O DIA DEDICADO ÀS MÃES
(13/05/2010)

Maria Christina Ferreira Gomes

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Quanta correria, misto de entusiasmo e anseios difusos, trouxe esse domingo dedicado às mães… Mãe lembra lar, aconchego, abnegação e carinho.

Tudo bem é certo, quando os filhos realmente são gratos às mães por ter-lhes proporcionado a vinda a esta Terra. Mas o que quer simbolizar este alto conceito, dessa sublime palavra? – mãe – Quantas são as mulheres que realmente conseguem abranger seu alto significado?

“Ser mãe é padecer no paraíso” disse um grande poeta. Porém nenhuma mulher precisaria sofrer pela vinda de um filho, se desse mais atenção a seriedade desses momentos, procurando sentir através de sua intuição a grande responsabilidade de dar acolhida a um ser que irá, com certeza, influir em toda sua vida futura, ocasionando-lhe em muitos casos, mais preocupações e tristezas do que alegrias.

Sim, é certo que em muitas vezes a recíproca é bem feliz, o que demonstra que a futura mãe cuidou em tempo certo da atração feita, em relação ao hóspede que espera. Esses meses que antecedem a vinda de uma criança deveriam constituir para a mulher uma pequena “renúncia” aos seus costumes, procurando colocar em seu ambiente um maior retraimento da vida social, mantendo seu olhar para o alto, no silêncio que a maternidade exige, a fim de poder receber um hóspede bem-vindo.

Nesta época terrena, quase podemos afirmar que, na maioria dos casos, a mulher se esqueceu do alto conceito que representa a maternidade. Toda a sublimidade desta palavra foi rebaixada a um grande erro, que hoje prolifera de uma maneira assustadora na maior parte da juventude.

Devido à coexistência com pessoas de diferentes modos de vida, a maioria das jovens tornam-se mães antes mesmo de serem realmente adultas, e não tratam com o devido respeito o que representa esses momentos tão importantes de suas vidas, em que outro ser aguarda o momento da encarnação. Se, porém, no retraimento de seu lar, a mulher se esforçar no reconhecimento de que só ela é a responsável pelo que vier a atingi-la na reciprocidade, esforçar-se-á para dar acolhida a um espírito bom, que tornará sua vida mais feliz, na certeza de que soube resguardar o que esses meses de espera lhe propiciaram.

Caso contrário, na indiferença frente a esse período de tão suma importância, em que se define a escolha feita, no que concerne à vinda do hóspede que vai se alojar em seu ser, a mulher que não tomar os devidos cuidados, fatalmente dará acolhida a um ser que lhe trará grandes preocupações.

Por esse motivo, toda cautela é pouca nesse período tão importantes de sua vidas!

Que toda mulher que quer ser mãe, e as que já o são, possam festejar a maternidade em sua abrangência sublime, onde se refletem com clareza as sempiternas leis da criação, que propiciam na reencarnação, a possibilidade do amadurecimento das almas!

Cito aqui, da Mensagem do Graal, Na Luz da Verdade de Abdruschin, um trecho do primeiro volume – A Mulher da Criação Posterior:

“Aparelhada com a maior delicadeza de sentimentos intuitivos, devia sem o mínimo esforço elevar-se à limpidez das alturas luminosas e formar a ponte para a humanidade inteira rumo ao Paraíso. A mulher! Ondas de Luz deviam perpassar por ela. Toda a sua conformação física de matéria grosseira está aparelhada para isso. A mulher necessita apenas querer com sinceridade, e todos os descendentes de suas entranhas terão de ser fortemente protegidos e rodeados pela força da Luz, já antes de seu nascimento! Nem podia ser de outra forma, porque cada mulher, em sua riqueza de sentimento intuitivo, pode quase sozinha condicionar a espécie do espírito da prole! Por isso ela, em primeiro lugar, permanece responsável por todos os descendentes!”