Daqui a alguns séculos, apesar dos grandes feitos técnicos, a humanidade perderá o contato com o mundo real, ficando sem saber quem somos, de onde viemos, para onde vamos, e qual a finalidade da vida. Os seres humanos estarão hipnotizados por seus ambientes e pelas comunicações de massa, por pessoas, a quem vão querer imitar, estarão vivendo de ilusões estéreis, mas chegará a hora da escolha definitiva entre a Luz ou as trevas.
Com a sua mente corrompida os seres humanos não conseguirão dominar os segredos dos átomos. No entanto, aprenderão a utilizar a energia nuclear, com alto poder de destruição, para fins bélicos, intimidação e dominação. Usarão uma vez. Depois a manterão como ameaça permanente. Os poderosos não vacilarão em empregá-la mais vezes como arma de combate, mas não terão como deter as desastrosas conseqüências. Em sua mania de grandeza, produzirão lixo radiativo sem ter onde nem como descartá-lo com segurança.
As cidades crescerão desordenadamente multiplicando a pobreza, a miséria e a violência. As pessoas não terão segurança para andar pelas ruas em plena luz do dia. Criarão um sistema autofágico que vai acelerando a exaustão dos recursos não renováveis do Planeta, provocando um retrocesso da qualidade de vida da população. Primeiro irá desaparecendo a flora e a fauna, depois os mananciais de água doce e limpa. Com a ânsia pelo lucro fácil e rápido, a crise ambiental acabará atingindo o Planeta inteiro. Haverá um calor insuportável.
O cérebro do raciocínio, desconectado do espírito, estará predominantemente voltado para o mundo material, com vaidade e cobiça. A propensão dos seres humanos só para coisas terrenas propiciou um maior desenvolvimento do cérebro do raciocínio, com o conseqüente enfraquecimento do cérebro da intuição, também conhecido como cerebelo, o qual se tornou menos receptível. Com isso formou-se há milênios o mal hereditário através da reprodução na matéria, pois as crianças traziam ao nascer, o cérebro do raciocínio mais desenvolvido, já de antemão condicionado exclusivamente para o que é terreno, ficando assim interrompido o curso natural da evolução dos seres humanos que deveriam alcançar, naturalmente, a percepção do mundo em sua essência espiritual. Mas tempo virá em que o cérebro do espírito voltará a atuar normalmente no ser humano como sempre deveria ter sido.
No futuro os seres humanos raramente serão capazes de manter um diálogo verdadeiro, pois o cérebro do raciocínio estará no comando das ações, impedindo o intercâmbio espiritual, vivo e alegre. O corpo é o bem mais precioso entregue ao ser humano, devendo ser devolvido integro à terra para que o espírito prossiga a sua peregrinação. Mas, sem compreender isso, acharão que poderão dispor dele ao seu bel prazer, doando órgãos ou colocando-os à disposição dos vendilhões no supermercado da vida.
O ser humano encontra-se nos baixios da matéria, mas sua meta é alcançar a elevação percorrendo o caminho até às alturas, para que não seja varrido como imprestável. Para tanto é indispensável que conheça o trajeto que terá de percorrer. E não apenas o trajeto, mas também tudo quanto durante o percurso lhe possa vir ao encontro, quais os perigos que com isso o ameaçam e quais os auxílios que lá encontra. Uma vez que todo esse trajeto se encontra na Criação, torna-se indispensável conhecê-la amplamente, o que o conduzirá ao alvo, o reino do espírito. Muitos estarão sozinhos, pois será difícil encontrar verdadeiros amigos, mesmo nas famílias faltará o verdadeiro amor que só quer o bem. Muitos quererão interferir na vida dos outros prevalecendo os egoísmos. A força e a paz somente poderão ser obtidas nos esforços para alcançar o fortalecimento do espírito.
Jesus já havia apontado uma vez o Caminho, utilizando-se de parábolas para descrever os fenômenos da Criação. No entanto os seres humanos deram uma interpretação errônea. Em sua vaidade puseram como base o falso conceito de que, com a morte na cruz, estavam remidos os pecados humanos. Mas a hora atual é decisiva para a humanidade, devendo agora encontrar o caminho que eleva, ou ser definitivamente arremessada para a região das trevas. Aqueles que buscarem Deus com sinceridade, pedindo por condução espiritual, encontrarão, o auxílio na Mensagem do Graal, mas deverão examiná-la ininfluenciadamente, se de fato o seu anseio for verdadeiro.
No livro “Jesus Ensina”, escrito por Roberto C. P. Junior, o autor quer mostrar o real conteúdo da Bíblia, particularmente no tocante aos ensinamentos de Jesus, ressaltando o que ela apresenta de belo e útil, interpretado em seu verdadeiro sentido, despido de falhas de memória e outras alterações. Segundo o autor, Jesus com sua palavra indicou o caminho para que suas ovelhas alcançassem a vida eterna seguindo os passos determinados pelas leis da Criação.
Os seres humanos deverão agir com o verdadeiro amor ao próximo, sem o desejo de subjugação, intimidação, ou imposição de idéias e conceitos sobre as demais pessoas, devendo buscar uma atitude pacífica nos relacionamentos. Indispensável será a busca de uma visão geral da Criação, sem lacunas, sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade, do contrário permanecerão com o conhecimento fragmentário incapaz de propiciar a força do saber completo.
As mulheres deverão entender que possuem um poder interior muito mais forte do que apenas a atração sexual. Elas deverão encarnar a beleza e a mais sublime espiritualidade, se quiserem ser benéficas ao homem e à Criação, pois do contrário, apenas conseguirão atraí-lo temporariamente através de estímulos puramente sexuais que, uma vez atendidos, caem no abandono e desinteresse. No futuro os seres humanos perderão completamente o pudor e a compreensão da vida sexual. Como criaturas degradadas praticarão a atividade sexual de forma bestial; através dela, transmitirão doenças infecciosas aos seus parceiros. Quando os seres humanos conseguirão compreender que as afinidades espirituais devem formar a base para a vida em comum? Quando compreenderão que, apesar de seu elevado valor, a maternidade não é a principal finalidade da feminilidade humana sendo a sua finalidade principal, na Criação, enobrecer o seu ambiente captando luz e beleza.