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COMO LIDAR COM A DURA REALIDADE

Se olharmos para os acontecimentos apresentados nos telejornais veremos imagens de ações terríveis praticadas por pessoas que jamais se poderia imaginar que fossem capazes de decair tanto. Isso acontece porque a alma foi deixada de lado e, em consequência, o cérebro entrou no ritmo frio e mecânico das máquinas programadas, o que está transformando a espécie humana, restringindo-a apenas aos aspectos materiais e sociais da vida. Houve tantos abusos que se pode dizer que grande parte sofre de alguma enfermidade em seu cérebro.

O que a humanidade está fazendo com a alma que vivifica o corpo e capta a intuição espiritual? A aspereza está aumentando. Não há mais dissimulação na prática de imposições por meio da força física ou psicológica. Tudo começa a se embaralhar. Coisas inadmissíveis estão acontecendo. A humanidade decaiu abaixo do nível de dois milênios atrás. Os homens julgam-se fortes e donos de tudo, querem impor a sua vontade pessoal sem se importarem com o que é certo e justo. O Ocidente produz armas com dinheiro criado do nada e dívidas. As armas são usadas nas guerras. Quem tira proveito disso? Quem paga a conta?

Não se quer reconhecer que a busca da evolução é a real finalidade da vida. Sem conhecer e respeitar as leis naturais da Criação, o ser humano se torna nocivo e destrutivo. Quando se fala leis da Criação, significa as leis que regem o universo. A palavra universo engloba tudo o que existe. É a unidade que se revela na diversidade.

As intrincadas engrenagens da produção, empregos, comércio, dinheiro, juros estão emperrando. O dinheiro dita o poder. As finanças fazem movimentação independente da economia que produz bens e paga salários. Há na Terra permanente instabilidade. As crises promovem reequilíbrio provisório, até que surja nova crise. Ninguém sabe exatamente o que quer da vida. Flutua no ar uma confusa sensação de desmanche, enquanto seguimos caminhando sem o adequado rumo que possibilite a real evolução.

Diante do medo, alguns agentes fazem reservas que se acumulam. Nações constituíram reservas produzindo mercadorias destinadas à exportação, manipulando o câmbio, empregando mão de obra de baixo custo, subsidiando. Dependendo da taxa de juros, muitos pegam financiamentos para especular. Em vez de ser direcionada para a melhora das condições gerais de vida, a massa de liquidez flui como rio atrás de ganhos, criando bolhas, mas se algo travar o retorno do dinheiro, logo aparece o pânico.

No Brasil, a dificuldade tem sido a balança de pagamentos externos que interfere na taxa de juros. No geral, a tendência para juros mais altos rebaixa as Bolsas. Se os juros baixam, a Bolsa sobe. Se os juros sobem, sobrecarregam a dívida, o dólar baixa, assim como a Bolsa. Analistas admitem que uma baixa poderá ocorrer. Nessa gangorra há os que perdem e os que ganham, mas a época é de alarmismo, gerando medo e ódio.

A humanidade não construiu um sistema econômico equilibrado porque os que participam da produção da riqueza são pouco reconhecidos e o resultado é a concentração da riqueza e aumento da miséria, gerando nos homens a sensação de que tudo podem. A miséria está aumentando. Há muitos oportunistas que agem com maldade para satisfazer suas cobiças. O mundo inquieto começa a sentir medo e o medo gera ódio. A humanidade está perdendo a sua essência, a sua intuição. O monstruoso espetáculo da matança de pessoas por seus semelhantes gira pelo mundo.

O Brasil e sua população precisam de forte união para alcançar a educação que dê às novas gerações bom preparo para um viver condigno com a nossa espécie. É isso ou a ruína. A situação é simples, pois as eternas leis universais estão promovendo com severidade e justiça a grande colheita da humanidade. “Procurai e achareis” a onipotência do Criador.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O SUCESSOR

Na primeira e segunda temporada do seriado espanhol “O sucessor” (Vivir sin permiso), da Netflix, José Coronado interpreta Nemo Bandeira, um empresário frio e calculista, em excelente desempenho. É o mesmo ator que viveu Tirso, no seriado “Entrevias”, personagem forte, mas menos tenso. A dublagem é de boa qualidade.

Como grande empresário da Galícia, Nemo fez sua fortuna com o atacado do narcotráfico. Casou-se por interesse com Chon Moliner (Pilar Castro), filha de poderoso empresário, com quem teve os filhos Carlos (Alex Monner), que pretende se casar com Alessandro, e a rebelde Nina (Giulia Charm). Carlos é o que se poderia dizer, uma alma de mulher encarnada num corpo de homem. Nemo também é pai de Lara (Claudia Traisac), moça ajuizada, filha de seu grande amor da juventude.

Nemo recebe a notícia que está com Alzheimer e que seu cérebro deixará de funcionar dentro de algum tempo. Assustado, sempre amparado por Ferro (Luis Zahera), seu fiel escudeiro, quer prolongar esse tempo, mas percebe que terá de se retirar dos negócios e nomear um sucessor. É sintomático que essa doença tenha se alojado no cérebro, por este ser uma importante ferramenta da qual todo ser humano é dotado. Houve tantos abusos que se pode dizer que grande parte da humanidade esteja com alguma enfermidade em seu cérebro.

A história é um retrato nu e cru da vida social e familiar, que prende a atenção, embora apresente umas enroladas com irritantes remendos grosseiros que fogem da lógica. O que as pessoas estão fazendo com a alma, que faz do ser humano um ser humano, que vivifica o corpo e capta a intuição espiritual? A bem dizer, se olharmos para os acontecimentos apresentados nos telejornais veremos imagens de ações terríveis praticadas por seres humanos que jamais se poderia imaginar que pudessem decair tanto.

A astúcia de Mario Mendoza (Álex González), ambicioso advogado criado por Nemo e que o ajuda nos negócios lícitos ou não, causa revolta. Mário também pôs a sua alma de lado, sufocando o eu interior, e seu cérebro entrou no modo frio e mecânico como máquina insensível, algo que está transformando a espécie humana, restringindo-a apenas aos aspectos materiais e sociais da vida. Mas isso está acontecendo não só com o Mario da ficção, mas com muitos seres humanos oportunistas que agem com maldade para satisfazer suas cobiças. Na Terra, a aspereza está aumentando. Não há mais dissimulação na imposição da vontade pessoal, seja por meio da força física ou psicológica. Nemo é dominador, mas ao longo de sua vida fez muitos inimigos que querem vingança e tirar proveito da situação.

DECADÊNCIA OCIDENTAL OU MUNDIAL?

Há muitos fatos que atestam a decadência do ocidente que está perdendo espaço na luta pelo poder. Mas todo o nosso mundo se transformou no vale de lágrimas da decadência humana. É o mundo construído após a voz do espírito ter sido deixada de ser ouvida, assinalando a erosão dos valores espirituais, morais e culturais. Querem restabelecer a ordem à força, cortando a liberdade e a individualidade; mas sem o reconhecimento da realidade espiritual da vida o declínio não será detido. O ser humano nasce para evoluir e ser um beneficiador do mundo.

O final da sangrenta segunda guerra acenou com a promessa de paz, mas as cobiças dos homens permaneceram. O mundo vive a nova tragédia transformada em circo. A questão básica é que as nações possam gerar emprego, renda e condições gerais de vida satisfatórias sem se tornarem reféns das dívidas.

Com a globalização, o Brasil voltou a ser fornecedor de commodities e as condições de vida caíram no caos. Que o país não se transforme amanhã na caótica Argentina. Dá para evitar? Enquanto os EUA se defrontam com déficits extrapolando os limites de endividamento, a China ostenta volumosa reserva de mais de três trilhões de dólares como trunfo geopolítico.

O cenário econômico foi desbalanceado. Os povos deveriam ter equilíbrio em suas relações. As riquezas naturais ficaram concentradas quando deveriam ter permitido a melhora das condições gerais de vida. Veio o dinheiro em papel e com ele as bolsas que, antes de olharem para os investimentos, deixaram os ativos em continuada inflação que atraem aplicações especulativas. Os investimentos estão paralisados. O desequilíbrio vai agravar tendendo para a estagnação secular. Os Estados-nação endividados terão dificuldade para superar as pressões financeiras, de segurança, sanitária, alimentação e outras. Faltarão gestores a altura dos desafios. É essa a realidade a enfrentar.

Pessoas simples confiavam no dinheiro, mas em muitas oportunidades foram desapontadas vendo seu capital ser corroído por medidas que visavam sanear os abusos, os quais beneficiaram alguns. O dinheiro e o poder se tornaram a prioridade. A atividade sexual desenfreada se tornou o escapismo das massas aflitas com baixo poder aquisitivo. Agora há o cansaço, a superpopulação, a crescente necessidade de alimentos, a luta pelo domínio das riquezas naturais. O dinheiro controlado digitalmente em seus movimentos cria, na prática, a fase final do processo desenvolvido há dois séculos. Haverá ganhadores? Quem serão os perdedores?

O Brasil está criando o DREX, o dinheiro digital com nome estranho. O X já substituiu o engraçadinho pássaro do Twitter. Vamos buscar um nome melhor, pois o X não carrega boas impressões. Os Bancos Centrais, além de controlarem o dinheiro, vão controlar tudo que o cidadão comum fizer com ele? Democrático? Com pouco dinheiro o pessoal já está “Durex”.

Estamos enfrentando a grave questão da saúde psíquica e mental. No passado, os pais tinham tempo para dar esclarecimentos às crianças, mas hoje está difícil. Sem esperanças no mundo, sem uma base firme e propósitos de vida, os jovens vão decaindo, perdendo a fibra. São seres humanos que precisam se fortalecer e estarem aptos para enfrentar o futuro. Um drama de segurança pessoal e nacional.

São sintomas da decadência geral. Aumentam os crimes e outras ações maldosas, isso em grande parte decorre devido à falta de bom preparo para a vida. As mães e avós faziam isso, mas hoje as crianças ficam sujeitas ao que a escola ensina. Pelo visto pouco ensinaram. As pessoas estão ansiosas, sem paciência, sem bom senso, o que se reflete na forma de agir e de dirigir. Falta consideração e respeito às mínimas regras de boa convivência.

As novas gerações estão desaprendendo a fazer uso das palavras da língua mãe. Que pobreza de vocabulários! Que raciocínio confuso! Que pensamentos desordenados. E as continhas elementares, mal sabem somar algarismos representativos de dezenas. Que futuro terão esses jovens estudantes? Que tipo de cidadãos estão sendo formados? Que futuro terá a nação e o mundo?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

FIM DO TEMPO

Os seres humanos foram perdendo a percepção de que não passam de simples criaturas com a permissão de viver para evoluir. Deveriam ter alcançado o saber dos princípios universais, isto é, as imutáveis e perfeitas leis da Criação que regem a vida e o aprimoramento do espírito para que, voltados para o bem, se elevem. Alma, intuição, cérebro e raciocínio, tudo integrado e voltado para a melhora das condições gerais de vida e aprimoramento espiritual da espécie humana.

Por que a população não para de crescer, estando em torno de oito bilhões de almas encarnadas necessitando de alimentos e das coisas essenciais para viver no planeta? Poucos pensam no Criador com gratidão. O principal inimigo do homem é o próprio homem por ter se afastado do saber e respeito às leis da Criação.

As nações foram perdendo espaço na economia globalizada com o endividamento e desvalorização das moedas. A produção industrial foi sendo centralizada na Ásia, principalmente na China. O caos vai se instalando nas cidades superpovoadas com aumento da pobreza, doenças, desemprego e problemas no abastecimento de água potável e alimentos. As cidades vão inchando, tornando-se inviáveis para todos. A liberdade de poder fazer o que bem quiser está findando para o ser humano, sendo substituída pela introdução de rígidos regulamentos.

Mais de quatro milhões de anos foi o tempo necessário para que o planeta adquirisse as condições de vida e sustentabilidade, o mundo perfeito, através do funcionamento das leis naturais da Criação, ainda pouco conhecidas pela humanidade. O que prevalece hoje em dia é o domínio do materialismo e a negação do espírito e das imutáveis leis espirituais, seja no capitalismo ou no socialismo, ou mesmo nas diversas correntes religiosas. Romper a rigidez da lógica materialista e sua pressão avassaladora sobre a consciência, e os conflitos gerados por ela, depende de cada indivíduo e de sua vontade de se tornar consciente da realidade espiritual.

Foi interposta uma densa cortina, dificultando a visão clara da vida e seu significado para que os indivíduos sejam mantidos espiritualmente estagnados. Há no mundo um ordenamento geral. São as leis naturais da Criação: gravidade, atração da igual espécie, reciprocidade, equilíbrio e movimento. Tudo funciona harmoniosamente. O ser humano dispõe de livre resolução, mas deveria reconhecer e se enquadrar no movimento geral para construir progresso e evolução, mas insiste em agir puerilmente em oposição, semeando desordens e destruição para onde quer que se olhe.

Nos últimos 200 anos, os humanos tomaram muitas decisões inadequadas. As potências dispõem de armas modernas destrutivas. Mas as consequências das decisões vão surgindo de forma avassaladora. Os resultados são imprevisíveis, pois os homens podem tomar decisões, mas quando surgem os resultados pouco podem fazer, tendo de arcar com as consequências de seus atos. Já há uma guerra perigosa na Europa, além disso há uma guerra verbal entre os dirigentes dos EUA, Ucrânia, Rússia e China. O tom e agressividade das palavras assustam, a língua afiada também poderá se tornar um detonador. Por mais planejamento que possa ser feito, as consequências são imprevisíveis, mas a humanidade continua sem atentar para o que se passa à sua volta.

Há longo tempo os seres humanos vêm se enredando no mundo material, deixando o espírito estagnado e incapacitado para prosseguir sua jornada, sendo obrigados a sucessivas encarnações em corpos terrenos para que pudessem corrigir os erros e se elevarem, mas como consequência as condições gerais de vida vão ficando piores a cada nova geração. Ocorre que a possibilidade de receber um novo corpo está terminando com o Final do Tempo concedido para a evolução do espírito, ou seja, de um determinado momento em diante não mais poderão voltar para a Terra num corpo, rumando para o desconhecido Dia do Julgamento Final. Mas não será o fim de tudo e sim um processo natural de restauração e recomeço para os seres humanos que perceberem, enfim, que sua essência é espírito e não a matéria perecível na qual se aprisionaram. O mundo precisa da paz e boa vontade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: TECNOLOGIA A FAVOR OU CONTRA A HUMANIDADE?

Falta foco e soluções para as questões fundamentais da vida como trabalho, alimentação, educação, moradia e aprimoramento humano. O percentual de pobreza e precariedade foi crescendo pela Terra sem parar, assim como a concentração da riqueza. A miséria humana tende a se alastrar com provável colapso nas áreas de abastecimento de água, alimentos, empregos e saneamento básico.

O tão divulgado ChatGPT, fruto da tecnologia de Inteligência Artificial (IA), é uma aplicação construída pela OpenAI, empresa norte-americana que teve Elon Musk como um dos seus fundadores. Essa tecnologia se baseia num modelo gerativo de linguagem que rapidamente busca respostas para as perguntas, superando a agilidade mental do ser humano. O que diria a IA sobre a origem da vida e sua finalidade? Ela voaria sobre milhões de noções existentes, parciais e incompletas, e daria sua sentença situando o viver no limite da matéria, o que para muitas pessoas poderia ser considerado como verdade.

No entanto, os seres humanos têm de perceber que são espírito e não apenas a matéria perecível, uma conclusão que a máquina jamais chegará, assim como não saberá qual é a real motivação dos usuários, pois num mundo repleto de ódios, poderia se tornar altamente destrutiva.

O dinheiro, essa poderosa invenção, hoje criado do nada, comanda a vida na Terra, e se multiplica sem nada produzir, gerando abismos que terão de ser ultrapassados. A humanidade ainda não encontrou a forma equilibrada de criar dinheiro, mas isso não impede a ação de seus controladores, dos oportunistas, dos especuladores, e a vida que deveria ser bela e feliz fica desvalorizada diante da moeda que compra tudo, até o caráter dos homens.

Na sua trajetória, o dinheiro que acabou sendo criado pelo arbítrio de uma elite, faz a economia girar, mas se o excesso não for represado, perde valor, arruína os preços. A maneira encontrada foi elevar a taxa de juros, pois o dinheiro solto acelera a jogatina da bolsa, valorizando os papéis de forma artificial, ao mesmo tempo em que desvaloriza as moedas. Os preços sobem, os salários baixam. Os custos sobem, as vendas caem. Então as atividades vão ficando estagnadas. Baixa a renda. Empregos se reduzem. Alimentos e energia extrapolam. A economia das nações fica engessada.

As cidades vão inchando, se tornando inviáveis para os indivíduos, para os governos, para a humanidade. O que fazer para sobreviver sem se endividar? Tendo em vista a continuada decadência espiritual da humanidade, nada foi como poderia e deveria ter sido. Os elevados valores humanos não influenciaram na melhoria das condições de vida e no progresso espiritual. Nos anos após a segunda guerra mundial houve momentânea sensibilização, mas logo a seguir a imagem dos dias difíceis se foram apagando da memória, e de novo a humanidade trilhou o caminho da indolência espiritual, da acomodação, da preguiça de pensar com clareza sobre a vida e seu significado.

A tecnologia deveria ser empregada para elevar o espírito humano, mas tem sido usada prioritariamente para fins imediatistas, contribuindo para a destruição e esvaziamento da sensibilidade e capacitações humanas. O ser humano não pode ser transformado num ser insensível, que perdeu o contato com o eu interior, que não sabe aproveitar as suas horas de lazer para se instruir e se aprimorar, optando por jogar fora o seu precioso tempo com futilidades. Os Estados-Nação acabaram sendo rebaixados à condição de objeto a serviço de interesses particulares de cobiças por riqueza e poder, por isso agora oscilam.

Quando caímos num congestionamento com milhares de caminhões, ônibus e automóveis, a única saída é esperar pacientemente. Mas quando vemos os preços subindo, os empregos desaparecendo, o descontentamento e o medo ditando o ódio, surge a percepção que estamos em meio ao caos final, mas não se trata do fim de tudo, e sim um processo natural de restauração e recomeço para os seres humanos que perceberem, enfim, que são espírito e não apenas a matéria perecível na qual se aprisionaram. Em verdade, isso é um chamado para despertar da dormência, refletir, ampliar a consciência e desfazer conceitos errados, para então racionar com lucidez, simplicidade, clareza e naturalidade, de modo a semear um mundo melhor com gratidão, amor e paz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OITO DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER

No Brasil, no período chamado de Pré-Cabralino (antes da chegada de Pedro Álvares Cabral), a mulher indígena era tratada de forma diferente dentro da comunidade, apesar de também realizar o trabalho do cuidado nas aldeias. Os costumes variam de acordo com as etnias, mas os povos indígenas que viviam no Brasil não precisavam de um sistema econômico, portanto os trabalhos necessários eram divididos de acordo com a idade, a habilidade e o sexo.(Extraído do site https://safe.space/conteudo/a-mulher-no-mercado-de-trabalho-uma-linha-do-tempo-que-voce-precisa-conhecer)

No passado distante a mulher recebia a consideração por ser a cuidadora do lar e a grande conselheira que, com sua delicada intuição, indicava caminhos para o homem, o grande defensor da feminilidade, que queria viver segundo as leis da Criação. Mas isso era uma vez. Homens e mulheres foram embrutecendo, deixando que o egoísmo, vaidades e cobiças determinassem os seus caminhos. Com as invasões e colonização, homens e mulheres passaram a ser escravizados para trabalhos forçados, ou seja, explorados num regime de força, desvalorizando os elevados valores femininos.

O tradicional sistema de autossubsistência foi cedendo espaço ao sistema econômico tecnológico e financeiro, em que tudo passava a depender do dinheiro, e com isso começou a ser desenvolvido um núcleo comercial que aos poucos abrangeu oficinas de artesãos e fábricas. Assim foi iniciado o sistema econômico vigente na atualidade, bem como a civilização do dinheiro, do “toma lá dá cá”. Aumentaram as necessidades de obter renda, dinheiro. Aumentaram as guerras. As mulheres foram para o mercado de trabalho com a vantagem para as empresas de serem mão de obra mais barata.

As condições de trabalho eram as mais precárias. Marcantes foram grandes incêndios em indústrias, sendo o mais conhecido aquele que ocorreu na fábrica da Triangle Shirtwaist Co., na cidade de Nova York, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, vitimando146 pessoas que não puderam fugir porque as portas ficavam fechadas. Em 2012, um trágico incêndio numa fábrica de confecções em Bangladesh vitimou centenas de trabalhadores, na maioria mulheres.

Para enaltecer as conquistas femininas e, ao mesmo tempo, alertar sobre a violência que muitas ainda sofrem nos ambientes de trabalho e doméstico, criou-se o Dia Internacional da Mulher. A data de 8 de março representa um marco de luta das mulheres por um tratamento digno. No entanto, é importante ressaltar que homens e mulheres deveriam ter construído juntos um viver paradisíaco na Terra, mas em vez disso entraram em intermináveis desentendimentos e conflitos que dificultam a vida e acabam se refletindo nos filhos, os quais deveriam ser gerados com toda responsabilidade e cuidados, com carinho e severidade para se tornarem seres humanos fortes, independentes, aptos a conduzir a própria vida na fase adulta.

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ EVOLUÇÃO

Estamos diante de catástrofes naturais como o terremoto que atingiu a Síria e Turquia, o ciclone na Nova Zelândia, muito frio e neve em algumas regiões ou calor excessivo em outras, e tudo isso em meio à crise econômica e rumores de mais guerras. É trágico que as lutas sejam feitas com equipamentos fabricados pelo homem para destruir bens e pessoas. Qual a causa dessa tragédia neste maravilhoso planeta dotado de tudo para dar sustentabilidade à vida dos seres humanos peregrinos?

Uma imagem antiga mostrava a associação do homem com a máquina mesclando tecnologia e intuição, algo que ficou meio perdido. A inteligência artificial poderia recompor essa perda? Pode ser, mas teria de pesquisar as leis espirituais da Criação, que não são alcançáveis pelo intelecto. Uma solução essencial é educar e dar bom preparo para a vida às novas gerações, estejam morando em favelas ou em qualquer bairro.

Europeus que vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida educaram seus filhos num país estranho. Muitos descendentes se destacaram em diversas atividades ajudando a construir o Brasil, mas algo travou as gerações subsequentes, interrompendo a marcha do progresso pessoal e nacional. O que se passa com a educação no Brasil que não formou muitos leitores de livros, nem para ler através da Internet? A época é difícil para livrarias, os custos fixos devem ser mínimos, pois as receitas ficam estagnadas. Que modelo poderia dinamizar a livraria Cultura?

Atualmente, as crianças recebem uma carga de informações através das mídias, mas os conteúdos estão longe de oferecer exemplos de vida responsável. Falta formar o ser humano na direção do autoaprimoramento, capacitando-o a beneficiar e melhorar as condições gerais de vida no planeta tendo em vista o progresso real no caminho de evolução. Tudo na Terra poderia ter sido diferente se o ser humano mantivesse sua intuição voltada para a melhoria geral. Os corpos caminham, mas onde está a alma?

Chegaram as portas na obra civil, mas não há marceneiros para instalá-las. Faltam eletricistas, encanadores e tantos outros profissionais. Tudo isso e mais firmeza de caráter é o que a educação tem de promover para o florescimento de uma nação próspera e pacífica. Há um grande atraso na educação, pois para a formação de seres humanos generosos, criativos e inovadores temos de colocar a natureza, suas belezas e lógica perfeita como prioridade na educação infantil.

Para conhecer a vida e seu significado o ser humano tem de compreender e respeitar o mundo animal. Respeitar a natureza e suas leis que foram instituídas pela Criador para o bem geral da humanidade que não quer acatar e respeitar, mas age seguindo seu ego e seus vícios, promovendo a destruição.

O líder também precisa saber avaliar os seus colaboradores e, aproveitando os seus talentos, dar a eles oportunidades para realizar trabalho de qualidade com dedicação. Mas na política valem os interesses e acordos, pouco importando a capacidade profissional. A situação atual do planeta atesta a incompetência administrativa e o despreparo geral.

Tudo que está oculto vem sendo mostrado, gerando insatisfações e descontentamentos, impedindo o bom entendimento entre todos. Há forte tendência para retirar o humano do ser, impulsionando a decadência geral. A sexualidade exacerbada tem sido o gancho para fisgar os desatentos. As pessoas vão sendo enredadas na teia que as pressiona para a atividade sexual através de pensamentos, literatura, imagens. Mas a atividade sexual é algo natural, instintivo, não precisa de estímulos externos, a não ser como meio para manter as pessoas acorrentadas.

Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado. O desequilíbrio geral avança pelo planeta, porque todos querem receber, mas poucos retribuem. Assim se passa no mundo, na atividade econômica, nas relações em família, no trabalho e na sociedade. Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade com seus erros e acertos. Para que haja paz e progresso, a família e a educação devem propor um alvo comum de conquista do bem e melhora nas condições gerais de vida para que essas ações promovam o aprimoramento do ser humano que está embrutecendo de forma bem visível, sufocando a sua essência.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DESTINO DO BRASIL E DOS POVOS

Como se forma o destino dos povos? Atualmente observa-se que poucas pessoas conservaram a sensibilidade da alma. Se os seres humanos não querem ouvir a voz interior da consciência, como esperar que possam ser coerentes diante dos vendavais das cobiças e da desconfiança? Uma população despreparada dá ouvidos a promessas irrealizáveis e se nega a entender as causas do sofrimento e miséria que avançam pelo mundo. O cérebro foi afastado da leitura de livros para poder acolher promessas irrealizáveis. Foram condicionadas a crer que tudo se resolve com a produção de dinheiro e taxa de juros, mas sem trabalho e produção real, jamais surgirão progresso verdadeiro e melhora nas condições gerais de vida. Depois de décadas ruinosas, esperava-se que o Brasil passasse a seguir por um caminho sadio.

Outrora apregoou-se o “amai-vos e multiplicai-vos”, sem considerar a própria natureza biológica das mulheres e as questões ligadas à sobrevivência condigna. Os casais podem e devem ter filhos, mas de forma responsável, sem sobrecarregar a mãe. Na Terra, crescem a população e as dívidas, ao mesmo tempo que encolhem os recursos. Com bom preparo para a vida a humanidade estaria numa posição especial, promovendo continuada melhora nas condições gerais de vida, em vez da precarização crescente que já atinge bilhões de pessoas.

A divulgação sobre os acontecimentos do mundo está sob o crivo dos grupos globais. Garimpando as informações, a intuição capta uns grãos de verdade. Havia uma esperança, mas quem ainda a merece? Muitos povos agiram como predadores tirando proveito das populações mais frágeis, tais como Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos. Que futuro forjaram para si mesmos?

A mentira se tornou um acinte, pois as pessoas mentem deslavadamente. Pelo poder, inimigos de ontem, hoje se dão as mãos, mas podem ter escondido um punhal envenenado. No povo há os enganados que se iludem e os que se conscientizam da realidade, mas ambos perdem a esperança diante das falcatruas. As massas são seduzidas com palavrório vazio. Poucas pessoas querem ver que cada um está aqui reencarnado para colher o que semeou em várias vidas, então se agarram a qualquer baboseira irrealizável que os dispense de pensar e se esforçar. Quanto mais as pessoas se afastam do bem, mais as sombras encobrem o planeta.

Como disse um sábio, está na hora de cada um cuidar de fortalecer a sua alma através do saber e do pensar só no bem para atrair Luz, e não perder mais tempo com promessas irrealizáveis. É preciso aguardar os desfechos promovidos pelas leis da Criação. A humanidade que anseia a paz, deve se concentrar no bem geral e confiar na onipotência do Criador.

Não há mais o poder absoluto dos reis, mas há abusos no domínio das leis, um poder fugidio, escorregadiço que tem permitido tudo aos detentores do poder num camuflado “quem pode mais, chora menos”. Os homens astuciosos, geralmente se dirigem para o mal atraindo sofrimentos e miséria. Uma situação que se tornou insolúvel dada as cobiças pelo poder, e que está levando a humanidade dividida e sem opção a desrespeitar as normas disciplinares como meio de extravasar sua indignação. Enquanto grupos antagônicos se afastam da boa vontade e do bom entendimento, os poderosos ficam observando de longe o desenrolar dos fatos.

Após a incompreensível eleição de 2022, o que acontecerá em 2026? Quem serão os candidatos? Alckmin, Bolsonaro? Em pleito normal, qual deles seria eleito? A equipe de Guedes seguia um rumo saneador da economia, mas está surgindo uma tentativa de concentrar as decisões nas mãos dos homens do Estado. Não adianta novamente promover o consumo com mágicas para valorizar o câmbio artificialmente, porque isso vai reduzir a produção interna e beneficiar outras nações exportadoras e protecionistas, fragilizando a economia interna. Se voltarem a fazer isso, estarão semeando a ruína decorrente do aumento do consumo com a redução do investimento produtivo.

O Brasil tem sido descuidado com o futuro não se capacitando para produzir mais e melhor, a começar pelo preparo das novas gerações cujo espírito deve estar atuante para que não sejam robôs de repetição, e transformem a nação em pátria de seres humanos verdadeiros.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

 

 

EFEITOS DA MÁ GOVERNANÇA

Sri Lanka, sob influência da Inglaterra até 1948, pode se configurar em mais um caso em que os dirigentes deram prioridade à própria qualidade de vida, sem maior empenho na construção de um melhor futuro para a população. É a sina da humanidade. Tiranos sobem ao poder e não cumprem a sua tarefa de conduzir a população para níveis mais elevados, conseguindo enganar a todos, mas só por um tempo; um dia a verdade aparece.  A Índia, tornada independente em 1947, se posicionou um pouco melhor, apesar da elevada população, desenvolvendo tecnologia e diversificando a produção. Argentina e Venezuela mostram nitidamente o efeito de má governança e ausência de propósitos para promover melhores condições de vida à população.

Para Portugal, no passado, o Brasil era uma simples colônia. A partir da independência, a presença da Inglaterra se acentuou, mormente por ser o rei de Portugal uma criança sob tutela. Pedro II levou tempo para conseguir impor o seu ritmo. Após 1889, a situação piorou, pois o Brasil não tinha autonomia para decidir nada e sua dívida externa crescia sem produzir resultados internamente. O mau costume perdurou; faziam gato e sapato do Brasil. Anos depois, Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, se opôs, foi mal assessorado, acabou emparedado no palácio do catete. Uma nação promissora, com população ativa, foi travada através de governantes fracos e inclusive os militares enfrentaram problemas.

E vamos continuar dizendo “sim senhor” aos interesses externos e precarizando a nação? É necessário muito cuidado, pois os inimigos do Brasil torcem para que surjam tumultos, e tenha início uma confrontação para desarranjar tudo, e empurrar a nação para a beira do abismo. Até o final de 2022, que rumo tomará o Brasil? A inflação está vinculada ao monte de dinheiro emitido, e ocorreram desajustes devido à pandemia e guerra na Ucrânia. Um fator permanente é a estrutura monetária e cambial, com tudo vinculado ao dólar e a dependência dos países com moeda fraca. O dólar vem, faz ganhos e vai embora e deixa um monte de reais rodando fora da atividade produtiva, o que acaba ampliando a inflação.

A questão mundial das moedas é complicada por ser um processo que vem sendo moldado há séculos e que no pós-guerra adotou o modelo do dólar-ouro, abandonado em 1971, sem que algo firme fosse colocado em seu lugar. Como estabelecer uma paridade entre moedas fiduciárias feitas no papel? O Brasil fez várias reformas monetárias, sendo o plano real a mais recente. Dólar, Iene, Euro, Yuan, Real e tantas outras moedas numa balburdia desafinada sem fio condutor. Será que uma moeda única resolveria? Mas quem emitiria e controlaria? Quem confiaria no grupo que assumisse o poder do dinheiro mundial?

No pós-guerra, os Estados Unidos apresentaram ao mundo um invejável modelo a ser seguido. No entanto, uma série de acontecimentos desagradáveis mostra que a situação está mudando por lá, a começar pela redução e insatisfação da classe média e aumento da precarização, se bem que no Brasil o declínio tem sido mais acentuado, visivelmente na qualidade dos empregos, da saúde e educação. Um país que há anos sofre com a dengue e a chicungunha, mas que até hoje não dispõe de remédios adequados. Enquanto isso, os estudantes continuam com dificuldades para ler e interpretar um texto e fazer as contas aritméticas mais elementares.

No passado remoto, os seres humanos sabiam das múltiplas existências terrenas como meio para o fortalecimento do espírito e sua volta consciente à sua origem. Perguntaram a João Batista se ele era a reencarnação de Elias.

Coisas estranhas estão acontecendo pelo mundo. As lutas pelo poder e interesses se acirram. As cobiças têm determinado a forma de como os sistemas funcionam. Os Estados se apresentam alquebrados com dívidas e insatisfações. Nenhum Estado está conseguindo transmitir imagens de melhor futuro para seu povo, sem agredir à natureza, criando espaço aberto para oportunistas, larápios e enganadores com falsas promessas, palradores que querem fazer fortuna de um dia para outro. A boa qualidade de vida vai ficando cada vez mais distante. Inegavelmente o mundo passa por um processo de grandes transformações, mas como compreender o sofrimento das massas através da crença numa vida só?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

JUROS E DESEQUILÍBRIOS

No Brasil e no mundo há uma série de ideias que se opõem. Como surgiu essa polarização? Seria por teimosia, ou por julgar que suas ideias são superiores às do outro grupo? Ao final, acabam se perdendo em teorias e se afastam da naturalidade, isto é, dos princípios básicos de liberdade, responsabilidade e dos objetivos beneficiadores das condições gerais de vida. Maquiavel tinha razão. Divididos irreconciliáveis, cobiçando o poder, do jeito que o diabo gosta, são mais facilmente dominados, e nada de bom realizam para a nação.

Por longo período o mundo experimentou juros baixos com dinheiro sobrando. De repente a coisa vira. O dinheiro abundante e barato vai secando e não vai dar para segurar o que estiver com base frágil. O descompasso nas cadeias de suprimentos faz repensar a globalização. Os preços baixos tendem a subir. A produção de alimentos sofre reveses. Os maus governos não terão como disfarçar sua ineficiência. O que vem para o mundo não será um simples resfriado.

Quando o FED eleva os juros para a moeda mundial, ocorre uma enxurrada que valoriza o dólar, mas aumenta a dívida. Japão e Europa caminham na direção oposta, desvalorizando euro e yen; o yuan chinês também acompanhou, e suas exportações ficaram mais baratas em dólar, aliviando a pressão inflacionária. No Brasil, se o dólar ficar mais caro, repercute nas importações, pressionando a inflação. O sistema todo fica engessado pela taxa de juros, ou seja, o instável arcabouço financeiro gera desequilíbrios na economia mundial.

Há economistas que dizem que não estão claros os efeitos que a elevação dos juros no Brasil possa trazer para deter a depreciação do dinheiro. A carestia está assustadora, pois o dinheiro está perdendo valor pelo mundo. Destaca-se a atividade agropecuária atraindo divisas, usando o solo e a água, produzindo alimentos que são exportados. Os grandes conglomerados mundiais dominam os mercados e focam no ganho. O problema dos impostos arrecadados está na gestão do dinheiro que desaparece na máquina governamental.

Pandemia, criação de muito dinheiro, guerra na Ucrânia, tudo isso afeta o PIB. Para sobreviver, a população precisa de alimentos, educação, saúde. O que impede que haja produção interna para atender a essas necessidades com bom preparo da população? O Brasil se tornou dependente do mercado externo para exportar seus produtos primários, descuidando de tudo o mais, aumentando a dependência das importações. Sem iniciativas visando a melhora geral, os mandantes que se aboletaram no poder buscaram tirar vantagens e acumular dólares, deixando a economia estagnada.

Quais seriam os efeitos de uma desaceleração econômica mundial? Desvalorização de papéis e ativos reais e commodities? E os alimentos como ficariam? Crise de solvência? O dinheiro seria atraído pelos juros em movimento de ascensão, encarecendo o crédito? Qual seria o efeito sobre as novas gerações que têm de ingressar no mercado de trabalho? O que os governantes deveriam estar fazendo para manter a ordem e a estabilidade social?

O século 21 nos apresenta muitos acontecimentos que seguem um padrão declinante. Um impacto negativo após outro, colocando a humanidade num patamar bem abaixo de onde deveria estar, se tivesse dado ao espírito a oportunidade de se manifestar para atuar em conjunto com o raciocínio intelectivo.

Na adolescência, os jovens se tornam sonhadores. A melancolia abre seus olhos para o mundo à sua volta, percebendo as asperezas e o sofrimento que envolve a humanidade. Querem encontrar a causa e a solução, mas logo são empurrados para a sexualidade descomprometida, o domínio do instinto exacerbado ao longo dos séculos, e nisso também encontram apoio nas ideologias materialistas, afastadas das leis do Criador. As mídias sociais atraem as atenções, exercendo forte influência nos despreparados.

O rapaz se deixa embrutecer e a garota, não reconhecendo a joia que a feminilidade encerra, se deixa levar pela onda de libertinagem sexual que vem de longa data, e agora está no auge com o apoio de uma arte que incentiva o declínio do ser humano. Como não receberam a noção da necessidade de equilíbrio e retribuição por tudo o que recebem, ficam sem base e sem compreensão da vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br