Ainda com as notícias do dia zunindo na cabeça, deito-me… fecho os olhos… e ouço:
“Já estamos no terceiro milênio. Fecha-se mais um ciclo dos acontecimentos terrenos nesta época, em pleno Juízo Final. Nuvens negras aparecem no horizonte, ofuscando o brilho do Sol e prenunciando tempestades que poderão alarmar até os mais corajosos.”
“Os acontecimentos que estão se desenrolando em todos os cantos da Terra confirmam o que foi anunciado para o fim dos tempos. A criatura humana alvoroçada desespera-se, e, agarrando-se àquilo que lhe resta, como fruto de sua desmedida obediência ao intelecto, procura por todos os meios sobrepujar-se ao desenvolvimento natural das Leis da Criação, mesmo que tenha de pecar contra a Vontade do Criador.”
“Assim aconteceu na época de Jesus, assim acontece atualmente, assim acontecerá sempre até a depuração final, já que as mós do Juízo não estão sujeitas à vontade humana, e, sim, atuam dentro da Sacrossanta Vontade de Deus.”
“Tal como aconteceu em todas as oportunidades que a humanidade teve para receber a Palavra Divina, o espírito humano impõe condições para atuar dentro da Verdade, colocando em primeiro lugar a sua posição material. A vaidade, a arrogância, o orgulho, foram as armas que as trevas se utilizaram, sempre, para combater a Luz.”
“Mas, aqueles espíritos humanos que souberem aguardar confiantes, mantendo dentro de si a convicção da perfeição das Leis Divinas, voltarão a ver o Sol brilhar novamente, já que a sua luz apenas está sendo ofuscada pelas nuvens negras e pelas tempestades que se abatem sobre a Terra como resultado do próprio querer das criaturas humanas. Pode levar dias, meses, anos! Mas o que representa isso diante da Eternidade?”
“Deve a criatura humana pesar bem essa questão: o que representa a glória terrena, a satisfação dos desejos pessoais, a vaidade do querer saber melhor, diante daquilo que se poderá obter mediante a simplicidade, o labor desinteressado, a conduta humilde, enfim, o exemplo edificante de uma atuação dentro da Vontade Divina, que poderá nos conduzir aos mais altos páramos?”
“Aquele espírito humano que não for capaz de deixar cair a venda que lhe impede a visão, e não firmar a sua crença na convicção, deixando de lado tudo que é meramente terreno e colocando as Leis Divinas em absoluto primeiro lugar, terá que arcar com as consequências dessa indolência espiritual, que fatalmente o levará à condenação final. Já não há mais lugar para os indecisos, fracos e indolentes de espírito.Quem viver verá. Aguardem!”
Nada mais ouvi. Será que haveria algo mais a acrescentar? Quem viver verá. Ou devemos dizer: Quem sobreviver verá? Vamos aguardar.