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2021: O ANO DA DEPRESSÃO

2019 foi um ano de dificuldades. As festas de Natal e de fim de ano davam a esperança de que 2020 seria mais ameno e, em várias cidades, distraidamente, em fevereiro, as pessoas festejaram o carnaval nas passarelas e nas ruas. Ninguém podia imaginar que poucos dias depois haveria um grito de pavor, um toque de recolher gerando incertezas e inquietações. Máscaras, álcool gel, isolamento, desemprego, conflitos políticos, um cenário dantesco. Não se sabia que remédio tomar? De onde tinha vindo o vírus misterioso? Não havia vacina.

A pandemia fazia vítimas. Assim, sem festas em todos os países, terminou o ano de 2020. Rapidamente a roda do tempo desembarcou em 2021, ano da depressão coletiva e da estagnação econômica mundial. A depressão também se tornou um problema mundial, pois a pandemia trouxe a sensação de que tudo perde o significado diante da grave ameaça apregoada por todos os lados, gerando medo e desorientação geral.

Uma conjunção de fatores desfavoráveis, em efeito cascata, está contribuindo para novo aperto geral nas condições de vida. É preciso força de vontade para não cair no desânimo ao ver tantas coisas se desmanchado; é preciso indagar por que tantas coisas estão ruindo; é preciso motivações nobres e poderosas para gerar força de vontade para seguir em frente com coragem.

Nos países em desenvolvimento, a situação se agrava pela displicência da classe dominante e da classe política, que historicamente têm se pautado pelos interesses próprios, não dando ao país o necessário empenho e, ao mesmo tempo, descuidando do bom preparo das novas gerações. Geralmente, tudo isso tem sido parte de um arranjo em conluio com interesses externos que visa domínio, controle e ganhos. Portanto, não se trata de uma questão apenas de dinheiro, que em geral é sugado pela corrupção, mas da falta de boa gestão do país.

Nenhum poder sobe tanto à cabeça como o financeiro, criando a mania de grandeza mais do que qualquer outro. Atualmente, há uma confrontação financeira entre investidores do ocidente e do oriente que envolve câmbio, ativos, empresas e regulamentações, agravando as crises econômicas.

Onde são tomadas as decisões que interferem nos países e suas populações? As elites e uma parcela da população estão enxergando que a Terra está nos limites críticos, temerosas do ultrapassar dos oito bilhões de habitantes. Muitos, preocupados com o futuro, procuram tirar proveito máximo de tudo ao seu alcance, sejam os financistas, os capitalistas corporativos ou de Estado, esquerdistas e direitistas, todos imediatistas buscando o seu quinhão de riqueza e poder no presente, pois percebem que está em andamento a chegada de um sombrio futuro da humanidade. São enormes os desequilíbrios gerados, mas a humanidade permanece alheia ao funcionamento das leis naturais da Criação.

A falta de respeito é geral. Na economia, o desequilíbrio é geral, agravado pelas disputas políticas. Bom preparo, experiência, honestidade, intuição espiritual, atenção e vigilância, são fatores indispensáveis para deter o declínio, mas estão em falta porque o ser humano está se deixando robotizar e, sem intuição, as coisas começam a travar. Não é hora de sair de casa. Parece que a situação está mudando, mas há muitas feridas que não cicatrizaram. A hora é de pensar no significado da vida.

O ano de 2021 segue acelerado; para onde, é o que muitas pessoas querem saber. O que a humanidade aprendeu? O despreparo aumenta, falta uma visão de futuro comum voltada para a construção sadia visando o bem geral. É preciso transformar a Terra num lar de seres humanos para que a evolução ocorra naturalmente em paz e alegria.

Vivemos um momento de inquietação global. A falta de propósitos começa mais em cima, na humanidade, no país, na cidade, na família, no emprego. Tudo se torna áspero com a ausência do amor desinteressado, proveniente do sentimento intuitivo espiritual. A indolência espiritual finca suas garras onde não encontra resistência. As pessoas veem, mas não enxergam; ouvem, mas não escutam. Aceleradamente as coisas vão acontecendo; acomodados, os seres humanos não se mexem, pois diante das dificuldades, deveriam estar agindo como seres vivos e despertos, com pleno uso de suas capacitações.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O NOVO LUXO

O luxo mudou. Existe um novo conceito moderno do que é o luxo supremo. Os antenados estão ressignificando não só a palavra, mas as suas atitudes em relação a ela. A mudança de comportamento nos mostra uma nova consciência no mundo. E toda grande transformação começa quando ocorre uma mudança de valores, e é isso que estamos vivendo. Aos poucos, mesmo os mais desatentos, os mais conservadores, mesmo os novos ricos, deslumbrados com sua escalada social, já percebem ou irão perceber que o luxo agora é outro.

Então, o que significa luxo nessa era moderna contemporânea? O novo luxo é ter saúde. Liberdade. Tempo. Ter espaço nesse planeta atulhado, ter hortas orgânicas, abelhas, animais livres, água limpa, rios e mares limpos, matas nativas e florestas preservadas, biomas naturais.

E quem pode se dar esse luxo? Quem puder cuidar de sua saúde física, mental, emocional, psíquica e espiritual. Quem puder ter a liberdade de ser o que é, sem se preocupar com a opinião de ninguém. Quem puder ter tempo de fazer o que gosta e gostar do que faz. Quem puder ter tempo de flanar, pensar, se dedicar a observar a beleza das coisas, de criar beleza nas coisas, de descobrir o mundo. Quem puder ter tempo de dançar sozinho, olhar demoradamente um pôr de sol. Quem tem tempo e puder cuidar dos animais abandonados e ter uns bichinhos pra chamar de seus. Quem tiver tempo de cuidar do jardim e plantar árvores. Tomar um café no fim de tarde e ler um bom livro. Quem tem tempo de conhecer, descobrir e amar as pessoas. De poder fazer amor com todo o tempo do mundo. De acordar de bom humor e acreditar que é possível, e que estamos aqui para presenciar pequenos e grandes milagres.

O novo luxo é ter paz de espírito, consciência tranquila, meditar e sentir aquela felicidade que nasce dentro de você, não importa o que aconteça fora. O novo luxo é saber que para ser feliz temos que desejar que todos possam ser felizes também. Não carregar o peso de sentimentos ruins e pensamentos negativos, mas deixar que eles passem como passam as nuvens escuras pelo céu.

O novo luxo é saber ser gentil com pessoas que você não conhece, com empregados, funcionários, subalternos, ou quem está de algum modo lhe prestando algum serviço. Respeitar o outro independentemente de sua posição social, raça, cor ou credo. Respeitar o ser humano como ele é. O novo luxo é tentar entender quem pensa diferente, quem nos é estranho e saber que violência sempre gera violência e esse beco não tem saída.

O novo luxo é admitir sua fraqueza, perdoar seus erros e se divertir com seus defeitos. Saber que nosso encanto é essa mistura de tudo, muitas vezes confusa e desajeitada, mas sempre tentando ir pelo caminho do bem. Todos temos falhas, todos fazemos bobagens, dizemos coisas que não queríamos ter dito e saber pedir perdão é sempre libertador. Uma das conquistas do novo luxo é essa plenitude.

O novo luxo é experienciar, vivenciar, aprender. O novo luxo é conhecimento. Uma visão abrangente sobre o mundo em que vivemos e nossa passagem por esse lindo planeta azul. O novo luxo faz de você um novo ser humano, sua busca é evoluir e ser melhor. Sua busca é ser mais feliz.
O novo luxo não é ter: é SER! Viver numa casa arborizada com flores e pássaros, com pessoas serenas e generosas dotadas de simplicidade, clareza, naturalidade e alvo espiritual elevado. Com bons pensamentos e atitudes respeitando as Leis da Natureza, com oração bem intuída, brevemente será o grandioso e Novo Luxo da vida. É esse luxo que desejamos para todos nós nesta nova fase da vida que está surgindo no horizonte.