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OS PROBLEMAS DA ECONOMIA

Quais são realmente os problemas da economia? A previdência? A capacidade ociosa? A falta de pesquisa? Falta-nos ética, entusiasmo e excelência ou faltaram mais economistas lúcidos e mais pessoas com curso médio e superior completos? O sistema Breton Woods deu ao dólar o papel de moeda mundial, enquanto o FED mantinha política de preservar o poder do dólar, Brasil, Argentina e outros detonavam suas moedas com todo tipo de irresponsabilidade, permitindo desenfreada especulação. A falta de moeda confiável causou muito infortúnio abaixo do Equador.

Com os juros americanos elevados para 20% nos anos 1980, a dívida externa dobrou. Criou-se austeridade para reduzir consumo e exportar mais. Produzia-se e exportava-se, mas os dólares nem chegavam. Veio a inflação galopante. O Real resultou do congelamento do dólar na base de juros elevados; tudo encarecia, os importados não. As indústrias não aguentaram. Enfrentamos a confluência de todos os erros e irresponsabilidades, e a escandalosa corrupção que juntas apodreceram a moeda nacional. Os homens públicos continuam brincando de faz de conta em vez de administrar o país com patriotismo e seriedade.

A trava sempre vem pelo câmbio e dívida elevada. Todos estavam na cena: governo, congresso e judiciário. E foram lenientes com a dívida. Na Argentina também. E colhemos essa situação caótica que jamais poderia ter acontecido neste país se não fossem os maus governantes. O pessoal que hoje faz críticas nada fez nas décadas passadas, aproveitando as oportunidades de ganhos e deixando o Brasil resvalar para o abismo.

Acabou o mito “eu sou você amanhã”. Brasil e Argentina ficaram iguais. Governantes danificam as contas públicas fazendo a dívida crescer. O FMI exige fortes medidas corretivas que pesam para o país e sua população. Tudo vai sendo sucateado e depreciado. Predomina a maldição secular, ou seja, o feitiço que faz o dinheiro sumir e que vai se repetindo a cada década. Quando surgirão governantes patriotas? A Venezuela é uma tragédia humana. Mas o Brasil está debilitado com o irresponsável crescimento da dívida e desindustrialização; precisa se recuperar, pôr a casa em ordem, dar educação e saúde.

A economia mundial está instável. A do Brasil pode virar pó, pois vem sendo tratada com displicência há décadas, resultando no caos atual, endividado e com pouca indústria. O dinheiro está sumido. Usa-se o cartão de crédito para tudo para postergar o pagamento, isto é, as pessoas estão comendo hoje o salário de amanhã. É preciso encontrar a saída para aumentar a produção, empregos, renda, consumo. A miséria vai comendo por dois lados: o do bolso vazio e o da consequente falta de preparo para a vida, fragilizando a economia.

O que está acarretando a alta do dólar no mundo? Insegurança. Medo da estagnação que vai lançando seus tentáculos? Guerra cambial? No Brasil, há o reflexo da dívida de quase R$ 5 trilhões e o descompasso entre as forças políticas que mandam e mamam no país. O mundo ficou engessado ao dólar que interfere profundamente na economia. Capitalismo em crise ou a Humanidade? A França fala em reformar o capitalismo tendendo para a centralização do poder. Por que diminuem as oportunidades e aumenta a precarização? Grande parte das operações do capitalismo estão hoje sob o modo capitalismo estatal com mais controle sobre o que produzir e para onde exportar, uniformizando salários para baixo, criando novos problemas e conflitos para o capitalismo ocidental viciado e dominado por forças corruptoras, mas que, apesar de tudo, enseja alguma liberdade. Como sempre, a causa do aumento da miséria está no ser humano e sua cobiça por riqueza e poder, e desrespeito às leis naturais da Criação.

Nas Repúblicas tudo ficou tão contaminado pelas articulações que os globalistas querem mudanças no jeito de administrar os estados. Se hoje não estamos bem, a liberdade e individualidade poderão se restringir mais ainda. OCDE, OMC, temos várias organizações, mas a economia global ficou desequilibrada. Essas organizações deveriam cuidar do comércio justo e equilibrado para que não faltassem empregos e para evitar a atual tendência de precarização geral. O Brasil deveria ter se consolidado como polo de atração da Luz e da Verdade para o bem da humanidade. O que deu errado? Permanecemos sem rumo. Para onde vai a economia?

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

PROBLEMAS BRASILEIROS

Enquanto o drama do mundo é a cobiça de poder, o problema do Brasil é a falta de estadistas sinceros, leais, sábios, patriotas que busquem o melhor para o fortalecimento da população e da qualidade de vida. Os falsos estadistas continuam se digladiando para ver quem manda mais, quem fica com o pedaço mais suculento e, com isso, o futuro vai ficando ameaçado. As novas gerações precisam de bom preparo para a sua responsabilidade para não perder a esperança. Mas, afinal, como foi que o Brasil e o mundo chegaram a esse momento caótico na convivência pacífica e na economia que a tudo constrange?

A sociedade fragmentou-se. Faltam propósitos enobrecedores e coesão na busca da melhora. A divisão do trabalho é importante e necessária para aumentar a produtividade, mas acabou criando tarefas repetitivas que contribuem para inibir a criatividade e o aprendizado das inovações. Tarefas repetitivas deverão ser entregues aos robôs. O ser humano precisa de leitura, flexibilidade, projetos de melhora geral e de aprimoramento pessoal. A educação tem que promover tudo isso.

O amigo leal dos seres humanos é o bom livro. Através dele, cresce a imaginação e a capacidade de refletir intuitivamente, isto é, a conexão com o eu interior, aspectos que diferenciam o homem da máquina. Com o advento da eletrônica e informática, cinema, TV, internet, vídeo, divisão extrema do trabalho e redução de empregos, a monotonia foi tomando conta da vida. Vive-se o dia a dia sem entusiasmo. Para muitas pessoas, conectar-se à rede se tornou meio de fugir do vazio da vida.

A realidade brasileira é brutal, em permanente crise com pequenos intervalos de alguma melhora, com dívida elevada que se formou com desmandos, juros e perdas cambiais. O dinheiro público tem sido mal administrado com enormes desperdícios e desvios. Um país rico em recursos naturais, mas economicamente pobre com poucas oportunidades de empregos e boa educação. Fazem falta bons estadistas e melhor preparo da população.

Precisamos de produção, trabalho, consumo adequado. Na China, foi usado ópio para obter riqueza e promover a fragilização; no Brasil, nem foi possibilitado o fortalecimento da população para construir um país de vida condigna. A droga chegou logo. Precisamos de uma geração forte, bem preparada para a vida, disposta a empregar o melhor de si para alcançar um futuro melhor.

Os jovens precisam aprender a refletir e a liberar a ampla visão intuitiva. Desde cedo as crianças devem ser orientadas para a importância do aprendizado, do trabalho e da busca do significado da vida. Quem somos nós? O que é o planeta onde vivemos? Como ele possibilita a vida? Tudo segue o ritmo das leis da Criação.

Como fruto do desequilíbrio geral está ressurgindo, de forma preocupante, a questão da imigração de refugiados, principalmente porque nenhuma entidade mundial está tomando medidas disciplinadoras, enquanto países que já contam com muitos problemas internos se veem diante de invasão não prevista e sem meios para dar uma solução apropriada.
O desequilibrado sistema internacional de relações entre os povos tem se mantido da mesma forma num mundo em que os mais fracos não tinham como discordar do ganho de uns com perdas de outros, o que veio a ser reforçado pela globalização. Quando as relações entre os povos são feitas sem equilíbrio, o desarranjo é inevitável, mas às vezes isso demora a aparecer. Se o mundo quer paz, está na hora de restabelecer o equilíbrio para obter o progresso geral.

Com a eclosão das transformações econômicas, a hegemonia do dólar passa a ser pressionada. Haverá troca de moeda global ou conviverão duas delas? O que o Brasil precisa fazer diante do agravamento da guerra comercial? Se exportar menos, vai dispor de menos dólares e reduzir importações. O que dizem os governantes sobre essa situação da economia? Haja Luz e Paz sobre o Brasil para que possa progredir de fato.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7