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AMA AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO

É muito triste para nós brasileiros, tradicionalmente calmos e pacíficos, ver os trágicos acontecimentos iniciados de forma inesperada com ataques ao povo das cidades de Israel. O sofrimento geral nos afeta por empatia, pois o povo brasileiro possui sensibilidade atuante, já extraviada em grande parte do mundo materialista. Entristece e assusta ver a paz mundial estar sob ameaça.

As nações não se entendem. O poder age acobertado na sombra. Nações, organizações e entidades têm o poder diluído. Quem pode, manda. A manada segue sem maiores reflexões. Assim o mundo caminha para o abismo. Não se trata de tomar partido, pois a questão maior é a humanidade que ainda não encontrou o caminho da convivência pacífica. Na guerra das comunicações, a verdade fica oculta; o que interessa é a manipulação da massa. Muitas pessoas acabam se tornado como a máquina. Não ouvem mais a voz interior. Se isso está acontecendo com os mais velhos, o que será das novas gerações?

Na engrenagem mundial, o ser humano é um grão de areia, mas a sua arrogância é enorme. Os acontecimentos iam caminhando. Guerra da Ucrânia e Rússia, dinheiro digital, eleições, Taiwan, juros, bolsas, inteligência artificial. De repente acontece um trágico e impiedoso ataque aleatório contra o povo de cidades de Israel seguido de forte retaliação. Comoção geral. Uma emergência na trajetória do mundo. A surpresa e os fatos levaram os Estados Unidos a marcar sua presença, pois estamos diante de uma situação que produz imprevisível tensão mundial que requer hábeis negociadores.

Agarrados ao perecível mundo material, e para satisfazer as próprias cobiças, os seres humanos não vacilaram em colocar de lado a amplitude do amor ao próximo, deixando de ouvir a própria consciência, e em vez de paz e progresso espiritual criaram o inferno na Terra. No mundo atual tudo gira em torno do dinheiro. Muitas atividades ilícitas são toleradas porque envolvem dinheiro, mesmo sujo, e principalmente, ganhos. O homem tem a capacidade da livre resolução: o sim ou o não, mas mesmo que não possa realizá-la, fica atrelado a ela.

No país do dólar, a recessão demora mais a chegar afetando a taxa de juros, mas seu efeito pode chegar de repente. Na América Latina é mais complicado. O capital sempre busca oportunidades de ganhos; e se essas estão na Ásia, fábricas fecham e mudam criando a relocalização da indústria. É um procedimento considerado correto pela análise econômica, mas outras considerações também deveriam entrar em cena, pois a população perde trabalho, o nível decai, e surgem cidades fantasmas que não conseguem se sustentar, aumentando a violência urbana.

De longa data os seres humanos têm vivido sem o necessário respeito aos Mandamentos de Deus, servindo prioritariamente a si mesmos e às suas cobiças. Na época em que Jesus disse: “Colocai o Senhor teu Deus acima de todas as coisas, e ama ao teu próximo como a ti mesmo”, os discípulos compreenderam claramente, mas com o passar do tempo foram surgindo conceitos distorcendo a amplitude das palavras, e os seres humanos deixaram de praticar o verdadeiro amor ao próximo, até que Abdruschin, em sua obra Mensagem do Graal, iluminou o conceito com a Luz da Verdade: “Permitido vos é peregrinar através das Criações por vosso desejo, tornando-vos autoconscientes; contudo, não deveis causar sofrimento algum a outrem, a fim de satisfazer com isso a própria cobiça.”

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SINTONIZAÇÃO DA HUMANIDADE

Ao longo da trajetória da humanidade muitas transformações foram ocorrendo, o que está intimamente ligado à sintonização dos seres humanos, isto é, o seu querer pode tanto atrair o bem geral, como inóspitas condições de vida. No passado distante vivíamos num sistema de subsistência em que a economia era natural com a produção voltada para os bens essenciais. O modo de vida era simples e o ponto alto eram as reuniões nas montanhas onde manifestávamos nossa gratidão aos seres da natureza, os enteais, servos auxiliadores do Criador.

Os seres humanos tinham toda liberdade para decidir o próprio rumo, mas com arrogância se afastaram da natureza e de sua proteção. Escolhendo caminhos errados, se esqueceram da finalidade espiritual da vida e chafurdaram nas ninharias do mundo material, que se acha em decomposição pela ação do Juízo Final, mas será resgatado e renovado pelo Filho do Homem prometido por Jesus, e tudo terá de se tornar novo para poder subsistir.

O sofrimento infligido ao povo judeu fez despertar o reconhecimento do Deus Único, o Criador de todos os mundos. Veio Moisés para libertar e conduzir seu povo para uma região onde viveriam em respeito às leis de Deus. Moisés ficou decepcionado com a rebeldia daqueles que não tiveram paciência e forjaram o bezerro de ouro.

Sorrateiramente as trevas atacavam para impedir o progresso espiritual. A decadência foi tão descomunal que rompeu a conexão dos seres humanos com a fonte da Luz; se Jesus, não reconhecido pela humanidade indolente e influenciada pelas trevas, não tivesse restabelecido a conexão com a Luz, já teria se autodestruído, antes da vinda do Filho do Homem, também de origem divina, para completar os esclarecimentos sobre a Criação e suas leis e a concluir o Juízo Final.

A terra despontou como fator de poder, sendo que os nobres eram detentores da terra, e os vassalos trabalhavam nela. Os seres humanos foram se distanciando da natureza e da compreensão da vida e seu significado. Os trabalhadores da terra se tornaram servos. Com o passar do tempo foi surgindo a classe dos comerciantes e dos emprestadores de dinheiro a juros. Os antagonismos não tardaram a surgir entre camponeses, nobres, comerciantes e emprestadores de dinheiro.

O comércio florescia, dando início à produção artesanal de bens, o que se transformou em fábricas que necessitavam de capital e impunham condições desumanas aos trabalhadores. Juros e impostos absorviam grande parte do resultado do trabalho. Ao longo do tempo surgiram interesses econômicos, ideologias e guerras. Surgia a civilização do dinheiro, o materialismo como a sintonização básica da humanidade, tudo precificado. Aos poucos a busca pelo desenvolvimento espiritual foi sendo eliminada da Terra e, consequentemente, a boa vontade e a paz entre as pessoas.

No século 21, a humanidade enfrenta as consequências dos abusos cometidos na emissão de papel-moeda e sua utilização de forma desordenada e estúpida. Antigas profecias anunciavam que o futuro traria a fome. O sol, com energia reforçada, chama a atenção para que os homens pensem seriamente na vida e sua finalidade, e não se entreguem cegamente ao poder do dinheiro, mas construam e beneficiem o planeta diante das penúrias atraídas.

É uma situação que se arrasta desde o final da segunda guerra. Faltaram líderes sábios para anteverem o futuro e impedirem que se chegasse a esse beco de sangue em que a população de um não-Estado tem de arcar com as consequências das atitudes de um grupo armado informal, sem status jurídico. Faz tempo que a humanidade se afastou da sabedoria e com sua sintonização errada surgiu a escravidão, a decadência, e o aperfeiçoamento da energia nuclear para destruir.

As guerras são sempre danosas e revelam a falta de maturidade da espécie humana que veio para a Terra a fim de alcançar fortalecimento e desenvolvimento do espírito, mas caiu no abismo dos desejos egocêntricos e na imoralidade. Aumenta o sofrimento na Terra. Faltam sabedoria e alegria. Precisamos de Paz na Terra e evolução espiritual.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A ECONOMIA IRÁ SE SUSTENTAR?

Passados mais de dois anos de paradeira o pessoal está tentando juntar os cacos. Alguns não conseguirão reconstruir o que foi desmontado. A população vai elevando o consumo de forma gradual, buscando menores custos. É uma oportunidade para empresas estrangeiras que operam pela internet com menor custo. Shoppings e supermercados tentam se ajustar com ofertas, porém os custos são elevados; querem recuperar perdas com preços altos, mas a receita sobe pouco e há limite para cortar custos. Como a economia irá se sustentar?

As coisas mudaram. O avanço da internet e computadores possibilitaram o avanço da globalização e das empresas que operam em escala mundial. Os governantes permitiram, o resultado é esse: as sardinhas são engolidas. Os tubarões puxam as sardinhas e as brasas. Mas há modificações, pois a humanidade entra no modo padronizado que vai sendo imposto.

A casta que açambarca o poder das nações é sempre da mesma espécie: querem para si riqueza, poder, influência, impedir concorrentes. Uma vez instalados, não querem perder seus privilégios, pouco se importam se fazem mal governo pois compram a mídia para manipular a população com ninharias e decadência. Esbanjam recursos escassos que faltarão amanhã. A humanidade está sendo nivelada por baixo, a indolência dos indivíduos é a causa, pois se deixam envolver pelas manobras de manipulação psicológica e mental.

As escolas e a educação precisam encontrar fórmulas práticas para dar bom preparo para a vida e formar seres humanos e cidadãos de qualidade e beneficiadores do mundo. O trabalho faz parte da vida, mas as novas gerações receberam inadequada orientação. Falta bom preparo, seja dos empresários ou dos assalariados.

As maquinações dos homens afastados do espírito da boa vontade ficam ocultas. A escuridão está aumentando. Acima disso tudo está o funcionamento das leis do Criador que, com força aumentada, promovem os desencadeamentos do querer íntimo e ações dos seres humanos, uma consequência após outra, sem tempo para respirar, ou seja, tudo que estamos vivenciando tem origem no querer espiritualmente indolente das pessoas.

Há muitas teorias, mas pouco se sabe sobre a vida. Os humanos separaram o aquém do além, mas é tudo uma coisa só. No aquém estão os encarnados em um corpo temporário do qual um dia se despirão, retornando a alma para o lado constituído de outro tipo de matéria, até evoluir para o mundo espiritual ou estagnando e acabar perdendo tudo. É o que está previsto e organizado pelas leis da natureza ou leis da Criação, até agora pouco estudadas.

Nas contas do poder público entra muito dinheiro procedente da população em geral que paga impostos sobre todas as coisas. É um dinheirão que deveria ser destinado para melhorar as condições gerais de vida, mas grande parte vai desaparecendo sem que precisem prestar contas do que fizeram. A casta que assume o poder vai atraindo aqueles que podem ajudar na tarefa de convencer o público de que está tudo bem e que o aumento na dívida é para assegurar a melhora geral que nunca chega.

Desde o desfecho da Segunda Guerra Mundial os seres humanos têm sido incentivados a renovar as esperanças em dias melhores através das reuniões dos chefes de Estado: G7, G20, Brics, mas a esperada melhora geral ainda não aconteceu. Há um desequilíbrio geral, as nações estão superendividadas e a qualidade de vida sofre abalos até nos EUA e Europa.

O futuro é imprevisível. A simples aplicação de taxa de juros e aperto na oferta de dinheiro já não dá os resultados esperados. As variáveis ficaram mais severas: população mundial na casa dos oito bilhões, alteração do clima, produção e comércio têm nova estrutura com a globalização da economia. Não se trata mais de simples inflação, é o conjunto das atividades humanas que perdeu o modo tradicional dos povos e ainda não consolidou uma alternativa e isso está acarretando instabilidade geral e incertezas quanto à sustentabilidade no futuro próximo.

As novas gerações estão sendo afastadas da vida real. A humanidade está perdendo o bom senso. As pessoas são pegas de surpresa, palavras e imagens surgem como flechas venenosas. Difícil não se abater nesse meio deprimente, mas temos de ser fortes para superar os abalos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A NOVA GUERRA

Após as trágicas guerras mundiais do século 20, os seres humanos esperavam que não passariam mais por esse sofrimento. Mas o que fizeram? Esqueceram a sua origem e a finalidade da vida e forjaram um viver insipido como se estivessem num parque de diversões para viver no comodismo onde não precisassem fazer nada, só buscar comida, bebida e prazeres.

A questão básica é saber o que é intuição e de onde ela procede. O cérebro humano é uma ferramenta miraculosa, mas está subordinado ao tempo-espaço, o que não acontece com a intuição sentida com nitidez porque o cerebelo ficou atrasado enquanto o cérebro frontal foi superdesenvolvido tornando-se dominador, mas sujeito às influências externas que limitam a base do pensar com clareza, simplicidade e naturalidade. O cerebelo tem capacitação superior à Inteligência Artificial, pois em seu desenvolvimento normal capta saberes que se situam além do mundo material que o cérebro do raciocínio tem de analisar e ajustar para a correta utilização.

Quem, diante do mundo áspero e assustador em que vivemos, está procurando paz para sua alma? Após o término da Primeira Guerra Mundial a humanidade não buscou por um novo caminho mais iluminado, permanecendo na mesma forma indolente de viver. Vinte anos depois, em 1939, teve início a Segunda Guerra Mundial. Em 2023, com aspereza aumentada, o que nos reserva o futuro? Taiwan surge como região potencialmente perigosa.

As pessoas dizem que atualmente se cansam mais mesmo fazendo menos coisas. O tempo evapora. Há vários fatores que influem nessa sensação. Aumentaram as dificuldades, os acontecimentos se aceleram, a digitalização acelera os efeitos. Mas há algo nefasto no ar. Faltam pensamentos com pureza voltados para o bem. É isso que cria aspereza. Faltam palavras amistosas, o que gera o antagonismo. Faltam ações simpáticas. Tudo isso forma uma barreira que exige esforço. Bons tempos aqueles em que os seres humanos viviam em mútua colaboração. Temos um corpo e alma que se ressente do turbilhão de pensamentos malévolos espalhados pelo mundo. Há de se conservar puro o foco dos pensamentos para alcançar paz e sabedoria.

Há muitos sentimentos e pensamentos de medo e ódio. A cobiça e inveja do que outro tem e do que o outro aparenta ser deixa muitas pessoas aflitas por acharem que isso não é justo; elas é que deveriam estar naquele lugar festivo. Então permitem que o mal domine seus pensamentos; isso já é uma guerra em gestação. Quantos seres humanos não estão gerando conflitos e turbulência pelo mundo? Tais pensamento não ficarão impunes.

2020, o ano da pandemia, assinalou um especial momento de transição. A situação geral da vida vem tendendo para a absoluta perda do humano, o que acarretou a balburdia atual. Problemas, morais, econômicos, sociais, de saúde, de escassez de água e alimentos. Tudo isso contribuiu para o atordoamento dos seres humanos que ficaram procurando distrações para esquecer as dificuldades, em vez de se fortalecerem, buscando as causas para descobrir que há séculos a espiritualidade está sendo posta de lado, e agora se veem cercados pelos erros e pelas mentiras.

As novas gerações estão percebendo as manobras e cobiças que visam a dominação e anulação do querer da alma. Desanimadas e com pouca esperança, se quedam inertes. Muitos jovens caem na indolência sem vontade para estudar e trabalhar. Vão levando a vida sem sentido, de um lado para outro. Com sua indolência, não procuram conhecer o verdadeiro significado da vida.

As trevas querem impedir o avanço dos seres humanos para que não conheçam a verdade libertadora de milênios de caminhos errados. Na escuridão da guerra espiritual, é indispensável buscar a Luz da Verdade, a boia de salvação nesse agitado mar de acontecimentos impactantes que se sucedem velozmente. Que aqueles que procuram a luminosa verdade a encontrem e transformem a Luz da Verdade em convicção através de análises sinceras e irrestritas, escapando assim da tirania das trevas que tudo fazem para sufocar e destruir o espírito, a essência do ser humano.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS CONSEQUÊNCIAS DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Todos sabem como é delicada a situação de depender de terceiros, mas por que deixam que isso aconteça? O Brasil sempre ficou atrelado a interesses externos, desde a produção e exportação de açúcar, café, entre outras commodities. Com tantos recursos naturais e mão de obra, o país poderia ter construído uma economia menos dependente e se tornado mais próspero. Sem visão e sem empenho, os governantes do país o acorrentaram aos poderes e interesses externos há mais de 200 anos. O atraso latino-americano vem desde as repúblicas montadas para atender a interesses particulares. A população até que ensaiou uma evolução, mas a pobreza material e espiritual domina amplamente.

Em meio a tantas desgraças, a sociedade se sente acossada pela síndrome de pânico, sendo que na América Latina esse problema é mais grave ainda. As pessoas estão assustadas, inquietas. Em meio às crises econômicas esse é mais um fator para manter a estagnação geral.

A moeda é dita como produto do Estado, mas na verdade é o poder na mão daqueles que o comandam, e razão da revolta de outros, cuja moeda está longe de ser a moeda internacional que todos acolhem. Se ela sair do físico virtual e passar para o digital possibilitará a ampliação do controle dos movimentos. Aí entram as dúvidas sobre as atividades da sociedade moderna e a grande sombra que permeia os cartéis no mercado das drogas que atuam como multinacionais escorregadias e bem estruturadas. Haverá algum tipo de arranjo?

Cautela é a palavra para o momento. O Brasil está perto do labirinto das dívidas dominantes, mas ainda não está nesse nível. Precisa cuidar atentamente das contas e não permitir que políticas governamentais imediatistas lancem a nação numa vala profunda. Se a inflação mundial se instalar, o Brasil será fisgado pelas importações que terão seus custos elevados, algo a ser meticulosamente planejado.

O espírito intui, o intelecto raciocina. Quando o espírito não se fortalece e deixa o intelecto se impor, a intuição vai perdendo força e o indivíduo também perde a força de vontade, e vai se acomodando, pois lhe faltam propósitos. Assim, vai deixando a vida rolar e, consequentemente, seu pensar vai perdendo naturalidade, simplicidade, agilidade e clareza. O pensamento fica confuso e o raciocínio perde a lucidez; é o enrijecimento.

Então os especialistas que buscam atender aos interesses do poder, acham que a solução para lidar com a questão do baixo aprendizado das novas gerações deverá ser introduzir o pensamento artificial direcionado pelas máquinas para que os indivíduos tenham alguma funcionalidade para o sistema, mas com isso o ser humano acaba perdendo a sua a essência, a conexão com a alma.

É lamentável a situação em que se encontra grande parte dos estudantes. Inseguros, sem clareza no pensar, estão sem rumo. A velha estrutura foi impactada pelo realismo das poucas expectativas para o futuro. O que fazer? Para que fazer? O que somos nós? O que é a vida? O desemprego dos jovens é brutal. Em vez de ser eterno aprendiz, em meio à estagnação, as novas gerações estão desaprendendo a viver. Infelizmente a qualidade da educação tem piorado. Aulas chatas, alunos desinteressados.

Como os estudantes poderão ter prazer de estudar e construir o próprio futuro se perderam a esperança em um mundo melhor, e estão desconectados da própria alma e da intuição, que são a essência do ser humano? Deveriam estar sabendo ler e escrever bem. O meio digital é importante no ensino e poderá ser um simplificador em meio a tantas teorias distantes da realidade, raramente utilizadas ao longo da vida; mas o professor deve explicar na lousa, fazendo uso do giz para boa conexão com os alunos e para facilitar a compreensão do conteúdo abordado na aula.

Aprender com quem sabe fazer. Aprender fazendo. Esse parece ser o jeito certo de aprender em vez de ser envolvido por toda a teoria para depois se ajustar na vida real; o ensino precisa de atualização ante a aceleração geral. Muitos estudantes gostariam de ter aulas que os tornassem aptos para utilizar na prática e imediatamente o conhecimento adquirido. O Brasil está ficando para trás e caminhando aceleradamente para a dependência econômica e tecnológica, comprometendo seriamente o futuro.

A situação real é que o espírito fica aprisionado no corpo dominado pelo cérebro e pelos instintos corporais, sem ter condições de se manifestar para colocar em movimento a essência do ser humano. A vida é um eterno aprendizado, uma jornada para evoluir, mas aqui chegando, as pessoas se esquecem da finalidade da existência e se deleitam com as ninharias do mundo material enquanto o espírito cai na indolência e fraqueza, e não cumpre nem dez por cento do que poderia e deveria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DECADÊNCIA OCIDENTAL OU MUNDIAL?

Há muitos fatos que atestam a decadência do ocidente que está perdendo espaço na luta pelo poder. Mas todo o nosso mundo se transformou no vale de lágrimas da decadência humana. É o mundo construído após a voz do espírito ter sido deixada de ser ouvida, assinalando a erosão dos valores espirituais, morais e culturais. Querem restabelecer a ordem à força, cortando a liberdade e a individualidade; mas sem o reconhecimento da realidade espiritual da vida o declínio não será detido. O ser humano nasce para evoluir e ser um beneficiador do mundo.

O final da sangrenta segunda guerra acenou com a promessa de paz, mas as cobiças dos homens permaneceram. O mundo vive a nova tragédia transformada em circo. A questão básica é que as nações possam gerar emprego, renda e condições gerais de vida satisfatórias sem se tornarem reféns das dívidas.

Com a globalização, o Brasil voltou a ser fornecedor de commodities e as condições de vida caíram no caos. Que o país não se transforme amanhã na caótica Argentina. Dá para evitar? Enquanto os EUA se defrontam com déficits extrapolando os limites de endividamento, a China ostenta volumosa reserva de mais de três trilhões de dólares como trunfo geopolítico.

O cenário econômico foi desbalanceado. Os povos deveriam ter equilíbrio em suas relações. As riquezas naturais ficaram concentradas quando deveriam ter permitido a melhora das condições gerais de vida. Veio o dinheiro em papel e com ele as bolsas que, antes de olharem para os investimentos, deixaram os ativos em continuada inflação que atraem aplicações especulativas. Os investimentos estão paralisados. O desequilíbrio vai agravar tendendo para a estagnação secular. Os Estados-nação endividados terão dificuldade para superar as pressões financeiras, de segurança, sanitária, alimentação e outras. Faltarão gestores a altura dos desafios. É essa a realidade a enfrentar.

Pessoas simples confiavam no dinheiro, mas em muitas oportunidades foram desapontadas vendo seu capital ser corroído por medidas que visavam sanear os abusos, os quais beneficiaram alguns. O dinheiro e o poder se tornaram a prioridade. A atividade sexual desenfreada se tornou o escapismo das massas aflitas com baixo poder aquisitivo. Agora há o cansaço, a superpopulação, a crescente necessidade de alimentos, a luta pelo domínio das riquezas naturais. O dinheiro controlado digitalmente em seus movimentos cria, na prática, a fase final do processo desenvolvido há dois séculos. Haverá ganhadores? Quem serão os perdedores?

O Brasil está criando o DREX, o dinheiro digital com nome estranho. O X já substituiu o engraçadinho pássaro do Twitter. Vamos buscar um nome melhor, pois o X não carrega boas impressões. Os Bancos Centrais, além de controlarem o dinheiro, vão controlar tudo que o cidadão comum fizer com ele? Democrático? Com pouco dinheiro o pessoal já está “Durex”.

Estamos enfrentando a grave questão da saúde psíquica e mental. No passado, os pais tinham tempo para dar esclarecimentos às crianças, mas hoje está difícil. Sem esperanças no mundo, sem uma base firme e propósitos de vida, os jovens vão decaindo, perdendo a fibra. São seres humanos que precisam se fortalecer e estarem aptos para enfrentar o futuro. Um drama de segurança pessoal e nacional.

São sintomas da decadência geral. Aumentam os crimes e outras ações maldosas, isso em grande parte decorre devido à falta de bom preparo para a vida. As mães e avós faziam isso, mas hoje as crianças ficam sujeitas ao que a escola ensina. Pelo visto pouco ensinaram. As pessoas estão ansiosas, sem paciência, sem bom senso, o que se reflete na forma de agir e de dirigir. Falta consideração e respeito às mínimas regras de boa convivência.

As novas gerações estão desaprendendo a fazer uso das palavras da língua mãe. Que pobreza de vocabulários! Que raciocínio confuso! Que pensamentos desordenados. E as continhas elementares, mal sabem somar algarismos representativos de dezenas. Que futuro terão esses jovens estudantes? Que tipo de cidadãos estão sendo formados? Que futuro terá a nação e o mundo?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

GANÂNCIA E PREPOTÊNCIA

Os chefes de Estado presentes à Cúpula Celac – União Europeia 2023, realizada na Bélgica, reconheceram e lamentaram profundamente o sofrimento incalculável infligido a milhões de homens, mulheres e crianças como resultado do comércio transatlântico de escravos. A escravidão e o tráfico de escravos foram tragédias terríveis na história não apenas por causa de sua barbárie abominável, mas também em termos de sua magnitude, natureza organizada e, especialmente, sua negação da essência das vítimas, e que essas práticas são um crime contra a humanidade.

No geral, os ganhos com o trabalho escravo foram transferidos para a Europa, praticamente nem permaneceram na América Latina. A fidelidade ao solo do nascimento implica ligação afetiva com a terra e, consequentemente, com contribuições espontâneas para a melhora das condições gerais de vida, mas isso não significa comunismo ou coletivismo.

As empresas passaram a operar em escala mundial, quer dizer, sem pátria, e muitas pessoas fazem o mesmo. Aqueles que deveriam cuidar do seu pedaço se mostram displicentes; os que estão distantes não têm empatia. Mas o planeta é um, composto de vários povos e regiões que apresentam diversidade; a uniformidade suprime isso. Como consequência, a riqueza auferida numa região traz poucos benefícios a ela e a seu povo.

A tragédia de um povo é quando as pessoas, em vez de receberem aprimoramento, são deixadas ao abandono, sem bom preparo para a vida, sem vontade forte para progredir como ser humano, sem capacidade para interpretar textos simples e fazer pequenos cálculos. Dessa forma está feito o declínio tipo colonial que resulta num povo atrasado e a serviço de interesses externos, repositor de commodities para os povos desenvolvidos de melhor renda, e nisso os governantes têm grande parcela de responsabilidade.

Assim como um prédio que tem um andar sobre o outro, a economia segue o mesmo impulso dinâmico levando à produção agropecuária, criação de fábricas, lojas, escritórios e moradias que ampliam a arrecadação. Agora se dá o contrário; cada coisa desativada provoca efeitos em outras, num impulso reverso. É um grande desafio que atinge empresas, governantes e pessoas em geral, requerendo ações especiais que possam deter a estagnação. Os EUA tinham o modelo que colocavam o homem como objetivo. A coisa desandou. Hoje a máquina vai tomando o lugar do homem. Como será a vida e o trabalho de mais de 90% da população?

O aumento da produção em uma região tem a ver com a competição globalizada. Quando uma região aumenta a produção, reduzindo o preço, acarreta um encalhe na produção de outra que não consegue competir. No passado distante, a prioridade era a melhora das condições de vida, o que se refletia nas ciências que se mantinham mais próximas da natureza. Hoje se abstraíram do ser humano. Kishore Mahbubani, ex-presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, destaca que “enquanto o ocidente dormia acalentando a sensação de comando global, a China acordou e revolucionou a economia.”

A China se tornou a fábrica do mundo e tem a sua economia fundada nas exportações; acumulou caixa alta e agora está investindo em outras nações. O que aconteceria se o processo de globalização com portas abertas e tarifas baixas sofresse uma parada e retrocesso?

O mundo da fantasia e ilusões tende a se desmanchar na pós-pandemia. Isso já está afetando o comércio de ostentação. As pessoas estão simplificando o seu modo de viver. O que virá pela frente? Vamos ter uma remodelação econômica mundial? A vida está ficando difícil para quem depende do salário. Que alterações essas mudanças poderão provocar? A vida ficará mais fácil ou o aperto tende a ser maior? Como dar vazão à produção de bens que acena com encalhes, enquanto a de alimentos ameaça cair?

Para produzir bons frutos, os pensamentos têm de estar voltados para o bem geral. Os espíritos humanos foram encarnados em diferentes raças. A escravidão foi o terrível exercício da ganância e prepotência. O irônico é que um branco astuto e de mau caráter poderá ser reencarnado em uma atrasada tribo africana e vice-versa. Com certeza, as populações arrancadas da África teriam tido melhor evolução se lá tivessem permanecido.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

O viver vai se tornando cada vez mais rasteiro e medíocre sem as aspirações nobres que dignificam o homem. O planeta enfrenta situações de extrema gravidade e penúria para a população em geral. A humanidade não se preparou adequadamente para a vida. Hora de abrir os olhos e ver o que é realmente essencial.

A pós-pandemia está apresentando as incoerências do sistema, mas como será o futuro? Quanto mais a população emburrece, mais o Estado vai concentrando o poder. Quanto maior a concentração de poder, maior o desperdício e despotismo. A indolência dos seres humanos está gerando o Estado que tudo abrange e tudo determina para a massa que esqueceu a que veio, qual a finalidade da vida.

A elite mandante não dorme. Substituições no exercício do poder têm sido a norma. Assim como aconteceu com o poder religioso, da nobreza, dos reis com poder absoluto, tudo foi sendo alterado, passado para outras mãos. Chegou-se ao Estado-nação, com a classe efetivamente mandante meio oculta e poucas melhoras nas condições gerais de vida da humanidade. Já no século 20 percebeu-se que o Estado-nação possibilitou o ingresso de máfias no controle. A atual elite no poder formal poderá ser a próxima a ser recolhida através da eliminação das fronteiras. A classe mandante poderá sair do refúgio oculto mostrando a sua cara com a promessa de construir um mundo melhor; mas sem que haja respeito às leis da Criação, isso não será possível.

No passado, Pedro II tinha um plano de progresso para o Brasil, mas foi deportado. Com raros momentos de evolução, a nação permaneceu no atraso. Atualmente, as desgraças apontadas são efeitos da displicência governamental e empresarial. As fábricas foram detonadas. As contas públicas ficaram deficitárias. A educação decaiu. A globalização fortaleceu o setor primário da economia criando novo tipo de colônia. O mundo se contorce nos desequilíbrios. Faltam produção, empregos, educação, progresso.

Nos anos 1960, o pós-guerra estava mudando tudo; as novas gerações estavam descontentes com Tio Sam, pois queriam algo mais além do rock & rol de Elvis. A criatividade de Zé Celso em Os Pequenos Burgueses; a nostalgia das canções de Chico Buarque; tudo bem montado. Semearam descontentamento e insatisfação. Veio a crise da dívida externa e o plano real. O Brasil afundou na ignorância e miséria. O que querem as novas gerações do século 21?

Atualmente no Brasil os estados e municípios arrecadam os tributos de sua competência, exercendo diretamente fiscalização e acompanhamento. Como isso vai funcionar com o novo modelo de tributação em tramitação no Congresso? No que tange aos empregos, uma parcela já se sente fora do mercado, especialmente a composta pelos jovens entre 15 e 25 anos, isto é, aqueles que nasceram em torno do ano 2000. Mas a displicência dos governantes é anterior, descuidaram do bom preparo das novas gerações, deixando de criar oportunidades de trabalho e adequadas condições de vida em conjunto com a iniciativa privada. Sem isso, a população vai caindo na humilhante pensão proposta pelos governos, sem progredir e evoluir como deveria ser esperado.

Muito se fala da crise financeira de crédito que está chegando. Que consequências poderá provocar? Dentre os fatores de dificuldades apontados pelas empresas, o mais grave e sintomático é a queda nas vendas, o que aumenta o risco, elevando juros e reduzindo os prazos. É necessária uma investigação para buscar a causa da queda nas vendas, pois o sistema está encolhendo, empresas desaparecendo, empregos diminuindo, a classe média se reduzindo, permanecem só os grandes que operam em escala mundial.

O Criador enviou Jesus, essência divina, num corpo humano para auxiliar e orientar a humanidade que afundava nos erros e ignorância, trazendo a lei do Amor, a de não causar sofrimentos ao próximo para satisfazer a própria cobiça. Jesus teve como principal opositor a classe sacerdotal que temia a perda de privilégios, pois o Filho de Deus esclarecia que não há necessidade de intermediários entre a criatura humana e seu Criador, devendo, para evoluir e ser feliz, permanecer com o espírito desperto, atenta a tudo, refletindo e examinando os fatos objetivamente para compreender amplamente o funcionamento das Leis da Criação que regem a vida e tudo o que foi criado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O MUNDO PRECISA DE PAZ E TRABALHO

Na seleção de livros sobre economia feita por Martin Wolf, jornalista britânico especializado em economia, consta India Is Broken: A People Betrayed, Independence to Today (A Índia está quebrada: um povo traído, da independência aos dias atuais), de Ashoka Mody, da Stanford University Press, que fez a seguinte análise: “A amarga realidade é que, para empregar todos os indianos em idade de trabalho, a economia precisa criar 200 milhões de empregos ao longo dos próximos dez anos, uma tarefa impossível depois dos últimos dez de declínio nos números do emprego.”

Não só na Índia, mas no mundo todo, pouco se fala sobre a questão dos empregos que enfrentam tendência de redução e desaparecimento. A população cresce, as pessoas precisam de trabalho e renda, mas o sistema depende da criação de empregos, algo complicado, mais ainda nas crises quando há uma luta feroz para a redução de custos. Se a realidade é amarga, isso indica que devem ser buscados outros caminhos, pois o ser humano tem de produzir, através dos recursos da natureza, os meios para sua adequada sobrevivência. As teorias econômicas têm de focar nisso. O trabalho faz parte da vida, mas a humanidade o tem transformado em castigo.

O dinheiro, de tanto ser abusado, mostra as duras consequências. Na Argentina, a taxa de juros está beirando a 100%. Como chegou a isso? No Brasil, cuja taxa de juros é de 13,75 % há uma gritaria geral. Os empregos estão sofrendo as consequências das escolhas econômicas que vem sendo feitas desde a época super-inflacionária da crise da dívida externa. De lá para cá o Brasil desandou. Se não fosse o agro e a atividade extrativa, o país estaria na cola do trágico peronismo econômico. Não basta gritar contra a Selic, é preciso dar ao país e às novas gerações a oportunidade de bom preparo para a vida e progresso real.

No mundo há muitas tensões, difícil é saber o que poderá se agravar primeiro. Taiwan é um ponto crítico por envolver interesses econômicos e estratégicos. Na China e Índia há uma tensão alimentada por conflitos fronteiriços. África e América do Sul contêm reservas naturais fundamentais, Brasil incluso com governança pífia incapaz de defender os interesses da população e seu desenvolvimento. Acima de tudo, há interesses econômicos e financeiros de grupos e nações. O mundo perdeu a esperança. A grande falha das nações foi a escolha dos governantes incompetentes. O estado-nação perdeu o brio e segue trajetória de desmanche. O que poderá vir depois? O Estado-Mundo sem fronteiras?

A Terra foi criada com todo aparato para propiciar às pessoas um viver condigno, mas o que aconteceu de errado? Somos mais de oito bilhões, dos quais 800 milhões estão desnutridos e 800 milhões são analfabetos. Grande parcela sem adequado preparo para a vida, com saúde baixa. Como vive a humanidade? Como deveria viver? Segundo Joel E. Cohen, autor de How Many People Can the Earth Support (Quantas pessoas a Terra pode aguentar), o viver tem sido de forma errada, gerando problemas de tal monta que comprometem a sustentabilidade da vida. É preciso reconhecer os erros e corrigi-los antes que seja tarde demais.

Marcada para agosto, na África do Sul, a reunião dos Brics certamente debaterá a questão monetária que tem agitado as nações, mas se trata de questão que envolve muitos interesses para ser discutida de forma isolada. Vamos ver quais serão as propostas e como serão recebidas no G7 que reúne as potências.

Quem busca o caminho certo do viver? O homem é predador ganancioso. Em sua curta passagem na Terra se agarra ao dinheiro sem querer conhecer o significado da vida. Os jovens têm de receber bom preparo para que se tornem fortes, lúcidos, dotados de bom senso, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie humana.

O mundo precisa de paz e da correção dos desequilíbrios causados pelo homem, que estão dificultando a sobrevivência da espécie humana. A situação é difícil, mas é preciso ir em frente fazendo o que for necessário, caprichando sempre para construir melhor futuro com a certeza que as coisas vão melhorar para quem semear o bem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

ECONOMIA E VIOLÊNCIA

Com os desequilíbrios mundiais, cresce a violência. Dentre os inúmeros desequilíbrios, o econômico é fundamental. Mexe com todas as coisas. A desigualdade tende a aumentar, seja no bom preparo para vida, assim como na renda. A pressão vai aumentando: desemprego, catástrofes naturais, tensões sociais, alimentos caros e escassos. A falta de bom preparo para a vida e o aumento da desigualdade são questões que podem levar à agitação social e atos de violência. A precarização da renda poderá se tornar fator desencadeante.

Como surgiram tantos fatores contrários à melhora geral das condições de vida? Surgiram com a falta de consideração entre as pessoas que se afastaram do real significado da vida. Empresas, governos e população em geral têm de examinar isso e buscar soluções apropriadas a bem da espécie humana.

Os jovens vulneráveis perdem espaço no mercado de trabalho, o que aumenta a desigualdade, algo que ficou bem difícil de resolver pela falta de escolaridade e de bom preparo para a vida, e isso poderá trazer consequências danosas para a segurança. Falta trabalho e renda estável; importantes tarefas são remuneradas precariamente. O trabalho deveria ser atividade prazerosa para o bem pessoal e geral, mas acabou se tornando mercadoria, perdendo o aspecto humano. Quem quer trabalhar?

Muitas nações exportam as matérias-primas, mas não melhoram as condições de vida da população; aumentam o PIB, mas reduzem a participação daqueles que trabalham nos resultados. No Brasil, pouca coisa evoluiu desde a abolição do regime de trabalho escravo e atualmente mais de 10 milhões de jovens estão sem estudo, sem trabalho; são pessoas vulneráveis com baixo preparo, o que é uma lamentável situação que requer programas especiais para melhora das condições gerais de vida e que ataquem a raiz do atraso. Fica bem claro a causa: administração displicente, oportunistas sugando o dinheiro público, déficits nas contas internas e externas forçando a elevação da taxa de juros.

Faltam oportunidades. Os jovens não evoluem. Máquinas vão assumindo as tarefas. Empregos desaparecem. Trata-se de uma situação complexa que exige soluções apropriadas. O que fazer com essa população, que soluções adotar? São pessoas que têm de sair da indolência e a sociedade precisa encontrar atividades produtivas que possibilitem uma sobrevivência adequada, humanamente condigna.

Havia na periferia de São Paulo várias indústrias que tinham conseguido sobreviver, mas nos anos 1990 tombaram, já que o preço dos importados bateu no custo; assim, uma a uma, todas foram fechando, e o consumo das famílias caindo, atingindo inclusive as pizzarias. O economista Bresser Pereira critica a valorização artificial do real como responsável pelo declínio.

Além disso, continua difícil o transporte público; na hora do aperto, a condução própria se torna o grande anseio, mas as ruas e avenidas travam com o mar de carros e caminhões como na Rodovia Regis Bittencourt, na proximidade do Rodo Anel, em que se verifica um mar de veículos em dados momentos. As crises vão avançando pelo mundo. São as consequências de governos anteriores. No Brasil, há muitos problemas. A maioria dos municípios estão deficitários.

Em meio às turbulências, cansadas com a luta pela sobrevivência, ao chegar em casa as pessoas precisam de momentos leves de distração benéfica. O cinema se tornou a integração das artes, com imagens, sons, cores, beleza, palavras, histórias. Exerce forte influência sobre as pessoas. Tanto pode motivar para o bem como criar revolta. Das grandes salas pelo mundo, o cinema agora tem lugar nas salas das moradias ou em qualquer lugar nos portáteis. Onde está a responsabilidade pelas imagens? As pessoas se habituam, se viciam. Antes, novelas de trocentos capítulos. Agora, seriados. Antes, ações íntimas levemente insinuadas; agora, escancaradas. E a violência? Cerca de 80% estão nas categorias: sexo, violência, palavreado baixo, uso de drogas.

Apesar de tantas cacetadas, o touro da economia brasileira tenta reagir. Um desperdício geral do capital natural e do humano. As nações se digladiam. Não está dando para aguentar; o essencial é assegurar que possamos sair dessa situação que está conduzindo as novas gerações para o cadafalso. É preciso substituir a corda da morte pela corda do resgate.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br