O NASCIMENTO DE JESUS

J. Nivaldo Alvarez

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O aparecimento da Estrela de Belém anunciava o nascimento de Jesus, Filho de Deus, que trazia a oportunidade para a humanidade fazer renascer a “Rosa” que existe dentro de cada ser humano, ou seja, o AMOR. Jesus é o Amor Divino encarnado e trouxe Amor para a humanidade, através do qual ela deveria despertar.

Entretanto, o que aconteceu? A humanidade simplesmente acreditou que Ele veio para morrer e que a sua morte a salvaria; portanto, todos estavam salvos. Assim, em dezembro comemora-se o natalício de Jesus, ou seja, apenas a lembrança de que Ele nasceu naquela época. (Na Páscoa, os rituais fazem lembrar o assassínio Dele).

Mas, do que Ele trouxe, da graça que a humanidade recebeu através de sua vinda, ninguém se lembra!

Há alguns anos atrás vimos uma propaganda na TV que dizia: “Comemore o Natal, mas não se esqueça do aniversariante”. Aí, é só alguém levantar o copo e dizer: “Viva Jesus”. Pronto, não se esqueceram do aniversariante!

Por que tudo isso acontece? Porque é mais fácil aceitar passivamente do que fazer um esforço para analisar. Enfeitam as casas com árvores de Natal (com neve), tem o Papai Noel (que parece ter virado o símbolo do Natal), aparecem os cartões de “boas festas”, bebidas, frutas oleaginosas típicas do inverno europeu, (que são comidas aquí em pleno verão). Como se nota, nem o raciocínio foi bem utilizado…

Deus é perfeito, e suas Leis são perfeitas. Se pretendesse livrar a humanidade do pecado, não precisaria mandar Jesus ser sacrificado por essa própria humanidade pecadora. ELE simplesmente determinaria: “A humanidade está livre do pecado”.Mas assim estaria contrariando suas próprias Leis e não seria perfeito. E onde ficaria o “livre arbítrio” outorgado por Deus aos seres humanos?

Temos que usar o raciocínio. Aquele que usa corretamente o cérebro fica pensando: “Será possível que Deus precisaria fazer tudo isso?” Pode surgir então a dúvida: O indivíduo verifica que a humanidade não se salvou e está cada vez mais afundada nas trevas, portanto, Deus falhou? NÃO, Deus não falhou porque é perfeito! Onde está o erro? Está no raciocínio que elaborou um conceito errôneo da onipotência Divina (conceito esse que atende somente aos desejos egoísticos da humanidade). Entretanto, se fosse utilizado corretamente o raciocínio, este estimularia uma reflexão intuitiva, que levaria à conclusão de que a “história não foi bem contada”.

Por que Jesus veio, por que falou e pregou aos seres humanos? Por que os ensinou a orar e deixou um “Pai Nosso”? Por que fez o Sermão da Montanha, se estava escrito que Ele tinha de morrer? Confundem muito o fato de que Jesus, na última ceia, já sabia que ia morrer, por estar vendo o desenrolar dos acontecimentos. Ele previu o fato, mas esse não era seu destino.

Assim, segundo o calendário gregoriano, a humanidade imagina que está salva há mais de 2000 anos, sendo que, na verdade, está cada vez mais perdida.

Mas existem ainda muitos que aguardam a volta de Jesus, para completar a obra de salvação, que a própria humanidade não aceitou e não permitiu que ocorresse.

Será que vale a pena aguardar?

Não será melhor pôr o cérebro a funcionar desde já?

“Quem dentre os fieis, aliás, já pressentiu a grandeza de Deus, que se patenteia no acontecimento, ocorrido serenamente naquela Noite Sagrada, através do nascimento do Filho de Deus. Quem pressente a graça que com isso foi outorgada à Terra, como um presente!”

(Mensagem do Graal, dissertação “Natal”)