A SEMENTEIRA

J. Nivaldo Alvarez

Uma estória curta, um simbolismo grandioso:

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“Um dia, um semeador plantou uma semente no solo. Semente trazida de outras regiões, onde os frutos eram abundantes, magníficos, viçosos, e que ali estavam à disposição daqueles que estivessem à procura do alimento capaz de garantir-lhes a vida eterna.

E, mercê do solo fértil existente, da água cristalina, do ar puro e dos benfazejos raios de sol, a semente germinou com toda a sua força, em toda a sua plenitude. Surgiu então enorme árvore, frondosa, copada, que logo deu frutos.

Esses frutos trouxeram novas sementes, que plantadas deram novas árvores. Novas árvores, novos frutos. Novos frutos, novas sementes. E assim, de semente em semente, de árvore em árvore, o local se transformou num imenso pomar, sempre distribuindo seus frutos aos que deles necessitavam.

As sementes, pouco a pouco, foram transportadas para serem plantadas em outras paragens. Ultrapassaram os limites da cidade, do estado, do país, do continente. Atravessaram rios, lagos e mares. Atravessaram o hemisfério.

Essas sementes são as sementes da VERDADE. O solo fértil para fazê-las germinar é o nosso sentimento intuitivo, a água cristalina é representada pelas nossas ações, o ar puro é fornecido pelas nossas palavras, e os raios benfazejos de sol são os nossos pensamentos”.

Gostaram da estória? Vamos semear a VERDADE?

“A semente lançada às ondas nem sempre se
precipita ao fundo do mar; pode chegar à
terra e tornar-se árvore, rica de fronde e cheia
de frutos. O pensamento também é semente.”

(Eduardo Girão, em “Seleta Filosófica”)