É SEMPRE NATAL

J. Nivaldo Alvarez

Várias vezes me foi proposto o seguinte questionamento: “O Natal Cristão é celebrado no dia 25 de dezembro devido a uma adaptação de datas pelos antigos organizadores católicos romanos. Perguntas: 1ª – Querendo se celebrar o nascimento de Jesus na Terra, na época real de sua ocorrência, que data devemos considerar? 2ª – Tem algum valor espiritual algo do que é feito nos festejos natalinos de hoje?”

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Não é fácil responder, mas talvez possamos indicar caminhos para que essas questões sejam analisadas por aqueles que se preocupam em fazer as coisas certas.

Com referência à primeira pergunta pode-se raciocinar não com uma data a ser comemorada, mas, sim, como nos conduzirmos para realmente celebrar o nascimento de Jesus na Terra e em que período devemos fazer isso. Sugerimos o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro, quando devemos nos mostrar gratos ao Criador que, por puro amor, em determinada época, nos mandou seu Filho Jesus, para auxílio à humanidade. Devemos ir mais além do que celebrar o natalício de Jesus, e para isso devemos nos integrar dentro das Leis, em agradecimento, abrindo-nos às irradiações do Amor, que ocorrem nessa época. Não é exatamente na data de nascimento de Jesus, mas é nesse período em que são derramadas as bênçãos do Amor Divino para a humanidade. É claro que Jesus, o Amor que vinha para se encarnar na Terra, só poderia nascer nessa época.

Esse ato grandioso do Criador foi transformado num pequeno conceito que hoje é celebrado, como celebramos nossa data de aniversário.

Comemoramos nosso aniversário por estarmos felizes em fecharmos mais um ciclo de nossa existência terrena. Por que, então, se comemora o aniversário de Jesus? Por mais um ano de desrespeito a tudo o que Jesus nos trouxe?

Esta é a época em que o Criador ainda derrama bênçãos de Amor para os seres humanos, não tendo sido só na ocasião da vinda de Jesus. Essas irradiações sempre existiram e continuam vindo nesta época do ano. É só nos abrirmos para elas, para que as irradiações perdurem em nós até o outro Natal, quando iremos recebe-las novamente.

Se o que sentimos for só a euforia da festa, tudo termina no dia 26 ou, quando muito vai até o dia 1º de janeiro, e aí se fica à espera de outro Natal, que deverá trazer a felicidade tão esperada todos os anos, mas sempre ausente.

Quanto à segunda pergunta (se há algum valor espiritual no que é feito nas festas de hoje) podemos concluir que tudo o que vemos hoje não tem valor algum.

Algumas pessoas podem sentir algo diferente dentro de si, mas não sabem explicar devido ao emaranhado de conceitos que aceitaram sem nenhuma análise. Se deixarem fluir dentro de si essa intuição e passarem a analisar objetivamente todos os conceitos a que se subordinaram voluntariamente, encontrarão outro caminho, podemos até dizer o caminho certo.

Se observarmos bem as pessoas, veremos que muitas se sentem tristes e melancólicas no mês de dezembro, e outras que ficam apavoradas e nem gostam da existência desse mês, sem saberem porque. Bebem, comem, cantam para ver se ele passa depressa, porque o que elas tem dentro de si as assusta… Imaginemos que estamos com as mãos cheias de óleo e que se acenda fogo embaixo delas. Gostaríamos que o fogo se apagasse logo, não é? É isso, a energia vem, queiram elas ou não, e esta lhes queima como se estivessem com o óleo nas mãos. As irradiações do Amor fluem e a força atua.

Porém, onde existe aquela vontade, aquele sentimento, a força será aumentada, como quando se recarrega uma bateria elétrica. Um indivíduo que recebe essa energia, a terá para um ano todo. E assim o ano inteiro será Natal para ele. Ele estará vivendo o que Jesus trouxe num Natal.

A partir daí será sempre NATAL!