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TRUMP OU BIDEN?

As grandes batalhas requerem a arte da sutileza e do sigilo, ou seja, aprender a ser discreto, calado. Ostentar força pode intimidar, mas achar que o outro está intimidado não é argumento para cantar vitória antecipada nesta época com falta de verdade e sinceridade. Um ataque bem planejado, num ponto sensível, provocará reação impulsiva, atabalhoada, consumindo energia e serenidade, revelando pontos vulneráveis. De que valeria recontar votos supostamente fraudados?

Existem técnicas milenares, de Sun Tzu a Machiavel, mesmo assim vaidosos se desguarnecem e quando percebem já estão cercados pelas manobras e avanços do contendor. Essa reflexão mantém proximidade com o embate eleitoral dos Estados Unidos. Na China é mais simples; na prática, tradicionalmente, o presidente indicado é o secretário-geral do Partido Comunista. Não há votos com cédulas, votos pelo correio, ou urna eletrônica – meios passíveis de corrupção.

Trump construiu uma plataforma patriótica visando sair da estagnação econômica interna decorrente da transferência da produção para a China, e também para criar empregos, pois um país que não produz acaba ficando para trás no desenvolvimento técnico. Tarefa difícil em meio à pressão para globalização e concentração das finanças e produção.

A troca de presidente poderá reforçar a onda de globalização da economia e do poder, comprometendo o sonhado padrão de vida americano, que acabou estagnando sem alcançar avanço mais consistente da humanidade, promovendo regressão inesperada. Trump ou Biden? As leis divinas asseguram que serão guindados ao poder aqueles que desencadearão os acontecimentos-chave para a grande colheita da humanidade.

A principal incerteza para os fabricantes está na acirrada concorrência de países que produzem para exportar, fazendo de tudo para reduzir o custo. Tudo dá para contornar, menos a concorrência voraz que destrói fábricas, empregos e renda. Um novo cenário está sendo montado. Pode ser que o conceito de pátria venha a ser profundamente afetado e os EUA deixará de ser aquilo que poderia ser, uma pátria de seres humanos que evoluem. O Brasil também corre o mesmo risco.

Os Estados Unidos deveriam se sustentar como nação modelo, no entanto, transferiram a produção para fora, gerando desemprego. As novas gerações se apresentam com pouco preparo, embora melhor que as do Brasil. Com quase oito bilhões de bocas e natureza esfolada, a miséria se foi espalhando pelo mundo cuja prioridade tem sido o ganho financeiro e poder.

As elites estão vendo que a Terra está nos limites críticos, temerosas de que a população mundial chegue aos nove bilhões. Pessoas imediatistas procuram tirar o máximo proveito de tudo ao seu alcance, sejam os financistas, os capitalistas corporativos ou de Estado, esquerdistas e direitistas, todos buscando o seu quinhão de riqueza e poder, pois percebem que não vai demorar a chegada de um futuro sombrio para a humanidade. Nesse meio, uns poucos heróis se esforçam pelo bem geral na tentativa de ajustar os desequilíbrios.

E, com tantos problemas para resolver, há uma preocupação com a autonomia do Banco Central do Brasil. Urgente mesmo é produzir mais, gerar empregos, renda, consumo, atividades. Sem isso o país vai continuar patinando para trás. A humanidade está no fio da navalha enfrentando uma situação com enormes desequilíbrios de difícil solução. Um desequilíbrio que se quer neutralizar com a uniformização do comportamento da massa para que esta se mantenha nos limites a serem demarcados.

Os seres humanos, hospedados no planeta Terra, viviam na segurança da regularidade dos acontecimentos, pois tudo ocorria como se previa; mas, de repente, tudo mudou e não se sabe mais como será o amanhã, em quem se pode confiar, que dificuldades trará. Como enfrentar esse novo desafio? Os seres humanos mudam de opinião seguindo interesses ou por medo. A serenidade deve surgir da confiança, mas as leis dos homens são movidas por interesses particulares.

A humanidade caminha com cegueira crescente sobre a real finalidade da vida. O desejo de dominar se estende desde as famílias, empresas, religiões, estados. Não há amizade, só interesses econômicos e de poder. Estamos adentrando numa fase crítica. A dominação das trevas alcançará o seu auge antes do desmoronamento da construção sem alma. Sob a pressão da intensificação da Luz, serão desenredados os emaranhados fios dos destinos da humanidade, abrindo o caminho para aqueles que, com sincera humildade, querem evoluir.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

A RECOMENDAÇÃO DE TRUMP

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Em discurso na ONU, o presidente norte-americano Trump, criador da frase “América na frente”, recomendou: “vocês, líderes de seus países, também devem sempre colocar suas nações à frente.” Mas em Brasília a classe política tem colocado à frente o próprio bolso.

Vale lembrar que nos tempo do império, os cafeicultores reagiram negativamente à lei Áurea e puxaram a cadeira da princesa Isabel. Mas não fizeram nenhum projeto de desenvolvimento de longo prazo. As consequências desse modo de agir e de pensar que se mantém até hoje é a estagnação e a fraqueza do mercado interno que não têm sido combatidas com a mesma força que se combate a inflação. Juros elevados e câmbio valorizado têm sido constantes na frágil economia brasileira de baixa renda, fraca circulação de dinheiro e mercado interno pífio.

Quando a economia vai devagar, os preços estabilizam e caem, mas tão logo haja uma reativação, colocando um pouco de dinheiro nas mãos da população, logo os preços sobem porque a produção não acompanha. Ainda não chegamos ao nível dos norte-americanos, japoneses e outros que visam progresso e aprimoramento de sua população que sempre se une com seriedade em torno dos grandes objetivos. Falta autoconsciência.

Nas crises falam em aumentar a produção e a produtividade, mas não se diz como fazer isso com a concorrência externa provocada pela globalização, com o câmbio desalinhado, com taxa de juros acima do mercado, com mão de obra atrasada. Como fazer isso de forma equilibrada com aumento da produção, comércio, empregos, renda e consumo? Promovendo a melhora da qualidade humana e sustentabilidade.

O gasto com pessoal extrapolou permitindo o benefício de uma casta privilegiada do funcionalismo, mas relegando muitos funcionários a uma condição vexatória. Na atividade privada ainda ficou pior. Há muitos fatores que travaram o Brasil e que caem no esquecimento. Agora, em função do descontrole da dívida pública, o olhar se volta prioritariamente para as variáveis do funcionalismo e da previdência mal gerida por décadas, que evidentemente exigem ajustes, mas não podemos atribuir toda a culpa pela recessão e atraso do país a isso.

Pais e professores lidam com o preparo dos jovens. Mas não basta ensinar a ler, escrever e informática. Precisamos de metas que tenham como prioridade o aprimoramento humano e o bem da nação, pois sem isso a decadência prosseguirá desumanizando. Os jovens precisam aprender a pensar com clareza e adquirir raciocínio lúcido, porém, devem estar motivados para a busca do aprimoramento da nossa espécie e da melhora geral das condições de vida no planeta, que agora, além das disparidades econômicas, também enfrenta furacões, terremotos e alterações estranhas nos oceanos, mostrando como somos insignificantes diante da força da natureza.

Os pequenos reis da Terra são ridículos com a sua arrogância, no entanto são muito perigosos, pois se utilizam de forma errada da capacitação de resolução inerente ao ser humano que deveria se adaptar ao ritmo da vida para ter uma proveitosa estada na sua passagem transitória pelo planeta. Os seres humanos podem decidir, mas sempre ficam atados às consequências de seus atos.

A Terra poderia ser um paraíso de boa convivência e aprendizado. Estamos perdendo a esperança de melhora na convivência e nas condições gerais. As alterações do clima estão em andamento. Tudo influencia: destruição das florestas, poluição do ar, rios e mares. As pessoas estão apreensivas. O que o relógio do universo quer dizer?

Para que haja vida num planeta ele precisa conter água. A Terra foi dotada de ricos mananciais de água pura e cristalina; cabia ao ser humano compreender como funcionam a natureza e suas leis e edificar em cima disso, mas quis dominar, impor seus desejos e cobiças e deu nisso: escassez, impurezas e contaminação de efeitos ainda desconhecidos.

O uso do dom de falar deveria ser simples, claro, verdadeiro e construtivo. Com sua capacitação para formar as coisas, os homens têm empregado as palavras para acobertar suas cobiças. Grupos se digladiam pelo poder, mas a população indolente vai sendo marginalizada, empurrada para as ladeiras da decadência. Enquanto a humanidade não cultivar a Verdade e a autenticidade, miséria e sofrimento estarão na sua trajetória.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7