PÁSSAROS PASSAM NO ESPAÇO
(05/02/2011)

Rose Aimeé Dummar Ary

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Houve um grande incêndio na Floresta. O Elefante, que era o bombeiro, estava olhando desanimado a cena de destruição, quando viu o Passarinho levando um pouco de água no bico para apagar o fogo. O Passarinho ia e vinha incansavelmente.

O Elefante não se conteve e gritou:

– Ó Passarinho, você não vê que não vai conseguir nunca apagar este incêndio?

– Eu sei, amigo Elefante, mas eu estou fazendo a minha parte.

Pois bem. O livro de Rose Aimée Dummar Ary é como uma revoada de pássaros. Manuel Bandeira já dizia:

Cada pássaro,/ Com sua plumagem, seu voo, seu canto,/ Cada pássaro é um milagre. Os poemas de Rose Aimée são como pássaros. Estão fazendo a sua parte na grande luta pela preservação da natureza. A harmonia da plumagem, o ritmo do voo e a melodia do canto estão a serviço de uma mensagem ecológica clara e urgente. Uma mensagem que se repete incansavelmente em cada verso, em cada estrofe, em cada folha.

Rose Aimée é economista, empresária, mãe de família também está presente nos ecossistemas da Poesia.

Leitora dos poetas de língua inglesa poderia ter usado como epígrafe o verso de Walt Whitman: I believe a leaf of grass is no less than the journey-work of the stars. (Horácio Dídimo)

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SINCRONIA

A floresta é um todo
Em perfeito equilíbrio.
Folhas nascem, amadurecem,
Caem e se transformam em adubo.
A água do rio
Evapora-se e retorna
Em forma de chuva.
E até se forma um lodo,
Fertilizando a terra.
Na selva,
Transforma-se tudo,
Em perfeita sincronia.
Na biodiversidade transborda
Felicidade e harmonia.