LINCOLN
(24/03/2013)

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Gosto muito da história do nosso passado. Ela nos ajuda a compreender o presente. Fui assistir ao filme Lincoln, que focaliza os tramites para a aprovação da 13ª Emenda da Constituição americana que aprovou a abolição da escravatura naquele país. Achei o filme um pouco parado, sem muita empolgação, apesar do grande significado do evento para a história da humanidade. Steven Spielberg mostra um Lincoln sem carisma, uma pessoa com andar arrastado, carregando na consciência o peso da morte prematura de um filho ainda criança, e o sofrimento de sua mulher sem controle emocional.

Lincoln se opunha à escravidão por considerá-la contrária às leis naturais da Criação. Como espíritos humanos nascemos iguais, mas cabe a cada um o esforço para a lapidação e o aprimoramento. Aqueles que dificultam e embaraçam o desenvolvimento individual para obter vantagens, tornam-se culpados. A Cena que achei mais forte foi quando Lincoln fala dos 250 anos de enriquecimento com trabalho escravo e do sangue derramado. No Brasil não foi diferente, aqui também tivemos essa exploração. Lincoln queria uma nação de seres humanos libertos. Perdeu a vida. No Brasil a princesa Isabel, perdeu a coroa. Após a abolição da escravatura faltaram, no Brasil, projetos complementares de integração dos libertados, perpetuando-se uma estrutura arcaica de pobreza e despreparo da população.

Spielberg passa longe do assassinato e motivações conspiratórias contra a vida do Presidente. No entanto, o filme é corajoso por colocar na tela cenas realistas sobre a guerra e a mediocridade humana.

Atualmente os Estados Unidos têm Barack Obama como presidente. Sem dúvida uma grande evolução da igualdade de brancos e negros perante a lei. Porém, a humanidade como um todo, permanece embrutecida e sem rumo. O material dominou o espiritual ganhando supremacia. Os humanos não se poliram entre si como era esperado, para adquirir autodomínio e nobreza. Estamos enfrentando crises em todos os setores da vida humana. Da economia ao meio ambiente. Dos conflitos regionais à violência urbana. Enfim, ainda estamos muito distantes daquela evolução humana que possibilitaria a convivência harmoniosa e pacífica, tornando as condições de vida cada vez melhores e, o nosso entorno, com mais beleza, resultante da atuação de seres humanos evoluídos.