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O BECO SEM SAÍDA

Em época difícil como a atual é importante não perder o “pique”, ou seja, a disposição, a motivação, a força de vontade de ir em frente, vivenciando e aprendendo, pois a vida assim o exige. Cair no desânimo é atraso de vida e perda de tempo.

Desde a crise do petróleo, em 1975, houve uma crise atrás da outra. Há indícios de que o começo desse ciclo foi em 1971, ano da ruptura do acordo de Breton Woods. Em 1980, houve a crise da dívida externa e aperto, com juros de 20% nos EUA; em 1998, a crise asiática; em 2001, a bolha na internet; em 2009, o subprime; em 2012, a dívida na Europa; e em 2020, a paulada da pandemia. Agora, em 2023, vem a soma de tudo. Não houve previdência. Onde estão os sábios que deveriam estar pesquisando como melhorar as condições de vida na Terra?

A humanidade se acha no beco sem saída, construído em séculos de cobiças. Mas isso não é mencionado, então a população é manipulada com a astuciosa técnica de comunicação, “gaslighting”, que insinua que o que o indivíduo está vendo e sentindo não é a verdade, mas a narrativa criada. O assunto do dia é a inflação e recessão. Faltam mercadorias. O dinheiro flutua pelo mercado. Solução: recolher o dinheiro com a taxa de juros. Isso reduz o consumo? Mas e o déficit na oferta, como resolver? A miséria surgiu da imprevidência. Essa é a questão difícil; como ela se formou, como achar a saída?

Para onde vai o Brasil e as demais nações? Quem está se preocupando com os problemas econômicos e sociais que se agigantam, além do adensamento das catástrofes naturais? Aumentar o gasto resolve? Se for um dispêndio aleatório é jogar dinheiro fora. Os gastos públicos têm de ser de tal forma que promovam retorno, ampliando a produção e a atividade econômica em geral, para assegurar a sobrevivência de forma condigna e que não seja uma dependência de esmolas com o dinheiro público.

A população precisa de bom preparo, atividade e esperança de melhor futuro. A política pão e circo só induz à decadência geral. A humanidade perdeu a memória dos acontecimentos essenciais da vida, desenvolvendo noções incompletas ou erradas.

O cinema se tornou a principal fonte de manipulação da opinião pública. Pode ter dado boas contribuições, mas os filmes, em sua maioria, depreciam o ser humano de qualidade, rebaixando-o a nível inferior ao do animal em seu instinto natural. A feminilidade vem sendo atacada já faz tempo. Agora surge uma onda atacando a masculinidade. Desse jeito, como o trigo do pão nosso, tudo vai virar “transgênico”, sem que se saiba exatamente quais serão as consequências.

Os desequilíbrios gerados por gestões comprometidas com interesses particulares criaram o intrincado cenário da sociedade. Uma edificação complicada com vários puxadinhos, que se transformaram num labirinto confuso. Os países necessitam produzir; os produtores necessitam de regras claras, mas o oportunismo vai criando estímulos, restrições e arranjos que conflitam entre si. Não há uma unidade nem seriedade, quem pode mais obtém vantagens escandalosas, quem trabalha e produz se sente abandonado e humilhado, e a busca por vantagens especiais se torna uma constante, sem saída, só remendos.

As guerras e os armamentos evoluíram. No século 19, o Império Britânico, com sua imbatível frota naval, dominava um quarto da superfície da Terra e sua população. Ao lado dela a França também se destacava. A Alemanha foi desenvolvendo suas fábricas com produtos de qualidade e preço. Não tardou que surgissem conflitos e guerras. Nesse período tomou corpo a guerra com bombardeio aéreo fulminante sobre as cidades. As elites intelectuais muito discutiram sobre essa forma de guerra extremamente cruel, como se as guerras em si já não o fossem. Por fim, surgiram as armas nucleares de extermínio em larga escala, desenvolvidas inicialmente pelos Estados Unidos e Rússia.

Em 2023, muitos países possuem esse tipo de armamento que coloca em risco a sobrevivência da humanidade. Os ânimos estão acirrados, os conflitos econômicos se avolumam. A impensável guerra total vai se desenhando na mente dos estrategistas e o grande risco para a humanidade será cair no beco sem saída construído por ela mesma.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DIA DO AJUSTE FINAL

Como entender os meandros do poder em 2023? Que forças destrutivas estão impulsionando os acontecimentos? Querem desestruturar, tumultuar tudo, criar o caos, para que sejam aplicadas medidas fortes acabando com a liberdade e as individualidades? Está disseminada a sensação de que a humanidade perdeu o rumo, está acéfala e alienada.

A revolução francesa se destacou como um marco da nova história da humanidade que deveria dar uma guinada para a liberdade e o bem geral. Passados mais de dois séculos, há pouco a ser comemorado, pois todos esses anos não foram aproveitados para construir uma base sólida para a humanidade progredir com segurança. Faltaram lideranças sábias que forjassem uma sociedade decente e digna. Faltou força de vontade da população.

Com o avanço do poder econômico transnacional, as fronteiras vão deixando de ser a fonte da soberania do Estado. O controle do eleitorado e da estrutura do Estado tem assegurado a permanência de grupos no poder. Assumem o comando, podem, mandam, e quem não obedece perde espaço. Eliminam as privatizações, vão tomando conta de tudo, pois o poder se assegura com o dinheiro. Como isso vai evoluir, não se sabe.

Tornou-se muito difícil enfrentar o poder. Quando o grupo que está no comando considera um indivíduo como sendo de fora, como um perigo, não há o que se possa fazer. As porteiras se fecham, as informações somem, e solitário e isolado, o indivíduo fica num assédio moral, sem possibilidade de atuar. É um fato mundial. Os que estão no poder querem afastá-lo para não se sentirem ameaçados em sua zona de conforto, pois não havendo a submissão de cúmplice no que fazem, não há como confiar.

Figuras tirânicas tomaram o poder e a riqueza, enquanto a miséria avançava pela Terra. Bloquearam o espírito para dominar com o cérebro. É a desumanidade que vem atingindo a espécie humana de longa data, mas do jeito como as coisas caminham ainda teremos muita desumanidade pela frente como meio utilizado para assegurar a conquista e conservação do poder.

Os seres humanos não se esforçaram por compreender o significado da vida e aqueles que poderiam ter auxiliado nisso, se deixaram levar pela vaidade e mania de grandeza, e passaram a travar a luta pela conquista de influência, poder econômico, e desfrutar das benesses do viver na Terra.

A história econômica detalha, com precisão, que a ânsia por poder deu origem ao avanço da miséria. Foi assim que surgiram os dominadores e os dominados, muitos dos quais se acomodaram, outros acabaram aceitando as exigências por não terem forças para se oporem, pois a verdade sobre a Criação e a vida foi sendo distorcida e escamoteada, e perseguidos aqueles que se esforçavam por trazer esclarecimentos.

Há estimativas de que 90% dos seres humanos dormitam e aceitam as condições gerais de vida por serem indolentes e comodistas, e não despertam para a realidade nem mediante os mais lúcidos esclarecimentos. A boa educação é a matéria-prima do crescimento, quando entendida como o bom preparo para a vida, com mente flexível, desejosa de alcançar a excelência, e que compreende que o circo deve ser um lazer para recuperar forças, e não um meio permanente de vida, que provoca o desperdício de tempo e enfraquece o espírito. Com seres humanos voltados para o bem e confiantes surge o êxito.

Capitalismo de livre mercado? Capitalismo de Estado? Ou capitalismo dos tiranos, dos que se opuseram ao capital transnacional sem pátria, e dominaram nações em benefício próprio? Está se disseminando a sensação de que a humanidade está fora do rumo certo e sem esperança. Milênios deixaram de ser aproveitados para construir uma base sólida para a paz e o progresso. Faltaram estadistas sábios que impedissem a decadência.

Se os seres humanos não se empenharem com seriedade, visando construir um mundo decente, digno da espécie humana, a decadência e embrutecimento será inevitável, e o caos tomará conta da Terra. Acontecimentos brutais nos pegam de surpresa, desanimando e entristecendo. Mas o dia do ajuste final não está distante. A Justiça Divina, a paz e o respeito às leis da Criação serão impostas pelo Filho do Homem para o bem dos espiritualmente humildes.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

2023, O ANO DO COELHO

No calendário chinês, doze animais se sucedem a cada ano e 2023 é o ano do coelho. Essa notícia chama atenção porque 1939 também foi o ano do coelho, animal doce e pacífico. No entanto, naquele ano teve início o grande conflito mundial.

Não é de hoje que as nações se armam e se testam para demonstrar seu poder de fogo como forma de contornar as guerras, mas a voz do povo perdeu força e os maiorais agem sem dar explicações. Os donos do poder, no alto nível, vão estabelecendo suas metas e suas disputas, mas o povo fica cada vez mais como massa de manobra com direito a obedecer ao que eles determinarem.

A individualidade está em extinção. A grande maioria não faz mais reflexões intuitivas, não tem tempo nem vontade; foi fisgada por atrativos improdutivos e se acomodou. Nas mídias sociais o conteúdo atual é meio rasteiro com autobajulação, medo, ódio, censura, faltam palavras beneficiadoras.

Em 21 de dezembro de 1804, nasceu Benjamin Disraeli, um político conservador britânico, aristocrata e que foi Primeiro-Ministro do Reino Unido em duas ocasiões, além de autor de vários livros e frases famosas como a que se segue: “O mundo é governado por personagens bem diferentes do que imaginam aqueles que não estão nos bastidores.”

A geopolítica está adquirindo novos contornos com o agravamento das condições climáticas, o que desperta a atenção das potências para as regiões bem-dotadas de recursos naturais e minerais. Isso é preocupante para as nações atrasadas sem capacidade de enfrentamento e, no geral, com péssima governança.

A América Latina, incluindo o Brasil, tem sido quintal da Inglaterra e da Europa. Os EUA assumiram a posição com exclusividade. Surgiram outros atores, como Rússia e China. Todos olham para as matérias-primas e mercados. Não é difícil semear descontentamento na população, sempre deixada em plano secundário, e dividi-la mais ainda com os desequilíbrios provocados pela globalização que levou a produção para onde houvesse menor custo. Isso acarretou desequilíbrio global. Com o surgimento da dependência externa, países estão trazendo de volta suas fábricas.

A governabilidade das nações tem de ser aprimorada. O que acontece numa pequena nação, acontece nos grandes arranjos mundiais. Com falta de disciplina nos gastos a gestão pública esvazia o cofre, aumenta a dívida e chega ao ponto de os países ficarem sem verba para gastos essenciais, como remunerar médicos e pagar outras necessidades básicas.

Um partido elege o presidente e indica milhares de indivíduos comissionados com bom salário. A quem eles vão seguir, que objetivos vão atingir? Logicamente os do partido; a nação e seus interesses maiores ficarão para depois. E tudo vai estagnando, pois fazem arranjos inadequados ao país para se manterem no poder, esquecendo as finalidades para as quais foram eleitos.

Há que se pensar mais seriamente na vida e na forma de produzir, consumir e preparar as novas gerações para uma forma de viver adequada à espécie humana. Precisamos educar para a vida, formar seres humanos de qualidade interior com respeito ao próximo, sem teorias ideológicas ou preconceitos.

Há dois mil anos, Jesus brigava com os sacerdotes em Jerusalém, não por ideologias político-sociais, mas porque estes impunham o regulamento deles, colocando de lado as leis divinas da Criação, pois se estas fossem respeitadas, não haveria exploração de uns pelos outros. Ama ao próximo como a ti mesmo. Não o prejudique para satisfazer as próprias cobiças. Eis o quanto basta para estabelecer a paz e a bem-aventurança.

O ano de 2023 já está com as portas abertas. A humanidade quer paz, mas para isso é preciso que haja o esforço de todos, em vez de ficar exibindo poder destrutivo num jogo perigoso de atemorizações, que a qualquer momento poderá ficar tão emaranhado, impossível de ser desfeito, pois a utilização desses armamentos seria a grande tragédia e o fim de uma era da humanidade. Uma parte das pessoas entra no ano novo produzindo armas e munições; outra, detonando, e o restante brincando ou rezando; no entanto, todos deveriam estar empenhados em alcançar grandeza humana pela paz e progresso geral.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A FELICIDADE HUMANA

Há muito burburinho. Cada comunicador quer destacar o seu achado, muitas vezes lançando inquietações desnecessárias, pois todos sabemos que algo diferente está se movendo na Criação, exercendo influências na vida de todos. A questão de datar acontecimentos é complicada e inadequada porque não estamos aptos a desvendar o tempo em que ocorrerão os eventos cósmicos que transformarão o planeta e a humanidade.

A saúde mental é um problema que se agiganta pelo mundo. Sentimentos e pensamentos se aprisionam aos problemas materiais do dia a dia, da vida que se tornou a luta da renhida sobrevivência, provocando ansiedade e angústia. São pensamentos e sentimentos que não se elevam buscando alegria e serenidade. Os remédios caros atenuam, mas não curam; criam dependência. Dois anos de pandemia, isolamento e temores, seguidos de desemprego e inflação não influenciaram muito o livre querer dos seres humanos na busca da espiritualidade como prioridade da vida. Talvez isso aconteça quando houver o grito desesperado por socorro.

O ser humano é espírito peregrinando em busca de evolução. Ao se despir do corpo terreno, o espírito segue, de acordo com as leis da Criação, o caminho que traçou para si em vida. As trevas querem manter o espírito na indolência para que não se fortaleça e se perca, sem encontrar o caminho para o Alto. Se o espírito tiver um querer forte, não se deixando prender nas armadilhas preparadas pelas trevas, permanecendo firme no bom querer, encontrará o caminho para a liberdade espiritual.

Na escolha entre o bem e o mal cada ser humano exerce o seu livre-arbítrio. Mas o exército da Luz atua no plano espiritual, restringindo a ação dos servos das trevas que se opõem à evolução. Deveria ter recebido amplo apoio dos seres humanos encarnados na Terra, onde as trevas agem desembaraçadamente com o apoio dos espíritos indolentes, cujos pendores os atam ao plano material, e em vez de se elevarem ao plano espiritual, ficam retornando para novas encarnações no planeta, cuja população está próxima a oito bilhões de almas encarnadas. Nessa contingência, transformar cadáveres humanos em adubo seria um projeto natural, ou estaria ferindo as leis naturais da Criação?

O que os jovens pensam da vida? O que eles querem? O que os afasta da espiritualidade e da busca do saber da Criação? Por que fogem dessa busca? Não adianta ficar só criando distrações. O essencial é preparar os jovens para que, com o saber real, conscientemente se esforcem para construir um futuro melhor para si e para a humanidade. O Brasil e o planeta precisam de uma geração forte que pense com simplicidade, clareza e naturalidade.

Sintonia e propósitos de vida são fundamentais. Na vida conjugal, o casal precisa de união. Se estão juntos, mas cada um entretido com seu smartphone, caminhando em direções diferentes, ou seja, estão sentados no mesmo sofá, mas separados em pensamentos, se isso se repete com frequência abre-se um vazio, pois estão alheios um ao outro, seguindo em direção oposta através da lei da atração da igual espécie.

Um fato que está afetando o vivenciar das pessoas é o desenrolar da guerra econômica e monetária. Enquanto os juros americanos fortalecem o dólar gerando desvalorização das outras moedas, o Brasil, com seus 13,75 % de taxa Selic, segue navegando sem grandes atropelos. O câmbio, isto é, o preço do dólar, tem sido o grande tropeço na economia do país. Há muita coisa a reparar, pois a enganação e a demagogia utópica de falsos estadistas causaram muitos danos à nação. Reage Brasil, saia da falsa visão utópica ideológica, caia na real, pois ainda restaram fatores positivos que não podem ser destruídos.

A grande questão do momento para a nação brasileira é impedir que os predadores açambarquem as benesses do poder, sem se preocuparem com a nação e seu povo, como tem sido feito há décadas. Para manipular as massas, tudo está sendo usado de forma distorcida e desleal. Há séculos a natureza tem sido vítima das cobiças dos homens. O sol e as leis da Criação são os principais agentes da mudança do clima. Cada indivíduo acredita no que quer. No íntimo, muitas pessoas priorizam as afinidades que têm com políticos que não visam o bem geral. É fundamental para a felicidade humana o amor à natureza como gratidão por tudo que ela nos tem ofertado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

HISTÓRIA DO BRASIL

Onde estão os historiadores? O que eles dirão sobre a nossa era de atraso? O que dirão as próximas gerações? Conseguirão desvendar as causas da superinflação; o famigerado Plano Collor, as lutas de Zélia Cardoso de Mello, quando foi ministra da economia para não elevar a taxa de juros; os meandros do Plano Real; os governos de Lula; as jogadas com o dinheiro público; o sucateamento da educação dos jovens; o esforço para manter o dólar artificialmente barato; a compra da refinaria de Pasadena? O que aconteceu no governo de Temer? E sobre a chegada da pandemia em 2020; a complicada eleição de 2022; o papel do poder judiciário e a letargia do legislativo?

A nação brasileira sofre de um mal, pois cada poder, cada indivíduo, quer ser mais que o outro e impor sua vontade e seus interesses particulares. Se dissessem que isso aconteceu no passado, daria para entender, mas está acontecendo no século 21. Inacreditável!

Nos anos 1980, com os problemas da dívida externa, a indústria começou a perder apoio, que culminou com a valorização do real que inviabilizava as exportações, como já tinha acontecido com a Argentina. As grandes corporações foram tirar proveito da mão de obra barata da Ásia e precisavam ampliar seus consumidores pelo mundo, mas o câmbio era o entrave, o que foi contornado com a âncora cambial valorizando o peso argentino e o real brasileiro, acarretando ainda elevados encargos de juros.
É decepcionante observar a rudeza das atitudes e palavras de muitas pessoas astutas e desonestas, que não se envergonham de extravasar o seu ódio. O Brasil está vivendo uma fase muito difícil. Há quem diga que parece o tempo dos interventores de Getúlio, com suas imposições e atitudes arbitrárias. O que se poderia fazer?

Em linguagem popular, está chegando a era das vacas magras. O dinheiro não consegue soluções num planeta de recursos limitados com humanidade displicente em seu modo de vida. Aumentar a liquidez não resolve mais como antes. Algum dia o mundo verá uma economia estável cujo crescimento acompanhará o aumento da população. As cidades serão ordenadas, haverá água e saneamento. Educação para a vida e o trabalho.

A alegria vem da alma livre das tensões decorrentes do modo de vida que é pressionado pela luta pela sobrevivência num mundo áspero, onde um bombardeio de informações negativas e antinaturais entopem o cérebro, que não quer aceitar a lei da reciprocidade, fechando o canal que permitiria receber a alegria de viver.

O querer tem de ser bom, mas é influenciado negativamente pelas comunicações que estimulam sentimentos baixos de ódio e vingança em cenários sombrios de miséria e violência. Falta o amor desinteressado. Sem receber energia boa da alma o cérebro se estressa e leva o indivíduo ao desânimo. Os ansiolíticos e outras drogas disfarçam o mal, mas não removem a causa.

Estamos na balbúrdia do Final do Tempo, da prestação de contas. As trevas querem dominar o mundo. Ardilosamente, forjam a miséria e a indolência. Se a desordem tomar conta, a nação deixa de funcionar, entra o vale tudo. Enfim, será o caos que a humanidade vem preparando há séculos trazido à tona pelas leis da Criação. Haja paz para os seres humanos que querem a Luz da Verdade. Haja paz no Brasil e no mundo aos seres humanos de boa vontade.

Na crise que se precipita sobre o mundo, o que há para ser aprendido é que as coisas mudaram, a vida exige seriedade e responsabilidade. O consumo terá de se adequar a um nível natural. As pessoas deverão se afastar das superficialidades e buscar o que seja essencial para um viver mais adequado. Deverão buscar atividades enobrecedoras para não se tornarem escravos do trabalho e, ao mesmo tempo, buscar a ampliação do saber sobre a vida, sua finalidade e seu significado. A economia deverá ser um meio que possibilite um viver condigno e não a finalidade principal pela qual as pessoas morrem e se matam sem terem aproveitado efetivamente o tempo de vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ANNE COM E

À primeira vista pode parecer uma série para o público infantil, com um começo fabuloso, mas apresenta temas adultos que as crianças não compreendem e podem ser induzidas a erros. As crianças deveriam a aprender a importância da intuição para ouvir o que a sua alma diz.

A trama acontece numa pequena vila de fazendeiros, no final da década de 1890, centrada em Anne, uma jovem órfã que depois de sofrer em orfanatos e em casas de estranhos, é enviada por engano para viver com dois irmãos, uma senhora mais velha e um senhor, seu irmão mais novo, ambos solteiros. A série procura mostrar o amadurecimento de uma moça que precisa lidar com numerosos desafios, lutando por amor e aceitação e por seu lugar no mundo.

Fria e de natureza bela, a série canadense é a adaptação para a TV de uma obra clássica da literatura infantil (Anne of Green Gables), escrita em 1908 por Lucy Maud Montgomery, e retrata os problemas que geraram as condições atuais de vida no planeta. Inicia com o problema de crianças órfãs, sem lar, seja pela morte dos pais, mães sem condições de criar os filhos, crianças abandonadas. Uma visão das consequências de gerar filhos sem a devida consciência e responsabilidade. Mostra ainda a alegria de Anne ao conseguir ter um lar e uma família, e as dificuldades de ter que lidar com a mentalidade tacanha da vizinhança fofoqueira, crianças maldosas, a rigidez de professores daquela época, e a tendência de mulheres imitarem os homens.

A série também retrata o conflito e o preconceito com afrodescendentes e a forma como preceptores religiosos tratavam as crianças índias, criadas em liberdade junto à natureza, e resistentes em se adaptar às disciplinas rígidas e insensíveis.

Outro ponto abordado é a complexa questão da encarnação de pessoas com atributos femininos em corpos masculinos e vice-versa, uma questão que demanda pesquisa ampla incluindo as leis espirituais da Criação. Enfim, nessa série a espécie humana é desnudada em sua ignorância e crueldade, mas também enfatiza gestos de sincera amizade e nobreza, inspirando um futuro melhor.

 

 

 

O ARMAGEDON E A BOA VONTADE

Após o término da Segunda Grande Guerra, o mundo parou assustado diante do poder destrutivo da nova arma; temia-se o fim da existência humana. Físicos e filósofos se reuniam buscando a fórmula para evitar a ruína, enquanto estrategistas confabulavam sobre como tirar o melhor proveito da nova arma.

Em 1962, o mundo se assustou com a crise dos mísseis russos em Cuba. Após semanas de tensão, chegou-se a uma solução com a retirada das armas próximas a Washington (EUA). No caso recente Rússia-Ucrânia, não se chegou a lugar nenhum tendo sido iniciada nova guerra sangrenta com potencial de criar o armagedon. Seria algo casual, ou a colheita do que a humanidade tem semeado durante milênios, dedicando-se às banalidades do dia a dia, deixando de buscar o significado da vida, sempre colocando a essência espiritual em plano secundário?

Pesquisadores e filósofos alertam que há algo errado na economia mundial, mas isso seria consequência decorrente do modo de viver afastado dos ensinamentos de Jesus quanto à consideração ao próximo. A necessidade de consumo da população mundial para sobrevivência superou a biocapacidade da Terra desde o início da década de 1970, e a cada ano o déficit aumenta mais um pouco. As pessoas não querem se dar conta disso, vivem futilmente, comendo e se divertindo, e vão empurrando os problemas para o futuro, mas quanto mais passa o tempo, maiores serão as dificuldades. O preço do petróleo assusta, mas no futuro próximo a água poderá se tornar a maior dificuldade da vida.

A pandemia de 2020 mostrou que o nosso estilo de vida chegou ao limite do insustentável e se acha em declínio vertiginoso. Os preços sobem enquanto algumas camadas da sociedade continuam enriquecendo. Armas de elevado poder destrutivo continuam sendo produzidas, atemorizando a população, mas ensejando ganhos. A cobiça por riqueza e poder não dá trégua. O lucrativo comércio de drogas se alastra pelo mundo, fragilizando as novas gerações.

A humanidade alcançou alta tecnologia, mesmo assim se defronta com dificuldades por ela mesma criadas, as quais só com papel-moeda não consegue mais solucionar. A globalização acentuou a gestão maquiavélica, dissimulada ou ostensiva, com ênfase no “quem pode mais, chora menos”, cada um tirando proveito do outro. Todos contra todos, ninguém conhece a razão, ninguém escapa.

Após milênios de perdição, Jesus veio para restabelecer a ligação com a Luz, mas com sua livre vontade os homens permaneceram na escuridão. José ia para Belém para cumprir exigências feitas pelas autoridades. A cidade estava lotada, não havia hospedaria disponível, e acabou sendo acolhido próximo à estrebaria. Três reis foram conduzidos para dar proteção à Criança, mas trouxeram presentes e foram embora. Há muitas coisas sobre Jesus que foram ocultadas ou deturpadas. Está chegando a hora da grande colheita para a Humanidade.

Num planeta limitado, com cerca de oito bilhões de almas encarnadas tendendo para nove, os estrategistas pensam nos suprimentos de amanhã. As alterações climáticas estão lançando alertas para o mundo. O viver vai se tornando cada vez mais difícil. As cobiças se voltam para África e América do Sul, e estas precisam alcançar a estabilidade, ou serão devoradas por gananciosos invasores. Há que ter governantes sérios e firmes na defesa dos interesses das nações para que as populações não sejam transformadas nos novos escravos globais, sem vontade própria, alheios ao real significado da vida. Os seres humanos têm de procurar as respostas, pois trabalhar, comer e se divertir, sem outras aspirações mais elevadas, não podem ser a finalidade da vida.

No Brasil e no mundo, os seres humanos têm a responsabilidade de preparar um futuro decente e digno. A população precisa de trabalho e renda, ou seja, meios para subsistir. A educação e preparo das novas gerações requer especial atenção, caráter, bom senso, clareza mental, propósitos enobrecedores, impedindo que as drogas destruam a juventude. É necessário ainda ampliar as áreas de plantio, mas manter ao lado áreas de preservação da mata nativa. A paz é essencial para o progresso da humanidade e tem de ser conquistada para a alegria dos homens de boa vontade. Mas o que querem os homens com a sua vontade? Para onde a estão dirigindo?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A RESPONSABILIDADE DE VOTAR

Atualmente, há grande descontrole emocional e muitos indivíduos partem para agressões morais para defender políticos e partidos nos quais depositam suas esperanças, anseios ou interesses. Temos de olhar para o Brasil com desprendimento. A luta política que se trava é de amplitude geopolítica. É importante recordar que em 1889 um grupo astuto e despreparado, atendendo a interesses externos, baniu Pedro II, e não deu atenção às famílias que abandonavam as fazendas. A história está se repetindo, uma vez que as influências externas permanecem atuando. Agora, com a indústria fragilizada, os empregos que preponderam são os que oferecem salários baixos. A educação também está desvalorizada. Que plano os economistas do plano real e os dirigentes públicos poderiam recomendar?

Há no Brasil muitas regiões que apresentam baixa escolaridade, em que a luta pela sobrevivência é cada vez mais difícil, sem liberdade, com moradias precárias, dominadas pelo medo mediante imposições e violência. É fundamental ter em mente que votar é um ato individual que requer ponderação e responsabilidade. E os candidatos, de sua parte, devem ter competência, idoneidade e amor à pátria e à população. Aqueles que acima de tudo amam e cobiçam o poder, arquitetando manobras para roubar o dinheiro da nação, têm de ser excluídos e esquecidos.

A situação da Terra ficou caótica. O desequilíbrio atual foi forjado em milênios de predomínio dos conceitos trevosos face à indolência espiritual. Os homens intelectivos acham que para encontrar soluções têm de implantar um governo forte, dinheiro e religião única, tudo organizado por eles. Mas profetas e enviados de Deus falaram da época da grande colheita e purificação; só o apocalipse, o Juízo Final, poderá restabelecer o equilíbrio e a harmonia de acordo com as leis da Criação e com a Vontade do Criador. Tudo segue uma sequência lógica de justiça. Não há razão para se duvidar da grande colheita, boa ou má, em consequência a tudo que os seres humanos semearam com suas atitudes.

De extremo a extremo a economia ameaça cair nocauteada na lona. Os antigos economistas que formularam as bases para a ciência econômica diriam que faltou bom senso. E, de fato, são aberrações as tendências críticas que se prenunciam, o oposto do que uma boa gestão econômica, desvinculada do efeito balão financeiro, teria conduzido.

Há muita aspereza no ar. Sentimos isso no trânsito desordenado, no transporte precário, nos ambientes de trabalho, nos conflitos que se avolumam, na agressiva competitividade pessoal e comercial. Pensamentos maldosos predominam. Num mundo em que cada um só pensa em si e em suas vantagens pessoais, julgando-se melhor que os demais, cultivar os bons pensamentos e a consideração é a melhor forma de estabelecer a mútua cooperação entre os seres humanos. Cada um beneficiando o outro com bons pensamentos.

Nos primórdios, há milhões de anos, surgiu o homo sapiens que se diferenciou dos demais seres por ter um núcleo vivificador espiritual, ou seja, por ser uma espécie com querer próprio e com possibilidade de decidir, dotada do conjunto cerebral, para raciocinar, e manter a conexão espiritual através da intuição. Muitos seres humanos se encantam com o raciocínio que se restringe ao tempo e espaço, esquecendo-se da intuição, ficando por isso atados ao mundo material em sua vida passageira, mas, ao contrário, deveriam atuar para o fortalecimento e desenvolvimento do espírito para se tornarem verdadeiros seres humanos. Sem isso, desperdiçam o precioso tempo que lhes foi concedido.

A trajetória humana é simples e grandiosa. Uma alma, que se acha retida no além recebe um corpo dotado do conjunto cerebral para raciocinar sobre as questões da vida terrena e manter o corpo em conexão com a alma, a ligação com o além e a espiritualidade através da intuição. Ao adentrar no mundo material, é conduzida para o local e condições em que possa aproveitar o tempo para se libertar dos erros, evoluir e beneficiar o mundo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA

Falta a boa convivência entre os seres humanos. Antes, havia um rumo, mas não era suficientemente forte, tanto que o sistema desmoronou. Hoje, poucos sabem o que querem da vida, muitos vão sendo empurrados pela superficialidade da multimídia, e sem saber estão indo atrás do beijo da morte. O descontentamento com as condições de vida não lhes permite perceber o quanto estão recebendo a cada dia, e que deveriam agradecer com a alma, retribuindo na convivência alegre, amena e natural.

Educar para quê? Por que encher a cabeça das crianças com coisas inúteis? Desde cedo as crianças têm de ser disciplinadas, aprender a viver e a conviver de forma construtiva e a respeitar a lei do equilíbrio, retribuindo por tudo que recebem, em vez de ficarem fazendo exigências descabidas, sem desenvolver esforço próprio. Falta bom senso intuitivo, iniciativa, foco, propósitos de vida. Os seres humanos deveriam buscar a Luz da compreensão do significado da vida. Muitos pensam apenas nas necessidades instintivas e no lazer e acabam se transformando em máquina sem conteúdo. Outros cobiçam riquezas e poder para dominar. É cada vez menor o número daqueles que se ocupam com o significado da vida.

Tudo gira em torno do dinheiro, a base da economia de produção e das finanças, e a cada instante ele tem de ser mobilizado pela maior parte da população do planeta, mas os interesses do capital acabaram suplantando as necessidades da humanidade. Quem controla o dinheiro, sua criação, sua distribuição? É uma importante variável para a produção, comércio e renda, mas que acabou adquirindo vida própria, podendo ser criado de forma irrestrita por interesses particulares, ou submetido à rígida escassez, sujeitando os seres humanos às suas regras, gerando o desequilíbrio econômico mundial.

Há montanhas de papel moeda pelo mundo e pouca felicidade, pois a humanidade ainda não achou o caminho do progresso real nas boas condições de vida, na saúde e no preparo das novas gerações. “Procurais e Achareis.” Pensadores achavam que o mundo se uniria pela democracia em condições de vida condizentes com a espécie humana. Cobiça de riqueza e poder impedem a convivência pacífica. Só o respeito às leis divinas da natureza poderá unir a humanidade num viver construtivo e benéfico, mas isso requer sinceridade e humildade espiritual diante da obra do Grande Criador, a qual os homens se julgam donos. No entanto, uma simples doença cerebral incapacita a atuação do espírito, impondo ao doente um viver vegetativo.

Há 200 anos surgia uma nação monárquica cujo rei era uma criança que tinha perdido a mãe. O Brasil, tornado nação independente, deveria ter sido administrado pelo casal D. Pedro e Leopoldina. Pedro se deixou arrastar pelos vícios e más companhias, e não cumpriu sua tarefa. Já naquela época os inimigos do Brasil não queriam um país livre e forte, tendo surgido uma casta de dirigentes corrupta e entreguista. Os ingleses fizeram a festa com Portugal afastado. O herdeiro da coroa tomou posse e estava dando um rumo à nação. Ao eliminar o trabalho escravo, foi banido e o país caiu nas mãos de oportunistas e foi transformado em república em 1889 por um grupo despreparado e predisposto à corrupção e dócil aos interesses externos.

Malgovernada, cobiçada pelos seus recursos, a jovem nação ficou estagnada e caiu na armadilha da dívida externa. Teve a ousadia de emparelhar o real com o dólar na base de juros altos. Fragilizou a indústria, a educação e a saúde. Com muita corrupção e desvio de verbas, o crescimento superficial não teve como se sustentar. Se não fosse pela produção agropecuária estaria à míngua como as republiquetas latino-americanas.

Os entraves são muitos. Os inimigos estão ativos, não querem o bem e o progresso do Brasil, que ainda não conseguiu se tornar uma nação de fibra, com população forte e bem-preparada, mas chegou à beira do abismo da ingovernabilidade, até que um elemento de fora da panela política chegou ao poder levado por uma população ansiosa por ordem e progresso. Ao completar 200 anos de sua independência qual será o futuro do Brasil e de seu povo ameaçado pela fome e falta de bom preparo para a vida?

 *Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CONFLITOS MUNDIAIS

Existem livros que foram impressos há séculos e transmitem a sua mensagem até hoje. A Internet parece ser mais volátil; é uma nova forma à qual as novas gerações vão acompanhando desde cedo, enquanto pessoas de mais idade têm algumas dificuldades de adaptação. O fato é que o ser humano não é máquina e não deve abandonar a sua essência para se robotizar, pois seria algo inútil, afastado da real finalidade da vida e seu sentido maior, estaria jogando fora o tempo precioso.

A inquietação é mundial. Faltam propósitos nobres na humanidade, no país, na cidade, na família, no emprego. Tudo se torna áspero com a ausência do amor desinteressado que é proveniente do sentimento intuitivo espiritual. Quem semeia colhe, sejam indivíduos ou povos, empresas ou nações. O sofrimento, quando reconhecido como retorno, se torna menos traumático pela certeza que terá um fim. É preciso ir à origem dos conflitos existentes neste planeta maravilhoso que hospeda vários povos que estão sendo malgovernados de longa data.

O ciclo de redução de custos das manufaturas está sofrendo o impacto do aumento do custo da energia, queda na produção, gargalos e inflação, causando um choque no sistema, pois não é fácil implantar novas fábricas no ocidente. Os Bancos Centrais estão enfrentando um complicado dilema. Jogar mais dinheiro na economia não assegura aumento de produção e empregos. Elevar os juros pode deprimir a produção e eliminar empregos. Então, o que fazer?

A humanidade não conseguiu utilizar o hidrogênio como fonte de energia limpa e barata. No filme Reação em Cadeia, de 1996, a ficção destaca que um projeto foi boicotado por interesses econômicos. No ocidente, com a concentração financeira, os grandes fundos são os donos de quase tudo que dá lucro e exercem forte influência sobre o comportamento das massas para manter o controle social. No capitalismo de Estado, o poder central controla tudo. O que se percebe é que em ambos os sistemas a liberdade individual sofre restrições.

A libra inglesa era a moeda forte do mundo; o marco alemão também foi apreciado. No final da Guerra Mundial, em Breton Woods, o dólar firmou seu pé na Terra. Moedas foram criadas, mas sem base firme tudo foi desmoronando e uns poucos ganhando. Surgiu o yen japonês e o euro europeu. Agora a China quer dividir o bolo com os americanos. Enquanto isso, os latino-americano, geridos pessimamente há décadas, veem suas moedas flutuando aos ventos especulativos internos e externos.

Nenhum poder sobe tanto à cabeça como o financeiro, criando a mania de grandeza mais do que qualquer outro. Atualmente, há uma confrontação financeira entre investidores do ocidente e do oriente, que envolve câmbio, ativos, empresas e regulamentações, agravando as crises econômicas. Ao final tudo acaba sendo por dinheiro.

A grande energia do Brasil e sua população, baseada na ideia do “todos juntos pra frente”, acabou sendo desviada e o foco foi para o poder conquistado nas eleições, sem o passaporte da honestidade e competência, fragilizando o potencial, descuidando da educação das novas gerações. Combateram a inflação com importados em vez de ampliar a produção, empregos e renda. Muitas crises foram superadas, mas a atual é econômica e humana pela falta de séria disposição para fortalecer o país e sua população.

O presidente do Conselho de Administração do Banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi destaca: “Neste momento, essa energia está sendo mitigada, pois vivemos uma inversão de prioridades. Governo, partidos políticos e, inclusive, representantes da sociedade direcionam suas preocupações à perspectiva eleitoral, em detrimento das questões urgentes do País”.

No Brasil, implantar programas de progresso real está ficando cada vez mais difícil. Os planos enveredam pelo imediatismo e interesses particulares. O despreparo aumenta, não há uma visão de futuro comum voltada para a construção sadia de longo prazo. Eleição é coisa muito séria que exige amplo discernimento da parte dos eleitores. Esperemos que o eleitorado se inspire em suas escolhas para que sejam eleitos aqueles que tenham um real empenho na construção de um país, lar de seres humanos, para que possamos evoluir em paz e alegria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br