessão vindoura decorre dos atritos do poder e quer interromper o ciclo de transferência de recursos para a China que acumulou reservas, se tornou credora, avançou na tecnologia e se capacitou para investir nas fontes de suprimento de matérias primas. O que mais os governos poderiam fazer para promover maior crescimento econômico além de disciplinar os gastos, eliminar desvios e super mordomias concedidas aos poderes e estatais?

O planeta foi amplamente espoliado em seus recursos naturais, o que interferiu na sua capacidade auto regenerativa. Atordoados pela renhida luta pela sobrevivência que a vida se tornou, os seres humanos não sonham mais. A grande regressão precisa ser interrompida, recolocando a humanidade na senda da verdadeira essência espiritual. Precisamos estabelecer alvos nobres que tenham como prioridade a melhora geral das condições de vida no planeta e aprimoramento da nossa espécie.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

GOVERNOS DE VISÃO RESTRITA

Quando se fala em pôr limites aos arranjos dos mercados, a percepção correta deveria ser de que os homens que comandam os mercados se tornaram restritos materialistas, voltados apenas para os aspectos econômicos e financeiros, pondo de lado a amplitude da extensão humana. O homem que visa possuir muito dinheiro em suas mãos, geralmente só acredita no poder do dinheiro e por isso sempre quer mais, aproveitando-se da situação para impor a sua vontade sobre os demais. Ele “compra” especialistas para que desenvolvam teorias adequadas aos seus objetivos, divulgando-as nas mídias como se fossem verdades inquestionáveis, fazendo tudo convergir para o econômico.

No Brasil, enfrentamos décadas de desmazelo na gestão dos governos federal, estadual e municipal. Teorias e truques aplicados para debelar a inflação, sem o combate das suas causas, criaram uma caótica situação de desajuste nas contas públicas levando a dívida para o equivalente a mais de um trilhão de dólares, contraída por displicência e abusos. A economia ainda está no sufoco dada a desindustrialização, queda nas receitas e perda de empregos, iniciada com a valorização do Real e agressividade da concorrência externa, agravada com as decisões imediatistas dos governos Lula e Dilma, que tudo faziam para se perpetuarem no poder com vistas à implantação de governo totalitário.

Pelo fato de não ter de se preocupar com os traumas eleitorais, a China tem uma grande vantagem nas contendas, o que a faz invejada nos círculos do poder que sonham com a possibilidade de substituir a classe política por funcionários e especialistas contratados. Os EUA, por sua vez, enfrentam elevado déficit duplo, nas exportações e nas contas internas, nas quais já se fazem previsões do montante de um trilhão de dólares para o ano de 2020. É a voragem do descontrole financeiro no mundo. As despesas com juros tendem a superar a casa de 3% do PIB.

Enfim, há uma grande embrulhada nas relações econômicas que irá demandar pesados pacotes de ajustes, acarretando consequências para o mundo todo. Problemas sempre existiram, mas agora temos uma aglomeração de consequências de ações do passado pautadas pela lógica de poder e domínio. No entanto, o que se vê é que esperam corrigir as incoerências aplicando o mesmo método. A sociedade acabou caindo nas mãos dos míopes que perderam a visão da finalidade essencial da vida, enxergando apenas seus interesses imediatistas de acúmulo de dinheiro e poder.

Tudo está sendo conduzido para manter a humanidade apática, sem se esforçar para melhor compreensão do significado da vida. Com a aceleração geral dos acontecimentos e agravamento da miséria, as deficiências veem à tona, mesmo assim a humanidade continua lenta na busca da Verdade da vida e da Criação. O elevado espiritual deveria estar acima do material, mas a humanidade teria de conhecer, antes de mais nada, as leis que residem na Criação para viver de acordo com elas e construir de forma benéfica.

O Estado não deve ficar sob a tutela de uma religião, pois em geral elas estão distantes do reconhecimento das leis da Criação, optando por desenvolver uma legislação própria. Da mesma forma o Estado não deve ser empresário nem se imiscuir na atividade econômica que deve ser de natureza privada; porém as empresas, valendo-se de seu potencial financeiro, também não poderiam impor seus interesses ao Estado e à população.

Poucos esforços têm sido feitos no sentido de compreender a natureza e a lógica de suas leis, a essência humana e seus alvos. A grande verdade é que os seres humanos têm sido afastados de mil maneiras da finalidade da vida para não analisarem nem refletirem intuitivamente sobre os acontecimentos que os cercam. A esperança de melhores dias se esvai, assinalando o fim da história; não há futuro.

O terreno árido de nossos dias vai sendo preparado para o domínio da frieza tecnocrática e a robotização, em vez de permitir que o pensamento seja conduzido pela percepção intuitiva que capacita o ser humano a não permanecer na condição de máquina de pensar, mas com visão ampla para extirpar as clamorosas inconsistências desta era de vida vazia de sentido, voltando-se para o aprimoramento da espécie humana e para a construção de um mundo que tenha a esperança de futuro melhor.

Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

TEMPO DAS VACAS PELE E OSSO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A situação vai apertando. Lidar com dinheiro e planejamento financeiro exige responsabilidade e bom senso. Aqueles que nadam no dinheiro fácil, sem um objetivo definido, logo acabam afogando a empresa na falência e o país, na crise fiscal. Sabedoria e alegria deveriam ser as motivações da população. Saber sobre várias coisas e suas causas. Alegria de cumprir tarefas e perceber os avanços que ocorrem. O Brasil vive sob o efeito da revolta e do ódio porque tudo poderia ter sido bem melhor se não houvesse tantos aproveitadores e exploradores.

Até ao ano 2000 as circunstâncias foram difíceis. O PT se aproveitou disso e de novo tem a chance de apontar culpados pela miséria reinante na vergonhosa ampliação de moradias precárias e assumir o poder. Os gestores primaram pelo Estado perdulário e ineficiente, e agarram-se aos privilégios do poder. Durante décadas vivemos a fase das vacas magras, mas parece que agora é o tempo das vacas pele e osso. Como chegamos a uma situação tão crítica? Falta de seriedade e responsabilidade.

O que se esperava do Estado e de seus governantes? O inchaço foi tomando conta com muitos dispêndios e poucos resultados, e hoje a economia não consegue andar. É preciso que os governantes retornem aos seus deveres naturais, mas por serem apaniguados e mandarins, tudo fazem para a situação ficar como está e assim se beneficiarem do conluio espúrio com empresas e interesses inidôneos. Mal-acostumados, os gestores públicos foram abrindo buracos nas contas que ficavam camuflados com o crescimento da arrecadação e nada mudava na gestão perdulária.

Financiamentos para empresas que nada produziram e deram calote. A interferência e dirigismo dos gestores do Estado na economia têm acobertado lideranças pouco empenhadas no progresso do país e sua população, causando atrasos em duas direções: na estagnação econômica e no preparo das novas gerações. Os empresários sérios também ficaram desanimados e os astutos fizeram dobradinha com o poder. Com a chegada dos populistas, soou o alarme e a desestruturação recrudesceu.

Estamos no impasse de um país imaturo que está sem rumo claro. Precisamos de lideranças políticas e empresariais que tenham o propósito de tirar o Brasil do atraso. A desfaçatez tem sido a regra, desacreditando o Estado em sua responsabilidade como, por exemplo, deixando o manuseio do lixo sem solução por décadas, perpetuando os indecorosos lixões. A ineficiência do setor público é agravada com a má fé. Que tipos de pessoas estão nas Câmaras e Assembléias Legislativas? Que tipos de estadistas estão no poder?

O drama de muitos governos, inclusive o brasileiro, é o desvio do dinheiro daquilo que poderia contribuir para a melhora, quando não utilizado para a rolagem da dívida. Gastos elevados com legislativo e judiciário em todo o país. Assim vamos ficando sem saída. Nos anos 1980 ainda havia empresariado e classe política mais consciente, o que foi sendo perdido; além disso, não houve empenho para fortalecer o desenvolvimento dos talentos da população, e uma nação sem talentos está fadada ao declínio.

Com o explosivo crescimento da dívida, ficou evidente a falta de governança sadia. Como reanimar a atividade se a renda se reduz e os custos aumentam; se os importados têm preços inferiores, falta seriedade na gestão do dinheiro público e há especulação desenfreada? Embora tudo seja ruim, pior seria seguir as pegadas da Venezuela onde o Estado se desmancha.

O planeta foi confiado aos seres humanos para se desenvolverem e evoluírem. Desviados de sua finalidade, enveredaram por caminhos obscuros, transformando a Terra num lugar perigoso. A evolução ficou travada, a miséria cresceu, sufocaram a essência espiritual. Inquietas, as pessoas vivem brigando entre si e logo estarão em guerra sem terem se esforçado para entender o sentido da vida à luz da verdade.

Mas a farra acabou; evidencia-se a crise do Estado e os desequilíbrios nas finanças e no comércio global. Como o Brasil poderá se autogovernar com a preocupante projeção de aumento da dívida? O que vai resultar do acúmulo de déficits continuados? Como ativar a economia para criação de empregos e melhoria da renda sem que isso acarrete aumento do déficit comercial? Em 2018 teremos eleições; qual será o programa dos candidatos? Precisamos de governos sérios e fortes, com amor ao país, com capacidade para barrar os interesses escusos e promover o desenvolvimento efetivo.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7