VAMPIROS, OU PARASITAS DO DIA-A-DIA
(23/04/2012)

Esméria Garcia Oséas

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Com a palavra “vampiro” imediatamente nos vem a imagem de um espectro, ou melhor, dizendo de um fantasma que, segundo o vulgo, suga o sangue dos vivos. Também se usa essa palavra para se referir aos morcegos que sugam o sangue das pessoas e dos animais. Existe ainda uma terceira conceituação: a que se refere a uma pessoa de cobiça, que enriquece em detrimento das demais. O fato de alguém enriquecer às custas de seus semelhantes, materialmente falando, é tão comum, que hoje pouca importância se dá a isso. Classifica-se tal pessoa como astuta, sagaz, que “venceu na vida” e outras coisas do gênero. Se é honrado ou não, isso não importa, pois a noção de Causa e Efeito, inserida na vida do ser humano, é aí completamente ignorada. Mas, não é a respeito desses que quero falar ainda.

Refiro-me em primeiro lugar às pessoas que, apenas com suas presenças roubam, até mesmo inconscientemente, as energias das pessoas com quem convivem. Trata-se de um processo natural, onde pessoas dominadoras sugam as energias de outras que indolentemente se deixam tiranizar.

A escritora Roselis von Sass em sua obra O Livro do Juízo Final, cita:

“Quando pessoas habitam muito juntas uma casa na Terra e se deixam tiranizar caladas por um habitante, tolerando a sua impertinência e mania de dominar, e portanto temerosas se rebaixam em vez de enfrentá-lo, elas perdem energias. Tornam-se mais fracas, ao passo que o tirano fica cada vez mais poderoso e mais impertinente.”

Há também pessoas que através do olhar, ou de um toque ou ainda pela simples proximidade, absorvem a energia de outras que ficam cansadas, irritadas, sem saber o motivo. E não há como neutralizar essa apropriação indébita, a não ser através do verdadeiro Saber.

Também a ciência já há alguns anos começou a se interessar sobre o assunto. A neurocirurgiã e psiquiatra turca Shafica Karagulla, formada em medicina na American University de Beirute e com especialização em psiquiatria no Royal College de Londres, escreveu já há muitos anos, um livro sobre o assunto, chamando tais pessoas de “parasitas” e “sugadoras”. Disse ela nessa obra: “Parasita é uma pessoa que tem a capacidade de absorver a energia de outras pessoas”. Citou alguns exemplos: “Carrie é uma garota americana. Todos os que saíam com ela recusavam um segundo convite. Sentiam-se cansados e irritados. Lorraine foi vítima de uma parenta, sua tia, que é sugadora. Viviam juntas na mesma casa e Lorraine estava sempre cansada. Apesar de gostar da tia, não conseguia entender porque sentia forte irritação quando conversava mais tempo com ela. Um dia sua tia precisou viajar e ela se recuperou completamente. Quando a tia retornou, tudo recomeçou”.

Nesses exemplos fica claro que a irritação sentida pela vítima em relação ao parasita funciona como um instinto de defesa. Também uma criança pode, por exemplo, absorver as energias da mãe e irritá-la. Pode ainda acontecer o inverso. São também “vampiros ou parasitas” o enorme império dos tiranos. Nunca houve tantos como agora. Estão por toda a parte. Na direção das nações, de empresas, de famílias. O processo de sugadores e sugados efetiva-se em qualquer lugar ou situação. Entre pai e filho, professor e aluno, vendedor e comprador… Quantas vezes uma pessoa, ao entrar numa loja, é abordada por um vendedor insistente que a envolve de tal forma, instigando-a a comprar um produto, que consegue desgastar sua energia mental. A pessoa acaba comprando e, ao chegar em casa, arrepende-se, não entendendo porque comprou aquilo. Para reconhecer um “vampiro” basta analisar seu comportamento. Estará sempre baseado no egoísmo, que é uma característica peculiar desse tipo de gente, pois dessa forma está sempre sorvendo energia para si própria.

Basta agora cada um analisar seu círculo de amizades e de seus familiares e aprender a distinguir um “sugador”. Quando identificar um sugador, não se deve humilhá-lo ou em tom de brincadeira chamá-lo de vampiro. Tais brincadeiras ferem e não ajudam em nada.

Quero ainda citar aqui que não é difícil identificar um “sugado”. Está sempre abatido, depressivo e desanimado. Pode estar sendo sugado por alguém muito próximo ou ainda por uma pessoa do Além.

Para se livrar de um “vampiro” é preciso ser forte, espiritualmente falando, ser bem alimentado e acima de tudo ter uma fé inquebrantável no Senhor de Todos os Mundos!