É chegado o momento dos solucionadores de confrontos. Eles serão os mestres da estratégia.
Num passado não muito distante, quando se falava em estratégia pensava-se em como atingir os objetivos em ações militares, utilizando os recursos disponíveis da forma mais eficiente, no tempo e no espaço, surpreendendo os adversários para obter vantagens adicionais. Atualmente o conceito tem sido empregado amplamente no mundo corporativo através da elaboração de planos e ações, com os quais as pessoas mais hábeis fazem com que os seus objetivos sejam acatados pelos outros.
Percorrendo os canais da história, verificamos que desde Sun Tzu tem surgido teorias de estratégias para vencer e derrotar os oponentes, levando em consideração o modo de viver das pessoas e a natureza do comportamento humano. Essas teorias têm apresentado resultados na medida em que os alvos se situam próximos da esfera de poder e domínio econômico ou político, sem preocupação maior com o futuro, pois nessa estratégia qualquer meio é válido.
No entanto ainda está para surgir um planejamento estratégico de longo alcance que tenha como objetivo principal a melhora da qualidade de vida, no presente e no futuro, aspecto até agora não considerado seriamente. Para que isso se torne realidade, a grande batalha a ser vencida está na guerra contra os fundamentos negativos que nos fazem agir de forma egoística sem permitir a participação do coração, pois o que sai do coração é a pura intuição. A estratégia deve ser empregada para a vitória na grande batalha do ser ou não ser humano, pois se trata da luta básica entre a vida e morte do eu interior.
O cenário mundial se apresenta em acelerada mudança e, com a velocidade em que os acontecimentos se sucedem, estamos perdendo a capacidade de lidar com eles, pois são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. O exercício do poder não pode mais continuar divorciado do significado da vida. Os temas fundamentais não podem continuar sendo postos de lado. Não podemos tapar os olhos para os cenários críticos que se avizinham, com suas oportunidades e riscos, com suas alternativas e ameaças, administrando com eficiência as crises exteriores e as que se passam no íntimo.
Temos que estar cientes que em todas as camadas, as pessoas são responsáveis pelas ações e estratégias que nos conduzem ao futuro, elas não devem continuar na inconsciência. Por isso é importante avaliar que espécie de futuro queremos para nós, para nossos filhos, para nossas empresas. O líder estrategista precisa de sabedoria e sensatez para colocar o poder a serviço do grande propósito humano, o que o capacita a ser flexível na busca dos caminhos transitáveis, pois o que importa é a perseverança e a coragem para alcançar a meta.
Para nos tornarmos bons estrategistas, temos que alcançar melhor percepção do significado da vida e do nosso papel como seres humanos. Necessitamos de líderes comprometidos com o aprimoramento da humanidade.
A população está aumentando rapidamente e se concentrando nas grandes cidades enquanto que os recursos naturais disponíveis estão chegando ao seu limite. Onde colocar todo o lixo produzido? Como oferecer trabalho remunerado para toda essa gente? Como será a economia e as finanças com petróleo a 200 dólares o barril? Como será a vida sob o impacto da escassez de água e alimentos com seus preços em alta? Enfim, em meio a tantas pressões, como será o relacionamento humano, no trabalho, na cidade, na família?
Em decorrência da desvalorização do dólar, há uma enxurrada de liquidez. O euro tinha paridade com o dólar, mas a cotação atual da moeda norte-americana caiu 50% e com isso 1 euro passou a valer 1,5 dólares e subindo. O petróleo e comodities, inclusive os grãos que já vinha numa rota de aumento do consumo, passaram a ser pressionados pela desvalorização do dólar, tendo seus preços corrigidos automaticamente.
O mundo está evoluindo rapidamente para situações de conflito. Para o estrategista Ketan J. Patel, chegou o momento dos solucionadores de confrontos. Eles serão os mestres da estratégia. Sua função consistirá em intervir para alterar o padrão do conflito, criar uma nova compreensão e consciência, construir novas instituições para inculcar essa consciência nos outros e proporcionar-lhes a oportunidade para alcançarem o desenvolvimento humano.
A verdadeira estratégia deve ser empregada na busca da Verdade para o beneficiamento geral da vida, forjando um futuro de paz, prosperidade, liberdade, responsabilidade, e sustentabilidade, através do equilíbrio entre a intuição e o raciocínio lúcido, para alcançarmos o sucesso como cidadãos do cosmos.