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GEOPOLÍTICA E TARIFAÇO

Países, fábricas e mão de obra sempre tiveram dificuldades para bom relacionamento. A grande indústria sempre buscou conter os custos. Nos anos 1980, a fabricação foi sendo deslocada para China que passou a produzir e a exportar de tudo com preços menores. O desequilíbrio econômico se ampliou. Com a reeleição de Donald Trump, começaram a surgir alterações profundas que implicam em mudanças radicais, uma das quais é a ruptura do sistema, que está criando clima de instabilidade geral para a produção e comércio globais.

Algo precisava ser feito para travar o desequilíbrio econômico global. Algumas nações estão achando natural que suas exportações tenham de suportar alguma tarifa nos EUA, porém muitas coisas estão acontecendo com risco de destruição pela ausência de um senso comum para o bem geral, aprimoramento da espécie humana, adaptação e equilíbrio com equidade. O caso do Brasil é diferente; tem a ver com a geopolítica, mas deveria ser buscada fórmula que não penalizasse pessoas e empresas.

Estamos numa situação de impasse pelo poder econômico-financeiro. Os EUA querem reduzir o déficit comercial, a dívida e a dependência. A China quer continuar avançando na tecnologia, nas exportações e na influência global. Assim vão convivendo. Nesse meio, o Brasil, que desde os anos 1980 perdeu o pique e, em vez de se dedicar ao fortalecimento da nação, fica jogando pedras na vidraça alheia. O impasse vai sendo negociado com diplomacia e dureza. Ou vão concordar com uma convivência pacífica, cada um com um pedaço do bolo, ou sabe-se lá o que poderá acontecer.

O relógio do tempo está funcionando com velocidade vertiginosa. O ser humano enclausurou o espírito. Não há tempo para pensar nem silêncio para intuir. Será que é isso que aumenta o faturamento e consumo das drogas? Envolvido pelas coisas do mundo material, o ser humano afastou-se da espiritualidade e, movido por cobiças, construiu tudo de forma intelectiva.

Desde 1822, sempre houve muitas pedras no caminho do Brasil e seu povo. O reinado de D. Pedro II foi destruído em 1889, mas com os novos governantes a situação foi piorando. No século 20, desde os tempos de JK o Brasil não trilhou o caminho do progresso real. Faltaram estadistas. Ficou travado com a dívida externa. Inflação. Plano Real com dólar por um super-real bancado pela taxa de juros. Declínio na educação e nas condições gerais de vida.  Tudo tem piorado. Surgiu a questão da abertura comercial, mas como sustentá-la? Como foi dito, o BRICS e seu banco podem ser úteis, mas seria certo colocar aí todas as fichas?

É a história da humanidade retratada também na ficção, como no filme “O Dia da Desforra” (1961), de Sergio Sollima, que fez o público torcer pelo mocinho que lutava pelo bem. Tudo na tela: pobreza, bebida, cigarro, prostituição, mentiras e a presença de corruptos na política, tudo no tempo do faroeste. Atualmente, os políticos eleitos se julgam donos do pedaço. Se forem propensos a encher os bolsos, vão fazer tudo para que isso se realize. Se forem de ideologia esquerdista, vão fazer tudo para inviabilizar o sistema capitalista de mercado, mesmo que para isso tenham que desviar dinheiro público para o próprio bolso.

O sistema se perpetua: retirar riquezas das colônias a preço de banana, empurrar produtos industrializados com preços bem superiores, impor déficit e dar financiamento com juros de mercado. Assim foi com a Inglaterra e Estados Unidos, como será com a China que precisa de matérias-primas e alimentos que favorecem o equilíbrio da balança, mas a indústria vai desaparecendo, predominando empregos de simples ajudantes com baixos salários? A dependência econômica muda de cara, mas a miséria permanece.

O Brasil nunca esteve bem, mas aos poucos foi perdendo tudo. A situação atual é grave na economia e finanças, na saúde, na alimentação, na educação, na moralidade, na violência urbana. Os interesses particulares interferem drasticamente. Afinal quem está se esforçando por um Brasil com melhores condições de vida? A gestão das nações informava que tudo ia bem, mas colocaram a escada para baixo e agora está nítido que houve uma descida para a armadilha financeira. Sem tantos gastos supérfluos e desnecessários, as nações poderiam estar em outro nível. As nações e a humanidade chegaram a um ponto crítico onde só há incertezas. Aumentam os impostos, a qualidade de vida se reduz, a dívida aumenta. O aprimoramento da espécie humana fica para depois.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

TEMPO DE COLHEITA

Sabedoria e alegria. Grande é o Senhor Todo-Poderoso e suas leis que refletem a sua Vontade Criadora. Tudo que uma pessoa faz, pensa e fala forma os fios do destino que agora estão agitados em busca da finalização.

Na fase da grande colheita, há problemas e dificuldades de todos os tipos, em todos os lados, de acordo com as sementes lançadas. A situação geral vem se complicando há décadas. Foi estabelecido um outro padrão na economia, tudo fácil, dinheiro mais barato, fábricas fechando, importados chegando. Um dia teriam de surgir as consequências. Com a introdução e ampliação do uso da informática em tudo, especialmente na utilização de robôs para atendimento ao consumidor, novas dificuldades estão surgindo e sempre ocorrem problemas com as palavras: não foi possível e não há nenhuma pessoa para resolver.

Durante longo período, a irresponsabilidade com o futuro foi criando uma situação global complicada de difícil correção dos rumos, pois os seres humanos produziram muitos desequilíbrios na Terra, e quando se mexe numa questão, outras complicações aparecem. No Brasil, a dívida cresce. Andar pelas ruas se tornou perigoso. As cadeias estão lotadas. No geral, por trás das guerras está a questão do poder e controle das riquezas. As dívidas das nações estão acima de 100 trilhões de dólares, o dinheiro perde valor. Uma guerra global promoveria o caos, gerando oportunidade para tomada do poder mundial restringindo a liberdade, impondo normas, afastando o ser humano ainda mais do reconhecimento de sua essência espiritual.

Há uma letargia, um distanciamento da vida real, só aparências ilusórias. O corpo é vivificado pelo espírito. Se o espírito está fraco, permanece inativo, não comanda o corpo e o cérebro, o eu interior não se manifesta buscando a Verdade. Do saber antigo pouco restou. O corpo se move de acordo com os modelos aprendidos pelo cérebro, falta-lhe a autoconsciência e força de vontade espiritual para se tornar sério buscador da Verdade.

Algo sério deve estar presente no ato de gerar um novo ser com a consciência de que se trata de dar oportunidade para uma alma se encarnar. Bilhões delas estão à procura da oportunidade de receber um corpo para atuar na Terra. É importante que haja seriedade do casal para atrair uma alma que quer evoluir e precisa nascer. O descuido se vinga amargamente abrindo espaço para as chamadas ovelhas negras, que vindo para o mundo material, se sobrecarregam com ações perniciosas, afundando mais, tudo sendo regulado pela atuação das leis universais da Criação, através da livre resolução do ser humano.

Geração rebelde ou sem educação? Está difícil o relacionamento entre pais e filhos. Cada ser humano colhe o que semeia, mas há muita revolta e descontentamento. Na verdade, cada ser humano só tem a agradecer. Sair reclamando de sua vida é ingratidão, pois cada um dorme na cama que preparou para si mesmo. A melhora é sempre possível, mas cada pessoa tem de se esforçar no movimento certo.

Sem conhecer a finalidade espiritual da vida, tendo se agarrado exclusivamente à vida material e ao dinheiro, o ser humano criou um ambiente degenerado e destrutivo que agora repercute sobre todas as coisas. Os seres humanos acham que podem ser os donos da Terra, mas o juízo universal avança, ou seja, o tempo em que todos terão de prestar conta de seus atos. “A Criação avança ininterruptamente para frente e sacode todos os frutos apodrecidos” (Mensagem do Graal). Mas após a tempestade virá a bonança.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br