FATALIDADES?
(24/02/2011)

Maria Christina Ferreira Gomes

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Quando muitas vezes nos vemos em situações aflitivas, ou quando somos atingidos por algo para o qual não estávamos preparados, indagamos:

O que fiz para merecer isto?

O ser humano sempre indaga a esse respeito, sem considerar a sua participação nisso.

De uma coisa, porém, pode estar certo: Não existem acasos, e sempre recebemos aquilo pelo que houvermos optado.

É certo quando as pessoas dizem que tudo poderia ser diferente, e nisto, tem realmente razão.

Quantas vezes, tomamos o rumo pela estrada errada, achando que ela é a certa, e depois verificamos que ela não nos conduz ao alvo sonhado.

É aqui que tocamos no ponto capital, que nos leva às indagações.

Será que tudo poderia ter sido diferente?

Pode ter certeza que sim!

Se olharmos para os tempos de hoje, quando a maldade dá os frutos de sua semeadura, nos assassínios, nos logros, na ganância, e todo um séquito de podridão, onde fala mais alto a imoralidade com suas manifestações mais grosseiras, podemos constatar que se o ser humano não houvesse se desviado da estrada certa, que lhe indicava o caminho em direção a um amadurecimento normal, onde a simplicidade se manifestaria no efeito da naturalidade e clareza, conduzindo só para o alto, numa aspiração pelo que é nobre, hoje as coisas seriam completamente diferentes, e os seres humanos jubilariam de alegria e felicidade, em agradecimento pela vida que lhes foi ofertada.

Porém tudo se deu de maneira completamente diferente e, atraídos por falsos brilhos, os seres humanos arbitrariamente agiram contra as leis naturais, e o resultado foi o caminho em declive, rumo ao abismo.

E é por isso que hoje, a cada hora, a cada momento, em cada respiração, sentimos o palpitar de nossos corações em completa desarmonia com tudo o que nos cerca.

Indague você mesmo, bem dentro de si, e me diga:

Não poderia hoje ser tudo diferente?

Não é em vão que se diz:

ERA uma vez!