A EDUCAÇÃO COMO NECESSIDADE PRIORITÁRIA
(09/10/2011)

Esméria Garcia Oséas

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Com a população urbana crescendo a uma taxa média de 81 milhões de habitantes por ano, caberia perguntar: Como compatibilizar esse nível de crescimento populacional com a necessidade básica da educação?

Os atuais dirigentes das várias nações, mais políticos que benfeitores, mais intelectivos que intuitivos estão, quando muito, preocupados em aumentar o número de escolas para ver crescer, na mesma proporção, o seu próprio prestígio. Dificilmente se interessam pelo conteúdo do ensino ministrado nelas, que é hoje, em muitos aspectos, completamente inútil. O que se vê nas escolas de hoje? Sobrecarga do uso do cérebro e nenhum princípio verdadeiro de vida para alimentar o íntimo de seus alunos!

De que adianta construir escolas se a meta do ensino permanece a mesma? E um ser humano não aprende a ser gente no sentido nobre da palavra nas escolas de hoje… Para que não pensem que esta é uma posição pessimista e exagerada quero informá-los dos dados da matéria de capa da Revista Veja, datada de 4 de julho de 1990: “Uma semana de televisão mostra: 1145 cenas de nudez, 276 relações sexuais, 72 palavrões, 707 brigas e facadas e 1940 tiros.” Vejam tais dados são do ano de 1990. Será que de lá para cá tais dados não aumentaram? Como falar de educação diante de uma estatística tão aterradora?

Educação é um todo. Compreende um conjunto de princípios éticos e morais provenientes do Estado, da família, dos meios de comunicação e, não por último, das entidades religiosas. E, no entanto, todas essas instituições permitem uma infiltração insidiosa de baixos conceitos, estrangulando silenciosamente os mais elementares princípios de decência e de dignidade.

A família que deveria ser o apoio, o sustentáculo do crescimento físico e espiritual do ser humano, está também precisando de auxílio, pois também está literalmente desestruturada em suas bases. Aceita conceitos de vida que recebem das novelas, revistas de fofocas e noticiários em geral. Não mais podem ocultar suas bases superficiais e materialistas.

O Estado desanima qualquer entusiasmo para melhoras, apresentando-se corrupto e irresponsável, justamente de onde deveriam partir os exemplos de cidadania!

As religiões por sua vez continuam a não dar respostas aos questionamentos íntimos que sempre se apresentam! “De onde viemos?” – “O que estamos fazendo aqui?” – “Para onde vamos?”.

Os meios de comunicação por sua vez se encarregam de divulgar a baixaria de todos os setores sem apresentar soluções!

A verdadeira educação tem de ser uma prioridade nacional. Todavia, quão longe ela ainda está de se efetivar! Há livros que equivalem a uma Universidade espiritualista.

Essa Universidade sim formará verdadeiros mestres! Não somente das escolas, mas mestres da vida!