O sugestivo filme Abraham Lincoln caçador de vampiros, dirigido por Timur Bekmambetov, adapta o livro de Seth Grahame Smith, sobre a luta do presidente Lincoln contra a escravidão. Lincoln queria um país onde as pessoas fossem livres independentemente da cor da pele ou religião.
Como presidente, Lincoln teve de enfrentar intrigas e conflitos de interesses. O filme se apóia em fatos reais misturados com a ficção de que os “mortos” (vampiros) queriam um país para si e o presidente queria o país para os que estavam vivos. Simbolicamente, poderíamos imaginar que os vampiros representassem almas desencarnadas que estavam a serviço das trevas, pois o além e o aquém são unos, mas nos afastamos da capacidade de compreensão e percepção dessa realidade.
Os espíritos perturbadores não querem que os humanos busquem a Luz da Verdade, trabalham para as trevas sugando a energia vital dos encarnados indolentes, desviando-os do caminho do bem, adulando a sua vaidade, semeando o "quanto pior, melhor" para atender seus objetivos de fazer afundar espiritualmente aqueles que deveria buscar o bem geral.
Semear ódios e discórdias, através de mentiras e provocações é a arma utilizada pelos trevosos para impedir o avanço espiritual da humanidade. Abraham Lincoln deve ter percebido isso, sua meta era consolidar uma nação com justiça e equidade para a população, pois não se pode classificar de humana uma comunidade que se fundamenta no trabalho escravo.
Em artigo publicado no Valor Econômico, Luiz G. Belluzo destaca que “nesta época de vacas magras para o emprego e para os rendimentos, os lucros foram gordos para os especuladores financeiros e para as empresas empenhadas no outsourcing e na “deslocalização” das atividades para as regiões de salários “competitivos”. Robert Kuttner escreveu no New York Times que Obama e seus economistas salvaram Wall Street da derrocada financeira, mas não responderam às preocupações manifestadas nas pesquisas de opinião pelos americanos atormentados, em sua maioria, pelas perspectivas de um crescimento pífio do emprego e dos salários”.
No famoso discurso de Lincoln, no Cemitério Militar de Gettysburg, em 19 de novembro de 1863, ele falou que os pais dos americanos haviam dado origem a uma nova Nação, concebida na Liberdade e consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais. “Os valentes homens, vivos e mortos, que aqui combateram já o consagraram, muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos fracos poderes…Cumpre-nos, antes, a nós os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão insignemente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre a nós os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes mortos veneráveis nos inspirem maior devoção à causa pela qual deram a última medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação, com a graça de Deus, renasça na liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desapareça da face da Terra”.
Reeleito presidente dos Estados Unidos, Lincoln queria a reconstrução e a reconciliação do país. "Sem malícia contra ninguém; com caridade para com todos; com firmeza no correto, que Deus nos permita ver o certo, nos permita lutar para concluirmos o trabalho que começamos; para fechar as feridas da nação...". Ele queria Unir o país, dilacerado por conflitos de interesses, para o progresso geral, mas foi assassinado. Com a morte de Lincoln, a paz e a boa vontade com magnanimidade ficaram inviabilizadas e o viver se tornou mais áspero.
Liberdade, não apenas a material, mas, sobretudo a espiritual, aquela que possibilita a cada um agir com a sua individualidade, com o seu espírito desperto, livre de influências externas através da oculta invasão em seu modo de pensar, com igualdade de oportunidades de trabalho para todos que se esforçam, para assegurar a sobrevivência condigna e o progresso, um alvo ameaçado pela imprevidência e pelo egoísmo.