OS ENTES DA NATUREZA
(18/02/2009)

Alice Magalhães Carrozo

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Desde os primórdios da humanidade até a fase em que o ser humano deixou-se dominar pelo seu nível racional, havia pleno conhecimento sobre os “entes da natureza ou enteais”, o que até certo ponto, correspondem aos seres elementares a que alguns grupos de estudiosos se referem.

Os registros da existência destes entes estão presentes em todas as adiantadas civilizações do passado. Os gregos com a sua mitologia. Os normandos, germanos, romanos, caldeus e outros. Todos, de épocas e lugares diferentes, legaram-nos escritos que apontam para os mesmos seres.

Naquele tempo, as pessoas ainda tinham a capacidade de percepção mais ampla, o que lhes permitia captar ondas de irradiação de uma matéria algo mais fina, através das quais podiam ver e ouvir o que ali se passava. Por isso, ainda podiam ver e ouvir os entes da natureza.

Atualmente e já há muito tempo, os seres humanos se acham sintonizados em ondas que apenas lhes transmitem impressões da matéria grosseira.

Negar a existência dos entes da natureza seria negar o seu trabalho à nossa volta. Seria também simplista imaginar que tudo que nos rodeia na natureza surgiu do “nada”. Da mesma forma que só teremos o alimento preparado à nossa mesa, pelo trabalho de mãos laboriosas, pela lógica, deve haver quem trabalhe os elementos naturais, formando tudo de que dispomos para a nossa sobrevivência e até mesmo os que estão na base das conquistas dos homens.

Os “enteais” são, na verdade, os grandes obreiros da Criação. Atuam de forma incondicional no cumprimento da Vontade de Deus. Trabalham os elementos da matéria prima provinda da Luz, formando universos, corpos siderais, estrelas, etc. e mais próximos de nós, tudo o que se convencionou chamar de Natureza: mares, rios, montanhas, pedras, plantas, flores …

Os seres humanos não calculam o quanto devem a estes maravilhosos entes, que foram os primeiros mestres, instrutores e protetores da humanidade. Cortaram um elo importante na escala de sua evolução, quando os relegaram ao “mundo pagão”, à “crendice” de povos antigos, às estórias das lendas e mitos.

A sua designação pelos respectivos nomes e atividades com que se ocupam, também já era conhecida desde aqueles tempos: silfos (ar), elfos (árvores, plantas), ondinas (águas), gnomos (terra e pedras), salamandras (fogo), gigantes (montanhas e grandes blocos de pedra), fadinhas (flores), os gullis (dos lares) e muitos outros.

Relativo às espécies de minerais puros e às pedras preciosas, é um grupo considerável dentre os gnomos, que especificamente, delas se ocupam. São os “Albens”. O seu trabalho, semelhante ao dos gnomos da terra, volta-se para a composição e renovação destas dádivas a eles confiadas. Zelam, especialmente, na sua manutenção e brilho. Também, na integridade dos minerais, para que não se desintegrem prematuramente.

As pedras preciosas, em forma bruta ou polida, exercem um grande fascínio nas pessoas. Elas trazem em si luzes, sombras, pontos de vácuo e de concentração de elementos, colorações as mais diversas e formas inusitadas, que estimulam a imaginação e a fantasia dos seres humanos, levando-os, muitas vezes, a elaborar estórias e descrições as mais fantásticas e distorcidas possíveis.

Na época atual, é muito importante reconstituir o ele perdido, restabelecendo a ligação com os entes da natureza. Através da conscientização, ter respeito e gratidão pelo trabalho que executam e deixar que se evidencie toda a beleza e perfeição da sua obra, colaborando na reconstrução da natureza.

Fontes:

(Obras editadas pela Ordem do Graal na Terrra)