ANO NOVO 2014
(08/01/2014)

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Com o encerramento de 2013 poderíamos ficar desfiando um montão de problemas. Os mais críticos parecem ser o crescimento do individualismo, que reduziu a consideração, e o avanço da religião do dinheiro, que insensibilizou a vida, tornando-a mecânica e áspera. As coisas ficaram mais difíceis; os relacionamentos humanos se mostram com pouca consistência. Além da destrutiva inveja, há como uma dormência no ar, faltam vibração e autenticidade no falar e no agir. É o domínio do raciocínio e a ausência do Amor.

O dinheiro se tornou a preocupação dominante da maioria das pessoas, pois sem ele não dá para ir a nenhum lugar e nada se pode fazer. Pensamentos descontrolados convergem para a falta do dinheiro ou então no que fazer para ganhar mais e mais. Há muita teoria econômica, mas na prática a realidade continua sendo brutal. O consumismo se tornou um derivativo de compensação. No entanto, não há porque negar ao trabalhador dedicado o direito de ter a sua geladeira e máquina de lavar.

O escritor inglês, James Allen (1864-1912), definiu o pensamento e o caráter como uma coisa só; “e como o caráter só pode se manifestar e se descobrir por meio do ambiente e das circunstâncias, as condições exteriores da vida de uma pessoa sempre estarão em uma relação harmoniosa com o seu estado interior”.

Tudo que se faz na vida exige um aprendizado. Ninguém em bom juízo pegaria um automóvel para sair pelas ruas sem estar capacitado e com pleno conhecimento. No entanto, na forma de viver ninguém se preocupa em se capacitar, em entender as leis que regem a vida. Há um ordenamento na vida: são leis invisíveis que regem a Criação, que asseguram a vida e a liberdade de decidir com a respectiva responsabilidade sobre o que pensamos, falamos ou fazemos. Nem sempre conseguimos perceber os processos da atuação das leis naturais da Criação, por isso uma grande maioria imagina que elas nem existam, apesar de dia a dia nos defrontarmos com os seus efeitos, dos quais ninguém consegue se esgueirar. Por isso mesmo temos de permanecer atentos aos efeitos de nossas ações sobre nós mesmos e outras pessoas também, para não semearmos ruína e infelicidade à nossa volta. Os seres humanos agem e as leis da Criação respondem com a mesma espécie.

O Ano Novo já está aí para pensarmos em metas a serem alcançadas com garra e otimismo. Em vez de reclamar, criticar e falar mal, temos de definir as metas que queremos alcançar e transformar o querer em ação, com trabalho sereno, constante, cumprindo tarefa por tarefa com alegria. Assim conservaremos a paz e a saúde, física e psíquica. Temos de colocar uma base sólida para o pensar. Já se disse que somos o resultado do que pensamos. Darwin escreveu que “o estágio mais elevado possível na cultura moral é quando reconhecemos que devemos controlar os nossos pensamentos”.

Temos de inspirar os jovens para pensarem de forma serena, e que tenham o propósito da melhora contínua das condições de vida e do aprimoramento da espécie humana. Para alcançarmos a paz duradoura, precisamos criar no planeta condições de vida que nos permitam ser verdadeiramente humanos, sob a Luz da Verdade. Abdruschin, autor da Mensagem do Graal, recomenda que nos esvaziemos de pensamentos, deixando irromper livremente o impulso para as coisas nobres e boas, o que nos dá a base para o pensar sobre o que procede do espírito. Nunca é tarde para a renovação; aproveitemos o momento. Feliz Ano Novo!