A encrenca global está crescendo nesta época na qual poucas pessoas entendem o real significado do Natal. O mês de dezembro sempre exerceu uma forte impressão nas pessoas. As crianças se entregam naturalmente ao espírito natalino, enquanto os adultos sufocavam a emoção intuitiva dizendo que isso é coisa de criança.
Embora seja tradicionalmente um feriado cristão, o Natal é amplamente comemorado por muitos não cristãos, sendo que alguns de seus costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos típicos do feriado incluem a troca de presentes e cartões natalinos, a ceia e jantares especiais, músicas natalinas e a ornamentação de ruas e lojas, que incluem as árvores enfeitadas, luzes coloridas, sons, presépios e o Papai Noel como figura tradicional em muitos países, sempre associada com a distribuição de presentes para as crianças.
O cristianismo introduziu o costume de, anualmente, no dia 25 de dezembro, realizar festas comemorativas. Nos países eslavos e ortodoxos, cujos calendários eram baseados no calendário Juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro, originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis) e adaptado pela Igreja Católica no terceiro século d.C. para permitir a conversão dos povos pagãos, sob o domínio do Império Romano, passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.
Como a troca de presentes e muitos outros aspectos, a festa de Natal envolve um impulso para a atividade econômica entre cristãos e não cristãos. A festa tornou-se um acontecimento significativo e um período chave de vendas para os varejistas e para as empresas. O impacto econômico do Natal é um fator que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo, mas, agora, o mundo vive uma intensa crise financeiro-econômica.
No Brasil a encrenca também é grande. Tínhamos os barões do café, com a utilização da mão de obra escrava e o seu pouco caso com o país. De lá para cá, pouco mudou. Temos os barões do financiamento, da energia elétrica e tantos outros cuja insensibilidade e interesses particulares se opõem ao desenvolvimento do país e de sua população. Sem que haja desprendimento e o desejo de alcançar um futuro melhor, a encrenca fica cada vez maior e o PIB menor.
Não está fácil para ninguém! Pelo realismo que contém, reproduzo palavras da jornalista Silvia Giurlani: “mediante todos os acontecimentos recentes fica difícil pensarmos em festas de final de ano… Está faltando fé… Está faltando amor… Está faltando perdão… Que cada um de nós possa fazer o bem… Falar o bem… Pensar e sentir o bem… Só através desta luz é que veremos transformações positivas em nosso mundo. Estamos todos passando por algum momento difícil e sabemos que podemos contar uns com os outros e isso significa muito. Eu estou aqui! Todos nós precisamos de pensamentos positivos agora”.
De fato, nos surpreende o aumento da falta de consideração. Parece que as pessoas estão agindo como máquinas e tratando o semelhante da mesma forma, sem um sorriso, sem uma palavra amistosa. Pesa muito a perda de qualidade da educação. Nossos sistemas de educação necessitam se aprimorar visando ampliar a conscientização e evolução da nossa essência espiritual, que nos tornam senhores do nosso corpo e, principalmente, senhores de nosso destino.
A ciência do século XXI necessita focar as suas atenções e realizar grande esforço nas pesquisas visando à compreensão da realidade essencial e maior da nossa vida psíquica, do coração e da alma. Quanto mais nos aprofundamos no saber, mais maravilhados ficamos com a atuação automática de nossas funções vitais e de nossa capacidade de intuir e raciocinar com lucidez e, disso tudo, necessitamos estar cientes se desejarmos construir um futuro melhor.
Todos nós estamos colhendo o que plantamos, quer queiramos ou não. Vivemos num mundo inquietante. O momento é de gratidão pelo dom da vida nesta fase tão delicada. Temos de, em meio a essa tensão, aproveitar o impulso para despertar espiritualmente e entender a vida. A apatia, a indolência e o medo de agir não nos levarão a nenhum lugar. Para mudar a nossa vida e o mundo para melhor, temos de por o querer em ação.
O Natal é a data comemorativa que assinala a encarnação do "Filho de Deus", portador da Luz da Verdade, enviado ao mundo para salvar a humanidade que afundava espiritualmente e anunciar que, no momento mais crítico da humanidade, viria o Filho do Homem para esclarecer o mistério da vida. A hora de procurar a Luz, o Amor de Deus, e haurir nova energia é agora, aproveitando a festa do Natal que nos remete à naturalidade da infância para vivenciar o Natal sem a presunção do raciocínio, com a intuição desperta, pondo o próprio espírito em movimento.