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REPENTINAS REAÇÕES DA NATUREZA

2023 está na reta final. O ano começou com ares amenos, mas logo foram surgindo acontecimentos marcantes. Há muito blá-blá-blá, conversas vazias, tudo está caminhando acelerado, mas as pessoas estão meio sem rumo, pois não veem o futuro com clareza e deixam o tempo presente ir passando.

Os governantes colhem os efeitos da irresponsabilidade financeira e buscam reforçar o caixa. Há um projeto de reforma tributária em tramitação no Congresso do Brasil e a população quer saber se a voragem tributária, que já está em 35% do PIB, vai aumentar, sendo que na Índia o índice é de 19%. O gigante tem recebido facadas de todos os lados e sua população vai perdendo energia e se tornando fraca.

As nações estão endividadas. Quão longe a humanidade está daquilo que deveria ser? Os desajustes estão presentes em todos os aspectos: educação, saúde, qualidade de vida, qualidade humana. Cada um faz o que lhe aprouver sem receios, sem autocensura como se tivesse cérebro doente, mas a displicência está se defrontando com a repentina reação da natureza, descontente com a estupidez que diariamente vai agredindo tudo de forma insensata.

Sem o devido respeito às leis da natureza está sendo cavado um grande abismo. O homem tem vivido divorciado da natureza; além de não a compreender, agiu de forma destrutiva e não se preparou para enfrentar os colapsos. As massas de ar estão favorecendo o aumento da insolação provocando exagerado aumento da temperatura.

Foi concedido todo o tempo. Foram dadas muitas oportunidades, agora tudo está áspero como resultado do que foi semeado. Cada ser humano tem de se esforçar por si mesmo. Com a atuação voltada para o bem, ajudamos. A humanidade sonhava com um futuro fantasioso. Mas isso era uma vez; agora há um realismo áspero.

As grandes dificuldades e os grandes problemas entre indivíduos, empresas e organizações, entre governantes e nações, decorrem da ausência de um simples ato de perdão sincero. As pessoas guardam ressentimento de situações em que surgiu um desacordo, um choque de vontades, e se isso não for sanado, continuará perturbando, podendo chegar até ao ódio cego e desejo de revide. Perdoe sinceramente, liberte-se.

Sabemos o que as religiões ao longo dos milênios têm enaltecido o ser humano para obter acolhida, um degrau para quem anseia pela Luz, mas para isso há que ter humildade espiritual. Falta uma busca sincera dos ensinamentos de Jesus sob a Luz da Verdade. O problema é a indolência, a preguiça. A falta de vontade de se esforçar. Que despertem, que deixem de colocar o espírito no quarto escuro, esquecido.

De todas as desgraças provocadas pela humanidade na Terra o que sobrou só foi a arte. O coração é uma forma de se referir à alma, ao espírito, à essência do ser humano. O intelecto é a poderosa ferramenta que permite ao homem avançar no mundo material, mas sempre deverá seguir as leis da natureza. De fato, a humanidade está emburrecendo, a alma pouco fala, as intuições nobres se extinguem. As telas absorvem as atenções gerais, e não sobra tempo para o ser humano evoluir. Sem o coração a arte se mecaniza.

E a mecanização avança tanto na iniciativa privada como nas atividades do Estado. Os programas de computadores determinam o que se pode e o que não se pode fazer; nesse meio, o líder vai ficando sem espaço. As pessoas estão perdendo a iniciativa, se o computador não alertar, ficam paradas. Tudo direcionado para o ganho máximo. No show de famosa cantora Taylor Swift, mil fãs desmaiaram com o calor, acima de 50 graus, e uma jovem faleceu. Se o Sol passar a emitir mais calor, o que acontecerá? É a falta que faz um líder sábio para examinar as condições e impedir absurdos. O líder espiritualizado não consegue interferir dado o enrijecimento e egos vaidosos; muitas vezes ele só pode observar e esperar ser chamado para ajudar na solução com suas vivências e intuição.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SINTONIZAÇÃO DA HUMANIDADE

Ao longo da trajetória da humanidade muitas transformações foram ocorrendo, o que está intimamente ligado à sintonização dos seres humanos, isto é, o seu querer pode tanto atrair o bem geral, como inóspitas condições de vida. No passado distante vivíamos num sistema de subsistência em que a economia era natural com a produção voltada para os bens essenciais. O modo de vida era simples e o ponto alto eram as reuniões nas montanhas onde manifestávamos nossa gratidão aos seres da natureza, os enteais, servos auxiliadores do Criador.

Os seres humanos tinham toda liberdade para decidir o próprio rumo, mas com arrogância se afastaram da natureza e de sua proteção. Escolhendo caminhos errados, se esqueceram da finalidade espiritual da vida e chafurdaram nas ninharias do mundo material, que se acha em decomposição pela ação do Juízo Final, mas será resgatado e renovado pelo Filho do Homem prometido por Jesus, e tudo terá de se tornar novo para poder subsistir.

O sofrimento infligido ao povo judeu fez despertar o reconhecimento do Deus Único, o Criador de todos os mundos. Veio Moisés para libertar e conduzir seu povo para uma região onde viveriam em respeito às leis de Deus. Moisés ficou decepcionado com a rebeldia daqueles que não tiveram paciência e forjaram o bezerro de ouro.

Sorrateiramente as trevas atacavam para impedir o progresso espiritual. A decadência foi tão descomunal que rompeu a conexão dos seres humanos com a fonte da Luz; se Jesus, não reconhecido pela humanidade indolente e influenciada pelas trevas, não tivesse restabelecido a conexão com a Luz, já teria se autodestruído, antes da vinda do Filho do Homem, também de origem divina, para completar os esclarecimentos sobre a Criação e suas leis e a concluir o Juízo Final.

A terra despontou como fator de poder, sendo que os nobres eram detentores da terra, e os vassalos trabalhavam nela. Os seres humanos foram se distanciando da natureza e da compreensão da vida e seu significado. Os trabalhadores da terra se tornaram servos. Com o passar do tempo foi surgindo a classe dos comerciantes e dos emprestadores de dinheiro a juros. Os antagonismos não tardaram a surgir entre camponeses, nobres, comerciantes e emprestadores de dinheiro.

O comércio florescia, dando início à produção artesanal de bens, o que se transformou em fábricas que necessitavam de capital e impunham condições desumanas aos trabalhadores. Juros e impostos absorviam grande parte do resultado do trabalho. Ao longo do tempo surgiram interesses econômicos, ideologias e guerras. Surgia a civilização do dinheiro, o materialismo como a sintonização básica da humanidade, tudo precificado. Aos poucos a busca pelo desenvolvimento espiritual foi sendo eliminada da Terra e, consequentemente, a boa vontade e a paz entre as pessoas.

No século 21, a humanidade enfrenta as consequências dos abusos cometidos na emissão de papel-moeda e sua utilização de forma desordenada e estúpida. Antigas profecias anunciavam que o futuro traria a fome. O sol, com energia reforçada, chama a atenção para que os homens pensem seriamente na vida e sua finalidade, e não se entreguem cegamente ao poder do dinheiro, mas construam e beneficiem o planeta diante das penúrias atraídas.

É uma situação que se arrasta desde o final da segunda guerra. Faltaram líderes sábios para anteverem o futuro e impedirem que se chegasse a esse beco de sangue em que a população de um não-Estado tem de arcar com as consequências das atitudes de um grupo armado informal, sem status jurídico. Faz tempo que a humanidade se afastou da sabedoria e com sua sintonização errada surgiu a escravidão, a decadência, e o aperfeiçoamento da energia nuclear para destruir.

As guerras são sempre danosas e revelam a falta de maturidade da espécie humana que veio para a Terra a fim de alcançar fortalecimento e desenvolvimento do espírito, mas caiu no abismo dos desejos egocêntricos e na imoralidade. Aumenta o sofrimento na Terra. Faltam sabedoria e alegria. Precisamos de Paz na Terra e evolução espiritual.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A TÃO SONHADA E NECESSÁRIA PAZ MUNDIAL

O querer e as ações moldam o futuro. Cuidar das finanças é essencial para todos: indivíduos, famílias, empresas e governo. A educação deve contribuir para formar seres humanos com sabedoria e bom senso e que pensem em assegurar a paz no presente e no futuro. Acontecimentos drásticos estão chamando a atenção sobre os rumos que estão sendo seguidos. Nos caminhos percorridos, as pessoas foram capazes de tudo, rebaixando suas essências.

Os juros americanos atraem dólares do mundo e das bolsas, desvalorizando ativos, enxugando a liquidez, baixando inflação, o que fortalece a moeda norte-americana, mas aumenta a dívida. Muitos comentaristas falam que a economia voou alto e que tem de abaixar, mas como será a aterrissagem? A segunda feira trágica de 1987 deu-se no mês de outubro. Em 2023, há muitos fantasmas assombrando a economia e a vida. Os políticos têm interesses que se contrapõem. Os comentaristas lançam dúvidas sem propor soluções, e assim o temor vai crescendo, jogando a população numa situação crítica e danosa, sem alvos enobrecedores.

O FED age para recuperação do dólar. Os políticos não atentam para a gravidade da situação. Não se olha para a amplitude da vida. Falta esperança na melhoria geral. Disse o Papa Francisco que o mundo está desmoronando, mas não é só no clima e na natureza e suas catástrofes; os alicerces morais vêm sendo corroídos há mais de setenta anos, e não se vê luz nesse túnel descendente. O planeta está se tornando ingovernável pela falta de seres humanos sábios.

Apesar do temor de recessão nos países desenvolvidos nas últimas semanas, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que vê maiores chances de a economia global fazer uma aterrissagem suave à frente. Segundo ela, a economia mundial demonstrou uma “resiliência notável” e o primeiro semestre de 2023 trouxe “boas notícias”, principalmente, por conta de uma demanda por serviços mais forte do que o esperado e “progressos tangíveis” na luta contra a inflação.

A China, de outra parte, anunciou a adoção oficial de nova criptomoeda como a sua moeda oficial. Qual a finalidade desse novo projeto monetário? O projeto da civilização do dinheiro possibilitou a ampliação do poder nas mãos de grupos que praticaram a arte da multiplicação. Hoje tudo depende do dinheiro, o rei que reina acima das mercadorias e do trabalho. O dinheiro se presta para pagamento, a mercadoria universal, o denominador abstrato dos bens, mas também é poder na mão de quem o detém. Adorado e idolatrado acima de tudo pelos seres humanos, embora a verdadeira riqueza seja ofertada pela natureza. Perdendo a ligação com a natureza, perdemos tudo.

Antigas profecias anunciavam que o futuro traria a fome. O sol também chama a atenção para que os homens pensem seriamente na vida e sua finalidade, e não se entreguem cegamente ao poder do dinheiro, mas construam e beneficiem o planeta para evitar as penúrias. Havia uma expectativa. Algo para acontecer. Uma nova doença. Uma crise econômica. E todos foram surpreendidos por ação terrorista, inclusive o povo de Israel. Precisamos de Paz na Terra e evolução espiritual.

Muito preocupante são os recentes acontecimentos no oriente médio. Em 1973, o mundo tinha sido sacudido por uma guerra e pela crise do petróleo. E de repente estamos vivendo uma situação complicada no tabuleiro mundial pelas consequências que poderão provocar no já conturbado século 21. Haja serenidade.

Estamos num momento decisivo para a humanidade que se deixou arrastar para os prazeres mundanos e se encontra desorientada diante de um planeta devastado pelas cobiças e imediatismo. O homem se tornou o lobo do homem. Como dar um basta ao derramamento de sangue?

Moisés, Jesus, Maomé e Abdruschin tiveram uma trajetória histórica que deveria ter dado unidade à busca pela Luz da Verdade do Altíssimo, mas isso requer força de vontade. Sombras de ódio e medo assolam a humanidade que, com humildade, perante o Criador de Todos os Mundos, deveria ter se dedicado ao fortalecimento e aprimoramento espiritual. Como reencontrar o caminho para um viver de acordo com as leis da Criação? Em meio à turbulência materialista, falta clareza e o sincero querer de paz para alcançar o alvo da vida, ou seja, o real progresso espiritual.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS PORTAS DO INFERNO

“A humanidade abriu as portas do inferno. O nosso foco aqui são as soluções climáticas e nossa tarefa é urgente. Um calor terrível está provocando efeitos terríveis”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao abrir a Cúpula de Ação Climática, em Nova York, no dia 20 de setembro.

Os oceanos tendem a ficar mais quentes porque o Pacífico Tropical, sendo a maior bacia oceânica do planeta, libera parte de seu calor excedente para a atmosfera, o que eleva sua temperatura. O El Ninho é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Esse evento acontece em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios e costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos.

A radiação solar, sensivelmente mais quente, distribuída de forma desigual sobre a superfície terrestre, gera uma diferença de pressão atmosférica entre o Equador e os polos. Com altas temperaturas e elevada umidade do ar, o calor aumenta. Os gases de efeito estufa aprisionam o calor. As alterações do clima assustam a humanidade que sempre deixa tudo para a última hora enquanto estiver tirando proveitos.

Estamos na Primavera de 2023 e as previsões meteorológicas apontam para uma elevação da temperatura nos próximos dias em várias regiões do Brasil; inclusive na cidade de São Paulo estão previstas temperaturas acima de 36°C. Em meio a tantas controvérsias surge a novidade: o sol está mais quente e sobre ele não temos controle; só nos resta buscar a sombra de árvores frondosas.

Muitos acontecimentos denunciam a decadência da humanidade, mas tudo fica para depois. A visão dos homens está se estreitando, reduzindo sua condição humana. Um comportamento ético e respeitoso com a vida e a natureza teria evitado tantas desgraças que se aproximam.

As pessoas estavam acostumadas com o arquivo físico e achavam o que procuravam. Veio a Internet e de repente houve um salto, e agora tudo está pressionando, não vamos mais ao banco, não há com quem se possa conversar, tudo frio e chato: “escolha a opção desejada para que a máquina possa lhe ajudar”. Mas esta nem sempre ajuda e fica num interminável blablabá. É preciso raciocinar como a máquina para ser atendido, mas ela fica impassível e se você errou, azar seu. O mal-estar vai se expandindo, afastando as pessoas da vida e seu significado.

A atividade econômica estável esbarra no sistema produtivo que se estruturou com base em dispendioso custo fixo e financeiro, que na recessão superam as receitas. Então surgiram grandes conglomerados que ficaram dominadores, mas a força de trabalho também, e daí surgiram embates. A novidade veio do capitalismo de Estado que impõe a regulamentação. Para onde tenderá a economia mundial? Há os adeptos de concentração do poder nos homens de Estado, e os que querem o poder na iniciativa privada. No entanto, ambos dependem do dólar, a moeda mundial corrente. Quem vai comandar?

Esquecendo o espírito e sua voz interior a fim de atender desembaraçadamente as exigências materialistas, o ser humano dificilmente encontrará alguma felicidade, pois estará sempre procurando algo para suprir o vazio de sua vida sem finalidade mais elevada do que o atendimento das necessidades físicas. Atualmente ficou mais difícil, pois as pessoas criaram uma frieza no seu viver sem empatia, o que exige comportamento mecânico, rígido, sem a mobilidade intuitiva que vai além da percepção materialista.

É calculado o PIB, Produto Interno Bruto, e não se examina a questão do bem-estar geral, a Felicidade Interna Bruta (FIB), em que a prioridade de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material com o psicológico, o cultural e o espiritual, sempre em harmonia com a natureza e suas leis da qual a Terra faz parte.

O viver nas grandes cidades está no limite assustador no trânsito, na segurança, na qualidade de vida, na luta pela sobrevivência, mas só quando se aproximam do insustentável, das portas do inferno, é que os homens começam a pensar em soluções. Depois de milênios de mentiras tomadas como verdades, a humanidade se encontra como um Titanic sem rumo, mas ao longe, como um farol de esperança, se encontra a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

DÍVIDAS E INDEPENDÊNCIA

E mais uma vez chegamos na semana da pátria, mas quem está preocupado com isso? Poucos ainda se lembram com clareza do significado do 7 de setembro de 1822. Naquela ocasião, o Tesouro Nacional ficou na pior. Segundo o site Dívida Cidadã, a independência só foi reconhecida depois que o Banco da Inglaterra passou para o Brasil uma dívida de 3,1 milhões de Libras Esterlinas que havia sido contraída por Portugal! Assim, o Brasil já nasceu endividado! Uma colônia informal dos credores.

A grande imprevidência de governantes os levam a gastar tudo que arrecadam e mais; quando começam a fazer isso, o déficit e a dívida não param de crescer, o Estado permanece, mas fica sem energia para conduzir o povo para a evolução real. Governantes e economistas devem olhar para o que acontece com as riquezas decorrente dos recursos ofertados pela natureza. Quanto deveria custar a gasolina numa nação que possui reservas de petróleo em seu solo? Se a natureza contemplou um país com essas reservas, por que a gasolina tem de ser mais cara do que em outros países que não as possuem? Seria a continuidade do projeto colonialista?

Há várias questões que devem ser examinadas pela elite pensante. A China deu nova dimensão à fabricação de produtos. A população cresceu e o planeta apresenta as consequências da utilização abusiva dos recursos que se agravam com o sensível aumento do calor proveniente do sol. O sistema eleitoral está susceptível a novas influências. Isso tudo cria situações especiais para serem analisadas. As nações precisam de um projeto de produção, exportação, importação, orçamento, acompanhamento das contas, preparo das novas gerações.

Para que a nação não se torne dependente o governo tem de reunir as informações para dar apoio à iniciativa privada. Está em curso uma ideia entre as nações de produzirem mais internamente para reduzir a dependência externa. Há a questão do dólar que atinge os países que praticamente emitem uma não-moeda. São países mal geridos onde prevalecem o compadrismo e os desvios das verbas. A volatilidade cambial também ocorre em função da ausência de um planejamento adequado do equilíbrio nas contas, o que requer boa gestão. A taxa de juros exerce forte influência sobre o câmbio.

Para que as nações se tornem economicamente mais independentes, elas precisam integrar as novas gerações nesse propósito. Os jovens devem ser motivados e aprender fazendo. Se uma parte da população vai envelhecendo e as novas gerações não percebem oportunidades nem se interessam é o fim. A questão premente no bom preparo para a vida é a falta da integração de educação com as leis da natureza.

Estariam os logaritmos embotando a clareza no pensar? Os cientistas advertem que mais de 50 gigatoneladas de gases de efeito estufa são lançadas anualmente na atmosfera, e que a solução é preservar e ampliar as florestas. De fato, destruir a cobertura verde do planeta foi um desatino. Outros pesquisadores dizem que o problema não é estar esquentando ou gelando; falta entender o que está acontecendo. A temperatura oscila entre super calor entremeado de dias de super friagem. As massas de ar frio e nuvens estão se tornando mais densas. Quando o céu está limpo, o sol esquenta tudo. Quando é encoberto pelas massas de ar gelado, a temperatura cai drasticamente em poucas horas. Aumentam os furacões, tudo isso acarreta consequências para a saúde e para a agropecuária.

A maré das baixas paixões e cobiças quer arrastar a humanidade para os abismos da destruição. Estamos diante de enorme efervescência que tende a aumentar. O ser humano tinha tudo para dar certo, fortalecer o espírito, evoluir, mas com seu livre-arbítrio seguiu por caminhos errados. Esperava-se por um período árduo, mas tudo ficou bem difícil como se fosse o desmanche geral das coisas em desacordo com as leis da vida.

É preciso reiniciar a construção a partir do ponto em que cada um se encontra, buscar a Luz da Verdade para sair do caminho que leva ao abismo dos erros e falsos conceitos. Inconscientemente, muitas pessoas percebem isso e se sentem invadidas pelo desânimo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

A NOVA GUERRA

Após as trágicas guerras mundiais do século 20, os seres humanos esperavam que não passariam mais por esse sofrimento. Mas o que fizeram? Esqueceram a sua origem e a finalidade da vida e forjaram um viver insipido como se estivessem num parque de diversões para viver no comodismo onde não precisassem fazer nada, só buscar comida, bebida e prazeres.

A questão básica é saber o que é intuição e de onde ela procede. O cérebro humano é uma ferramenta miraculosa, mas está subordinado ao tempo-espaço, o que não acontece com a intuição sentida com nitidez porque o cerebelo ficou atrasado enquanto o cérebro frontal foi superdesenvolvido tornando-se dominador, mas sujeito às influências externas que limitam a base do pensar com clareza, simplicidade e naturalidade. O cerebelo tem capacitação superior à Inteligência Artificial, pois em seu desenvolvimento normal capta saberes que se situam além do mundo material que o cérebro do raciocínio tem de analisar e ajustar para a correta utilização.

Quem, diante do mundo áspero e assustador em que vivemos, está procurando paz para sua alma? Após o término da Primeira Guerra Mundial a humanidade não buscou por um novo caminho mais iluminado, permanecendo na mesma forma indolente de viver. Vinte anos depois, em 1939, teve início a Segunda Guerra Mundial. Em 2023, com aspereza aumentada, o que nos reserva o futuro? Taiwan surge como região potencialmente perigosa.

As pessoas dizem que atualmente se cansam mais mesmo fazendo menos coisas. O tempo evapora. Há vários fatores que influem nessa sensação. Aumentaram as dificuldades, os acontecimentos se aceleram, a digitalização acelera os efeitos. Mas há algo nefasto no ar. Faltam pensamentos com pureza voltados para o bem. É isso que cria aspereza. Faltam palavras amistosas, o que gera o antagonismo. Faltam ações simpáticas. Tudo isso forma uma barreira que exige esforço. Bons tempos aqueles em que os seres humanos viviam em mútua colaboração. Temos um corpo e alma que se ressente do turbilhão de pensamentos malévolos espalhados pelo mundo. Há de se conservar puro o foco dos pensamentos para alcançar paz e sabedoria.

Há muitos sentimentos e pensamentos de medo e ódio. A cobiça e inveja do que outro tem e do que o outro aparenta ser deixa muitas pessoas aflitas por acharem que isso não é justo; elas é que deveriam estar naquele lugar festivo. Então permitem que o mal domine seus pensamentos; isso já é uma guerra em gestação. Quantos seres humanos não estão gerando conflitos e turbulência pelo mundo? Tais pensamento não ficarão impunes.

2020, o ano da pandemia, assinalou um especial momento de transição. A situação geral da vida vem tendendo para a absoluta perda do humano, o que acarretou a balburdia atual. Problemas, morais, econômicos, sociais, de saúde, de escassez de água e alimentos. Tudo isso contribuiu para o atordoamento dos seres humanos que ficaram procurando distrações para esquecer as dificuldades, em vez de se fortalecerem, buscando as causas para descobrir que há séculos a espiritualidade está sendo posta de lado, e agora se veem cercados pelos erros e pelas mentiras.

As novas gerações estão percebendo as manobras e cobiças que visam a dominação e anulação do querer da alma. Desanimadas e com pouca esperança, se quedam inertes. Muitos jovens caem na indolência sem vontade para estudar e trabalhar. Vão levando a vida sem sentido, de um lado para outro. Com sua indolência, não procuram conhecer o verdadeiro significado da vida.

As trevas querem impedir o avanço dos seres humanos para que não conheçam a verdade libertadora de milênios de caminhos errados. Na escuridão da guerra espiritual, é indispensável buscar a Luz da Verdade, a boia de salvação nesse agitado mar de acontecimentos impactantes que se sucedem velozmente. Que aqueles que procuram a luminosa verdade a encontrem e transformem a Luz da Verdade em convicção através de análises sinceras e irrestritas, escapando assim da tirania das trevas que tudo fazem para sufocar e destruir o espírito, a essência do ser humano.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS CONSEQUÊNCIAS DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA

Todos sabem como é delicada a situação de depender de terceiros, mas por que deixam que isso aconteça? O Brasil sempre ficou atrelado a interesses externos, desde a produção e exportação de açúcar, café, entre outras commodities. Com tantos recursos naturais e mão de obra, o país poderia ter construído uma economia menos dependente e se tornado mais próspero. Sem visão e sem empenho, os governantes do país o acorrentaram aos poderes e interesses externos há mais de 200 anos. O atraso latino-americano vem desde as repúblicas montadas para atender a interesses particulares. A população até que ensaiou uma evolução, mas a pobreza material e espiritual domina amplamente.

Em meio a tantas desgraças, a sociedade se sente acossada pela síndrome de pânico, sendo que na América Latina esse problema é mais grave ainda. As pessoas estão assustadas, inquietas. Em meio às crises econômicas esse é mais um fator para manter a estagnação geral.

A moeda é dita como produto do Estado, mas na verdade é o poder na mão daqueles que o comandam, e razão da revolta de outros, cuja moeda está longe de ser a moeda internacional que todos acolhem. Se ela sair do físico virtual e passar para o digital possibilitará a ampliação do controle dos movimentos. Aí entram as dúvidas sobre as atividades da sociedade moderna e a grande sombra que permeia os cartéis no mercado das drogas que atuam como multinacionais escorregadias e bem estruturadas. Haverá algum tipo de arranjo?

Cautela é a palavra para o momento. O Brasil está perto do labirinto das dívidas dominantes, mas ainda não está nesse nível. Precisa cuidar atentamente das contas e não permitir que políticas governamentais imediatistas lancem a nação numa vala profunda. Se a inflação mundial se instalar, o Brasil será fisgado pelas importações que terão seus custos elevados, algo a ser meticulosamente planejado.

O espírito intui, o intelecto raciocina. Quando o espírito não se fortalece e deixa o intelecto se impor, a intuição vai perdendo força e o indivíduo também perde a força de vontade, e vai se acomodando, pois lhe faltam propósitos. Assim, vai deixando a vida rolar e, consequentemente, seu pensar vai perdendo naturalidade, simplicidade, agilidade e clareza. O pensamento fica confuso e o raciocínio perde a lucidez; é o enrijecimento.

Então os especialistas que buscam atender aos interesses do poder, acham que a solução para lidar com a questão do baixo aprendizado das novas gerações deverá ser introduzir o pensamento artificial direcionado pelas máquinas para que os indivíduos tenham alguma funcionalidade para o sistema, mas com isso o ser humano acaba perdendo a sua a essência, a conexão com a alma.

É lamentável a situação em que se encontra grande parte dos estudantes. Inseguros, sem clareza no pensar, estão sem rumo. A velha estrutura foi impactada pelo realismo das poucas expectativas para o futuro. O que fazer? Para que fazer? O que somos nós? O que é a vida? O desemprego dos jovens é brutal. Em vez de ser eterno aprendiz, em meio à estagnação, as novas gerações estão desaprendendo a viver. Infelizmente a qualidade da educação tem piorado. Aulas chatas, alunos desinteressados.

Como os estudantes poderão ter prazer de estudar e construir o próprio futuro se perderam a esperança em um mundo melhor, e estão desconectados da própria alma e da intuição, que são a essência do ser humano? Deveriam estar sabendo ler e escrever bem. O meio digital é importante no ensino e poderá ser um simplificador em meio a tantas teorias distantes da realidade, raramente utilizadas ao longo da vida; mas o professor deve explicar na lousa, fazendo uso do giz para boa conexão com os alunos e para facilitar a compreensão do conteúdo abordado na aula.

Aprender com quem sabe fazer. Aprender fazendo. Esse parece ser o jeito certo de aprender em vez de ser envolvido por toda a teoria para depois se ajustar na vida real; o ensino precisa de atualização ante a aceleração geral. Muitos estudantes gostariam de ter aulas que os tornassem aptos para utilizar na prática e imediatamente o conhecimento adquirido. O Brasil está ficando para trás e caminhando aceleradamente para a dependência econômica e tecnológica, comprometendo seriamente o futuro.

A situação real é que o espírito fica aprisionado no corpo dominado pelo cérebro e pelos instintos corporais, sem ter condições de se manifestar para colocar em movimento a essência do ser humano. A vida é um eterno aprendizado, uma jornada para evoluir, mas aqui chegando, as pessoas se esquecem da finalidade da existência e se deleitam com as ninharias do mundo material enquanto o espírito cai na indolência e fraqueza, e não cumpre nem dez por cento do que poderia e deveria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

O viver vai se tornando cada vez mais rasteiro e medíocre sem as aspirações nobres que dignificam o homem. O planeta enfrenta situações de extrema gravidade e penúria para a população em geral. A humanidade não se preparou adequadamente para a vida. Hora de abrir os olhos e ver o que é realmente essencial.

A pós-pandemia está apresentando as incoerências do sistema, mas como será o futuro? Quanto mais a população emburrece, mais o Estado vai concentrando o poder. Quanto maior a concentração de poder, maior o desperdício e despotismo. A indolência dos seres humanos está gerando o Estado que tudo abrange e tudo determina para a massa que esqueceu a que veio, qual a finalidade da vida.

A elite mandante não dorme. Substituições no exercício do poder têm sido a norma. Assim como aconteceu com o poder religioso, da nobreza, dos reis com poder absoluto, tudo foi sendo alterado, passado para outras mãos. Chegou-se ao Estado-nação, com a classe efetivamente mandante meio oculta e poucas melhoras nas condições gerais de vida da humanidade. Já no século 20 percebeu-se que o Estado-nação possibilitou o ingresso de máfias no controle. A atual elite no poder formal poderá ser a próxima a ser recolhida através da eliminação das fronteiras. A classe mandante poderá sair do refúgio oculto mostrando a sua cara com a promessa de construir um mundo melhor; mas sem que haja respeito às leis da Criação, isso não será possível.

No passado, Pedro II tinha um plano de progresso para o Brasil, mas foi deportado. Com raros momentos de evolução, a nação permaneceu no atraso. Atualmente, as desgraças apontadas são efeitos da displicência governamental e empresarial. As fábricas foram detonadas. As contas públicas ficaram deficitárias. A educação decaiu. A globalização fortaleceu o setor primário da economia criando novo tipo de colônia. O mundo se contorce nos desequilíbrios. Faltam produção, empregos, educação, progresso.

Nos anos 1960, o pós-guerra estava mudando tudo; as novas gerações estavam descontentes com Tio Sam, pois queriam algo mais além do rock & rol de Elvis. A criatividade de Zé Celso em Os Pequenos Burgueses; a nostalgia das canções de Chico Buarque; tudo bem montado. Semearam descontentamento e insatisfação. Veio a crise da dívida externa e o plano real. O Brasil afundou na ignorância e miséria. O que querem as novas gerações do século 21?

Atualmente no Brasil os estados e municípios arrecadam os tributos de sua competência, exercendo diretamente fiscalização e acompanhamento. Como isso vai funcionar com o novo modelo de tributação em tramitação no Congresso? No que tange aos empregos, uma parcela já se sente fora do mercado, especialmente a composta pelos jovens entre 15 e 25 anos, isto é, aqueles que nasceram em torno do ano 2000. Mas a displicência dos governantes é anterior, descuidaram do bom preparo das novas gerações, deixando de criar oportunidades de trabalho e adequadas condições de vida em conjunto com a iniciativa privada. Sem isso, a população vai caindo na humilhante pensão proposta pelos governos, sem progredir e evoluir como deveria ser esperado.

Muito se fala da crise financeira de crédito que está chegando. Que consequências poderá provocar? Dentre os fatores de dificuldades apontados pelas empresas, o mais grave e sintomático é a queda nas vendas, o que aumenta o risco, elevando juros e reduzindo os prazos. É necessária uma investigação para buscar a causa da queda nas vendas, pois o sistema está encolhendo, empresas desaparecendo, empregos diminuindo, a classe média se reduzindo, permanecem só os grandes que operam em escala mundial.

O Criador enviou Jesus, essência divina, num corpo humano para auxiliar e orientar a humanidade que afundava nos erros e ignorância, trazendo a lei do Amor, a de não causar sofrimentos ao próximo para satisfazer a própria cobiça. Jesus teve como principal opositor a classe sacerdotal que temia a perda de privilégios, pois o Filho de Deus esclarecia que não há necessidade de intermediários entre a criatura humana e seu Criador, devendo, para evoluir e ser feliz, permanecer com o espírito desperto, atenta a tudo, refletindo e examinando os fatos objetivamente para compreender amplamente o funcionamento das Leis da Criação que regem a vida e tudo o que foi criado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O ALVO DA HUMANIDADE

A obra da Criação foi ofertada aos seres humanos para o seu desenvolvimento espiritual em paz e progresso, mas estes acorrentaram-se ao mundo material julgando-se seus donos. O que a humanidade deveria ter aprendido com a pandemia iniciada em 2020? O homem perdeu a naturalidade, ou seja, a própria essência, tornando-se artificial, do jeitão que construiu a máquina Inteligência Artificial (IA), artificial como ele próprio.

No terreno material, com certeza a IA vence o jogo, mas em confronto com o espiritual humano o que a máquina poderá fazer? Talvez a mesma coisa, isto é, continuar trabalhando para apagar a essência humana e dominar a sociedade que perdeu simplicidade, clareza e naturalidade – atributos essenciais do ser humano. As pessoas falam do espírito esclarecido, que são os dotados de bom senso e gratidão. Seria ingenuidade achar que muitas pessoas que falam desembaraçadamente sobre a vida prontamente acolheriam a Luz da Verdade com alegria na alma e sinceridade.

Estamos enfrentando uma fase de muitos abalos emocionais. As primeiras 24 horas são muito difíceis, mas há abalos que persistem no tempo, que deixam as pessoas sem vontade, sem iniciativa. É preciso ter um alvo, ir em frente, observar o querer interior que às vezes fica tão fraco que nem o percebemos. Sair do marasmo, ter um querer forte e ir atrás logo, ou seja, pôr-se em movimento em busca de um alvo, e assim ir caminhando pelos dias. Quanto mais para, mais parado fica. Às vezes é uma simples vontade, fraquinha, que a pessoa deixa passar. A vontade é expressão do querer, tem de ser examinada e gerar ação e alegria.

Fim de uma era? As livrarias não atraem as novas gerações. Acabou o encanto da transformação do homem que buscava saberes com independência. Hoje os caminhos rígidos que o cérebro percorre são inflexíveis como trilhas de circuitos eletrônicos. Qual será o futuro da espécie humana que caminha desanimada por ruas sujas com detritos?

As cidades americanas mostradas nos filmes são o sonho dos brasileiros, com ruas arborizadas, jardins sem muros, crianças nas escolas. Mas a desgraça é mundial, pois a espécie humana em vez de evoluir está regredindo; isso tem a ver com economia, cultura, espiritualidade. A prefeita de São Francisco, London Nicole Breed, fala sobre os problemas de sua cidade que ainda não voltou ao normal na pós-pandemia, com muitos moradores de rua e uso de drogas. “O vício precisa ser tratado sem leniência. Requer força, não tolerância”. Mas se ela visse o centro velho de São Paulo teria um choque. O materialismo, a crença no poder do dinheiro afastaram os seres humanos de sua essência, e aí o abismo se abre sem piedade.

O alvo econômico das nações é deter o poder econômico e militar. Tudo visa o acúmulo de riqueza, dinheiro corrente, ouro, empresas e papéis lucrativos, monopólio de produção e de tecnologia. Isso produz desequilíbrios, pois a economia deixou de estar voltada para o bem-estar e aprimoramento da espécie humana, e quando isso é deixado de lado o declínio é inevitável, seja na moralidade e ética e até no próprio ser humano, na sua imunidade, e no funcionamento do cérebro cujas engrenagens estão emperrando, uniformizando o pensamento das novas gerações, eliminando a individualidade e criatividade.

Através das teorias econômicas, as nações falam em “vantagens comparativas” para comparar diferenças de produção e comércio, baseando-se em um mesmo produto, o que parece razoável dada as diversidades regionais. No entanto, cada nação deve organizar oportunidades e o atendimento das necessidades básicas de seu povo, o que torna natural a troca, o comércio de bens diferentes, por exemplo, como sal ou açúcar.

Mesmo supondo que sejam bem administradas, é nesse contexto que se instalou o grande desequilíbrio entre as nações, enquanto algumas mal conseguem o equivalente para pagar o que importam, tendo até de contrair empréstimos para isso; outras produzem um excedente financeiro que as capacita a financiar e investir em outras nações, tornando-se dominadoras e impositivas. Como solucionar o impasse de forma que cada nação que se esforça tenha possibilidade de progredir e não ficar para sempre dependente de outras? Então, não seria isso o alvo adequado para a humanidade?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

A TRANSFORMAÇÃO UNIVERSAL

Há muitas questões que preocupam a humanidade: mudanças climáticas, água potável, alimentos, empregos. Agora também o dólar, as notas verdes que azularam. São problemas criados ao longo do tempo que foram sendo remendados e que agora repercutem gerando inquietação e instabilidade, evidenciando que não é fácil encontrar soluções duradouras, o que preocupa as novas gerações sobre como será o seu futuro, já que as condições gerais são bem mais complicadas que no tempo de seus pais.

No século passado, duas grandes guerras consolidaram o poder dos EUA e do dólar.  Consolidado o Estado-nação os governantes deveriam ter promovido o aprimoramento da espécie humana e das condições gerais de vida de forma continuada. A esperada paz não foi alcançada. Passados 78 anos o mundo se defronta com graves desequilíbrios econômicos. O que acontecerá desta vez? Como ficará o atual embate entre Estados Unidos e China?

Os abusos criaram a insatisfação. O povo cansou das promessas dos políticos. O fato é que o problema maior está nos próprios indivíduos e no seu viver displicente, sem respeito às leis naturais da Criação, e que sempre trazem de volta as consequências das ações dos homens. A educação deve formar seres humanos verdadeiros, bem-preparados para a vida, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie. Fora disso, será a coisificação do indivíduo.

O futuro da humanidade está ameaçado. Não se deve usar de rigidez, mas as crianças têm de aprender que retribuir pelo que recebem é lei da vida. Os pais não são escravos dos filhos. Nascer é uma graça inimaginável que tem de ser aproveitada para o bem e o autoaprimoramento.

A Terra, com seus 5 bilhões de anos, foi organizada com perfeição pelo funcionamento automático das leis da natureza. Cabia ao homem reconhecer e respeitar os mecanismos naturais. No século 21, a Terra está em desequilíbrio, na natureza, na economia, no relacionamento entre os povos. As epidemias e outras doenças resultam do desequilíbrio. As causas têm de ser examinadas e adotadas as soluções corretas. A humanidade tem de reconhecer que ela é a causadora desses desequilíbrios.

A cegueira é geral e está aumentando. Como ampliar a visão? A nossa origem é a importante questão que deve ser estudada desde a juventude em todo o planeta, pois a humanidade ainda não se aplicou o suficiente para conhecer as leis da Criação e o significado da vida, que deveria se desenvolver em paz, progresso e felicidade.

As dificuldades pelas quais passam as pequenas empresas geradoras de empregos revela que a economia requer mudanças, seja no capitalismo de mercado, ou no de Estado. A transformação do trabalho em mercadoria gerou miséria. Algo não funciona a contento num planeta com 8 bilhões de almas encarnadas e recursos limitados. Qual seria a fórmula apropriada?

O Fórum Econômico Mundial fala no Grande Reset. Será que uma nova regulamentação sobre atividades e lucros e a centralização das decisões trarão a solução? O fato é que os sistemas em geral podem conter vícios e serem astutamente burlados, pois o problema está no ser humano e suas cobiças que adulteram os fins de qualquer sistema.

Na Terra tumultuada por variados acontecimentos, frequentemente se fala numa iminente transformação universal. Mas no que consiste essa transformação? O fundamental fica omitido na suposição de que os homens introduzirão grandes transformações, pois as condições de sobrevivência se revelam insuportáveis diante de tantas coisas erradas que dificultam o viver. A grande transformação tem de se processar na espécie humana que não age da forma como era esperado dela que deveria construir, beneficiar e embelezar tudo onde põe as mãos. Como bem enfatizou Abdruschin, no livro Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, “A sabedoria de Deus governa o universo! Lutai, criaturas humanas, para pressentir no reconhecimento a sua grandeza!”.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br