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CALMARIA

Calmaria não é um filme absurdo como algumas pessoas o julgaram; é algo que ficou estranho porque perdemos a capacidade de entender os acontecimentos em decorrência da forma restrita de considerar a vida na Terra como sendo uma única existência. O enredo trata da forte ligação entre o dono de um barco de pesca e que também leva turistas para passear Baker Dill (Matthew McConaughey) e seu filho Patrick (Rafael Sayeg), que vivia com a mãe Karen (Anne Hathaway) e o padrasto (Jason Clarke), um homem arrogante e rude com o menino e com a mãe, razão pela qual Patrick nutria ódio por ele.

Dill estava sem rumo numa região estranha para ele, mas foi para lá que os fios do destino tecidos por ele mesmo o encaminharam. Há uma grande luta que Steven Knight, o roteirista, chamou de jogo, mas é um embate de vontades: trata-se do jogo da vida formado pelo querer, pensamentos, sentimentos e ações; vale a intenção.

Na Terra ou fora dela os seres humanos manifestam o seu querer vivenciando-o intensamente como num sonho ou pesadelo. O querer, alimentado intensamente, tem o poder de atrair a igual espécie, foi isso o que acabou acontecendo entre o padrasto e seu enteado num choque desordenado de incompreensões, estando Dill coparticipando e vivenciando tudo com paixão e voracidade, até que se tornou consciente de onde estava para poder prosseguir sua jornada. Evidentemente o filme se apresenta limitado em relação a todos os acontecimentos, mas não deixa de ser um incentivo para as pessoas procurarem entender melhor a vida e seu significado e a responsabilidade de cada ser humano com as suas intenções, e não apenas com seus atos.