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FOGO OLÍMPICO 2021

De muitas maneiras desperdiçamos força com pensamentos negativos ou mentirosos. Negativo é tudo aquilo que prejudica a evolução dos seres humanos. O desequilíbrio gerado por aqueles que querem mais riqueza e mais poder travou a evolução progressiva e natural. Pobre humanidade que, em seu descuido, abriu as portas para a estagnação e declínio. Na vida é preciso estar atento, não se pode deixar sopa para mosquitos, ou seja, não dar oportunidades para ataques dos inimigos da Luz.

Periodicamente se realizam os jogos olímpicos. O Brasil foi sede dos Jogos Olímpicos de 2016, da XXXI Olimpíada, mais comumente chamada de Rio 2016 que deixou tristes lembranças de corrupção e desvio de verbas. Após um período de incertezas devido à pandemia que atingiu o planeta, as Olimpíadas de 2020, a XXXII, tiveram sua data oficialmente marcada para se realizar em Tóquio no período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Pontualmente às 8h00 (horário de Brasília), com a tocha olímpica já flamejando, teve início a cerimônia de abertura. Destaque para um enxame de 1.824 drones projetando a imagem da Terra no céu enquanto se ouvia a música ‘Imagine’, de John Lennon. Mas qual é a origem desse nome?

Olimpo ou Valhala. O imenso castelo Olimpo onde Zeus coordena a atividade dos “deuses” – os seres que cuidam da natureza e que eram bem conhecidos pelos gregos, romanos e nórdicos. Zeus, Wotan, Osíris, Júpiter. Vários nomes para o servo do Criador. A humanidade estava no estágio de evolução ligado à natureza, e a partir daí deveria ter reconhecido o Criador, o Único, mas sobreveio o declínio que prossegue. Só sobraram as lendas que foram se tornando cada vez mais apagadas para que fossem esquecidas. Restou o fogo Olímpico!

Os Estados Unidos têm pela frente a China como o grande adversário na geopolítica mundial. Os países gostam de exibir medalhas de ouro para mostrar a sua ascensão econômica e cultural, e não será desta vez que deixarão de aproveitar essa oportunidade de exibicionismo.

O capitalismo de Estado, adotado por alguns países, é um outro capitalismo no qual os dirigentes do Estado vão tomando decisões, influenciando a economia para que siga os planos centralizados visando manter a população ocupada, o consumo adequado, e manter as condições que assegurem à China a sua continuidade como potência exportadora. São dois sistemas de capitalismo: o ocidental, dito de livre mercado, e o oriental, dito de Estado, em competição acirrada. O diferencial era a liberdade, que vai ficando ameaçada em ambos os sistemas, pondo em risco a evolução beneficiadora da espécie humana.

Qual é o risco da introdução de robôs na substituição do trabalho humano? Não deveria haver risco algum, mesmo porque a divisão do trabalho em mini tarefas criou uma rotina massacrante difícil de suportar por longos períodos. O mal não está no progresso tecnológico, mas nos objetivos dos seres humanos distanciados da busca da melhora geral das condições de vida.

Com frequência as pessoas sorriam mais, brincavam mais, alegrando-se com suas conquistas mesmo nas pequenas coisas. Atualmente há mais tensão no ar. Falta alegria espontânea e confiança no futuro. A insatisfação cresce. Falta o agradecimento humilde pelas coisas que a vida oferece. Nesse ambiente, muitos caem nas drogas como meio de aliviar o tédio, fugir da rotina pesada, pois falta-lhes um projeto de vida, um alvo elevado que ocupe seu tempo de ociosidade, e se livrarem da insatisfação e da raiva sintonizando sentimentos benéficos que harmonizam, trazendo paz e serenidade.

Em que tempo a humanidade está? Os EUA criaram o sonho americano, que já não é o mesmo dos anos 1950. A China está criando o sonho chinês, diferente do americano, mas prega o bem-estar para sua população que já passou por maus pedaços. As democracias ocidentais se desgastaram com a corrupção e aumento das desigualdades nas oportunidades de trabalho, renda, educação, definição de propósitos de vida.

O drama universal é a ausência do sonho da humanidade que deveria se voltar para tudo isso: educação, produção, trabalho, renda, consumo, aprimoramento da espécie, continuada melhora das condições de vida na Terra. O desequilíbrio gerado por aqueles que querem mais riqueza e mais poder travou a evolução da humanidade.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

CALMARIA

Calmaria não é um filme absurdo como algumas pessoas o julgaram; é algo que ficou estranho porque perdemos a capacidade de entender os acontecimentos em decorrência da forma restrita de considerar a vida na Terra como sendo uma única existência. O enredo trata da forte ligação entre o dono de um barco de pesca e que também leva turistas para passear Baker Dill (Matthew McConaughey) e seu filho Patrick (Rafael Sayeg), que vivia com a mãe Karen (Anne Hathaway) e o padrasto (Jason Clarke), um homem arrogante e rude com o menino e com a mãe, razão pela qual Patrick nutria ódio por ele.

Dill estava sem rumo numa região estranha para ele, mas foi para lá que os fios do destino tecidos por ele mesmo o encaminharam. Há uma grande luta que Steven Knight, o roteirista, chamou de jogo, mas é um embate de vontades: trata-se do jogo da vida formado pelo querer, pensamentos, sentimentos e ações; vale a intenção.

Na Terra ou fora dela os seres humanos manifestam o seu querer vivenciando-o intensamente como num sonho ou pesadelo. O querer, alimentado intensamente, tem o poder de atrair a igual espécie, foi isso o que acabou acontecendo entre o padrasto e seu enteado num choque desordenado de incompreensões, estando Dill coparticipando e vivenciando tudo com paixão e voracidade, até que se tornou consciente de onde estava para poder prosseguir sua jornada. Evidentemente o filme se apresenta limitado em relação a todos os acontecimentos, mas não deixa de ser um incentivo para as pessoas procurarem entender melhor a vida e seu significado e a responsabilidade de cada ser humano com as suas intenções, e não apenas com seus atos.