O cerebelo, também conhecido como pequeno cérebro, se situa na parte posterior do crânio. Tem sido esquecido e desconsiderado pela humanidade. Recentemente, o escritor Dan Brown, num trecho do livro Inferno, criou a personagem Sienna Brooks, com capacitações especiais e um cerebelo desenvolvido, como verificamos em um dos trechos: “Langdon nem sabia que o QI humano podia chegar a um valor tão alto. Segundo o artigo, além de ser uma virtuose do violino, Sienna Brooks era capaz de aprender uma nova língua em um mês e vinha estudando sozinha anatomia e fisiologia. Ele examinou outro recorte de um periódico de medicina: o futuro do pensamento – nem todas as mentes são iguais. A matéria trazia uma foto de Sienna, com uns 10 anos, talvez, cabelos louros ainda muito claros, em pé ao lado de um enorme aparelho hospitalar. A imagem acompanhava uma entrevista com um médico, que explicava que as tomografias do cerebelo de Sienna haviam revelado que este era fisicamente diferente dos demais: no caso dela, o órgão era maior e mais funcional, capaz de manipular informações visuais e espaciais de uma forma que a maioria dos seres humanos não era nem capaz de conceber.”
Muitos estudiosos pesquisaram a origem do ser humano. Poucos alcançaram um esclarecimento convincente, que não deixa a alma em estado de dúvida. Abdruschin, pseudônimo do escritor alemão Oscar Ernest Bernhardt (1875/1941), apresenta em sua Mensagem, uma ampla visão da criação do ser humano, a evolução do mundo material e a encarnação da centelha espiritual que se liga com a materialidade cuja incumbência é beneficiá-la, soerguê-la, e alcançar o desenvolvimento.
O cerebelo não permite fazer mágicas, nem é aquela parte do cérebro que se acredita servir apenas para coordenar os movimentos do corpo. O núcleo vivo do ser humano encarnado precisa do cerebelo como ponte para se conectar com o espiritual e, em conjunto com o cérebro, possibilita a seu portador atuar na matéria e fazer-se compreender. O ser humano, no entanto, tem impedido que essa centelha de natureza espiritual, seu núcleo realmente vivo, atue conscientemente.
Empregando prepotência e arrogância, o ser humano vai agindo ao seu bel prazer sobre as leis naturais da Criação que possibilitaram a sua existência. Devido a isso, muitas coisas importantes têm sido perdidas ao longo dos séculos, inclusive o sentido da vida. Uma pessoa que considera o seu raciocínio o máximo que pode alcançar, dando-lhe supremacia sobre tudo o mais, se acorrenta ao espaço e ao tempo, e acaba não conseguindo mais captar a profundidade dos ensinamentos espirituais de Abdruschin.
Se no entanto, com vontade sincera, humildade espiritual e raciocínio lúcido, colocar Deus acima de tudo, aos poucos poderá alcançar a compreensão da Criação, libertando-se do erro e da confusão. Caso contrário, a Mensagem do Graal lhe será um livro "fechado a sete chaves". Estará incapacitado para captar a Verdade nela contida. Se não dominar seu orgulho e arrogância perante o Criador, colocando a si mesmo acima da própria divindade, poderá se tornar um perjuro que caminha em direção ao abismo, pois deixou de respeitar o primeiro dos mandamentos: Eu sou o senhor teu Deus. Não terás outros deuses ao meu lado!